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Economia de Cuba - Wikipédia, a enciclopédia livre

Economia de Cuba

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ver artigo principal: Cuba
Economia de Cuba
Moeda Peso cubano
Organizações de comércio OMC
Estatísticas [1]
Produto Interno Bruto US$ 51,11 bilhões (2007)
% de cresc. do PIB 7% (2007)
PIB per capita US$ 4500 (2007)
PIB por setor agricultura 4,6%, indústria 26,1%, comércio e serviços 60,6% (2005)
Inflação anual 3,6%
População abaixo da linha de pobreza N/D
Força de trabalho 4 853 000
Força de trabalho por setor agricultura 20%, indústria 19,4%, comércio e serviços 60,6% (2006)
Desemprego 1,9% (2007)
Parcerias comerciais [2]
Exportações (US$) 3 231 milhões f.o.b. (2007)
Principais produtos exportados açúcar, níquel, tabaco, peixe, fármacos e equipamentos médicos, cítricos, café
Principais mercados Países Baixos 21,8 %, Canadá 21,6 %, China 18,7 %, Espanha 5,9 %, (2006)
Importações (US$) 10 860 milhões (2007)
Principais produtos importados petróleo, alimentos, máquinas e equipamentos, produtos químicos
Principais parceiros Venezuela 26,6 %, China 15,6 %, Espanha 9,6 %, Alemanha 6,4 %, Canadá 5,6 %, Itália 4,4 %, Estados Unidos 4,3 %, Brasil 4,2 %, (2006)
Finanças públicas [3]
Dívida externa US$ 16,79 bilhões (mais 15 ou 20 bilhões com a Rússia) (2007)
Receitas totais (US$) 35,01 bilhões
Despesas (US$) 36,73 bilhões
Ajuda econômica recebida US$ 87,8 milhões (2005)

A economia de Cuba recuperou-se lentamente de uma séria recessão provocada pela retirada dos subsídios da antiga União Soviética (cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais entre 1989 e 1993), o que representou uma perda de, pelo menos, 35% relação ao pico de seu PIB de então [1], causando sérios problemas de abastecimento e provocando rígidos racionamentos, entre 1989 e 1993, anos de grandes privações para todos, no que foi chamado de "Período Especial". As importações feitas por Cuba caíram de US$ 8,1 bilhões em 1989 para US$ 3,5 bilhões em 1991. Só agora o padrão de vida dos cubanos está retornando aos níveis do final dos anos 80. Apesar disso, o índice de pobreza de Cuba era o sexto menor em 2004 dentre os 102 países em desenvolvimento pesquisados pela a Pnud, organismo da ONU [2]

Cuba, que inicialmente ficou dependendo exclusivamente do turismo, da exportação de charutos e de níquel para sobreviver, desenvolveu um vigoroso setor de saúde que poderá transformar a economia do país. Dados do Ministério da Saúde, indicam que a indústria do turismo (avaliada em US$ 1,8 bilhão) será superada em breve pelas empresas de biotecnologia, de exportações de vacinas e pelo fornecimento de serviços de saúde para outros países [3]

Agropecuária: cana-de-açúcar, tabaco, banana, café, frutas cítricas, arroz, legumes e verduras.

Biotecnologia: vacinas, interferon, enzimas industriais farmacêuticas, kits de diagnóstico da dengue e do streptococo do grupo B, células tronco. [4] [5] A biotecnologia cubana dispõe atualmente de 38 produtos registrados comercializados em mais de 45 países enquanto o país impulsiona projetos de vacinas terapêuticas, algumas em fase avançada como as da Hepatite C e câncer de próstata.


Mineração: níquel, cromita, ferro, manganês, barro vermelho e pedra calcária. (Cuba detém os maiores depósitos de níquel do mundo, cerca de 34% das reservas mundiais.)

Indústria: açúcar refinado, charutos e cigarros, cimento, fertilizantes, rum, tecidos, tijolos e telhas, industria farmacêutica e biotecnologia.

Exportação: níquel, açúcar refinado, rum, tabaco, charutos e cigarros.

Moeda: peso cubano.

Índice

[editar] Exportação

Os principais e tradicionais produtos de exportação de Cuba são:

  • Açúcar e seus derivados
  • Níquel - mais de 71,4 mil toneladas de níquel + cobalto por ano
  • Charuto - mais de 248,9 milhões de unidades por ano.
  • Café
  • Cimento
  • Rum

Entre os produtos não tradicionais de exportação de Cuba que foram duplicadas no período 1996-2000 estão:

  • Cítricos frescos industrializados
  • Aço
  • Produtos de biotecnologia
  • Produtos médicos farmacêuticos
  • Minérios
  • Óleos.

O valor das exportações cubanas atingiram, em 2006, 2.956 milhões de dólares (FOB), e assim de distribuíram: Canadá 18.5%, Holanda 18.5%, China 16%, Bermudas (paraíso fiscal, englobando possíveis re-exportações) 14.1%, Espanha 5.1% (2006). O turismo está crescendo aceleradamente e já representa 12% do PIB cubano, gerando 40% de suas divisas cambiais.

O embargo comercial imposto a Cuba pelos Estados Unidos, desde 1962, dificulta enormente a expansão do comércio exterior cubano. Não obstante isso Cuba tem conseguido atrair investimentos estrangeiros, ainda que submetidos a regras muito estritas. Grandes investimentos têm sido feitos nas áreas de turismo, energia e telecomunicações; a União Européia é responsável por cerca da metade dos investimentos estrangeiros feitos em Cuba.

[editar] PIB - Produto Interno Bruto

Ano e peso, respectivamente em milhões de dólares, do período de 1994 à 2006:

  • 1994 - 20.296 ¹
  • 1995 - 20.986 ¹
  • 1996 - 22.812 ¹
  • 1997 - 23.565 ¹
  • 1998 - 23.871 ¹
  • 1999 - 25.494 ¹
  • 2000 - 26.896 ¹
  • 2001 - 27.694 ¹
  • 2002 - 28.118 ¹
  • 2003 - 28.948 ¹
  • 2005 - 37.240 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anos anteriores) U. S. Department of State, Bureau of Western Hemisphere Affairs, May 2007[1]
  • 2006 - 46.220 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2007 [6]
  • 2007 - 51.110 (2007 est.) Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2007 [6]

¹ [7]

[editar] Produto Interno Bruto per capita

Comparativa histórica da Renda per capita de Cuba com outros países do Caribe, basado em World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD.
Comparativa histórica da Renda per capita de Cuba com outros países do Caribe, basado em World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD.

Ano e peso, respectivamente em dólares, do período de 1994 à 2006:

  • 1994 - 1.872 ¹
  • 1995 - 1.926 ¹
  • 1996 - 2.085 ¹
  • 1997 - 2.140 ¹
  • 1998 - 2.164 ¹
  • 1999 - 2.300 ¹
  • 2000 - 2.416 ¹
  • 2001 - 2.477 ¹
  • 2002 - 2.504 ¹
  • 2003 - 2.569 ¹
  • 2004 - 3.059 Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anteriores
  • 2005 - 3.300 Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2004-07 [1]
  • 2006 - 4.100 Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2004-07 The World Factbook: Cuba, 2007, CIA [6]
  • 2007 $4,500 (2007 est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2004-07 The World Factbook: Cuba, 2007, CIA [6]

¹ - [7]

Cuba está entre os 70 países do mundo que ostentam um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,838 (51° lugar). Na América Latina, em 2007, só ficou aquém do Chile (40º lugar), Uruguai (46º) e Costa Rica (48º). O maior gasto, poporcional ao PIB, do mundo com educação pertence a Cuba (8,96% do PIB), seguida da Dinamarca (8,51% do PIB) e Suécia (7,66% do PIB).[8]

[editar] Economia

No período de 1994 a 1999 a economia cubana cresceu uma média anual de 4,5%. Em 1995 o crescimento foi de 6,2%. No ano 2000 o crescimento atingiu 5,6%. Em 2001 o crescimento econômico foi de 3%, não sendo maior em virtude dos fatos ocorridos no cenário internacional que aprofundaram a crise econômica globalizada afetando todos os países. A passagem do furacão Michelle também causou um impacto negativo. A média do crescimento econômico mundial esteve em torno 1,3% e em nível latino-americano atingiu somente 0,5%. Em 2005 o crescimento foi de 5% [1] e em 2006 Cuba teve o maior crescimento econômico de sua história. Nesse ano, segundo as últimas estimativas da CIA seu crescimento teria sido de 11.1% (est.) [6], e segundo a estimativas da CEPAL - que ainda não concluiu o processo de verificação [9] dos dados fornecidos por Cuba [10] - o PIB cubano pode ter crescido 12,5% (estimativa) [9] . A produção industrial cresceu 17.6% em 2006 (est.)[6].

O turismo tem se convertido não só num dos setores que mais contribuem para a economia do país, mas também para o desenvolvimento econômico de Cuba. Desde 1990 até o ano 2000 a receita tem se multiplicado por oito ao crescer uma média anual de 23%, passando de 243,4 milhões de pesos em 1990 a 1940 milhões de pesos em 2000.

A biotecnologia tem contribuído para as exportações cubanas, tendo as vendas de produtos biotecnológicos alcançado, em 1994, a cifra de 400 milhões de dólares. Sua vacina contra hepatite B é vendida em 30 países [11]. Ver o item Biotecnologia, abaixo

A área de Cuba é de 10.920 mil hectares. A população total é de 11 milhões de habitantes. A densidade populacional é de 103 habitantes por km². As reservas ecológicas representam 69,1% do território cubano. São capturadas 101.920 toneladas de pescados por ano. O acesso á água tratada atinge 91% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda. O acesso à rede de esgotos atinge 98% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda. [12]. A mortalidade infantil em Cuba foi de 6.04 mortes/1.000 nascidos vivos (no Brasil: 27.62/1.000) [6].

A agricultura representa 5,1% do PIB cubano, a indústria 27,2% e os serviços 67,2% (2006). Os empregos são 4,86 milhões, sendo 78% no setor estatal e 22% no setor não estatal (2006). A agricultura emprega 20% da força de trabalho, a indústria 19,4% e os serviços 60,6% (2005). A taxa de desemprego foi de 1,9% (2006).

Hoje já existem em Cuba 117 atividades privadas autorizadas, com 208 mil pessoas registradas. Essas são as atividades que podem ser realizadas por particulares - oficinas, pequenos negócios, prestação de alguns serviços. A atividade que mais se expande é a dos restaurantes, chamados Paladares (nome alusivo a uma telenovela brasileira) [13]. Como uma forma de limitar a iniciativa particular, os paladares somente podem ter 12 cadeiras, e só devem funcionar com mão-de-obra familiar. Foram estabelecidas as Unidades Básicas de Produção Cooperativa (UBCP), em parte das terras ocupadas até então por granjas estatais. Entre setembro de 1993 e agosto de 1995, foram organizadas 3800 UBPCs, com 64% do fundo estatal de terras.

[editar] Moeda

Três moedas circulam em Cuba: o dólar, o peso conversível (cotado cerca a de 1,20 pesos por dólar) - e que é utilizado em lojas especiais para turistas, que vendem em dólar, à taxa de um peso conversível por dólar - e o peso tradicional (26 pesos por dólar) utilizado para o pagamento dos salários e para a compra de mercadorias no mercado interno, tais como aluguéis, luz, telefone, roupas e alimentos. Desde 25 de outubro de 2004 foram proibidas na ilha as transações em dólar, que só podem ser legalmente feitas utilizando-se pesos conversíveis [14]

[editar] Salários em Cuba

Os salários em Cuba devem analisados em termos de "equivalência de poder aquisitivo" ¹, método recomendado hoje em dia até pela CIA para estudar a economia cubana. Freqüentemente se vê comentários anedóticos na imprensa sobre os "baixos" salários em Cuba, aparentemente irrisórios quando se os converte em dólares norte-americanos ao câmbio turismo. Mas esse método é inadequado. Para que se possa fazer uma análise correta dos salários cubanos é preciso atentar para o que o salário pode efetivamente comprar em Cuba, não em Nova York; ou seja, qual é a real relação salário-aquisição de bens e serviços para o povo cubano¹. Por exemplo: uma cesta básica para uma família de 4 pessoas (inclui um filho menor de 7 anos) e contendo arroz, açúcar, café, pão, leite, batata, custa em Cuba 3 dólares. Nos EUA custa 138 dólares; o aluguel mensal de uma casa em Cuba custa de 1 a 2 dólares; em Cuba a educação e a assistência médica são totalmente gratuitas, e os cubanos não pagam impostos.

Com 1 dólar o povo cubano pode:

  • Pagar um mês de aluguel ou,
  • dois meses de eletricidade ou,
  • três meses de telefone ou,
  • comprar a quota de arroz de uma família de 4 pessoas, correspondente a mais de três meses ou,
  • assistir a 22 jogos de baseball de grandes ligas ou,
  • comprar quase 90 litros de leite para seu filho menor de 7 anos.

¹Na realidade, hoje existe uma dualidade na economia cubana. A atividade econômica se dá em torno do dólar, do peso conversível (cada peso vale um dólar) e do peso não conversível. O dólar e o peso não conversível são adotados no livre comércio. O peso não conversível é utilizado para o pagamento dos salários dos cubanos e para a compra de produtos básicos consumidos pela população local.

[editar] Turismo

O turismo em Cuba vem obtendo um crescimento exponencial desde 1989, quando 270.000 visistaram a ilha. Em 1990, Cuba recebeu cerca de 342 mil visitantes, e dispunha de aproximadamente 12 mil apartamentos de hotel adequados ao turismo internacional. Em 1999 Cuba já recebeu 1,6 milhão de turistas, o que representou um crescimento médio de 19% do número de visitantes nos anos 90, e já contava com 32.260 apartamentos de hotel de classe internacional. Em 2003 Cuba recebeu 1,9 milhões de turistas, que geraram US$ 2 bilhões em receitas. Em 2004 foram 2,05 milhões, gerando US$ 2,25 bilhões. Em 2005 Cuba bateu seu recorde acolhendo 2,3 milhões de turistas, o que representou um incremento de 13,2% em relação a 2004. Em 2006 Cuba bateu seu próprio recorde em receitas obtidas com turismo internacional (US$ 2,4 bilhões), mas houve uma pequena queda no número de visitantes, que somaram 2,2 milhões [15]. Em 2007 Cuba anunciou uma série de medidas para tornar seu turismo mais competitivo no Caribe [16]. [17]

Quatro grupos empresariais dominam o mercado de hotéis em Cuba: Gran Caribe, Cubanacan, Gaviota e Habaguanex. Existem 24 joint-ventures que estão construindo 11.900 quartos, e já possuem 3.700 em operação. Dentre as empresas que possuem acordos de administração de hotéis em Cuba destacam-se a Sol Melia (Espanha), o Super Clubs (Jamaica), a Accor (França) e a Barcelo (Espanha)[18]

As estimativas do World Tourism Organization - e projeções simuladas feitas em computador por especialistas em turismo cubano - indicaram que, em 2007, caso fosse levantado o embargo norte-americano, cerca de 4 milhões de turistas poderiam visitar Cuba, representando uma fatia de mercado de 15,9% do turismo na região do Caribe [19]. Esse turismo representaria para Cuba uma receita direta de de US$ 7,5 bilhões, e gerará uma produção adicional, no resto da economia cubana, de US$ 7,650 milhões [19].

Em 2006 a ilha contava com aproximadamente 48.000 leitos de hotel de categoria internacional, capazes de prover cerca de 25.185 mil noites-quarto de hospedagem. A taxa de ocupação dos hotéis cubanos, em 2006, foi de 60,7%, o que representou a venda efetiva de 15.627 mil noites-quarto. A estada média dos turistas em Cuba é estimada em 4,2 dias. Em 2006 o dispêndio total por turista foi de US$ 1.091, e o gasto diário por turista de US$ 260 [17].

A atividade turística em Cuba, em 2007, dá emprego a cerca de 268.000 cubanos, sendo 138.000 empregos diretos (dos quais cerca de 20% de nível univeristário), e 130.000 indiretos [19].

[editar] Biotecnologia

A revista Nature, o mundialmente respeitado semanário internacional de ciência, declarou em um seu editorial que Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa (científica), talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático. Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005) [20].

Cuba conseguiu criar, com grande sucesso, uma indústria de biotecnologia capaz de inventar drogas modernas e vacinas próprias [21], e que opera ao lado de uma florescente indústria farmacêutica que vem obtendo sucesso em suas exportações. Como observou a revista Nature, cabe indagar como Cuba, (sofrendo um selvagem embargo comercial pelos Estados Unidos, desde 1961) conseguiu fazer isso, e que lições outros países poderiam tirar desse feito. Mais da metade do progresso científico de Cuba foi obtido após a queda do império soviético. Segundo a Nature, o sucesso de Cuba pode ser parcialmente explicado pelos pesados investimentos feitos por aquele país em todos os níveis de educação e também pelo fato de que a ciência em Cuba seria "selvagemmente [22] dirigida", ou seja, dirigida exclusivamente à solução de seus problemas sociais. "A pesquisa estatal de Cuba funciona como um grande laboratório empresarial, exceto em que seus resultados são medidos pelos benefícios sociais que gera, ao invés do desempenho comercial de seus produtos, como ocorre nas corporações comerciais". [23]

A biotecnologia cubana já gerou mais de 600 patentes para drogas novas e inovadoras como vacinas, proteínas recombinantes, anticorpos monoclonais, equipamento médico com software especial, e sistemas de diagnósticos. Em 2003 a exportação desses produtos cresceu 13% e incluiu novos itens, tais como a vacina haemofila (para prevenção da meningite infantil e pneumonia) e um fator estimulador de colônia e anticorpo monoclonal R3 (para o tratamento do cancer). Cuba é um dos únicos seis países do mundo que produzem o interferon. Cerca de sessenta outros produtos estão nos estágios finais de pesquisa e planos de transferência de tecnologia estão em estudos visando a construção de unidades produtoras no exterior, afim de contornar os embargos comerciais impostos pelos EUA aos produtos cubanos [24].

[editar] Energia elétrica

Até 2004 o fornecimento de energia elétrica em Cuba esteve extremamente deficiente, com frequentes apagões, que chegavam a durar 16 horas seguidas [25]. Desde então o governo cubano vem investindo na expansão da geração e distribuição de energia elétrica, enquanto busca aumentar a eficiência, para conseguir atender ao aumento do consumo, que cresce em média 7% ao ano. Em agosto de 2005 o Ministério da Indústria Pesada cubano anunciou a proibição do uso lâmpadas incadescentes em Cuba, e lançou operação ""Economiza Energia", que visava trocar 1,2 milhões dessas lâmpadas pelas eficientes fluorescentes compactas, que consomem menos de 20% da energia anteriormente usada. Essa campanha, iniciada por Fidel, espalhou-se pelo mundo e está sendo adotada pela Austrália, Canadá e até pela Califórnia [26]. Fidel Castro declarou o ano de 2006 o "ano da revolução da energia elétrica" e "jurou" por fim aos apagões, que estavam acabando com a legendária paciência do povo cubano, até 1° de maio daquele ano. [27]. Em 2006 foram acrescentados 1.300 megawatts à capacidade de geração cubana. No início de 2007 foram adicionados mais 711.811 kW, quando se instalaram os 4.158 geradores convencionais a diesel, adquiridos em 2006 ao custo de US$ 800 milhões [28]. A partir de 1º de junho de 2007 Cuba restringiu a entrada de equipamentos de alto consumo de energia elétrica, como aparelhos de ar-condicionado, e liberou a importação de geradores elétricos.

Uma análise técnica, minuciosa e completa, da situação energética de Cuba pode ser encontrada no estudo feito por D. Pérez, I. López e I. Berdellans, para o Centro de Gestión de la Información y Desarrollo de la Energía, CUBAENERGIA, em convênio com a United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA) [29]

[editar] Divida Externa

A divida externa Cubana encontra-se em U$ $15,15 bilhões (moedas conversíveis), mais 15-20 bilhões devidos à Rússia (2006 est.). As reservas em ouro e moedas fortes representam US$ 2.618 bilhões (2006 est.).

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 Background Note: Cuba. Washington: U.S. Dept. of State, maio 2007
  2. GARAVELLO, Murilo. Regime de Fidel cerceou democracia e direitos humanos, mas melhorou qualidade de vida. São Paulo: Especial Cuba, Últimas Notícias, UOL, 19 de fevereiro de 2008, acessado às 14:06
  3. Medicina é nova locomotiva da economia de Cuba. Biotecnologia, Biotech Brasil, 31 de Janeiro de 2006 às 10h01
  4. Cuba e China avançam na biotecnologia. Conselho de Informações Sobre Biotecnologia, 23 de dezembro de 2005. Fonte: Chicago Tribune, 19 December 2005 e Chicago Tribune e Crop Biotech, 16 December 2005
  5. Cuba realiza primeiro transplante com células-tronco em sistema nervoso. 2 de julho de 2007, Fonte: JB Online, 30 de junho de 2007
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 The World Factbook: Cuba, 2007, CIA
  7. 7,0 7,1 World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD(Last update: August 2007, copyright Angus Maddison).
  8. Renda Per Capita dos Países, Fevereiro 15, 2007
  9. 9,0 9,1 CEPAL, Anuario estadístico de América Latina y el Caribe, 2006, Estadísticas económicas, P. 86
  10. Economia latino-americana crescerá 5,3% em 2006, segundo relatório da Cepal. Últimas Notícias, UOL News, 14 de dezembro de 2006 - 17h22
  11. DIETRICH, Heinz. CUBA: O milagre biotecnológico
  12. Cuba: Environment at a glance 2004, World Bank
  13. Restaurantes y Paladares de La Habana, Cuba. paseos por la habana .com
  14. HABEL, Janette. Le castrisme après Fidel Castro : une répétition générale, RISAL, 29 décembre 2006.
  15. Unos 194.102 turistas españoles visitaron Cuba en 2005, 33% más pese a los huracanes. Fontes: Fuente: Agencias/EP; Actualidad 24 Horas.com; 26 de janeiro de 2006
  16. FRANK, Marc. Cuba takes steps to spruce up tourism appeal. Havana: uk.reuters.com, 27 de junho de 2007 19:12 BST
  17. 17,0 17,1 Cuba Reports Millions in Tourist Revenues. 17 de setembro de 2007.
  18. TURKEL,, Stanley. CUBA: Tourism Thriving Despite the U.S. Trade Embargo. Hotel Interactive, 10 de abril de 2006.
  19. 19,0 19,1 19,2 CRESPO, Nicolás e DIAZ, Santos Negrón. Cuban Tourism in 2007: Economic Impact; Cuba in Transition - ASCE 1997
  20. Socialism in one country: Cuba's scientific community has made substantial progress in addressing social problems. Nature; vol. 436, issue 7049 (July 2005); p303.
  21. Cuba—innovation through synergy.; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004
  22. Selvagemente ou selvagemmente?
  23. DÁVILA, Agustín Lage.Socialism and the Knowledge Economy: Cuban Biotechnology.; Monthly Review; Volume 58, Number 7, dezembro de 2006
  24. Economic Survey of Latin America and the Caribbean 2003-2004. pp 287-293; ECLAC
  25. Cuba-Électricité - consommation (milliards kWh) 1998-2004. Fonte: CIA World Factbook, versão de 1º de janeiro de 2007
  26. Green light for Australian ban on old-style bulb. International, The Guardian, 21 de fevereiro de 2007, p. 24
  27. Cuba's energy revolution. The Economist, 27 de abril de 2006
  28. Bright prospects for Brazilian utilities. The MoneyWeek; 28 de setembro de 2007
  29. PÉREZ D., LÓPEZ, I. e BERDELLANS, I. Energy Indicators for Sustainable Development: Country Studies on Brazil, Cuba, Lithuania, Mexico, Russian Federation, Slovakia and Thailand, United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA), Capítulo 4, pp. 83 - 127

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas


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