Marduque
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Marduque, Marduk ou Merodaque, como é apresentado na Biblia, é um deus protector da cidade da Babilónia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia. Era filho de uma relação incestuosa entre Enki e Ninhursag. Foi pai de Dumuzzi (que seria o bíblico Tamuz) que corresponde ao deus egipcio Osíris. A sua consorte era Sarpanitu.
Com a ascensão da Babilónia à capital da coligação de estados do Eufrates, sob a liderança do Rei Hamurabi (2250 a.C.), torna-se também o deus supremo do panteão de deuses mesopotâmicos, foi a ele que os outros deuses confiaram o poder supremo, foi o vencedor do monstro Tiamat, que personificava o caos primordial, divide-o em duas partes, com as quais forma o céu (onde coloca os astros) e a terra (onde estabelece a residência dos principais deuses). Os deuses queixam-se, porém, de não terem quem os adore, pelo que Marduque cria o homem, para que os povos da terra os adorem e lhe levantem templos. Podemos encontrar referências ao deus Marduque nos parágrafos de abertura e finalização do Código de Hamurabi, o mais famoso código legislativo da Antiguidade. Marduque é chamado de Merodaque pelos hebreus. (Isaías 39:1; Jeremias 50:2; II Reis 25:27)
Marduk foi declarado, por volta de 2000 a.C., Deus Supremo da Babilônia e dos Quatro Cantos da Terra, após vencer disputa entre os deuses pelo controle da Terra. Marduk não se conformava, pelo facto de a família de seu tio Enlil e seus primos Nannar-Sin e Ninurta não deixar seu pai Enki ser o supremo entre os deuses. Após conseguir a supremacia, Marduk chamou para si os atos do planeta Nibiru/Marduk, que se chocou com Tiamat na formação do sistema solar, evento contado nas plaquetas sumérias que relatam a Batalha Celeste (Enuma Elish). Num gesto de farsa autointitulou-se o criador do mundo e do homem. Era venerado no templo de Esagil, na Babilônia.