Rede Excelsior
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Rede Excelsior de Televisão Televisão Excelsior Ltda. |
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Gênero/Tipo | {{{tipo}}} | |
País | Brasil | |
Fundação | 9 de julho de 1960 | |
Extinção | 30 de setembro de 1970 | |
Fundador | Mário Wallace Simonsen | |
Pertence a | Panair do Brasil e Correio Paulistano | |
Proprietário | ||
Presidente | ||
Cidade de concessão | ||
Cidade sede | {{{cidade sede}}} | |
Slogan | Eu Também Estou No 9, slogan que fazia parte de uma campanha publicitária. Aparecia nos outdoors da cidade de São Paulo com uma celebridade da época e a frase. | |
Canal | 9 VHF - SPO | |
Satélite | {{{satelite}}} | |
Formato de vídeo | {{{formato de vídeo}}} | |
Principais telespectadores | {{{faixa_etaria}}} | |
Afiliações | ||
Prefixo | ||
Cobertura | ||
Significado das letras | {{{significado letras}}} | |
Sedes principais | São Paulo Rio de Janeiro Porto Alegre Brasília |
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Principais afiliadas | {{{afiliadas}}} | |
Cobertura internacional | {{{internacional}}} | |
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Página oficial |
A Rede Excelsior é uma extinta rede de televisão brasileira cuja primeira emissora, a TV Excelsior de São Paulo, entrou no ar em 9 de julho de 1960. Fechou as portas em definitivo em 30 de setembro de 1970. A rede de televisão pertencia ao empresário Mário Wallace Simonsen.
Índice |
[editar] Concessão
Em 1959, as Organizações Victor Costa, proprietárias da TV Paulista, canal 5 de São Paulo (mais tarde adquirido pela Rede Globo), receberam concessão para um segundo canal na cidade, o canal 9. A posse de mais de um canal de TV por um mesmo grupo não era proibida pelas leis da época.
As Organizações Victor Costa também eram donas da Rádio Excelsior e por isso, já na concessão, foi definido como nome da futura emissora TV Excelsior. Porém antes que planejassem o que fariam com o canal, um grupo de empresários liderados pela família Simonsen, dona, entre outras 41 empresas, da Panair do Brasil, a maior empresa de aviação do país, compraram a emissora ainda no papel. O grupo ainda contava com empresários como José Luís Moura, da exportação de café em Santos; o deputado federal Ortiz Monteiro, fundador da TV Paulista e João de Escantimburgo, proprietário do Correio Paulistano.
A concessão foi adquirida por 80 milhões de cruzeiros, valor extremamente elevado para época. Além da concessão, foram adquiridos um pequeno lote de equipamentos entre os quais figurava algumas câmeras, uma torre e um transmissor. O sistema de transmissão foi instalado na esquina da rua da Consolação com a avenida Paulista, os estúdios na avenida Adolfo Pinheiro e a área comercial e administrativa na região do centro da cidade.
[editar] Excelsior no Ar
A Excelsior entrou no ar em 9 de julho de 1960, com uma programação centrada em jornalismo, séries e filmes estrangeiros. Concorria com a Rede Tupi e a TV Cultura, pertencentes ao empresário Assis Chateaubriand (a Cultura hoje pertence à instituição pública Fundação Padre Anchieta), que comandava o complexo dos Diários e Emissoras Associados; com a TV Paulista das Organizações Victor Costa, e com a Rede Record da família Machado de Carvalho. Distinguia-se de suas concorrentes pela pontualidade nos horários da programação. Seu primeiro diretor artístico foi Álvaro Moya com o auxílio de Manoel Carlos e Abelardo Figueiredo.
Aproveitando-se da crise financeira do Teatro Cultura Artística, a Excelsior alugou o espaço desta instituição conseguindo assim estúdios e auditórios respeitáveis. Com o novo espaço, vieram novas atrações, entre elas programas humorísticos, de auditório e musicais, como o Brasil 60 em 1960 com Bibi Ferreira (que nos anos subseqüentes as versões Brasil 61, 62 e 63). Primeira televisão brasileira a se utilizar tanto da programação horizontal, em que a mesma atração é exibida no mesmo horário todos os dias e a programação vertical, em que a atração que sucede a anterior visa manter o público desta por afinidade de conteúdo, torna-se dentro de seis meses de operação a líder de audiência na cidade de São Paulo.
Em 1962, constrói um grande estúdio no bairro de Vila Guilherme, em São Paulo e adquire equipamentos modernos. Ainda nesse ano, inovou no telejornalismo ao lançar o programa Jornal de Vanguarda, que, criado pelo jornalista Fernando Barbosa Lima, trazia vários locutores e comentaristas. Em 1963, comprou a concessão do canal 2 do Rio de Janeiro, até então pertencente à Rádio Mayrink Veiga, que nunca desenvolveu sua estação de TV. E assim, a Excelsior começa a implantar o conceito de rede de televisão no Brasil, visto que a TV Tupi de São Paulo encarava sua homônima do Rio como concorrente. A Excelsior usava da tecnologia do videoteipe, novidade da época, para distribuir programas que eram exibidos na mesma hora pelas várias TV afiliadas (à Excelsior do Rio de Janeiro vieram se juntar outras em Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília entre outras).
Também em 1962 se torna a primeira emissora no país a tentar transmitir em cores. O sistema utilizado foi o NTSC americano e o primeiro programa em cores foi o Moacyr Franco Show. A TV Tupi somente transmitiria em cores em 1964, quando começou a transmitir o seriado Bonanza aos sábados. A TV Record também começaria a transmitir em cores a partir do seriado Bonanza. O Sistema NTSC não decolou no Brasil, pois os receptores em cores eram muito caros. A primeira transmissão oficial, já com o sistema Germano-Brasileiro PAL-M, foi realizada pela Rede Record, em parceria com a Rede Globo, Rede Tupi e Rede Bandeirantes, a partir da TV Difusora de Porto Alegre que fazia rede com a TV Bandeirantes, em 1972, com a Festa da Uva de Caxias do Sul.
Também de criação da Rede Excelsior é o top de cinco segundos para anunciar a próxima atração. A emissora foi a primeira a ter um logotipo: duas crianças chamadas de Ritinha e Paulinho, que protagonizaram diversas vinhetas.
[editar] Crise e fim da TV Excelsior
Em 1964, a Excelsior passou por uma grande crise, sob pressão do regime militar, que a forçou a tirar programas do ar, os quais traziam renda à emissora, junto com a Panair. Para acentuar a crise, o empresário Celso Rocha Miranda perdeu as concessões de vôo da Panair dois anos depois. Cinco dias depois, a Panair falia.
A Excelsior, sem dinheiro e com a conta estourada, é vendida ao Grupo Folha de S. Paulo, que a devolve aos antigos donos pouco tempo depois. Em 1969, TV Excelsior era um nome que não podia ser dito no governo militar, pois ela estava endividada e abandonada. Ocorreram ainda dois incêndios na TV Excelsior em uma única semana. Um foi simples, de pequeno porte, destruindo apenas um pequeno cenário. O segundo foi na sexta-feira e destruiu boa parte do acervo (não todo como muitos falam).
Fim de ano, para muitos vida nova; para a Excelsior, vida péssima: a emissora perdia mais dinheiro e se encontrava na decadência. A partir daí, a emissora só teve mais problemas com o governo: perdeu cerca de 170 milhões de Cruzeiros só em impostos e outros.
1º de outubro de 1970: a Excelsior se encontrava á beira da falência. Por volta das 18h40, Ferreira Neto invade o estúdio, que estava transmitindo um programa humorístico (Adélia e Suas Trapalhadas), e anuncia aos telespectadores que o governo decretara o fim da Excelsior. O governo dera um prazo até 15 de dezembro para a emissora pagar as dívidas e "acertar as contas", ou seja, pagar, no mínimo, 50% de sua grande dívida. Ao término do prazo, a Excelsior havia quitado menos de 1% da dívida. Resultado: era o fim da TV Excelsior, que sai do ar exatamente ás 17:56.
Treze anos depois de o canal 9 ficar fora do ar, Adolpho Bloch da Bloch Editores ganha a concorrência aberta pelo Governo Militar com a falência da TV Tupi, incluindo também a concessão da Excelsior. Era o começo da Rede Manchete, emissora com padrão diferenciado da Excelsior.
[editar] Arquivo da TV Excelsior
Com o incêndio em 1969 que destruiu a emissora, que ela estava abandonada e endividada, a maior parte do acervo de imagens foi destruída, mas mesmo assim, grande parte do arquivo já tinha sido apagado para gravar em cima os programas (prática comum, já que a fita de videotape era cara). Alguns anos depois, misteriosamente, o caminhão de externas e parte do acervo foram parar na TV Gazeta. Atualmente, o acervo está divido em alguns lugares: a própria TV Gazeta, a Rede Globo, a Cinemateca Brasileira, que cuida do acervo da TV Tupi-SP e a TV Cultura, que também tem parte do acervo da Tupi. Algumas cenas de programas da TV Excelsior foram exibidas no especial TV Ano 50, tais como: Redenção, A Pequena Órfã (a Globo reexibiu esta novela em 1971), Sangue do Meu Sangue, além dos programas Times Square e Brasil 61, apresentado por Bibi Ferreira.
[editar] Emissoras
[editar] Próprias
- TV Excelsior (São Paulo) - Canal 9 (Geradora da Rede) atual Rede TV!
- TV Excelsior (Rio de Janeiro) - Canal 2 atual TV Brasil
[editar] Afiliadas
- TV Jornal do Commercio (Recife/PE) Canal 2 - Atual SBT
- TV Gaúcha (Porto Alegre/RS) Canal 12 - Atual RBS/Globo
- TV Capital (Brasília/DF) Canal 8 - Atual Rede Record
- TV Vila Rica (Belo Horizonte/MG) Canal 7 - Atual Band
- TV Anhangüera (Goiânia/GO) Canal 2 - Atual Globo
- TV Paranaense (Curitiba/PR) Canal 12 - Atual RPC/Globo
- TV Brasil Oeste (Cuiabá/MT) Canal 8 - Atual Band
- TV Triângulo (Uberlândia/MG) Canal 8 - Atual Rede Integração/Globo
- TV Morena (Campo Grande/MS) Canal 6 - Atual Globo
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- Parte dessas afiliadas, após a extinção da Rede Excelsior, foram compradas por grupos de comunicação como a Rede Bandeirantes, Rede Record, Grupo RBS (Rede Globo) e RPC (Rede Globo).
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- A TV Jornal existe até os dias atuais, hoje afiliada ao SBT, assim como a TV Morena que é afiliada da Rede Globo.
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- A TV Capital continuava com a razão social "Rádio e Televisão Capital Ltda." até 18 de Fevereiro de 2008, na data da estréia da Record Centro-Oeste quando adotou a mesma razão social da geradora da Rede Record Rádio e Televisão Record S/A.
[editar] Ligações externas
Precedido por — |
Canal 9 VHF de São Paulo 1960 - 1970 |
Sucedido por Rede Manchete |
Precedido por — |
Canal 2 VHF do Rio de Janeiro 1963 - 1970 |
Sucedido por TVE Brasil |