Sonata Op. 27 n. 2 (Beethoven)
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A Sonata Op. 27 n. 2 é uma sonata de Beethoven. Essa sonata foi muito tocada também na época de Beethoven, que chegou a dizer que ele tinha feito músicas melhores. A "Sonata ao Luar". Aquela que serviu de tema para inúmeros filmes e romances só recebeu o apelido famoso muitos anos depois da morte de Beethoven. Foi o crítico Rellstab que comparou a música a um luar no lago Lucerna. A comparação "pegou" e chegou até nós.
Assim como na sonata anterior, o primeiro movimento vem com a indicação "quasi una fantasia". Uma melodia melancólica é apresentada acompanhada porum ostinato que dura o movimento inteiro. Beethoven colocou no início da partitura uma indicação de "senza surdina". Os desavisados pensam que a "surdina" aqui se refere ao pedal da esquerda, o "una corda". Mas na verdade a surdina a que Beethoven se referiu e' justamente o pedal da direita! No piano da época de Beethoven, o pedal da direita levantava os abafadores (surdinas) das cordas. Ou seja, Beethoven quer que o movimento inteiro seja tocado sem nenhuma surdina nas cordas (com o pedal da direita abaixado). Como o piano moderno nao permite isso - o nivel de projeção é muito maior do que o piano da época de Beethoven, criando dissonâncias indesejadas - essa indicação serve como parâmetro para interpretação e não deve ser levada a risca (a não ser que o pianista toque num piano de época). O movimento tem uma forma-sonata meio escondida, onde existe uma exposição, desenvolvimento e recapitulação, mas a forma fica bem diluíida no contexto geral. Assim como na sonata anterior, Beethoven coloca aqui um "attacca subito" no final do movimento para dar continuidade à música. ? Ouça o primeiro movimento desta sonata.
O segundo movimento é um minueto com trio. Melodia simples, mas como não poderia deixar de ser, Beethoven usa aquela mudança rítmica com síncopes. A atmosfera é bem leve e alegre. ? Ouça o segundo movimento desta sonata.
O terceiro movimento é o mais extenso e "dramatico" da sonata. De uma dificuldade técnica muito grande, esse movimento vem na sonata-forma. O tema principal e' heróico e turbulento - Um série de acordes arpejados ascendentes rapidissimos. Ao longo do movimento, o baixo Alberti[1] se faz presente, mantendo a ansiedade mesmo quando a melodia tem um ar mais calmo. O segundo tema é mais lírico e melódico. No final do movimento Beethoven apresenta uma Coda estendida (o que começa a se tornar uma constante em sua obra para piano). Nesta Coda, ele usa acordes "quebrados" (Arpejos rapidissimos que soam, como se alguém tocasse um acorde sem tocar as notas todas juntas), o que Beethoven usaria mais tarde na Appassionata. Além disso, na Coda Beethoven traz um pouco do caráter de uma cadência, onde o pianista "improvisa" com as harmonias até voltar ao tema principal para fechar o movimento. ? Ouça o terceiro movimento desta sonata.
[editar] Fonte
BERBER, (apelido). Sonata Op. 27 n. 2. Extraído do sítio do Fórum musical Presto, <http://presto.s4.bizhat.com/viewtopic.php?t=55&postdays=0&postorder=asc&start=0&mforum=presto>, publicado com permissão do autor. Acesso em: 24/06/2007.
Sonata para Piano No. 14 | |
Composições de Ludwig van Beethoven | |
Apelido: | Ao Luar |
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Forma: | Sonata para piano |
Tonalidade - Compasso: | Dó sustenido menor – 2/2 |
Movimentos | 3 |
Data da composição: | 1801[2] |
Número da composição: | Op. 27 nº 2 |
Andamentos | |
Primeiro Movimento | Adágio sostenuto |
Segundo Movimento | Allegretto |
Terceiro Movimento | Presto agitato |
[editar] Referências
- ↑ Baixo Alberti: Nome dado ao tipo de acompanhamento de teclado, da mão esquerda, formado por acordes de tríades quebradas em que se toca a nota mais baixa seguida pela mais alta e novamente a mais baixa seguida pela média. O nome foi dado em homenagem Domenico Alberti e aplica-se apenas a esse tipo de acompanhamento com acordes de tríades quebrados. Fonte: FULLER, David. Alberti bass. Grove Music Online, Disponível em <http://www.grovemusic.com/shared/views/article.html?section=music.00447>. Acesso em: 25 de junho de 2007.
- ↑ COOPER, Barry. Beethoven: Um Compêndio. Tradução de Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor. 1996. ISBN 85-7110-349-6