História de Cabo Verde
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[editar] História de Cabo Verde
Cabo Verde foi uma antiga colónia portuguesa, tornou-se um país independente em 1975 e hoje é uma república.
As ilhas foram descobertas em 1460 pelos portugueses que as encontraram desabitadas. Começaram a colonizá-las por meio de capitanias hereditárias dois anos mais tarde, ao trazerem escravos africanos para plantar algodão, árvores de fruto e cana de açúcar. Com a prosperidade, vieram piratas franceses, holandeses e ingleses que atacaram as ilhas inúmeras vezes durante os séculos seguintes.
Até meados do século XIX, Cabo Verde foi um importante entreposto no tráfico de escravos para os Estados Unidos da América, o Caribe e o Brasil. Com a abolição do tráfico de escravos em 1867, o interesse comercial do arquipélago decresceu, só voltando a ter importância a partir da metade do século XX.
Com a decadência económica e as constantes secas no árido solo do arquipélago, a emigração populacional da colónia de Cabo Verde tornou-se maciça desde o início do século XX.
[editar] A luta pela independência
A partir da década de 1950, com o surgimento dos movimentos de independência dos povos africanos, a colónia do Cabo Verde se vincula à luta pela libertação da Guiné Portuguesa (actual Guiné-Bissau. Em 1956 o intelectual cabo-verdiano Amílcar Cabral fundou no exílio em Conacri o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Amílcar Cabral morreu assassinado em 1973.
[editar] O governo de partido único
Graças à Revolução dos Cravos, que em 1974 depôs a ditadura em Portugal, Cabo Verde obtém a independência em 5 de julho de 1975. Cabo Verde e Guiné-Bissau formaram países separados e governados pelo mesmo partido único de orientação marxista, o PAIGC. O líder do partido em Cabo Verde, Aristides Pereira, foi empossado como o primeiro presidente do novo país.
O plano de unificação política de Cabo Verde com a Guiné-Bissau fracassou em 1980, devido ao golpe militar naquele país que depôs o presidente Luís de Almeida Cabral - irmão de Amílcar Cabral. A ala cabo-verdiana do PAIGC se rompe com a da Guiné-Bissau e passa a se chamar Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV). As relações diplomáticas com Guiné-Bissau foram rompidas logo em seguida, mas seriam reatadas dois anos mais tarde.
[editar] A transição democrática
Em 1990 começou a transição democrática com o fim do regime de partido único. Antes, o PAICV renunciara às idéias marxistas. Em 1992 o país ganhou uma Constituição democrática.
Nas eleições parlamentares de 2001, o PAICV obteve 40 das 72 cadeiras da Assembléia Nacional. O líder do partido, José Maria Neves foi indicado como primeiro-ministro. Em eleição presidencial muito acirrada, Pedro Pires, do PAICV, derrotou Carlos Veiga, do Movimento para a Democracia, com uma diferença de apenas 17 votos para um eleitorado de mais de 151 mil pessoas.
[editar] Ligações externas
- Cabo Verde: do seu achamento à Independência Nacional
- A Cidade Velha - O berço da nossa Nacionalidade