Bússola

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Bússola moderna.

A palavra “bússola” vem do italiano do sul bussola, que significa “pequena caixa”. É composta por uma agulha magnética na horizontal suspensa pelo centro de gravidade, e aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direcção do norte magnético da Terra. Atribui-se a descoberta da orientação natural dos ímans aos chineses, por volta do ano 2000 a.C., e por consequência, a invenção da bússola. Foi introduzida na Europa pelos árabes, e foi Flávio Gioia que introduziu também o desenho da rosa-dos-ventos na bússola. Data pelo menos do século XV o conhecimento da declinação magnética, quer dizer, da diferença entre o Norte magnético, indicado pela agulha, e o Norte verdadeiro e, possivelmente, foi descoberta pelos portugueses. A declinação era verificada pelo confronto com a observação da Estrela Polar, quando no hemisfério norte, ou da Estrela Pé do Cruzeiro, quando no hemisfério sul, e a direcção apontada pela bússola.

A bússola é sem dúvida o instrumento mais conhecido dos Descobrimentos, pois foi provavelmente o mais importante. Indicando sempre o Norte, é uma ajuda preciosa para todo e qualquer navegador. As bússolas actuais variam um pouco entre si, mas têm os mesmos componentes básicos.

Uma bússola é um instrumento navigacional para se encontrarem direcções. Ela consiste num ponteiro magnetizado livre para se alinhar de maneira precisa com o campo magnético da Terra. Uma bússola fornece a uma direcção de referência conhecida que é de grande ajuda na navegação. Os pontos cardeais são norte, sul, leste e oeste. Uma bússola pode ser usada com um relógio e uma sextante para fornececer uma capacidade de navegação bem precisa. Esse dispositivo melhorou bastante o comércio marítimo tornando as viagens mais seguras e mais eficientes.

Uma bússola pode ser qualquer dispositivo magnético que usa uma agulha para indicar a direção do norte magnético da magnetosfera do planeta. Qualquer instrumento com uma barra magnetizada ou agulha girando livremente sobre um pivô e apontando para o norte e o sul pode ser considerada uma bússola.

Principais componentes das bússolas:

- Base: é transparente e de plástico, normalmente marcada com uma régua de escala e com uma (ou mais) réguas laterais.

- Cápsula: contém uma agulha magnética, é preenchida por um líquido que em geral é um óleo pouco viscoso, que tem como finalidade dar estabilidade à agulha. A agulha geralmente tem algum destaque para o pólo norte (podendo a ponta ser vermelha, de alguma cor brilhante, etc...). Existem, porém, bússolas em que o Sul é destacado, as ditas "bússolas de geólogo".

- Disco de Leitura: Tem uma escala em graus que fica em volta da cápsula, que serve para ser girada manualmente de modo a obter o rumo em graus (em alguns casos, essa escada não gira manualmente, girando apenas com o movimento da agulha).

- Portão: Faixa preta e vermelha pintada numa lâmina ou na cápsula. Serve para alinhar a agulha, move-se junto com a cápsula e as linhas de Norte e tem o lado Norte pintado de vermelho. Em algumas bússolas o portão pode ser movido independentemente.

- Linhas de Norte: São sem série, e servem para alinhar a bússola com os meridianos inseridos no mapa. Movem-se juntamente com o disco de leitura, e são finas, pretas e paralelas ficando geralmente no fundo da cápsula ou numa lâmina transparente.

Actualmente, as bússolas electrónicas são mais utilizadas, mas no entanto as suas agulhas estão igualmente sujeitas a desvios, graças à acção que o ferro exerce sobre a agulha.

Contudo, uma bússola a bordo de uma embarcação não é chamada de bússola, mas sim agulha de marear, ou simplesmente agulha.

GPS com bússola e altímetro

[editar] Como fazer uma bússola

Material necessário: uma agulha, uma rolha de cortiça, uma faca, um vasilhame com água e um íman de verdade.

Instruções: Primeiro, deve-se cortar a rolha de cortiça, deixando-a com cerca de um centímetro de altura, formando um disco. Deve-se fazer um pequeno espaço de para poder deixar a agulha fixa na rolha de cortiça. Depois deve-se magnetizar a agulha : com uma das extremidades da agulha, passa-se umas 20 vezes com o ímã e sempre na mesma direcção por entre um dos magnetos. No fim, a agulha deve ser fixada na cortiça e colocada sobre um vasilhame com água. Se mexer na agulha, reparará que ela aponta sempre na mesma direcção: a direcção norte-sul.

[editar] Erro de uma bússola

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Este artigo tenta explicar como corrigir ou saber o erro de uma bússola ou agulha magnética usando o método das amplitudes.

Este método usado em navegação por estima pelos navegadores é feito duas etapas, antes do amanhecer e do ocaso, o navegador cruza os azimutes do nascer e se pôr do sol e corrige sua posição estimada pela agulha magnetica.

É importante que se diga que a Declinação Magnética(diferença entre o Norte Verdadeiro e o Norte Magnético) variam de acordo com a latitude em que estamos e de acordo com o campo magnetismo do local. Sendo que a declinação magnética sofre variações maiores quando nos aproximamos dos continentes e isto pode ser facilmente observado numa carta náutica de linha magnéticas e linhas isogônicas(linhas de mesma declinação magnética).

Como a maioria dos navegadores amadores ou de recreio se utilizam de bússolas ou agulhas magnéticas , é msiter que verifiquemos pelo menos duas vezes por dia o seu êrro , que pode variar muito. Mas antes disso devemos observar que outras situação tambem podem influir na variação de agulhas magnéticas, como um rádio proximo da bússola(muito comum, e o altofalante do rádio possui um imã) , uma faca de aço, um relógio de aço , a própria fivela do cinto , se a mesma for de ferro ou aço. Pregos ou parafusos de ferro ou aço nas proximidades, enfim tudo que possa adquirir um campo magnético induzido pelo magnetismo terrestre, inclusive o próprio casco da embarcação se o mesmo for de chapas de aço. E neste caso a bússola deverá ficar entre duas esferas de aço , chamadas de Esferas Compensadoras de Barlow , cuja função é compensar a massa de ferro e aço do casco e de seus apêndices. Tomadas as precauções acima , sabendo que o ambiente que rodeia a bússola está preparado para não influir na mesma , poderemos calcular os azimutes de astros ou usar os enfiamentos em terra para saber a Variação Total ou êrro de uma bússola magnética. Poderemos o fazer usando um dos métodos abaixo:

1- Usando o azimute observado na hora do NASCER OU DO OCASO DO SOL , método chamados das Amplitudes occíduas ou ortivas ( o mais usado entre os navegadores profissionais). Neste método , na hora em que o sol está com o seu centro no horizonte, marcamos através do taxímetro ou alidade de pínulas , o centro do sol(na horizontal e na vertical), na bússola que desejamos saber o erro, anotamos o azimute em graus e décimos de grau, e anotamos a hora. Com esta hora obtemos a nossa latitude estimada para aquela hora em graus e meio graus. Do almanaque Náutico(efemérides) retiramos a declinação do sol para aquela hora da observação e dia. Anotamos a declinação. Na TÁBUA DE NAVEGAÇÃO NORIE´S ,ou outra tábua que possua o método das amplitudes , na página de TRUE AMPLITUDES OU AMPLITUDES VERDADEIRAS entramos com os dados e obtemos o azimute verdadeiro do sol, corrigimos este azimute entrando com os mesmos dados na tabela anexa de correções e obtemos o azimute verdadeiro correto, o transformamos em azimute quadrantal e fazemos a diferença algébrica entre o azimute observado e o azimute verdadeiro calculado e obtemos a variação total da agulha magnética ,aplicando a declinação magnética do local obteremos o êrro da Magnética.

2- Podemos usar quando a embarcação tiver uma agulha giroscópica e se o seu êrro for conhecido pelo navegador, usar o método comparativo entre a giroscópica e a bússola.A diferença entre elas, fazendo-se a soma algébrica do êrro da giroscópica ao resultado, teremos a Variação Total e com a aplicação da declinação magnética local obteremos o ERRO DA MAGNÉTICA.

3- Usando enfiamentos conhecidos em Terra , ou usando o enfiamento de farol e farolete, ou ainda usando os enfiamentos existentes em planos de aproximação dos portos(cartas de escala pequena), basta colocar a prôa da embarcação exatamente em cima do enfiamento, ler o rumo magnético e fazer a soma algébrica entre ambos e saberemos tambem a VARIAÇÃO TOTAL e combinando com a declinação magnética local obteremos o ERRO DA AGULHA MAGNÉTICA.

4- Na hora da passagem meridiana, ao acompanharmos o movimento do sol no sextante , em altura e azimute, exatamento na hora em que o mesmo passando pelo meridiano do observador, passará de LESTE para OESTE, e nesta hora dependendo de nossa latitude e de sua declinação( N ou SUL)o mesmo terá azimute NORTE(zero grau) ou sul(180 graus). Este método é o mais difícil deles e é necessário que tres pessoas o façam em conjunto.

5-Usando o Taxímetro com prisma , podemos calcular o azimute a qualquer hora do dia através do sol e obter através de tábuas de azimutes ou calculos trigonométricos esféricos o azimute verdadeiro e comparando o azimute observado e o calculado(verdadeiro) obtemos tambem a Variação Total e sua combinação com a Declinação Magnética local obtemos erro da Agulha Magnética.

6- Através de Azimutes de estrelas, à noite, usando o Identificador de estrelas, as efemérides nauticas, a declinação magnética local podemos tambem obter o ERRO DE UMA AGULHA MAGNÉTICA.

7- Através da Observação da Estrela Polar tambem podemos obter o ERRO DA AGULHA MAGNÉTICA.

Entretanto é mister que se esclareça que a tecnologia tambem chegou às agulhas magnéticas. Hoje com uma agulha magnética do tipo " FLUX GATE " , podemos nos despreocupar deste problema, pois basta dar duas voltas com o barco em torno de sí mesmo, e desde que estas voltas durem mais de dois minutos cada uma, que a mesma se AUTOCOMPENSARÁ e eliminará o ERRO. Este tipo de agulha magnética tem dentro de si, um circuito de bobinas e um CI integrado ao sistema, que detecta a variação magnética local e automaticamente compensa a bússola, eliminando o seu erro. O incoveniente deste sistema é que o mesmo precisa de corrente elétrica para funcionar e na falta desta, funciona como uma bússola comum.