Baixo
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O contrabaixo elétrico, chamado também de baixo elétrico ou simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. Evolução do contrabaixo acústico, é utilizado por diversos estilos musicais modernos.
Índice |
[editar] Características e história
Nos anos 50 o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico. O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico. O primeiro baixista a testar o Precision foi William "Monk" Montgomery (irmão do guitarrista virtuose Wes Montgomery) foi um dos primeiros a divulgar o novo instrumento.
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.
[editar] Design
O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
- Número de cordas (e afinação):
- Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em GDAE, ou algumas vezes em GDAD)
- Cinco cordas (geralmente GDAEB, podendo em alguns casos ser CGDAE)
- Seis cordas (geralmente CGDAEB, mas EBGDAE também tem sido usado)
- Mais de 6 cordas envolvendo cordas semelhantes as de uma guitarra.
- Baixo Tenor - CGDA
- Baixo Piccolo - GDAE (uma oitava acima da afinação normal)
- Captadores:
- Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
- Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
- Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
- Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
- Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
- Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
- Formato e cor do instrumento:
- Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes
- Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
- Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)
- Trastes:
- Com trastes (fretted) - como a maioria das guitarras
- Sem trastes (fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos
[editar] Técnicas
[editar] Tapping
Técnica no qual as notas são extraídas de um instrumento de cordas de forma parecida ao de um piano, batendo nas cordas com as pontas dos dedos nas notas que se deseja executar. Quando são utilizadas ambas as mãos recebe o nome de two-hands tapping, sendo na guitarra popularizada por Eddie Van Halen.
[editar] Slap
A técnica surgiu por volta de 1961, quando Larry Graham estava em uma sessão de gravação em estúdio e, momentaneamente, ficou sem baterista. Ele então começou a bater e puxar as cordas, na tentativa de imitar o som do bumbo e da caixa.[carece de fontes ]
Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos) obtendo uma sonoridade estalada e metálica, sendo uma das mais complexas técnicas de execução no contrabaixo elétrico.
[editar] Pizzicato
O pizzicato é a técnica que normalmente se usa para tocar, dedilhando-se, com a alternância de dois ou três dedos, as cordas. Vem sendo utilizada há alguns séculos no jazz e na música erudita, mas de uma maneira diferente: enquanto nas orquestras o pizzicato é apenas um "beliscão" na corda, normalmente feito com um só dedo, e no jazz utiliza-se uma pegada diferente, colocando-se o dedo quase que paralelo a corda e com isso gerando um som mais "encorpado".
Em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então usa-se muito pouco o arco para tocar esse instrumento no jazz. O método mais comum de execução desta técnica é usando os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar também o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mínimo. Alguns poucos contra-baixistas usam o polegar para cima e para baixo, como uma palheta.
Um dos grandes mestres desta técnica é o baixista Francis "Rocco" Prestia, membro da banda Tower of Power que possui uma técnica peculiar neste estilo. Usando muitas ghost notes (notas-fantasma) e stacatos faz com que o instrumento pulse no groove da banda.
[editar] Fretless
A técnica para fretless é bem diferente do contrabaixo acústico e muito semelhante ao baixo, tocando-se com dois, três ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acústico. Para estilos musicais mais vintage ou folk, costuma-se utilizar cordas flatwound e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar também o slap em lugar do pizzicato.
Por se tratar de um instrumento não temperado, sem trastes para definir a altura das notas na escala, a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo, além de se manter um vibrato eficiente que prolongue o som da nota.