Dark Side of the Moon
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Dark Side of the Moon | |||||
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Álbum de estúdio por Pink Floyd | |||||
Lançado em | Março de 1973 | ||||
Gravado em | Junho de 1972 a Janeiro de 1973 | ||||
Gênero(s) | rock progressivo | ||||
Duração | 43 min 00 s | ||||
Gravadora(s) | Harvest Records (UK) Capitol Records (US) | ||||
Produção e arranjos |
Pink Floyd | ||||
Opiniões da crítica | |||||
Cronologia de álbuns de Pink Floyd | |||||
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(The) Dark Side of the Moon (ou pela abreviatura DSotM; O "The" inicial é incluído em algumas versões do título) é um álbum conceptual de 1973 dos Pink Floyd, que fala sobre as pressões da vida, como tempo, dinheiro, guerra, loucura e morte.
É considerado por muitos fãs dos Pink Floyd como sendo a obra prima da banda, ultrapassando mesmo The Wall. O álbum foi um marco do rock progressivo com músicas que ‘passavam’ bem nas rádios, tais como “Money”, “Time”, e “Us and them”. O álbum é uma ponte entre o blues rock clássico e a nova (na altura) música electrónica. No entanto são os tons mais suaves e as nuances líricas e musicais que fazem com que este álbum seja uma obra à parte.
The dark side of the moon é o terceiro álbum mais vendido de todos os tempos no mundo inteiro. Atingiu o primeiro lugar no Billboard 200 e também no Billboard Pop Catalog Chart, tendo o híbrido SACD editado em 2003 atingido o mesmo feito.
Índice |
[editar] História
Estima-se que 1 em cada 14 pessoas com menos de 50 anos, nos EUA tenha uma cópia deste álbum.
O tema de Dark Side of the Moon terá sido em parte precipitado pela saída de Syd Barrett um dos membros fundadores dos Pink Floyd.
O álbum contém alguns dos mais complicados usos dos instrumentos e efeitos sonoros existentes à época, incluindo o som de alguém correndo à volta de um microfone e a gravação de múltiplos relógios a tocar ao mesmo tempo. Uma versão quadrifónica, foi também editada com novas misturas. Durante as gravações os Pink Floyd desenvolveram novos efeitos tais como gravações em duas pistas das vozes e guitarras (permitindo a David Gilmour harmonizar consigo próprio impecavelmente), vozes dobradas e efeitos estranhos com ecos e separação dos sons entre os canais. Até hoje, Dark Side of the Moon é uma referência para os audiófilos que o usam para testar a fidelidade, dos equipamentos de áudio.
Outra característica do álbum são os trechos de diálogos entre as faixas. Os Pink Floyd entrevistaram várias pessoas, perguntando-lhes coisas relacionadas com os temas centrais do álbum, como a violência e a morte. O roadie “Roger The Hat" aparece em mais que uma (give ‘em a quick, short, sharp, shock...”, “live for today, gone tomorrow, that’s me...”). A frase no fim do álbum “there is no dark side of the moon really…matter of fact it is all dark” é do porteiro do estúdio Abbey Road, o irlandês Jerry Driscoll. Paul McCartney foi também entrevistado mas as suas respostas foram consideradas demasiadamente cautelosas para serem incluídas
Nos EUA, Dark Side of the Moon é o 18º álbum mais vendido de sempre, tendo permanecido 740 semanas nas tabelas da Billboard magazine, tendo no seu período mais longo permanecido 591 semanas consecutivas. O álbum chegou a Nº 1 nos EUA, Bélgica e França, até em 2002, 30 anos após o seu lançamento, foram vendidas nos EUA mais de 400,000 cópias, fazendo do álbum o 200º mais vendido desse ano. Em 2003 mais de 800,000 cópias do híbrido SACD de Dark Side of the Moon foram vendidas apenas nos EUA. “Time”, “Money”, e “Us and them” foram bastante tocadas nas rádios (sendo o single “Money” um sucesso de vendas também).
Dark Side of the Moon foi editado em “Super Audio Compact Disc” (SACD), com uma mistura de som surround 5.1 DSD a partir das fitas de estúdio de 16 faixas, por ocasião do 30º aniversário do seu lançamento. Tornou-se algo surpreendente o facto de James Guthrie ter sido chamado para fazer a mistura do SACD em vez de Alan Parsons, engenheiro do LP original. Esta edição do 30º aniversário ganhou 4 prémios do “Surround Music Awards” de 2003.
[editar] Wizard of Oz
Quando o álbum é tocado simultaneamente com o filme de 1939 The Wizard of Oz (O Mágico de Oz, no Brasil, O Feiticeiro de Oz, em Portugal) ocorrem algumas correspondências entre o filme e o álbum. [1]. Por exemplo o som da caixa registadora no princípio de “Money” aparece exactamente quando Dorothy pisa pela primeira vez a estrada dos tijolos amarelos, que é também o momento em que o filme passa de preto e branco para cores; no momento em que a bruxa má aparece é tocada a palavra black, a bater de coração no fim do álbum ocorre quando Dorothy tenta ouvir o coração do homem de lata; no momento que Dorothy encontra Oz, entra a música Us and Them, soando Us como Oz bem quando aparece a 1a imagem de Oz; quando Dorothy está na fazenda e ela olha para o alto, no audio surge barulho de avião, e muito mais. A banda insiste que isso são puras coincidências.
Quando este facto começou a vir a público em 1997, despoletou um enorme interesse neste fenómeno. Uma pequena comunidade espalhou-se à volta de vários 'sites' [2] para explorar melhor esta ideia. Quer as correspondências sejam verdadeiras ou imaginadas, alguns fãs do álbum gostam de ver "Dark side of the rainbow", como é chamada muitas vezes esta combinação. A sincronização é conseguida fazendo pausa (de preferência a versão em CD) mesmo no principio e parando a pausa quando o leão da MGM ruge pela terceira vez. Os membros dos Pink Floyd desmentem qualquer relação entre o álbum e o filme num MTV especial sobre o grupo em 2002. Eles afirmam que não poderia esta relação ser planeada por não poderem reproduzir o filme no estúdio, visto na altura não existirem ainda os videogravadores.
[editar] Faixas
[editar] LP original de 1973
[editar] Lado A
- "Speak to Me/Breathe" (Nick Mason, David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright) - 3:59
- "On the Run" (Gilmour, Waters) - 3:35
- "Time/Breathe (Reprise)" (Gilmour, Waters, Wright, Mason) - 7:04
- "The Great Gig in the Sky" (Wright, Torry) - 4:48
[editar] Lado B
- "Money" (Waters) - 6:24
- "Us and Them" (Wright, Waters) - 7:49
- "Any Colour You Like" (Gilmour, Wright, Mason) - 3:26
- "Brain Damage" (Waters) - 3:50
- "Eclipse" (Waters) - 2:04
[editar] Shine On (Box Set), reedição do 20º e 30º aniversário
- "Speak to Me" (Nick Mason) – 1:13
- Instrumental
- "Breathe" (David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright) – 2:46
- Vocais: David Gilmour
- "On the Run" (Gilmour, Waters) – 3:35
- Instrumental
- "Time/Breathe (Reprise)" (Gilmour, Mason, Waters, Wright) – 7:04
- Vocais: David Gilmour e Rick Wright
- "The Great Gig in the Sky" (Wright, Clare Torry) – 4:48
- Vocais: Torry
- "Money" (Waters) – 6:24
- Vocais: David Gilmour
- "Us and Them" (Waters, Wright) – 7:49
- Vocais: David Gilmour e Rick Wright
- "Any Colour You Like" (Gilmour, Mason, Wright) – 3:26
- Instrumental
- "Brain Damage" (Waters) – 3:50
- Vocais: Roger Waters
- "Eclipse" (Waters) – 2:04
- Vocais: David Gilmour e Roger Waters
[editar] Créditos
[editar] Banda
- Roger Waters - baixo, guitarra, teclas, vocal, sintetizador VCS 3, efeitos gravados
- Nick Mason - percussão, bateria, efeitos gravados
- Richard Wright - teclas, vocal, sintetizador VCS 3
- David Gilmour - guitarra, teclas, vocal, sintetizador VCS 3
[editar] Participações
- Dick Parry - saxofone
- Lesley Duncan - vocal de apoio
- Doris Troy - vocal de apoio
- Barry St. John - vocal de apoio
- Liza Strike - vocal de apoio
- Clare Torry - vocal em "The Great Gig in the Sky"
[editar] Técnicos de Produção
- Pink Floyd - produtor
- Peter James - assistente de engenheiro de som
- Chris Thomas - mixagem
- Alan Parsons - engenheiro de som
[editar] Equipe de Produção Artística
- Hipgnosis - design, fotografia
- Storm Thorgerson - design das edições de 20º e 30º aniversário
- George Hardie - ilustrações, sleeve art
- Jill Furmanosky - fotografia
- David Sinclair - texto no relançamento do CD
[editar] Citações
Está bem equilibrado e bem construído, dinâmica e musicalmente e eu acho que o humanismo apresentado é bastante apelativo. É satisfatório. Penso também que é o primeiro álbum deste género. As pessoas citam muitas vezes S.F. Sorrow, do The Pretty Things, de serem de um molde similar - foram feitos no mesmo estúdio e sensivelmente na mesma altura - mas eu penso que terá sido provavelmente o primeiro completamente coerente que foi feito. Um álbum conceitual, amigo! Sempre pensei que teria um êxito extraordinário. Tive o mesmo pressentimento em relação a The Wall. [...] mas claro, "Dark Side of the Moon" acabou com os Pink Floyd de uma vez por todas. Ter tanto sucesso é o objectivo de qualquer grupo e quando o atingimos, é o fim. No meu ponto de vista, eu acho que os Pink Floyd acabaram há tanto tempo como isso. | — Roger Waters - Junho de 1987, com Chris Salewicz
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