Liga Mundial de Voleibol
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A Liga Mundial de Voleibol é uma competição anual de voleibol masculino. Criado em 1990, o torneio é o mais longo e o mais rico dentre todos os eventos internacionais organizados pela FIVB: em 2004, foram distribuídos treze milhões de dólares entre os times participantes.
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[editar] História
[editar] Origens
A Liga Mundial foi criada em 1990 como parte de um intenso programa de marketing que se tornaria marca registrada da atuação da FIVB no final do século XX. A idéia consistia em promover o voleibol em escala mundial através do estabelecimento de torneios anuais que despertassem o interesse do público em todos os continentes.
Até o início da década de 1990, as competições internacionais envolvendo times de alto nível (por exemplo, os Jogos Olímpicos, o Campeonato Mundial) tinham lugar apenas em ciclos de quatro anos, e eram usualmente confinadas a apenas uma cidade ou país-sede. A Liga Mundial, ao contrário, foi projetada para ocorrer anualmente, com um sistema rotativo de cidades-sede que permitia a cada equipe ser mandante de um certo número de partidas durante a fase preliminar. Restrições adicionais para participação, tais como a obrigatoriedade de transmitir os jogos pela televisão, garantiam ainda intensa cobertura da mídia.
A estratégia da FIVB acabou provando-se visionária: na virada do século, a Liga Mundial já estava plenamente consolidade como uma importante competição internacional de voleibol. Aos olhos da federações nacionais, a falta de tradição do torneio era compensada pelas generosas recompensas em dinheiro que eram oferecidas aos participantes: entre 1990 e 2004, o total gasto com premiações pulou de um para treze milhões de dólares.
Inspirada pelo sucesso da Liga Mundial, a FIVB introduziu em 1993 um projeto análogo para o voleibol feminino, o Grand Prix. Aparentemente, esta medida obteve enorme sucesso no leste da Ásia, onde esta modalidade esportiva vem se tornando cada vez mais popular. Seus resultados em escala mundial permanecem, todavia, ainda incertos.
[editar] Resultados anteriores
Nos anos 90, a Itália dominou completamente a Liga Mundial, vencendo logo as três primeiras edições do torneio: 1990, 1991 e 1992. Jogando em casa, o Brasil - então campeão olímpico - conseguiu conquistar o ouro em 1993, mas os italianos retornaram ao lugar mais alto do pódio em 1994 e 1995.
Prenunciando o que aconteceria alguns meses mais tarde nos Jogos Olímpicos de Atlanta, os Países Baixos venceram, com muita dificuldade, a final de 1996 em cinco sets. Mais uma vez, entretanto, os italianos retornaram ao topo do pódio em 1997. Em 1998, o vencedor foi o time cubano; em 1999 e 2000, outra vez a Itália.
Os números não deixam margem a dúvidas: entre 1990 e 2000, foram jogadas 11 Ligas Mundiais. A Itália conquistou o ouro oito vezes, e cada uma das outras três edições do torneio foi conquistada por um time diferente.
A supremacia da Itália na Liga Mundial começou a desvanecer em 2001, quando o Brasil conquistou pela segunda vez o torneio em sets diretos. Com mais cinco títulos, em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007 os brasileiros despontam como a nova força do século XXI. Em 2002, o vencedor foi a Rússia, com o Brasil vice.
[editar] Formato da competição
A FIVB está constantemente adaptando o formato da Liga Mundial com o objetivo de aumentar a competitividade e tornar as partidas mais interessantes para o público. Algumas regras e restrições básicas, contudo, devem permanecer nos próximos anos.
- A Liga Mundial não possui qualificação. Os times são diretamente convidados pela FIVB.
- Os times participantes têm de assegurar transmissão televisiva e cobertura de TV local.
- A competição é dividida em pelo menos duas fases: uma preliminar (geralmente denominada "intercontinental"), com um sistema rotativo de cidades-sede; e uma ou mais fases finais, com um ou mais países-sede.
- Na fase preliminar, os times são organizados em chaves. Cada time realiza quatro partidas contra todos os outros times em sua chave, duas como mandante, duas como visitante. Cada par de partidas é disputado durante um fim de semana.
- Quando todas as partidas da fase preliminar foram disputadas, os n melhores times em cada chave qualificam-se para a(s) fase(s) final(is), e o restante deixa a competição. O valor de n depende do número de times participantes e do formato que será adotado nas finais.
- O país-sede (ou os países) qualificam-se automaticamente para as finais.
- A FIVB já empregou diversos formatos diferentes para as finais: "Top Six", "Top Four", formato olímpico. Há alguns anos (2004), o mais habitual é adotar um formato misto: nas quartas-de-final, os times são organizados em duas chaves, e os dois vencedores de cada chave disputam semi-finais e finais através de cruzamento olímpico.
- Na fase preliminar, cada time pode normalmente trabalhar com uma lista de dezoito jogadores: a cada rodada, o técnico indica os doze que serão utilizados nas partidas daquela semana. Na(s) fase(s) final(is), são permitidos apenas doze atletas.
[editar] Histórico
Ano | Cidade-sede (finais) | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | |||
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1990 | Osaka, Japão | ITA | NED | BRA | URS | FRA | JPN | USA | CHN | ||||||||
1991 | Milão, Itália | ITA | CUB | URS | NED | BRA | USA | JPN | FRA | KOR | CAN | ||||||
1992 | Gênova, Itália | ITA | CUB | USA | NED | BRA | CIS | CAN | CHN | KOR | FRA | GER | JPN | ||||
1993 | São Paulo, Brasil | BRA | RUS | ITA | CUB | JPN, NED | GER, CHN | USA, KOR | GRE, FIN | ||||||||
1994 | Milão, Itália | ITA | CUB | BRA | BUL | NED | RUS | GRE, JPN, KOR | CHN, GER, USA | ||||||||
1995 | Rio de Janeiro, Brasil | ITA | BRA | CUB | RUS | BUL | KOR | ESP | JPN | GRE | USA | CHN | NED | ||||
1996 | Roterdã, Países Baixos | NED | ITA | RUS | CUB | BRA | CHN | ARG | BUL | JPN | ESP | GRE | |||||
1997 | Moscou, Rússia | ITA | CUB | RUS | NED | BRA | BUL | YUG | ARG | ESP | CHN | KOR | JPN | ||||
1998 | Milão, Itália | CUB | RUS | NED | ITA | BRA, YUG | BUL, ESP | ARG | GRE, KOR, POL | ||||||||
1999 | Mar del Plata, Argentina | ITA | CUB | BRA | RUS | ESP | ARG | FRA | CAN, POL | AUS, NED, POR | |||||||
2000 | Roterdã, Países Baixos | ITA | RUS | BRA | YUG | NED | USA | FRA | ARG, CUB, POL | CAN, ESP | |||||||
2001 | Katowice, Polônia | BRA | ITA | RUS | YUG | CUB, FRA | NED, POL | GRE, JPN, ESP, USA | ARG, GER, POR, VEN | ||||||||
2002 | Belo Horizonte, Brasil | RUS | BRA | YUG | ITA | ESP, POL | FRA, NED | ARG, CHN, GER, GRE | CUB, JPN, POR, VEN | ||||||||
2003 | Madrid, Espanha | BRA | SCG | ITA | CZE | BUL, ESP | GRE, RUS | POL | FRA, GER, NED | CUB, JPN, POR, VEN | |||||||
2004 | Roma, Itália | BRA | ITA | SCG | BUL | FRA, GRE | CUB, ESP, POL | CHN, JPN, POR | |||||||||
2005 | Belgrado, Sérvia | BRA | SCG | CUB | POL | BUL, POR | GRE, ITA, VEN | ARG, FRA, JAP | |||||||||
2006 | Moscou, Rússia | BRA | FRA | RUS | BUL | ITA | SCG | ARG, CUB, POL | FIN, KOR, USA | CHN, EGY, JPN, POR | |||||||
2007 | Katowice, Polônia | BRA | RUS | USA | POL | BUL | FRA | CUB, FIN | CHN, ITA, KOR, SRB | ARG, CAN, EGY, JPN | |||||||
2008 | Rio de Janeiro, Brasil | ||||||||||||||||
Veja aqui os códigos das equipes |
[editar] Quadro de medalhas
Equipe | Ouro | Prata | Bronze | Total |
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Itália | 8 | 3 | 2 | 13 |
Brasil | 7 | 2 | 4 | 13 |
Cuba | 1 | 5 | 2 | 8 |
Rússia[1] | 1 | 4 | 5 | 10 |
Países Baixos | 1 | 1 | 1 | 3 |
Sérvia[2] | 0 | 2 | 2 | 4 |
França | 0 | 1 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 0 | 2 | 2 |
- ↑ A Rússia participou como União Soviética em 1990 e 1991 e como Comunidade de Estados Independentes em 1992.
- ↑ A Sérvia pariticipou como Iugoslávia de 1997 a 2002 e como Sérvia e Montenegro de 2003 a 2006.