Serra (Espírito Santo)
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Serra é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Limítrofe à capital, situa-se ao norte de Vitória e possui áreas que podem ser consideradas parte da Grande Vitória. A sede do município porém está mais afastada, ao norte do monte Mestre Álvaro (grande maciço de origem vulcânica que marca significativamente a geografia do município).
Outro ponto importante é a praia Jacaraípe, conhecida como sede de campeonatos de surf. Assim como pequenas vilas pesqueiras como Manguinhos. Já na localidade de Nova Almeida, balneário no litoral norte do município, encontra-se na antiga Igreja dos Reis Magos o primeiro quadro a óleo pintado no Brasil.
O comércio varejista do município tem maior destaque no bairro Parque Residencial Laranjeiras, que tem como Shopping Laranjeiras e Avenida Central, o maior número de comércios de marcas e grandes marcas.
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[editar] História
ES, teve início com a fundação de uma aldeia próxima ao morro Mestre Álvaro - montanha com 833,00m de altitude; na várzea, onde foi construída uma pequena igreja e em volta se estabeleceram os fundadores, em local diferente onde hoje se encontra a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ½ légua da atual localização da Igreja matriz.
Seus fundadores foram Maracajaguaçu, Chefe dos índios Temiminós e o padre jesuíta Brás Lourenço, que a 08 de dezembro de 1556, terminaram a obra da igreja e assim, fundaram a então, a Aldeia de N.S. da Conceição da Serra, hoje Serra.
Os índios Temiminós haviam mudado para a capitania do Espírito Santo, saídos da atual Ilha do Governador, Estado do Rio de Janeiro. Seus líderes eram Maracajaguaçu e seu filho Araribóia que, eram altamente prestigiados pelo Donatário Vasco Fernandes Coutinho - que iniciou a colonização do Espírito Santo em 23.05.1535. Participavam sempre dos principais eventos e solenidades da Capitania. O outro fundador, padre jesuíta Braz Lourenço, havia chegado de Portugal em 1553, junto com o padre também jesuíta, José de Anchieta.
A Aldeia de N. S. da Conceição da Serra, é elevada à freguesia por Carta Régia de 24 de maio de 1752 somente instalada em 1769, depois de construída a igreja nova, matriz que tinha por filial a ermida de S. José.
A então freguesia de N.S. da Conceição da Serra foi elevada a categoria de Vila, em 1822.
O município da Serra foi criado em 1833, com território desmembrado do município de Vitória, através da resolução do Conselho de Governo de 02 de abril de 1833, e instalado em 19 de agosto daquele ano.
Em 19.03.1849 - Deflagra um movimento de libertação dos escravos, em São José do Queimado, que foi desmobilizado pela força militar da época e levou a enforcamento dois dos líderes da revolta: Chico Prego e João da Viúva. O primeiro, enforcado na então Vila de Nossa Senhora da Conceição da Serra e o segundo, enforcado na Vila de São José do Queimado.
Em 06.11.1875 - a sede do município da Serra deixa de ser vila e é elevada a categoria de cidade. A instalação foi solene, com festa organizada pelo Deputado provincial, Major Joaquim Pereira Franco Pissarra, e políticos locais no dia do aniversário de D. Pedro II - 02 de dezembro de 1875. O Major Pissarra foi o autor da Lei que transformou a vila da Serra em cidade.
No século XIX, a Serra muito se desenvolveu, por ser um entreposto de comércio para a região norte e litorânea norte e, ainda, pela sua produção de maior destaque de açúcar e café. No início do século XX foi iniciado um processo de decadência. São José de Queimado, hoje distrito da Serra, situado à margem do rio Santa Maria, possuía um porto, "Porto do Una", onde eram embarcadas em grandes canoas, que comportavam mais do que 100 sacas de café, a produção da região da Serra e, onde eram desembarcados os produtos importados, para atender as necessidades locais. O rio, servia como via para o transporte em geral, inclusive para a integração de Vitória com a Serra e o interior norte, por ali, as pessoas se deslocavam de um lugar para outro.
Com o advento da ferrovia Estrada de Ferro Vitória Minas EFVM, e mais tarde a crise econômica mundial de 1929 que afetou o comércio de café e conseqüentemente a economia da Serra. A vila de São José do Queimado sumiu, literalmente desapareceu. Ali não existem mais casas, a não ser, uma aqui, outra acolá, por sinal sofríveis, onde residem uns poucos, poucos mesmo, agricultores locais. Na vila, só existe a ruína da Igreja de São José, pois, o comércio passou a acontecer diretamente com Vitória, e por conseqüência, a Vila de Queimado sumiu e a Serra minguou.
1921 - é iniciada a construção da primeira estrada de rodagem entre Serra e a Capital, idealizada e coordenada a sua construção pelo serrano, Cassiano Cardoso Castello, então, Secretário de Interior e Justiça do Estado do Espírito Santo, no Governo Nestor Gomes. A via foi concluída, em 1923, pelos presos da penitenciária que, a abriram à mão, medida tomada para interiorizar o desenvolvimento e resgatar os dias de glória da Serra.
11.11.1938 - é editado o Decreto-Lei nº 9.941, que fixa a divisão territorial do Estado, que vigorará sem alteração, de 1 de janeiro de 1939 a 31 de dezembro de 1943, e dá outras providências, assinado por João Punaro Bley, Celso Calmon Nogueira da Gama, Nelson Goulart Monteiro e Carlos Femando Monteiro Lindemberg que, assim fixou os limites do município da Serra, compreendido pelos distritos sede, Itapocú (hoje Calogi) e Nova Almeida.
O decreto acima foi editado na conformidade das normas gerais firmadas pela Lei Orgânica Nacional nº 311, de 2 de março de 1938. Nesta época os distritos de Queimado e Carapina eram pertencentes à Vitória e, o atual distrito de Calogi possuía o topônimo de Itapocú.
Em 31.12.1943 - O município da Serra-ES passa a ser constituído dos distritos de Carapina, Nova Almeida - que já foi distrito sede do município de mesmo nome, Queimado, Serra e Calogi (antigo Itapocu), conforme o Decreto-Lei nº 15.177/1943. O município teve duas fases distintas de sua economia: a inicial rural, fase em que produzia cana-de-açucar, café, mandioca e, em menor escala cereais, e ainda, extração de madeiras de lei. Havia um início de agroindústria, um tanto quanto rudimentar, com engenhos de produção de açúcar e aguardente, assim como, produção de farinha e máquinas de beneficiamento de arroz e produção de fubá de milho.
Na década de 50, iniciou-se uma grande produção de abacaxi. Os frutos eram vendidos para outros estados do país e, também, exportados para outros países, principalmente, Argentina.
No início da década de 50 foi iniciada a construção da BR 101, o que promoveu, embora, no início, timidamente, o progresso da Serra. O município voltou a experimentar novo desenvolvimento, de uma forma acentuada, a partir da década de 60 (século XX).
Na sua primeira fase, rural, a população era quase constante. Houve uma redução após o ano de 1872. Neste ano possuía 11.032 habitantes, fato ocasionado, dentre outros, pela abertura da ferrovia EFVM, quando da inauguração do primeiro trecho: Porto Velho - Cariacica (Km17,26) - Alfredo Maia (Km28,873) se deu em 13 de maio de 1904, o que levou os moradores da região a comerciarem diretamente com Vitória. A redução da população da Serra, também se deu pelo êxodo rural, um fenômeno acontecido em todo o Brasil.
Em 1960, é dado inicio à segunda fase, a fase industrial. A Serra possuía uma população de 9.192 habitantes, a partir desta data, começam os investimentos na região e, muda a configuração urbana do município; o distrito de Carapina passa por um processo de grande desenvolvimento. Em 1963 é iniciado o Porto de Tubarão e, em 1969 é iniciado o CIVIT I, o que levou a população do município da Serra, em 1970 para 17.286 habitantes. Na década de 70, outro investimento de grande porte é iniciado em solo serrano. Em 1976 inicia-se a construção da Companhia Siderúrgica de Tubarão -CST, que alavancou novo crescimento populacional, pois em 1980, o município já possuía uma população de 82.450 habitantes. No censo do IBGE de 2000 foi encontrada uma população de 330.874, habitantes que, com o advento laminador de tiras a quente da CST e seu projeto para a instalação de seu terceiro alto forno, novo surto de desenvolvimento econômico e crescimento populacional será experimentado.
[editar] Economia
Serra é o maior município da Grande Vitória. Sua sede está 27 km ao Norte da capital, e é cortada pela BR-101. Nos últimos trinta anos, conheceu transformação radical, deixando de ser tipicamente rural, provinciano e tradicionalista, passando a ser o principal pólo industrial do Espírito Santo e a segunda economia do Estado, sendo superado apenas por Vitória. Abriga o Civit (Centro Industrial de Vitória) e a Arcelor Mittal Brasil (antiga CST). A maior parte da mão-de-obra está empregada na indústria.
O comércio apresenta forte crescimento, principalmente na avenida Central em Laranjeiras onde estão situados seis bancos, diversas lojas nos mais variados ramos (construção, confecção, móveis e eletrodomésticos, supermercados, videolocadoras, lanchonetes, etc).
Em 2002, foi inaugurado um pequeno shopping center que visava a atender a comunidade local. O shopping conta com quatro salas de cinema, lojas variadas e praça de alimentação. Recentemente, diversos empreendimentos imobiliários instalaram-se na região, principalmente na construção de condomínios residenciais fechados de casas, contribuindo assim para a especulação imobiliária regional. Em 2006, foi especulado que residencias situadas na avenida Central (Laranjeiras), receberam ofertas de compras na faixa de Um Milhão de Reais, de grandes instituições, comércios e bancos. Laranjeiras teve o maior indice de valorização do Espírito Santo em 2007.
[editar] Transporte
O munícipio é atendido pelo sistema de ônibus transcol e posssui três terminais rodoviários urbanos sendo eles:
Terminal de Laranjeiras - (o maior terminal do estado onde circulam por dia 200 mil pessoas) Regiões atendidas:
Grupo I – Serra Sede: Caçaroca, Santo Antônio, São Judas Tadeu, São Lourenço, Maria Níobe, Serra Centro, Centro da Serra (Macafé), São Domingos, Jardim Guanabara, Jardim Bela Vista, Jardim Primavera, Palmeiras, Fazenda Cascata, São Marcos, São Marcos II, São Marcos III, Colina da Serra, Jardim da Serra e Nossa Senhora da Conceição.
Grupo II – Campinho: Vista da Serra I, Vista da Serra II, Campinho da Serra I, Campinho da Serra II, Planalto Serrano e Continental.
Grupo III – Rural: Divinópolis, Belvedere, Cidade Nova da Serra, Muribeca, Itaiobaia, Aroaba, Putiri e Santiago da Serra.
Grupo VII – CIVIT: Cidade Pomar, Novo Porto Canoa, Eldorado, Parque Residencial Tubarão, Serra Dourada, Serra Dourada II, Serra Dourada III, Barcelona, Maringá, Planície da Serra, Santa Rita de Cássia, Mata da Serra e Porto Canoa.
Grupo VI – Nova Carapina: Pitanga, Barro Branco, Nova Carapina I, Nova Carapina II, Parque Residencial Mestre Álvaro e Monte Verde.
Grupo XI – Laranjeiras: Laranjeiras Velha, Taquara I, Taquara II, Chico City, Colina de Laranjeiras, Valparaíso, Parque Residencial Laranjeiras, Chácara Parreiral, Guaraciaba, Morada de Laranjeiras, Conjunto de Laranjeiras, Solar de Laranjeiras I e Solar de Laranjeiras II.
Grupo XII – Feu Rosa: Alterosas, Nova Zelândia, Parque da Lagoa, Vila Nova de Colares, Feu Rosa e Centro Industrial do Município.
Terminal de Jacaraípe - Regiões atendidas:
Grupo IV – Nova Almeida: Nova Almeida (Centro), Poço dos Padres, Reis Magos, Boa Vista, Bairro Novo, São João, Marbela, Potiguara, Parque das Gaivotas, Serramar, Praiamar, Parque Residencial Nova Almeida e Parque Santa Fé.
Grupo XII – Feu Rosa: Alterosas, Nova Zelândia, Parque da Lagoa, Vila Nova de Colares, Feu Rosa e Centro Industrial do Município.
Grupo XIII – Jacaraípe: Sítio Irema, Portal de Jacaraípe, Ourimar, Conjunto Jacaraípe, Csatelândia, São Pedro, Praia da Baleia, São Patrício, Parque Jacaraípe, Estância Monazítica, Jardim Atlântico, Costa Dourada, Residencial Jacaraípe, Lagoa Jacaraípe, Bairro das Laranjeiras, Conjunto Magistrados (Acréscimo do Bairro das Laranjeiras), São Francisco, Enseada de Jacaraípe, Praia de Capuba e Costa Bela.
Grupo XIV – Indústrias: CIVIT I, CIVIT II, TIMS (Terminal Intermodal da Serra) e CST.
Terminal de Carapina - Regiões atendidas:
Grupo V – José de Anchieta: José de Anchieta, José de Anchieta II, José de Anchieta III, José de Anchieta IV e Jardim Tropical.
Grupo IX – Carapebus: Balneário de Carapebus, Lagoa de Carapebus, Bicanga, Cidade Continental, Manguinhos e Praia de Carapebus.
Grupo X – Jardim Limoeiro: Novo Horizonte, Jardim Limoeiro, Camará, São Diogo I, São Diogo II, Planalto de Carapina, São Geraldo e Santa Luzia.
Grupo XIV – Indústrias: CIVIT I, CIVIT II, TIMS (Terminal Intermodal da Serra) e CST.
[editar] Praias
O potencial turístico de Serra concentra-se principalmente na sua área litorânea. São 23 Km de praias limpas, próximas a riachos e lagoas, e uma vasta vegetação nativa. Partindo de Vitória em direção ao norte do Estado, pela Rodovia do Sol, chega-se ao litoral serrano. O sol brilha quase o ano inteiro na Serra. No verão, as praias de Serra acolhem um grande número de turistas, principalmente dos Estados da Região Central do Brasil e do interior do Espírito Santo. Antigas vilas de pescadores se modernizaram e, hoje, oferecem conforto e qualidade de vida aos turistas e aos seus moradores.
PRAIA DE CARAPEBUS
Carapebus é a praia mais próxima de Vitória. Balneário de pescadores, com área de 1,5 Km de areia grossa, com formações areníticas e de corais ao sul, e águas clara e mornas, propícia à prática de Surf e pesca. Com ondas de 0,5 a 2,0 metros, enfatizando uma área de preservação ambiental fiscalizada pelo projeto TAMAR. Fazem parte do balneário de Carapebus as praias de Bicanga e Praia Mole.
PRAIA MOLE
Fica nas proximidades de Carapebus. É uma praia que apresenta grande inclinação e, em alguns períodos do ano, o mar se crispa em ondas que permitem a prática do Surf.
PRAIA DE BICANGA
Bicanga é a praia mais agreste da região, com águas calmas e tranqüilas, que preserva ainda hoje as características de Vila de pescadores.
JACARAÍPE
Este é o principal balneário de Serra, com todas as comodidades de um bairro residencial. Palco de manifestações culturais e artísticas, é excelente para a prática de esportes náuticos e um concorrido carnaval. Jacaraípe possui hotéis e restaurantes de primeira categoria, que atendem aos gostos mais exigentes e variados.
Suas praias são: Praia da Baleia, Capuba, Enseada de Jacaraípe, do Solemar, Costa Bela e do Barrote. A explicação extra-livresca da origem do nome Jacaraípe é a de que os índios Tupiniquins, quando precisavam ir de Manguinhos a Nova Almeida, enfrentavam grandes jacarés, de um lado e de outro, para atravessar as matas. De tanto por ali passarem, formou-se um caminho, que eles denominaram de "caminho dos jacarés", ou Jacaraípe.
PRAIA DE MANGUINHOS
No balneário de Manguinhos encontram-se praias de águas calmas, ambiente bucólico e acolhedor, fazendo-a a preferida dos intelectuais, artistas e amantes da paz e da natureza. Manguinhos é um recanto seguro também para as tartarugas marinhas que desovam em seus areais, assegurando a continuidade da vida e da espécie. Manguinhos está situada à 25Km de Vitória, com várias praias como:
PRAIA DA ENSEADA
Possui os melhores restaurantes da nossa orla marítima, onde servem a melhor comida capixaba, camarão na moranga, moquecas, torta capixaba, bobó de camarão, e outros. Possui também uma pracinha que é ponto de encontro de jovens, tendo ao lado a praça dos pescadores, onde todos os dias é vendido peixe fresco.
PRAIA DA CHALEIRINHA
Praia onde se encontra poças térmicas naturais, com pedras de recifes de origem vulcânica.
PRAIA PONTA DOS FACHOS
Praia agreste, onde acontece a desova de tartarugas, atraindo turistas de várias localidades. Além destas praias, o balneário de Manguinhos também possui outras como: Praia da Maresia e Praia dos surfistas.
NOVA ALMEIDA
O Balneário de Nova Almeida abriga, em todo verão, artistas de várias partes do Brasil, que participam do "Festival de Verão". Possui águas rasas quentes com concentração de águas arribadas. Quando a corrente marinha é sudeste, as águas ficam turvas; quando a corrente é nordeste, ficam límpidas. No verão, as águas são claras e calmas, no inverno ocorrem as grandes ressacas.
PRAIA DAS BARREIRAS Encontra-se áreas de falésias e recifes de lateritas (rochas vermelhas). Como os demais balneários, possui sua colônia de pescadores, o que garante aos turistas e moradores o peixe fresco e farto o ano todo.
PRAIA DA BARRINHA É uma praia tranqüila, limpa e muito procurada por pessoas que apreciam o aconchego e a natureza.
Referências
- ↑ Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
- ↑ 2,0 2,1 IBGE – Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005 19 de Dezembro de 2007