Crise do petróleo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta página ou secção foi marcada para revisão, devido a inconsistências e dados de confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo. Considere utilizar {{revisão-sobre}} para associar este artigo com um WikiProjeto. |
A crise do petróleo aconteceu em seis fases, todas depois da Segunda Guerra Mundial provocada pelo embargo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa.
A região petrolífera do Golfo Pérsico foi descoberta em 1908 no Irã, a partir daí, toda a região começou a ser visada estrategicamente e explorada. Em 1960, na cidade de Bagdá, os cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait e Venezuela) fundaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. A criação da OPEP foi uma forma de reivindicar perante uma política de achatamento de preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas "sete irmãs" (Standard Oil, Royal Dutch Shell, Mobil, Gulf, BP e Standard Oil da California).
Os três objetivos da OPEP, definidos pela organização na conferência de Caracas em 1961, eram: aumentar a receita dos países-membros, a fim de promover o desenvolvimento; assegurar um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço das multinacionais; e unificar as políticas de produção. A OPEP aumentou os royalties pagos pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as onerou com um imposto.
A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da OPEP, como a guerra dos Seis Dias (1967), a guerra do Yom Kipur (1973), a revolução islâmica no Irã (1979) e a guerra Irã-Iraque (a partir de 1980). Os preços do barril de petróleo atingiram preços altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17/10/1973 – 18/3/1974)[1], o que provocou grande recessão nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizou a economia ao redor do mundo.
[editar] Fases da crise
- A primeira fase ocorreu em 1956 depois que o presidente do Egito na época Gamal Nasser entregou o Canal de Suez para uma empresa Anglo-Francesa, o canal é uma importante passagem para exportação de produtos da região para países ocidentais, devido ao fato, os países árabes boicotaram a distribuição de petróleo.
- A segunda fase aconteceu em 1973 em contra-partida ao apoio dos Estados Unidos dado à Israel em relação à ocupação de territórios Palestinos durante a Guerra do Yom Kippur e por causa disso países árabes organizados na OPEP, decidiram aumentar o preço do petróleo em mais de 300%.
- A terceira fase, ocorreu durante a crise política no Irã e a conseqüente deposição de Xá Reza Pahlevi o que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços aumentaram em mais de 1000%.
- A quarta fase foi a Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado por Saddam Hussein invadiu o país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do mundo e o maior distribuidor dos Estados Unidos. Com a intervenção da ONU em apoiar a desocupação do Kuwait, os iraquianos desocuparam o Kuwait contudo, incendiaram todos os poços de petróleo do emirado provocando uma enorme crise econômica e ecológica.
[editar] Maiores produtores
A produção anual do mundo atinge a 24 bilhões de barris, consome-se 23 bilhões e 1 bilhão ficam em depositos. As reservas existentes no mundo são calculadas em aproximadamente 1 trilhão de barris de petróleo, 67% se encontram no Oriente Médio. Veja as estatísticas:
Países | % Porcentagem |
---|---|
Golfo Pérsico | 21,76 |
Europa | 14,53 |
América do Norte | 11,83 |
América Latina | 6,69 |
Ásia | 3,62 |
África | 2,51 |
Outros | 39,06 |
Somente os membros da OPEP produzem 27,13%.
Referências
- ↑ Sarkis, Nicolas. (1º de maio de 2006). Cronologia da OPEP. <http://diplo.uol.com.br/2006-05,a1304>. Tradução: Leonardo Abreu. Le Monde Diplomatique Brasil.