Constantino VI
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Constantino VI (em grego: Κωνσταντίνος ΣΤ΄, Kōnstantinos VI ), (771–797 ou 805), imperador de Bizâncio de 780 a 797.
[editar] Vida
Constantino VI era o único filho do imperador Leão IV e de Irene. Constantino foi coroado co-imperador pelo seu pai em 776, e sucedeu-lhe aos nove anos de idade sob a regência de Irene em 780.
Em 782 foi prometido a Rotrude, filha de Carlos Magno, rei dos Francos, e da sua terceira mulher Hildegarda de Sabóia. Irene rompeu o noivado em 788. Em 787 Constantino assinara os decretos do Segundo Concílio de Niceia, mas parece ter-se inclinado mais para a iconoclastia. Por esta altura Constantino já cumprira 16 anos de idade, mas a sua mãe não lhe entregou o poder.
Depois de uma rebelião contra Irene ter fracassado na Primavera de 790, a imperatriz tentou obter o trono para si mesma. O plano não resultou e Constantino, à frente de tropas leais, assumiu o governo em 790, depois de as tropas arménias se terem revoltado contra Irene. Ainda assim Irene pôde conservar o título de imperatriz, que lhe foi confirmado em 792.
A fraqueza de Constantino provocou o descontentamento dos seus partidários. Revelou cobardia depois das derrotas perante Kardam da Bulgária em 791 e 792. Criou-se uma facção de apoiantes do seu tio, o césar Nicéforo. Constantino mandou vazar os olhos do tio e rasgar as línguas dos outros quatro irmãos do seu pai. Quando mandou cegar Aleixo Mosele, o comandante dos arménios, as tropas sob o seu comando revoltaram-se contra ele. Conseguiu suprimir esta revolta com enorme crueldade em 793.
Divorciou-se da sua esposa Maria, que não conseguira dar-lhe um herdeiro varão, e casou-se com a sua amante Teódota, numa decisão impopular e provavelmente ilegal, embora o patriarca Tarásio de Constantinopla a tivesse deixado passar em claro. Com esta actuação Constantino perdeu todos os apoios que ainda tinha quer entre os ortodoxos quer entre os iconoclastas.
Em 797 Constantino foi aprisionado e cegado pelos apoiantes da sua mãe. Segundo alguns historiadores o imperador morreu dos ferimentos inflingidos, deixando Irene como única governante do império. Segundo outros, porém, entre os quais se conta Judith Herrin, Constantino VI sobreviveu e morreu depois da sua mãe, em 805. Falsos Constantinos apareceram mais tarde, durante o reinado de Miguel II.
[editar] Família
Com a sua esposa Maria de Amnia, Constantino VI teve duas filhas:
- Eufrósine, que se casou com o imperador Miguel II
- Irene
Com a sua manate e mais tarde segunda esposa, Teódota, Constantino VI teve um filho:
- Leão, que morreu em 797.
[editar] Referências
- The Oxford Dictionary of Byzantium, Oxford University Press, 1991.
- Ostrogorsky, G., History of the Byzantine State
- Dominique Barbe, Irène de Byzance: La femme empereur, Paris, 1990