Avenida Paulista
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Subprefeitura: | Sé (lado par) e Pinheiros (lado ímpar) |
Bairro: | Bela Vista, Consolação, Cerqueira Cersar, Paraíso e Jardim Paulista |
Início*: | Avenida Bernardino de Campos |
Término*: | Rua da Consolação |
Comprimento: | 2800 m |
Abertura: | 1896 |
(*):O início e término do logradouro é sempre indicativo, apontando sempre as vias principais. | |
Canteiro central |
A Avenida Paulista é um dos logradouros mais importantes do município de São Paulo, a capital do estado homônimo.
Considerada um dos principais centros financeiros da cidade, assim como também um dos seus pontos turísticos mais característicos, a avenida revela sua importância não só como pólo econômico, mas também como centralidade cultural e de entretenimento. Devido à grande quantidade de sedes de empresas, bancos, hotéis, Hospitais e instituições culturais, como o MASP, movimentam-se diariamente pela Avenida Paulista milhares de pessoas oriundas de todas as regiões da cidade e de fora dela. Além disso,a Avenida é um importante eixo viário da cidade ligando importantes avenidas como a Dr. Arnaldo, a Rebouças, a 9 de Julho, a Brigadeiro Luís Antônio, a 23 de Maio e a Rua da Consolação.
Índice |
[editar] História
A avenida foi criada no final do século XIX a partir do desejo de paulistas em expandir na cidade novas áreas residenciais que não estivessem localizadas imediatamente próxima às mais movimentadas centralidades do período, por essa época altamente valorizadas e totalmente ocupadas, tais como a Praça da República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elísios. A Avenida Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade. À época, houve grande expansão imobiliária em terrenos de antigas fazendas e áreas devolutas, o que deu início a um período de grande crescimento. As novas ruas seguiam projetos desenvolvidos por engenheiros renomados, e nas áreas mais próximas à avenida e a seu parque central os terrenos eram naturalmente mais caros que nas áreas mais afastadas; não havia apenas residências de maior porte, mas também habitações populares, casebres e até mesmo cocheiras em toda a região circundante (vide memórias de Lucia Salles). Algum tempo após a construção da avenida foram aprovadas leis que desviavam o tráfego de muares e animais de carga devido ao grande volume de excremento depositado na via carroçável e à impossibilidade de o poder público mantê-la limpa; logo, o tráfego foi desviado para a rua que ladeia a avenida Paulista e hoje é a Alameda Santos, sendo autorizado apenas em horários pré-estabelecidos. Seu nome seria Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima declarou:
-
- "Será Avenida Paulista, em homenagem aos paulistas".
No fim do anos 20, seu nome foi alterado para Avenida Carlos de Campos, homenageando o ex-presidente do estado, mas a reação da sociedade fez com que a avenida voltasse a ter o nome com o qual foi criada e é conhecida até os dias de hoje.
A avenida foi aberta seguindo padrões urbanísticos relativamente novos para a época: seus palacetes possuíam regras de implantação que, como conjunto, caracterizaram uma ruptura com os tecidos urbanos tradicionais. Os novos palacetes incorporavam os elementos da arquitetura eclética (tornando a avenida uma espécie de museu de estilos arquitetônicos de períodos e lugares diversos) e dos novos empreendimentos norte-americanos: estavam todos isolados no meio dos lotes nos quais se implantavam, configurando um tecido urbano, diferente do restante da cidade, que alinhava a fachada das edificações com a testada do terreno. Isso fez com que a avenida possuísse uma amplidão espacial inédita na cidade.
A Avenida Paulista é a primeira via pública asfaltada de São Paulo, com material importado da Alemanha.
Esse perfil estritamente residencial da avenida permaneceu até meados da década de 1950, quando o desenvolvimento econômico da cidade levava os novos empreendimentos comerciais e de serviços para regiões afastadas do seu centro histórico. Em pouco tempo, praticamente, todos os palacetes da avenida tinham sido vendidos e substituídos por pequenos prédios de escritórios e comércio.
Durante as décadas de 60 e 70, porém, e seguindo as diretrizes das novas legislações de uso e ocupação do solo, e a valorização dos imóveis incentivada pela especulação imobiliária, começaram a surgir naquele local os seus agora característicos "espigões" - edifícios de escritórios com 30 andares em média.
Durante esse período, a avenida passou por uma profunda reforma paisagística. Os leitos destinados aos veículos foram alargados e criaram-se os atuais calçadões, caracterizados por um desenho branco e preto formado por mosaico português. O projeto de redesenho da avenida ficou a cargo do escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, enquanto o projeto do novo mobiliário urbano da avenida foi assinado pelo escritório Ludovico & Martino.
[editar] Características
A avenida possui muitos restaurantes que recebem diariamente milhares de pessoas que moram e trabalham na região. Nela se localiza o famoso MASP e também o parque Trianon. Possui faixas largas para pedestres e a linha 2 do metrô serve a avenida inteira. Tem o edifício da FIESP, que também abriga o Sesi, que, por sua vez, possui um teatro para apresentações gratuitas e uma biblioteca com um acervo vasto e muitos livros novos, permitindo o empréstimo gratuito à qualquer pessoa que leve um comprovante de endereço.
É famosa também a antena do prédio da Fundação Cásper Líbero. É a maior e mais alta da Paulista e chama a atenção devido à sua iluminação amarelada. O mesmo prédio também é famoso por suas escadarias, pelo Teatro Gazeta, pela sede da TV Gazeta, da Rádio Gazeta FM, da Faculdade Cásper Líbero e pelo cinema Reserva Cultural.
No seu conjunto arquitetônico, possuia vários casarões dos Barões do café. Poucos casarões ficaram, como é o caso da Casa das Rosas, que hoje é público, tem uma biblioteca e oferece exposições e lançamentos de livros.
[editar] Prédios, edificações e eventos na avenida
- Consulado Geral da França
- Consulado Geral da Itália
- Consulado Geral da Argentina
- Hospital Santa Catarina
- Itaú Cultural
- Grupo Escolar Rodrigues Alves
- Casa das Rosas
- Instituto Pasteur
- Painel do Edifício Nações Unidas
- Tribunal Regional Federal da 3ª Região
- Fnac
- Edifício Top Center
- Prédio da Fundação Cásper Líbero, onde fica a faculdade homônima, a TV Gazeta e o Objetivo
- Corrida de São Silvestre
- Banco Safra
- Citigroup/Citibank
- Fiesp/Ciesp/Senai/Sesi - Edifício Luís Eulálio Bueno Vidigal Filho
- Advocacia-Geral da União - Procuradoria Regional da 3ª Região
- Parque Tenente Siqueira Campos
- Belvedere Trianon
- Túnel 9 de Julho
- Museu de Arte de São Paulo (MASP)
- Justiça Federal - Fórum Cível Min. Pedro Lessa
- Edifício Grande Avenida - incêndio de 1981
- Residência Joaquim Franco de Melo
- Edifício Sul-Americano
- Conjunto Nacional
- Restaurante Fasano
- Relógio Itaú
- Livraria Cultura
- Shopping Center 3
- Incêndio no Edifício da CESP
- Maison Madame Rosita
- Torres de rádio e TV - (Record, Globo, TV Gazeta, Kiss FM, Jovem Pan, Rede Gospel)
- Colégio São Luís
- Praça Mal. Cordeiro de Farias
- Complexo Viário Avenida Paulista/Rebouças/Dr. Arnaldo
- Mural Volpi
- Metrô - Linha 02 - Verde
- Réveillon, o principal da cidade.
- Parada do Orgulho GLBT
[editar] Curiosidades
- O Museu de Arte de São Paulo foi para a nova sede em 7 de novembro de 1968, sendo inaugurada pela rainha do Reino Unido, Elisabete II, na presença do então governador Roberto Costa de Abreu Sodré e dona Maria do Carmo de Abreu Sodré.
- O desfile comemorativo do Sesquicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1972, foi realizado com muita pompa na Avenida Paulista.
- Incêndio no Edifício Grande Avenida em 1981.
- O réveillon (2007-2008) foi o maior do Brasil, com 2.300.000 pessoas. Sem contar que também foi um dos mais seguros, sem nenhum incidente[carece de fontes ].