Insurreição Pernambucana
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A insurreição pernambucana, também conhecida como Guerra da Luz Divina, foi o movimento que expulsou os neerlandeses (holandeses) do Brasil, integrando forças lideradas pelos senhores de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo negro Henrique Dias e pelo índio Felipe Camarão.
Até a chegada do administrador holandês João Maurício de Nassau-Siegen aos territórios conquistados em 1637, os luso-brasileiros empreendiam a chamada "Guerra Brasílica", que cosnsistia em ataques rápidos e furtivos às forças flamengas, desaparecendo rapidamente na mata. Desde então as emboscadas ficariam suspensas dentro do território pernambucano, pois o Conde de Nassau implementaria uma política de estabilização nas novas colônias neerlandesas, sobretudo em Pernambuco. Com ele o nordeste brasileiro conheceu a época de ouro da Nova Holanda. Ao pisar em solo americano, encontrou cerca de 7.000 almas vivendo nas piores condições de higiene e habitação. Mandou construir pontes, palácios, iniciou a urbanização do que hoje é conhecido como o bairro de Santo Antônio na capital pernambucana, incentivou as artes e as ciências, retratou a natureza do novo mundo através de seus dois artistas Frans Post e Albert Eckhout. Ao todo foram 46 estudiosos dos mais variados gêneros.
Com relação à exploração da colônia, foi tolerante com os senhores de engenho, os quais deviam muito à WIC. Foi igualmente tolerante com o judaísmo e o catolicismo, deixando que se professasse todas as religiões livremente. Preferia não penhorar engenhos nem sufocar revoltas com crueldade. Enfim, procurava fazer a administração contrária ao que queria os senhores da WIC.
[editar] Motivos para a Insurreição
No contexto da Restauração portuguesa, o Estado do Brasil se pronunciou em favor do Duque de Bragança (1640), assinando-se uma trégua de dez anos entre Portugal e os Países Baixos.
No nordeste do Brasil, os engenhos de cana-de-açúcar viviam dificuldades num ano de pragas e seca, pressionados pela Companhia das Índias Ocidentais, que sem considerar o testamento político de Nassau, passou a cobrar a liquidação das dívidas aos inadimplentes. Essa conjuntura levou à eclosão da Insurreição pernambucana, que culminou com a extinção do domínio neerlandês (holandês) no Brasil.
De acordo com as correntes historiográficas tradicionais em História do Brasil, esse movimento assinala o início do nacionalismo brasileiro, pois os elementos étnicos brancos, africanos e indígenas fundiram os seus interesses na luta pelo Brasil e não por Portugal. Foi esse movimento que deu à população local a verdadeira compreensão de seu valor, incutindo no povo o espírito de rebeldia contra qualquer tipo de opressão. [1].