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Paul Emil von Lettow-Vorbeck - Wikipédia, a enciclopédia livre

Paul Emil von Lettow-Vorbeck

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paul Emil von Lettow-Vorbeck (20 de Março de 1870 - 9 de Março de 1964) foi um general Alemão, comandante da campanha da África Oriental Alemã na Primeira Guerra Mundial, a única campanha colonial dessa guerra onde a Alemanha não foi derrotada.

Índice

[editar] Primeiros Anos

Nascido em uma família militar em Saarlouis, Lettow-Vorbeck estudou ciência militar como um oficial da artilharia. Foi encarregado de conter a Rebelião Boxer na China em 1900. Mais tarde, foi enviado ao Sudoeste Africano Alemão (atual Namíbia) para participar nas guerras de Hottentot e Herero entre 1904 e 1908. Foi ferido em seu olho esquerdo e forçado a se recuperar na África do Sul, conquistando a amizade de Jan Smuts, contra quem viria a lutar na Primeira Guerra Mundial. Foi o comandante da II. Seebataillon da Kaiserliche Marine-Infantarie (Marinha Alemã) de Janeiro de 1909 até Janeiro de 1913 em Wilhelmshaven. Também comandou a força colonial Alemã conhecida como Schutztruppe em Cameroon.

[editar] Primeira Guerra Mundial

Em 1914, Lettow-Vorbeck foi escolhido comandante da pequena guarnição Alemã de 300 soldados e doze companhias Askari na África Oriental Alemã, atual Tanzania. Com o início da guerra em Agosto, sabendo da necessidade de tomar a iniciativa, ignorou ordens de Berlim e do governador da colonia Dr. Heinrich Schnee. Schee insistiu na neutralidade da África Oriental Alemã.[1] Lettow-Vorbeck prontamente negligenciou o governador, nominalmente seu superior, e se preparou para repelir um ataque anfíbio na cidade de Tanga, onde entre 2 e 5 de Novembro de 1914, lutou numa de suas maiores batalhas. Ele então reuniu seus homens e suprimentos quase inexistentes para atacar as ferrovias Britânicas na África Oriental. Acumulou uma segunda vitória sobre os Britânicos em Jassin em 18 de Janeiro de 1915. Enquanto essas vitórias deram-lhe rifles modernos urgentemente necessários e outros suprimentos, bem como um grande impulso à moral de seus homens, von Lettow-Vorbeck também perdeu numerosos homens experientes nessas batalhas, entre eles o "esplêndido Capitão Tom von Prince",[2] quem ele não poderia substituir facilmente.

O plano de Lettow-Vorbeck para a Primeira Guerra Mundial era um tanto simples: sabendo que a África Ociental não seria nada além de um espetáculo à parte, ele determinou capturar o máximo de tropas Britânicas possível; isso as removeria da frente Oriental e, dessa forma, contribuiria para a vitória Alemã.

Lettow-Vorbeck sabia que poderia contar com seus oficiais altamente motivados (sua taxa de vítimas era certamente prova disso).[3] Como consequência das perdas custosas de pessoal, ele passou a evitar confrontos diretos com soldados Britânicos, em vez disso levou seus homens a engajar invasões de guerrilha nas províncias Britânicas do Quênia e da Rodésia, atacando os fortes Britânicos, ferrovias e comunicações - tudo com o objetivo de forçar a Entente a desviar o efetivo do teatro de guerra na Europa. Ele convocou 12,000 soldados, a maioria deles Askari, mas todos bem treinados e bem disciplinados. Os Askari ganharam especialmente uma reputação por suas habilidades de luta e lealdade. Lettow-Vorbeck também serviou como comandante-modelo ganhando o respeito de todos seus homens. Ele percebeu as necessidades críticas da guerra de guerrilha em que ele usou tudo o que lhe era disponível se tratando de suprimento, ele usou o grupo e artilharia fo crusador Alemão SMS Königsberg (afundado no delta do Rio Rufiji em 1915) que possuia uma tropa capacitada sob o comando de Max Looff, bem como suas numerosas armas, que foram convertidas em peças de artilharia para a luta em terra, que seria o mais alto padrão de peças de artilharia de terra usadas na guerra.

Em Março de 1916, os britânicos sob Jan Smuts lançaram uma formidável ofensiva com 45,000 homens. Lettow-Vorbeck pacientemente usou o clima e o terreno como seus aliados enquanto suas tropas lutavam contra os Britânicos em suas condições para sua vantagem. Os Britânicos, entretanto, continuaram enviando mais tropas forçando Lettow a ceder território. Não obstante, ele causou diversas perdas custosas aos Britânicos, incluindo uma em Mahiwa em Outubro de 1917 onde ele perdeu 100 homens enquanto os Britânicos perderam 1,600.

Apesar de seus esforços, os Britânicos ainda mantinham uma decisiva vantagem em efetivo, e não mantinha ilusões que qualquer território que ele capturasse poderia ser guarnecido por muito tempo. Ele então incursionou ao sul na colônia Portuguesa de Moçambique onde ganhou homens e suprimentos ao atacar guarnições portuguesas. Ele voltou à África Oriental Alemã em Agosto de 1918, apenas para rumar à oeste e atacar a Rodésia do Norte a qual ele incursou, assim evitando uma armadilha que os Britânicos haviam preparado para ele na África Oriental Alemã. Em 13 de Novembro, dois dias após o armistício, ele tomou a cidade de Kasama que os Britânicos haviam evacuado,[4] e continuou rumando à sudoeste por Katanga. Quando alcançou o Rio Chambeshi na manhã de 14 de Novembro, o magistrado Britânico Hector Croad apareceu sob uma bandeira branca e entregou uma mensagem do aliado General Deventer informando-o do armistício.[5] Lettow-Vorbeck imediatamente concordou com um cessar-fogo no local agora marcado pelo 'Von Lettow-Vorbeck Memorial' na atual Zambia. Ele foi instruído pelos Britânicos a marchar ao norte para Abercorn (atual Mbala) para render seu exército invicto, fazendo-o em 23 de Novembro.[5] Seu exército remanescente consistia então de 30 oficiais Alemães, 125 oficiais não comissionados e outros postos alistados e 1,168 Askaris.[6]

[editar] Legado e Carreira Pós-Guerra

Após a guerra, Lettow-Vorbeck organizou esforços para repatriar soldados Alemães e POWs e certificar-se de que os Africanos receberiam tratamento igual. Também conheceu Sir Richard Meinertzhagen, o Oficial da Inteligência Britânica com quem ele disputou uma guerra pessoal durante o conflito.

Posteriormente, Lettow-Vorbeck retornou para casa em Janeiro de 1919 para uma recepção heróica e promoção a major general, a última ordem do Kaiser; a Schutztruppe de Lettow-Vorbeck foi o único exército Alemão permitido à uma parada vitoriosa através do Portão de Brandemburgo para a Primeira Guerra Mundial, pois não só nunca se rendeu, mas frequentemente venceu contra grandes adversários, e tornou-se o único comandante Alemão a invadir território Britânico com sucesso na Primeira Guerra Mundial. Depois da guerra, se tornou amigo íntimo de diversos oficiais Britânicos que lutaram contra ele durante a guerra (muitos dos quais posteriormente ajudariam a pagar sua pensão depois dele ter perdido tudo).

Participou da política caótica da República Weimar. De Maio de 1929 a Julho de 1930 foi deputado no Reichstag e tentou sem sucesso estabelecer oposição a Adolf Hitler e ao Partido Nazi. Se opôs aos Nazis, que se usando do poder tentaram usar sua história para sua causa (curiosamente, considerando as implicações de ideologia racial distorcida). Em 1938, aos 68 anos de idade, foi nomeado General para Propósitos Especiais, mas não foi convocado para serviço.

Foi destituído no final da Segunda Guerra Mundial. Seus dois filhos, Rüdiger e Arnd foram mortos em ação com o Exército Alemão, sua casa em Bremen foi destruída por bombas Aliadas, e ele dependeu por algum tempo de pacotes de comida de Meinertzhagen e Smuts. Com o estabelecimento da República Federal da Alemanha (Alemanha Oriental) e recuperação econômica, ele veio a desfrutar de circunstâncias confortáveis novamente, recebendo pensões do governo por seus serviços militares e parlamentares. Em 1953 visitou sua outra casa, na África Ocidental, onde foi energicamente saudado por Askaris sobreviventes e recebido com cortesia e honras militares por oficiais coloniais Britânicos.[7]

Paul von Lettow-Vorbeck foi considerado um comandante audaz, todavia prudente, que mostrou habilidade incomum em disputar uma guerra de guerrilha em terreno desconhecido. Com poucos homens e virtualmente sem suprimentos, barrou forças Britânicas de dez a doze vezes maiores. Ao final, permaneceu invicto, e tendo desviado as forças Britânicas, marchava para atacar a ferrovia e minas Aliadas em Katanga. Ganhou muito respeito de seus Askari bem como de oficiais brancos, amigos ou inimigos. A campanha da África Ocidental então foi essencialmente sobre o "modestamente imenso exército Aliado" que foi engajado por "uma força Alemã liderada por um obscuro oficial Prussiano que poderia ter conduzido cursos de pós-graduados em táticas regulares de guerra para Che Guevara, General Giap e outros mais celebrados porém menos habilidosos combatentes guerrilheiros."[8] As explorações de Lettow-Vorbeck nas terras da África foram "como a maior operação isolada de guerrilha na história, e a mais bem sucedida."[9]

Um de seus oficiais juniores, Theodor von Hippel, usou sua experiência sob Lettow-Vorbeck para ser instrumental em formar os Brandenburgers, a unidade de comando da agência de inteligência Alemã Abwehr na Segunda Guerra Mundial.[10]

No ano da morte de von Lettow-Vorbeck, 1964, meio século após sua chegada em Dar es Salaam, a Bundestag da Alemanha Oriental votou por financiar o salário atrasado aos Askari ainda vivos. Um escritório de caixa temporário foi instalado em Mwanza no Lago Victoria. Dos 350 velhos homens que acumularam apenas uma quantia limitada poderiam desfrutar dos certificados que von Lettow os havia entregado em 1918. Outros apresentaram pedaços de seus velhos uniformes como prova de serviço. O banqueiro Alemão que trouxe o dinheiro chegou com uma idéia. A cada requerente que desse um passo à frente, seria dado uma vassoura e ordenado em alemão que executasse o manejo da arma. Nenhum dos homens falhou no teste.

Quatro quartéis do Exército Alemão (Bundeswehr) em Leer, Hamburg-Jenfeld, Bremen e Bad Segeberg foram nomeados em sua honra. Com reduções de pessoal e fechamento das bases de 178 instalações militares, o último dos quartéis nomeados de Lettow-Vorbeck (em Bad Segeberg) foi fechado em 2004.

[editar] Trabalhos Literários

  • von Lettow-Vorbeck: Heia Safari! Deutschlands Kampf in Ostafrika Leipzig, 1920.
  • von Lettow-Vorbeck: My Reminiscences of East Africa (Tradução em inglês do citado acima) ISBN 0-89839-154-7
  • von Lettow-Vorbeck: Mein Leben Koehlers Verlaggesellschaft, Biberach an der Riss, 1957.
  • von Lettow-Vorbeck: East African Campaigns (Meine Erinnerungen aus Ostafrika, inglês). Prefácio por John Gunther. New York: Speller, 1957.

[editar] Veja Também

[editar] Notas de Rodapé

  1. O governador baseou suas posições no Ato do Congo em 1885 onde as forças coloniais Européias absurdamente prometeram umas às outras manter suas posses além-mar separadas e neutras das guerras Européias.
  2. Tom von Prince tinha pai Inglês e mãe Alemã. Ele e von Lettow-Vorbeck foram colegas de classe na Escola Militar de Kassel; von Prince eventualmente ia a África Ocidental Alemã. No início da Grande Guerra foi reconvocado para o serviço ativo como Hauptmann (capitão) e assumiu comando dos Askari da 13ª Companhia de Campo e 7ª e 8ª Schützenkompagnies (destacamentos de franco-atiradores; sendo a 8ª montada) composta principalmente de filhos de colonizadores Alemães. As explorações de Prince logo deram a ele o apelido de Bwana Sakarani - o selvagem - por seus Askari.
  3. Hoyt, Guerilla, p. 28
  4. “The Evacuation of Kasama in 1918". The Northern Rhodesia Journal. IV (5) (1961). Páginas 440-442.
  5. 5,0 5,1 Gore-Browne, Sir Stewart (1954). "The Chambeshi Memorial". The Northern Rhodesia Journal, 2 (5) pp 81-84 (1954).
  6. Haupt, Deutschlands Schutzgebiete in Übersee 1884-1918, p. 154
  7. essa viagem foi financiada pela revista Alemã de notícias Stern
  8. Miller, Battle for the Bundu, p. ix
  9. Hoyt, p. 229
  10. LeFevre, Brandenburg Division, pp. 17-29.

[editar] Bibliografia

  • Ross Anderson: The Forgotten Front: The East African Campaign, 1914-1918. Tempus Publishing, 2004. ISBN 0-7524-2344-4.
  • Thomas A. Crowson: When elephants clash. A critical analysis of Major General Paul Emil von Lettow-Vorbeck in the East African Theatre of the Great War. (Fort Leavenworth, Kan., Faculty of the US Army Command and General Staff College, Masterarbeit, 2003). Washington, DC: Storming Media, 2003. NTIS, Springfield, Va. 2003. Microform-Edition.
  • Byron Farwell: The Great War in Africa, 1914-1918, W. W. Norton & Company, 1989, ISBN 0-393-30564-3.
  • Werner Haupt. Deutschlands Schutzgebiete in Übersee 1884-1918 (Germany’s Overseas Protectorates 1884-1918). Friedberg: Podzun-Pallas Verlag. 1984. ISBN 3-7909-0204-7
  • Hoyt, Edwin, The Germans who never lost, Frewin, 1969, ISBN 0-090-96400-4.
  • Edwin Palmer Hoyt: Guerilla: Colonel Von Lettow-Vorbeck and Germany's East African Empire. New York: Macmillan. 1981. ISBN 0-02-555210-4.
  • Eric LeFevre: Brandenburg Division, Commandos of the Reich. Paris: Histoire & Collections. 2000 (translated from the French by Julia Finel. Originally published as La Division Brandenburg 1939-1945. Paris: Presses de la Cité. 1983). ISBN 2-908-182-734.
  • Charles Miller: Battle for the Bundu: The First World War in German East Africa. London: Macdonald & Jane's, 1974; and New York: MacMillan Publishing Co., Inc. 1974. ISBN 0-02-584930-1.
  • Leonard Mosley: Duel for Kilimanjaro, Ballantine Books, 1963.
  • Edward Paice: "Tip and Run". The untold tragedy of the Great War in Africa. London: Weidenfeld & Nicolson, 2007. ISBN 978-0-297-84709-0; ISBN 0-297-84709-0.
  • Uwe Schulte-Varendorff: Kolonialheld für Kaiser und Führer. General Lettow-Vorbeck - Eine Biographie (Colonial Hero for Kaiser and Führer. General Lettow-Vorbeck Biography). Berlin: Ch. Links Verlag, 2006. ISBN 3-861-53412-6.
  • J.R.Sibley: Tanganyikan Guerrilla, Ballantine Books, 1973, ISBN 0345098013.
  • William Stephenson: Der Löwe von Afrika. Der legendäre General Paul von Lettow-Vorbeck und sein Kampf um Ostafrika (The Lion of Africa. The legendary General Paul von Lettow-Vorbeck and his campaign for East Africa). Munich: Goldmann, 1984. ISBN 3-442-06719-7.
  • Hew Strachan: The First World War in Africa, Oxford University Press, 2004, ISBN 0-199-25728-0.
  • John C. Stratis: A Case study in leadership. Colonel Paul Emil von Lettow-Vorbeck. Springfield, Va.: NTIS, 2002. Microform-Edition.


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