Zahúmlia
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A Zahúmlia (em servo-croata: Захумље) foi um principado sérvio na Idade Média, localizado nas regiões das atuais Herzegovina e Dalmácia, também denominada Terra de Chelm ou de Hum.
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[editar] Localização e população
A Zahúmlia deve o seu nome dos montes Hum que se estendem na Herzegovina, até a foz do rio Neretva. O seu confim meridional era a cidade de Dubrovnik, que marcava a fronteira com o Principado da Travúnia, enquanto a noroeste confinava com a região da Pagânia.
Os primeiros habitantes eslavos chegaram à zona no século V e se mesclaram às populações de origem ilírica e romana. E, porém, no século VII que ebbe logo a maior migração de eslavos seguindo o Arconte Desconhecido. Nas terras dálmatas e da Herzegovina se estabeleceram tribos sérvias e croatas governadas pela Casa dos Višević proveniente da Croácia Branca, uma região que se estendia ao longo do curso do rio Vístula. Um dos maiores centros da Zahúmlia era a cidade de Ston, importante centro político e religioso.
[editar] História
O Principado da Zahúmlia foi fundado por volta do ano 630, quando o imperador bizantino Heráclio chamou os povos sérvios e croatas da Europa Central em socorro para combater os ávaros e lhes concedeu em vassalagem as terras que tinham conquistado do inimigo.
Em 869, o imperador Basílio, o Macedônio, convenceu o soberano da Zahúmlia a combater no flanco do Império Bizantino uma guerra contra os sarracenos: nesta ocasião o Principado demonstrou ser um aliado válido e um estado internacionalmente importante.
Por volta do fim do século IX, mas o Grão-Príncipe da Ráscia, Pedro Gojniković (Петар Гојниковић), começou a expandir seus poderes às custas da Zahúmlia, fazendo valer o antigo privilégio segundo o qual a Zahúmlia devia ficar como um feudo da Ráscia. Impeliu com as suas forças o exército do príncipe legítimo Miguel Višević (Михајло Вишевић) para longe da terra firme, obrigando-o a reparar na zona insular do país. Sucessivamente, Pedro negociou com os bizantinos uma aliança para atacar a Bulgária, Miguel riferiu do complô ao tsar búlgaro Simeão I que, depois de ter derrotado o exército bizantino na Trácia, mandou à Ráscia uma armada liderada por Paulo Branović que no 917 destronou Pedro e o levou até a Bulgária para que fosse julgado. Miguel Višević tomou seu próprio trono e reinou pacificamente.
Em 925, Miguel participou do Sínodo de Split junto do duque Tomislau da Dalmácia: a Zahúmlia foi submetida ao poder religioso do Arcebispado de Split e político do mesmo Tomislau que foi coroado rei da Croácia. Sucessivamente, o príncipe interrompeu as relações amistosas com a Bulgária e se reaproximou do Império Bizantino, recebendo o título de vice-rei das próprias terras em nome de Bizâncio. Depois da morte em 950 de Časlav Klonimirović que tinha unificado as terras sérvias, a Zahúmlia por si importância a favor da potência emergente da Dúclia e do Grão-Principado da Ráscia.
Da Zahúmlia, porém, foi originário Estêvão Nemânia, o capostipite da dinastia dos Nemanjić que do século XI ao XIV governou a Sérvia unificada, chegando a criar com Estêvão Dušan um Império Sérvio.
[editar] Artigos relacionados
[editar] Bibliografia e links
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