Língua polaca
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Polaco (język polski) | ||
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Falado em: | Polônia, Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia, Cazaquistão, República Tcheca, Alemanha, Israel, Romênia, Eslováquia, Rússia, Brasil e outros países. | |
Total de falantes: | 42,7 Milhões | |
Posição: | 28 | |
Família: | Indo-europeia Eslava Ocidental Lequítico Polaco |
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Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Polônia | |
Regulado por: | Conselho da Língua Polaca | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | pl | |
ISO 639-2: | pol | |
ISO/DIS 639-3: | pol | |
SIL: | POL |
A língua polaca ou polonesa é uma língua eslava ocidental, falada por cerca de 60 milhões de pessoas, a maioria das quais vive na Polónia (Polônia no Brasil). É também falada na Lituânia (400 000), Bielorússia (1 milhão), Ucrânia, Brasil (em várias cidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no Espírito Santo), mas também no Reino Unido, na França, na Argentina, nos Estados Unidos da América, em Israel e no Canadá e em outros países. Este idioma é a língua eslava mais falada depois do russo.
A literatura polaca já conquistou quatro prêmios Nobel: Henryk Sienkiewicz, em 1905, Władysław Reymont (1924), Czesław Miłosz (1980) e Wisława Szymborska (1996).
Índice |
[editar] História
A história dessa língua divide-se em quatro períodos: antigo (séculos XII - XVI), médio (século XVI - 1780), novo (1780 - 1945) e moderno. A língua polaca pertence ao ramo lequítico do grupo ocidental eslavo, junto com dialetos extintos dos eslavos que viveram a leste dos rios Oder (Odra, em polaco e português) e Elba. A história registrada da língua polaca começa com uma bula papal redigida em latim em 1136 pelo arcebispo de Gniezno, na qual aparecem 410 nomes polacos pessoais e geográficos. O registro polaco mais antigo é datado do século XIII, sendo do século XIV o texto contínuo mais antigo.
No século XVI já se pode falar de língua literária mais ou menos normativa, que contém algumas características do dialeto da região da Grande Polónia, no oeste do país, e da região da Pequena Polônia, no sudeste, estando a história da época da Polônia conectada com centros político-religiosos dessas regiões (Gniezno, Poznań e Cracóvia). As influências diferenciadas de ambos dialetos acabaram com a seleção da variante mais próxima ao Tcheco, que teve forte influência no começo do século X, quando o cristianismo entrou na Polônia via Boêmia. A língua literária polaca teve desenvolvimento contínuo desde então, ainda que o latim tenha sido um sério adversário, concorrendo com o polaco até o final do século XVIII.
Em 1924, o novelista Władysław Reymont ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Outros novelistas e poetas que também ganharam o Nobel foram Henryk Sienkiewicz, em 1905, Czesław Miłosz, em 1980 e Wisława Szymborska, em 1996.
[editar] Dados
O polaco é a língua materna de quase 39 milhões de pessoas que vivem na Polônia e de cerca de 15-20 milhões que vivem em outros países.
Língua falada por: | |
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País | Falantes |
Polônia Estados Unidos Ucrânia Alemanha Bielo-rússia Lituânia Canadá Brasil Israel Rússia Cazaquistão Letônia Áustria Eslovaquia Rep. Tcheca Hungria Austrália Romênia Azerbaijão Estônia Finlândia França Holanda |
39 000 000 2 438 000 1 151 000 1 000 000 403 000 258 000 225 000 150 000 100 000 94 000 61 500 57 000 50 000 50 000 39 000 21 000 13 783 10 000 1 300 600 não disponível não disponível não disponível |
[editar] Dialetos
O território lingüístico polaco divide-se tradicionalmente em cinco grandes zonas dialetais, correspondentes às regiões histórico-geográficas da Grande Polônia, Pequena Polônia, Silésia e Cassúbia. Esta divisão não inclui os territórios do Oeste e do Norte (aproximadamente 25% do território polaco atual) que foram ganhos da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial e que estavam povoados pelos chamados falantes de novos dialetos criados como resultado das movimentações populacionais do pós-guerra.
A maioria dos falantes dialetais mostram tendência à diglossia, ou seja, falam duas línguas, a forma dialetal e a língua normativa.
A língua cassúbia, considerada pelos linguistas polacos durante o regime comunista apenas um dialeto do polaco (por razões políticas), agora goza do estatuto oficial de uma língua regional e, como tal, é protegida e promovida pelo estado polaco.
[editar] Ortografia
O polaco contemporâneo possui sete fonemas vocálicos e 35 consonantais, representados pelo alfabeto latino, com alguns sinais diacríticos. Os sons que não existiam no latim foram transcritos com a utilização de dígrafos, como sz e cz, que são fricativas sibilantes sonora (j) e surda (ch) respectivamente; ou por meio de marcas diacríticas como ź e ś, procedentes do tcheco. O único sinal polaco de seu alfabeto é a letra Ł, que equivale à semiconsoante w. Ao longo de sua evolução, o polaco deixou de distinguir entre vogais longas e breves.
O polaco é a única língua eslava que possui vogais nasais (ą e ę), originárias das vogais nasais do antigo eslavo. É uma língua muito flexionada e os verbos conjugam-se variando em gênero, pessoa e número; a ordem das palavras na frase é bastante flexível, por conta da clareza dada pela declinação de substantivos e adjetivos.
[editar] Alfabeto
O alfabeto polaco tem 32 caracteres; 9 são vocálicos e 23 são consonânticos.
Caracteres Q V X - q v x aparecem apenas em palavras de origem estrangeira. São chamados "caracteres históricos" e frequentemente não são considerados parte do alfabeto polaco contemporâneo.
[editar] Algumas palavras úteis
Cześć: Olá
Dzień dobry: Bom dia
Do widzenia: Adeus
Jak się masz? Como está?
Dziękuję, dobrze: Bem, obrigado
Proszę: Por favor
Dziękuję: Obrigado
Tak: Sim
Nie: Não
Przepraszam: Desculpa
Nie rozumiem: Eu não entendo.
[editar] Fontes
- Polish 101 Learn Polish online (Inglesa)
- http://www.proel.org/
- http://www.ethnologue.com/
[editar] Veja também