Língua maasai
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
| Maasai | ||
|---|---|---|
| Falado em: | Quênia, Tanzânia | |
| Total de falantes: | 1,000,000 | |
| Família: | Sudanesas Leste Nilóticas Nilóticas Leste Teso-Lotuko-Maa Lotuko-Maa Maasai |
|
| Códigos de língua | ||
| ISO 639-1: | -- | |
| ISO 639-2: | --- | |
Maasai ou Massai faz parte das lìnguas “Maa”,grupo de idiomas ou dialetos mutualmente intelegíveis da família “Leste Nilótica”, falados em Quênia e Tanzânia. Dividem-se em línguas Maa do Norte e do Sul. Relacionam-se às línguas “Lotuko” do sul do Sudão. Vários povos da região foram assimilando essa língua a partir de contatos culturais e comerciais.
Índice |
[editar] Alfabeto
Maasai utiliza o Alfabeto latino sem F, H, Q, V, X, Z ; apresenta os grupos consonantais MB, ND, NG, NJ, NY, RR, SH, mais WW, YY e o ɲ
[editar] História
Tribos de caçadores coletores como os “Aasáx” ou “Asa” e os “Elmolo”, que falavam línguas “Cushiticas” e mais os “Mukogodo-Maasai” ou “Yaaku”, criadores de abelhas, falantes de línguas “Leste cushiticas” foram assimilando por contato a língua e cultura Maasai. Também foram muito influenciados pelo Maasai os falantes da língua “Okiek” do norte da Tanzânia e os falantes de “Kalenjun” (língua “sul-nilótica”).
Já existiu outra língua “Maa’, a do povo “Kore”, que foi derrotado nos anos 1870 pelos Maasai Purko e fugiu para o noroeste do Quênia, onde ficou sob cativeiro Somali. Foram libertados pelos britânicos já ao final do século XIX, mas já haviam perdido sua língua própria e falam a Língua somali. A perda de seus rebanhos os levou à ilha “Lamu” a partir dos anos 50, onde vivem até hoje.
[editar] Geografia
Os falantes de Maasai se dividem quase 50%-50% entre Tanzânia e Quênia.
Em Tanzânia seus falantes são grupos nômades, patriarcais, pastores de gado bovino, ovino e caprino. Dividem-se entre cristãos e animistas; Alguns homens casam com mulheres de outros grupos étnicos. Em Quênia são semi-nômades, praticam alguma agricultura.
Entre aqueles em que o Maasai é a primeira língua o índice de alfabetização é de 1%. Porém, entre os que têm Massai como segunda língua, a leitura de Bíblia elevou esse índice a 18%. Os “Baraguyu” falam Maasai e também a Língua suaíli, mas se consideram um grupo étnico separado. Os “Kore” de Quênia têm a Língua somali como seu primeiro idioma.
Os Arusha dessas regiões não são os mesmos daqueles da etnia “Bantu” Chaga, que falam língua do grupo Bantu. Os “Arusha” pastores, vestem como os Maasai, falam língua Maasai, enquanto que os que são agricultores casam com mulheres “Chaga”.
[editar] Dialetos
Maasai tem os nomes alternativos Masai, Maa, Lumbwa, Kimaasai;
Os dialetos da Tanzânia são cerca de 84% lexicamente simétricos aos do Quênia. O dialeto “Purko” do Quênia tem entre 91% e 96% simetria com os demais dialetos do país e ainda simetrias léxicas variando entre 60 a 89% com os dialetos “Baraguyu”, “Arusha”, “Samburu”, “Chamus”, “Ngasa’ ou “Ongamo” (este com a menor simetria).
São os seguintes os Dialetos Maasai, conforme o país:
- Quênia – Kaputiei, Keekonyokie, Matapo, Laitokitok, Iloodokilani, Damat, Purko, Loitai, Siria, Moitanik (Wuasinkishu), Kore, Arusa (Arusha), Parakuyo (Baraguyu, Kwavi), Kisonko..
- Tanzânia - Arusha (Il-Arusha, L-Arusha), Parakuyo (Baraguyu, Kwavi), Kisonko.
Há classificações para as Línguas ou Dialetos Maa:
- Maa Norte
- Samburu
- Camus
- Maa Sul
- Maasai
- Ongamo ou Ngasa (hoje muitos falam o “Chaga”)
[editar] Amostra de Texto
órè dúó apá ánaa enáyyólo naá órè taá, órè taá náají, órè dúó énaa enapákátá earây, náa káytírríshíákì náají ìnè wwéjì amû órè apá, néetây apá, néetây apá oltuŋánì ojî apá Inkimís.
Tradução
Pelo que eu sei desde muito tempo, desde o tempo em que havia caça eu posso lembrar de muitas coisas, porque há muito tempo, messe tempo, havia um homem chamado Inkimis.
[editar] Referências
- Heine, Bernd & Vossen, Rainer (1980) 'The Kore of Lamu: A contribution to Maa dialectology', Afrika und übersee, 62, 272–288.
- Vossen, Rainer (1982) The Eastern Nilotes: Linguistic and Historical Reconstructions. Berlin: Dietrich Reimer Verlag. ISBN 3-496-00698-6.
- Vossen, Rainer (1988) Towards a comparative study of the Maa dialects of Kenya and Tanzania (Nilo-Saharan 2.) Hamburg: Helmut Buske Verlag.
- Sommer, Gabriele {1992) 'A survey on language death in Africa', in Brenzinger, Matthias (ed.) Language Death: Factual and Theoretical Explorations with Special Reference to East Africa. Berlin/New York: Mouton de Gruyter, pp. 301–417.
[editar] Referências externas
- Maa languages on the Ethnologue
- The Maa (Maasai) language, website de Doris L. Payne.
