Orelha
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Tradicionalmente, dá-se o nome de orelha (do latim: auricula) ou pavilhão auricular (ou pavilhão auditivo externo ou ainda ouvido) à parte externa cartilaginosa do aparelho auditivo, ligada diretamente ao canal do ouvido externo.
Geralmente as orelhas apresentam músculos que as seguram ao crânio capazes de executar movimentos semicirculares, ampliando a área de alcance das orelhas.
A orelha, estrutura presente em muitos mamíferos, opera, de maneira geral, na localização da fonte de emissão sons, o que facilita tanto a caça quanto a fuga. Morcegos possuem orelhas excepcionalmente grandes e complexas que operam como receptor de ondas hipersônicas emitidas pelo animal, que refletem sobre qualquer superfície, e são interpretadas pelo cérebro como uma imagem, e assim permitem a localização espacial do animal no escuro.
Já elefantes e outros animais de savana apresentam orelhas grandes que possuem outras funções, como radiador por dissipação. Intensamente irrigadas por vasos sangüíneos, as orelhas são abanadas de forma a dissipar o calor em excesso do corpo, equilibrando a sua temperatura interna.
Nos seres humanos, as orelhas possuem arquitetura complexa, mas são relativamente menores que em outros grandes primatas, como o chimpanzé, e raramente possuem capacidade de movimento.
Muitas culturas utilizam a orelha como chamariz, prendendo adornos de pedra, metal, ou outros materiais à sua cartilagem. Em algumas comunidades, a laceração do lóbulo da orelha é um símbolo de status, e quanto maior o buraco (aberto e ampliado por objetos como discos, ou pesos), mais alta é a posição do indivíduo na sociedade.
De maneira geral, o lóbulo da orelha, bem como sua curva superior, são apontadas como zonas erógenas.
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[editar] Ouvido
A orelha ou ouvido é o órgão usado pelos animais para detectar ondas sonoras. Nos mamíferos ele se apresenta aos pares e se localiza na cabeça, podendo estar localizado em outras partes do corpo ou mesmo ser ausente em outros animais.
Segundo a tradução da última edição da Nomina Anatomica (que mudou de nome, passando a chamar-se Terminologia Anatomica) para a língua portuguesa, publicada pela Sociedade Brasileira de Anatomia em 2001, usa-se orelha para designar tanto o órgão da audição em sua totalidade, como a parte visível e externa que corresponde ao pavilhão auricular. Em Portugal mantém-se a denominação de ouvido em lugar de orelha para o órgão da audição.
[editar] Fisiologia do ouvido (ou orelha) humano
O ouvido ou orelha humana normal pode distinguir cerca de 400.000 sons diferentes, alguns fracos o suficiente para mover a membrana timpânica tão pouco quanto um décimo da molécula de hidrogénio. O ouvido humano registra sons que vão dese 20 Hz (Hertz) até 20000 Hz.
Um exemplo dessa propriedade é que uma pessoa pode ouvir desde o som de um mosquito numa tarde silenciosa de verão ou de um avião a jacto que aparece a voar no céu. Aqui estão dois sons diferentes tanto em intensidade como em características, que o sentido da audição humano pode reconhecer e rotular.
A audição funciona da seguinte maneira: o som propaga-se produzindo ondas sonoras que se deslocam até atingir a orelha. O mecanismo da audição transforma estas ondas em sinais eléctricos que transmite como mensagens, através do nervo auditivo para o nosso cérebro que as interpreta.
O aparelho auditivo humano é dividido em três partes cada uma com suas funções próprias sendo as três indispensáveis para o bom funcionamento da audição: ouvido externo ou orelha, ouvido médio e ouvido interno.
[editar] Ouvido (ou orelha) externo
O ouvido externo (ou orelha externa) é composto de duas partes: O pavilhão auditivo, também conhecido como orelha e o conduto auditivo externo.
A função principal do pavilhão auditivo é coletar sons, agindo como um funil e direcionando o som para o conduto auditivo. Outra função é a filtração do som, processo este que ajuda a localizar a origem dos sons que chegam ao individuo. Além disso, no caso dos humanos, o processo de filtração seleciona sons na faixa de freqüência da voz humana facilitando o entendimento. O Pavilhão Auricular é anatomicamente dividido em Hélice, Anti-hélix, trago, antitrago e lóbulo.
Já o conduto auditivo externo tem a função de transmitir os sons captados pela orelha para o tímpano além de servir de câmara de ressonância ampliando algumas freqüências de sons. Ele é constituído por cartilagem no terço lateral e osso nos dois terços mediais.
[editar] Afecções da Orelha
São acontecimentos que acometem a orelha externa (pavilhão auricular e conduto auditivo externo). Esses acontecimentos podem ser desde malformações congênitas até processos inflamatórios e infecciosos, inclusive metabólicos. O diabetes pode favorescer infecções no aparelho auditivo.
Malformação congenitas:
- Anotia;
- Microtia;
- Macrotia e
- Atresia de conduto auditivo
Tecido remanescente de malformações congênitas:
- Tubérculo de Darwin;
- Coloboma Auris e
- Fístula pré-auricular;
O pavilhão auricular e o conduto auditivo sofrem os mesmos processos que a pele, podendo dar:
- Quelóide;
- Cisto sebáceo;
- Alergia de contato;
- Pericondrite;
- Hematoma;
- Lesões por congelamento (alpinistas);
- Laceração do Lóbulo;
- Avulsão;
- Impetigo contagioso;
- Erisipela;
- Furúnculo;
- [[Herpes zoster]]
- Cerume e
- Corpo Estranho
[editar] Ouvido médio (ou orelha média)
O ouvido médio é composto pelos ossículos martelo, bigorna e estribo, denominados dessa forma por sua semelhança conspícua com esses objectos. Os mamíferos são os únicos animais que possuem três ossos no ouvido, ligando o tímpano à orelha interna.
Individualmente os ossos são menores que um grão de arroz. Os ossículos estão localizados na cavidade em forma de ervilha da orelha média. Conectados formando uma ponte entre a membrana timpânica e a janela oval. Através de um sistema de membranas, eles conduzem as vibrações sonoras a orelha interna. Os ossículos são os menores ossos do corpo humano e já estão em seu tamanho completo ao nosso nascimento.
Enquanto as ondas sonoras movem a membrana timpânica, esta move os ossículos. Os três ossos na verdade formam um sistema de alavancas que transferem a energia das ondas sonoras vindas da orelha externa, através da orelha média para a orelha interna.
[editar] Ouvido interno
O ouvido interno é composta pela cóclea, pelo aparato vestibular e pela tuba auditiva ou trompa de Eustáquio.
O último osso da cadeia ossicular, o estribo, está acoplado a uma fina membrana chamada de janela oval. A janela oval é na realidade uma entrada para a orelha interna, que contém o órgão da audição, a cóclea. Quando o osso estribo move, a janela oval move com ele. No outro lado da janela oval está a cóclea, um canal em forma de caracol preenchido por líquidos e, quando as vibrações chegam à cóclea provenientes da orelha interna, são transformadas em ondas de compressão que por sua vez ativam o órgão de Corti que é responsável pela transformação das ondas de compressão em impulsos nervosos que são enviados ao cérebro para serem interpretados.
O líquido é agitado pelos movimentos da janela oval e, dentro da cóclea, o órgão de Corti é formado por milhares de células ciliadas que são colocadas em movimento toda vez que o líquido é movimentado.
A estimulação destas células, por sua vez, causa impulsos elétricos que são enviados para o cérebro. Os impulsos elétricos representam a quarta mudança na mensagem sonora de uma energia para a outra: da energia acústica das ondas sonoras entrando na orelha, para a energia elétrica dos impulsos que viajam para o cérebro.
Outra parte do ouvido médio é a tuba auditiva que conecta a cavidade da orelha média com a nasofaringe. A extremidade superior é normalmente aberta, pois é rodeada de ossos, enquanto que a inferior é normalmente fechada, pois é cercada por um tecido fino. A tuba auditiva ajuda a manter o equilíbrio da pressão do ar entre os dois lados da membrana timpânica.
A tuba abre e fecha a medida em que engolimos ou bocejamos, permitindo uma equalização entre a pressão do ouvido externo e do ouvido médio. Uma sensação de pressão pode ser causada na orelha por este processo de equalização em um avião ou em situações de mudanças de altitude.
O ouvido interno também contém um órgão muito importante que está na verdade conectado com a cóclea, mas que não contribui para o nosso sentido da audição, o sistema vestibular, formado por três pequenos canais semicirculares, que nos ajudam a manter o equilíbrio e auxiliar na visão já que as rotações da mesma precisam ser compensadas para que possamos ter uma visão clara sem ser borrada. É através dele que se pode saber por exemplo quando se esta com o corpo inclinado mesmo estando de olhos vendados.
Problemas com os canais semicirculares podem resultar em sintomas como a vertigem. A audição é um factor chave na manutenção de trocas intelectuais, mas possivelmente ainda mais importante, a audição supre o pano de fundo auditivo que dá o sentimento de participação e segurança.
[editar] Órgãos auditivos de espécies não mamíferas
As aranhas possuem pelos nas patas que são responsáveis pela detecção do som. Os ouvidos dos répteis apresentam apenas um osso a columela que é considerado homologo ao estribo dos mamíferos.