Rio Vermelho (Salvador)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Rio Vermelho é um bairro localizado na orla marítima da cidade de Salvador, no Estado da Bahia, no Brasil.
Índice |
[editar] Localização e descrição
Localizado entre os bairros de Ondina e Amaralina, tendo ao norte o Engenho Velho da Federação, Santa Cruz e o Nordeste de Amaralina, este último uma das maiores favelas da Capital baiana.
Neste bairro estão situados luxuosos hotéis e pousadas , sendo intensa sua vida noturna.
Conhecido pelo clima boêmio, pelos acarajés de Cira e de Dinha, e pela colônia de pescadores, seus moradores comemoram anualmente, no dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá, rainha do mar.
Em razão de suas estreitas vias, mesmo as principais (ruas Oswaldo Cruz e Odilon Santos) possui um tráfego de veículos difícil.
Confluindo para o Largo de Santana - onde a capela dedicada a esta santa situa-se bem ao meio do caminho, a Rua da Paciência (que recebe o intenso tráfego da Avenida Oceânica), a Avenida Cardeal da Silva e Rua João Gomes - o trânsito sofre ali um afunilamento que em certos horários fica praticamente estagnado. Nas imediações do Largo há outro templo dedicado a Santana.
O Rio Vermelho, que dá nome ao Bairro, margeia a Avenida Juracy Magalhães Júnior, e perto de sua foz há um emissário submarino que torna sua praia imprópria ao banho.
Apesar do grande crescimento vertical verificado noutras áreas da capital, o Rio Vermelho ainda conserva-se um bairro essencialmente de casas. As estreitas vias mais antigas receberam nomes que homenageiam importantes cidades baianas, como Caetité, Itabuna, Ilhéus, etc. Na rua Alagoinhas está a casa que foi a residência do falecido escritor Jorge Amado e de sua esposa Zélia Gattai, e onde estão guardadas as cinzas do Imortal. Neste bairro também fixou residência o humorista Juca Chaves.
Outro importante logradouro do bairro é o Largo da Mariquita, onde está situado o Mercado do Rio Vermelho, antiga e tradicional feira livre.
[editar] História
Até princípios do século XX era pouco povoado, embora bastante freqüentado pelas famílias abastadas, em veraneio - conseqüência da fama dos então chamados e famosos "banhos de sal" e propriedades pretensamente medicinais de suas águas (a crença, na época, dava conta de que o mar, ali, curava várias doenças, inclusive o beriberi). As casas foram surgindo, poucas inicialmente para morada, a maioria como pouso, até quando a urbanização das linhas de bonde passaram a interligar o bairro ao centro da cidade[1].
[editar] Cultura e religiosidade
O bairro é referido na canção Onde o Rio é mais baiano de Caetano Veloso:
- "E agora estamos aqui / Do outro lado do espelho / Com o coração na mão / Pensando em jamelão no Rio Vermelho".
O bairro concentrou as festas de devoção a Santana e, com a mística da religiosidade afro-descendente, também reuniu o culto a Iemanjá, divindade protetora dos pescadores, ambas com festejos anuais bastante populares na Capital.
[editar] Referências
- ↑ Histórico in: JÚNIOR, Álvaro Pinto Dantas de Carvalho, "O Barão de Jeremoabo e a Política do seu Tempo", EGB, Salvador, 2006 (ISBN 85-7505-147-4)
[editar] Para saber mais
- "Rio Vermelho", PORTO, Ubaldo.
[editar] Ver também
- Praia do Rio Vermelho
- Arraial do rio Vermelho
- Rio Vermelho (rio que passa pelo bairro)