Rio Amarelo
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Huang He (rio Amarelo) | |
Localização do Rio Amarelo (Huang He) |
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Comprimento: | c. 5464 km Posição: 7 |
Nascente: | Bayan Kara Ula (Qinghai) |
Altitude da nascente: | 4.500 m |
Débito médio: | 90.800 m3/s |
Foz: | Mar de Bohai |
Área da bacia: | 752.000 km2 |
País(es): | República Popular da China |
O Rio Amarelo, também conhecido como Huang He, é o segundo mais longo rio da China, medindo 5.464 km, e tem uma bacia de 752.000 km².
É de grande importância para a economia chinesa pois o seu vale tem terras férteis, bons pastos e importantes jazidas minerais.
Foi nesse rio que a civilização chinesa começou.
O nome Rio Amarelo foi dado por causa do luor amarelo que ele dá.
[editar] Início da Civilização Chinesa
Os primeiros chineses provavelmente migraram do sul, do vale do Rio Mekong para o norte, estabelecendo-se nas terras férteis das proximidades do Rio Amarelo compostas por um loesse trazido e depositado pelas águas ao longo de milênios dos planaltos da China central e pelos ventos que vinham dos desertos a oeste. Nesta terra irrigada, os antigos chineses cultivaram painço, hortaliças e frutas nativas, sobretudo ao longo dos alto e médio cursos do rio. No setor baixo do Rio Amarelo, cultivava-se arroz. Durante o terceiro milênio antes de Cristo, o excedente de produção favoreceu o estabelecimento de vilarejos permanentes, como Banpo e Erlitou, e logo em meados daquele milênio havia quase um contínuo de povoados e vilas ao longo do rio, dando contornos rudimentares a um princípio de civilização.
[editar] Domesticação do Rio Amarelo
O Rio Amarelo recebe no verão um grande volume de águas originadas do degelo nas montanhas no oeste da China, e isso causava grandes inundações períódicas em toda a bacia. O loesse trazido pelo rio sedimenta-se, causando seu assoreamento, agravando as enchentes. No início do estabelecimento humano, as enchentes repentinas causavam tantas mortes que os chineses ainda apelidam o Rio Amarelo de "Rio das Lamentações". Por causa destas eventualidades, os chineses demoraram séculos para ocupar de forma permanente a grande e fértil planície central da bacia do Rio Amarelo.
O controle das inundações surgiu em algum momento por volta de 2.200 a.C., quando um extenso sistema de diques, canais de escoamento e reservatórios foi construído, contendo o excesso de água proveniente do degelo e possibilitando o cultivo permanente da planície central.
A construção destes sistemas data de antes dos registros escritos, e por isso sua documentação posterior é cercada de lendas. Uma delas a atribui a um imperador lendário, Yü o Grande, que teria coordenado a construção dos diques e terminado com uma inundação que teria durado 13 anos. Após tal feito, ele teria sido alçado ao status de divindade. A lenda perpetrou-se na cultura chinesa posterior, e há um provérbio local que diz: "Não somos peixes graças a Yü".