Alcobaça (Portugal)
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Brasão | Bandeira |
Mosteiro de Alcobaça |
|
Gentílico | Alcobacense |
Área | 417,05 km² |
População | 55 597 [1] hab. (2006) |
Densidade populacional | 133 hab./km² |
N.º de freguesias | 18 |
Fundação do município (ou foral) |
1210 |
Região | Centro |
Sub-região | Oeste |
Distrito | Leiria |
Antiga província | Estremadura |
Orago | São Bernardo |
Feriado municipal | 20 de Agosto |
Código postal | 2460 e 2461 |
Endereço dos Paços do Concelho |
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Sítio oficial | {{{sitio_oficial}}} |
Endereço de correio electrónico |
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Municípios de Portugal |
Alcobaça é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 9 800 habitantes (16.400 na área urbana). A cidade dista cerca de 109 km da capital Lisboa, situando-se entre três cidades maiores: Caldas da Rainha, Marinha Grande e Leiria.
É sede de um município com 417,05 km² de área e 55 597 habitantes (2006) [1], subdividido em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Marinha Grande, a leste por Leiria, Porto de Mós e Rio Maior, a sudoeste pelas Caldas da Rainha e a oeste envolve por completo a Nazaré e tem dois troços de costa no Oceano Atlântico.
É banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome -- o que está longe de ser consensual.
Foi elevada a cidade em 1995.
População do concelho de Alcobaça (1801 – 2004) | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2004 |
4630 | 14711 | 28969 | 38462 | 50027 | 52347 | 54382 | 56794 | 55269 |
Índice |
[editar] História
[editar] Freguesias
As freguesias de Alcobaça são as seguintes:
Até 2001, a freguesia da Moita (Marinha Grande) fez parte do concelho de Alcobaça.
[editar] Economia
Alcobaça é centro de uma rica região pomícola sem par em Portugal, sendo notável a qualidade dos seus frutos desde há séculos, sobretudo à acção exercida pelos monges brancos do mosteiro de Alcobaça.
O concelho possui indústrias alimentares, têxteis e cerâmica.
[editar] Património natural
O concelho é densamente povoado, acima da média nacional; por isso, a paisagem rural fora dos centros populacionais é um misto de habitação, agricultura, mato e floresta, sem grandes espaços sem marca humana.
As maiores manchas florestais do concelho são as seguintes:
- pinhal: encontram-se nas freguesias de Pataias (Pinhal de Leiria),
- Serra dos Candeeiros (eucaliptal)
- Vimeiro (Carvalhal do Gaio)
O concelho conta com litoral nas freguesias de Pataias, a norte, e São Martinho do Porto, a sul. No litoral norte encontram-se três praias com bandeira azul: Água de Madeiros, Pedra do Ouro e Légua.[2]
Parte da zona oriental do concelho está inscrita no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (freguesias de São Vicente, Prazeres, Évora e Turquel).
A 3 km da cidade, na freguesia da Maiorga, encontram-se as Termas da Piedade.
[editar] Miradouros
O melhor miradouro da vila e dos seus campos adjacentes encontra-se nos morros do castelo em ruínas. Nos seus arredores oferecem belas panorâmicas o adro da Capelinha de Santa Rita, na serra do Monte em Coz e o lugar de Montes, na freguesia de Alpedriz, mas agora tem o site: www.alpedriz.com
[editar] Património edificado
Freguesia | Imóvel | Constr. | Classif. | Link |
---|---|---|---|---|
Alcobaça | Mosteiro de Alcobaça | Séc. XII-XVIII | PM, MN | IPPAR |
Capela de Nossa Senhora do Desterro, na Cerca do Mosteiro | Séc. XVIII | MN | IPPAR | |
Castelo de Alcobaça | Séc. XII | IIP | IPPAR | |
Capela de Nossa Senhora da Conceição | Séc. XVII | IIP | IPPAR | |
Edifício na Rua Dr. Brilhante n.º 5 | Séc. XVIII | IIM | IPPAR | |
Edifício onde viveu Manuel Vieira Natividade | Séc. XX | IIM | IPPAR | |
Cine-Teatro de Alcobaça | Séc. XX | — | ||
Escola Adães Bermudes | Séc. XX | — | ||
Challet da Fonte Nova | Séc. XX | — | ||
outros palacetes do início do século XX | Séc. XX | — | ||
Armazém das Artes | Séc. XX | — | [1] | |
Alfeizerão | Pelourinho de Alfeizerão | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Castelo de Alfeizerão | Séc. XII | Em vias | IPPAR | |
Casa do Relego | — | — | ||
Aljubarrota (Prazeres) | Pelourinho de Aljubarrota | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Aljubarrota (S. Vicente) | Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres | Séc. XIII | IIP | IPPAR |
Janela manuelina, num prédio na Rua Direita, 49 | Séc. XVI | IIP | IPPAR | |
Casa do Monge Lagareiro (“Lagar dos Frades”) | Séc. XVIII | IIP | IPPAR | |
Ermida de São João Baptista, Olheiros | Séc. XVII | Em vias | IPPAR | |
Alpedriz | Pelourinho de Alpedriz | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Bárrio | Vila Romana de Parreitas | Séc. I-IV | — | |
Cela | Pelourinho de Cela Nova | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Capela de São Bento, na Quinta da Cela Velha | Séc. XVIII | IIM | IPPAR | |
Monumento ao General Humberto Delgado | Séc. XX | — | ||
Cós | Mosteiro de Santa Maria de Cós | Séc. XIII | História BMC | IIP IPPAR |
Ermida do Bom Jesus do Calvário de Cós (vulgo Capela de Santa Rita) | Séc. XVII | História | ||
Igreja de Santa Eufémia (Igreja da Misericórdia) | — | — | — | |
Santuário da Senhora da Luz (Castanheira) | — | — | Fotos | |
Fonte Santa (Castanheira) | — | — | BMC | |
Capela de Santa Marta (Castanheira) | — | — | — | |
Capela de Nossa Senhora da Graça (Póvoa) | — | — | Foto | |
Maiorga | Pelourinho da Maiorga | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Açude da Fervença | — | — | ||
Pataias | Fornos de cal | — | — | |
São Martinho do Porto | Casa em São Martinho do Porto | Séc. XX | IIM | IPPAR |
Turquel | Pelourinho de Turquel | Séc. XVI | IIP | IPPAR |
Quinta de Vale-de-Ventos | — | Em vias | IPPAR | |
Vestiaria | Igreja Matriz de Vestiaria | Séc. XVI | MN | IPPAR |
Vimeiro | Núcleo construído da Quinta (ou Granja) do Vimeiro | — | Em vias | IPPAR |
[editar] Castelo de Alcobaça
O castelo de Alcobaça remonta ao período visigótico, tendo sido conquistado pelos mouros no século VIII, e depois por D. Afonso Henriques em 1147. Após o abandono da função de castelo, serviu como prisão. Entrou em estado de degradação devido a sucessivos terramotos. No século XIX, a maioria das pedras da sua muralha foram vendidas pelo Município para a construção de casas particulares. Encontra-se hoje em ruínas.
[editar] Mosteiro de Alcobaça
Alcobaça é conhecida pelo seu mosteiro cisterciense, em torno do qual se desenvolveu a povoação. O mosteiro foi fundado por ordem de D. Afonso Henriques em 1148, e concluído em 1222, em estilo gótico com influências mouriscas. Durante a Idade Média, chegou mesmo a rivalizar com outras grandes abadias cistercienses da Europa; o couto de Alcobaça constituiu um dos maiores domínios privados dentro do reino de Portugal, abarcando vários dos concelhos vizinhos de Alcobaça (como a Nazaré, entre outros), para além de possuir inúmeras terras adquiridas por escambo, emprazamento, aforamento ou arrendamento um pouco por todo o país.
Foi parcialmente incendiado pelos invasores franceses, chefiados por André Massena, em 1810, secularizado em 1834, e depois gradualmente restaurado. Parte da sua enorme biblioteca, com mais de cem mil tomos e manuscritos, foi salva do saque e incêndio dos franceses, achando-se hoje preservada em parte na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa. Parte do acervo da biblioteca foi perdida durante a sua transferência para a Biblioteca Nacional no século XX, havendo ainda alcobacenses que se recordam de ver carroças puxadas por burros, carregadas de livros, perdendo parte da sua carga pelo caminho, e lojas de Alcobaça cujas montras se encontravam decoradas com páginas arrancadas de livros renascentistas.
Nos braços sul e norte do transepto da igreja do convento, acham-se duas obras-primas da escultura gótica em Portugal: os túmulos dos eternos apaixonados, o rei D. Pedro (1357-1367) e a sua amante Inês de Castro.
[editar] Desporto e Cultura
[editar] Artesanato
No concelho de Alcobaça há fabrico de olaria, cerâmica, vergas, juncos, lenços, toalhas, tapeçarias e cutelaria.
[editar] Gastronomia
O prato típico da região de Alcobaça é o frango na púcara: um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas.
No campo da doçaria há a destacar: trouxas de ovos, delícias de Frei João e o pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça.
Todos os anos decorre uma Mostra de Doçaria Conventual e Tradicional, que para além de Alcobaça conta com representações de todo o país e do estrangeiro, nomeadamente de Braga, Arouca, Louriçal, Alentejo e de Espanha e França.
[editar] Museus
Alcobaça possui o seguinte património museológico:
- Casa-Museu Vieira Natividade (em estado de avançada degradação)
- Museu do Vinho
- Museu Agrícola, na EPACIS
[editar] Clubes
Alguns dos clubes radicados no concelho de Alcobaça:[3]
- HCT - Hóquei Clube de Turquel
- AACD - Associação Alcobacense de Cultura e Desporto, que disputa o Campeonato Nacional Feminino - Região Sul P1 em hóquei em patins
- Alcobaça Clube de Ciclismo
- Alcobaça Moto-Clube
- Associação Hípica de Alcobaça
- Clube Alcobacense, um clube de sociedade
- CCCA - Clube de Campismo e Caravanismo de Alcobaça, que explora um parque de campismo dentro da cidade
- Cister Sport de Alcobaça (andebol)
- CNAL - Clube de Natação de Alcobaça
- CTA - Clube de Ténis de Alcobaça
- UDT - União Desportiva de Turquel
- GCA - Ginásio Clube de Alcobaça, que já disputou o campeonato nacional de futebol da 1ª divisão na época de 1981-1982
- ARRCPF - Associação Recreativa das Rosas, Casal pinheiro e Fragosas com rancho folclórico.
- Rotary Clube de Alcobaça
- diversas associações de caça e/ou pesca a nível das freguesias
Clubes que não sendo sediados no concelho, aqui desenvolvem actividades:
- Associação Mushing do Centro
[editar] Radio
- Radio Cister emissão em frequência modelada 95.5 Mhz ou em www.cister.fm [2]
[editar] Projectos Culturais
- Projecto Cultural do Bazar das Monjas de Coz, na freguesia de Cós [3]
[editar] Alcobacenses famosos
Entre os alcobacenses famosos há a registar:
- Frei António Brandão (1584-1637), historiador
- Frei Fortunato de São Boaventura (1777-1844), polígrafo
- Manuel Vieira de Natividade (1860-1918), arqueólogo
- Humberto Delgado (1906-1965), general e combatente contra o Salazarismo, viveu na Cela
- Tarcísio Trindade, o único presidente de câmara do tempo da ditadura que não foi eleito pelas listas da União Nacional; deposto após a Revolução dos Cravos
- The Gift e Loto, grupos de música electrónica
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Instituto Nacional de Estatística dados de 2006.
- ↑ Câmara Municipal de Alcobaça. Bandeira Azul. Acedido em 27 Fev 2007.
- ↑ Governo Civil de Leiria. Associações do Concelho de Alcobaça. Acedido em 27 Fev 2007.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Instituto Nacional de Estatística dados de 2006.
- ↑ Câmara Municipal de Alcobaça. Bandeira Azul. Acedido em 27 Fev 2007.
- ↑ Governo Civil de Leiria. Associações do Concelho de Alcobaça. Acedido em 27 Fev 2007.