Iconoclastia
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Iconoclastia(do grego εικών, eikon [ícone], e κλαστειν, klastein [quebrar]) é a doutrina que se opõe ao culto de ícones religiosos e outras obras, geralmente por motivos políticos ou religiosos. No âmbito do cristianismo, a iconoclastia é geralmente motivada pela interpretação literal dos dez mandamentos, que proíbem os fiéis de adorar imagens. As pessoas envolvidas em tais práticas são conhecidas como iconoclastas, um termo que passou a ser aplicado a qualquer um que quebra dogmas ou convenções estabelecidas ou as desdenha. Inversamente, aqueles que reverenciam ou veneram os ícones são conhecidos como iconófilos. A iconoclastia pode acontecer com povos de religiões diferentes, mas é freqüentemente o resultado de disputas entre facções de uma mesma religião. Foi importante na história da Igreja Ortodoxa durante o Império Bizantino, nos séculos VIII e IX.
As escolas iconoclastas enfatizam a compreensão e a transformação interior. São exemplos delas: o sufismo na religião islãmica, hassidismo e a cabala no judaísmo, advaita ventana no hinduísmo e o zen e o dzogchen no budismo. Se opunham às conceituações e às estruturas mentais. Esses movimentos nunca se expandiram bastante por serem considerados suspeitos pelas hierarquias religiosas estabelecidas.
O primeiro ciclo do Iconoclasmo foi constituído nas culturas judaico-cristã e islâmica e na tradição filosófica grega. O segundo durante o Império Bizantino (século XVIII e IX), quando a produção, disseminação e o culto das imagens foram proibidos, assim como os adeptos da iconofilia e iconolatria que foram perseguidos e executados, e tiveram suas obras queimadas em praça pública.O iconoclasmo foi decretado doutrina oficial pelo imperados Leão III em 730, e aplicado com firmeza pelos seus sucessores: Constantino V, Constantino VI e Leão V. A doutrina dilacerou o lado do antigo Império Romano durante mais de um século e provocou uma sangrenta guerra civil, que só terminaria em 843, com a restauração do culto aos ícones na catedral de Santa Sofia, em Constantinopla, atual Istambul.
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