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Comissão Eleitoral Monárquica - Wikipédia, a enciclopédia livre

Comissão Eleitoral Monárquica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Comissão Eleitoral Monárquica (CEM) foi formada em 1969 para concorrer pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas para a Assembleia Nacional de Outubro desse ano.

A divisão da direita relativamente à atitude perante a ditadura portuguesa fazia-se sentir no campo monárquico. Embora a maior parte dos monárquicos tenha sido integrada no Estado Novo ou manifestado tolerância para com a política de Salazar, alguns dos fundadores do Integralismo Lusitano, como Almeida Braga e José Hipólito Raposo, criticaram este regime autoritário, designando-o por "salazarquia", e aproximaram-se várias vezes da oposição republicana. A defesa da autonomização dos sectores monárquicos relativamente ao já fragilizado Estado Novo fora já expressa em actos eleitorais anteriores.

As oportunidades de participação política criadas pela descompressão marcelista motivam a criação da CEM, que apresenta uma lista própria no círculo de Lisboa. Entre os doze candidatos, destacam-se figuras como o antigo chefe nacional-sindicalista Francisco Rolão Preto (o qual fora apoiante das candidaturas presidenciais oposicionistas de Quintão Meireles e Humberto Delgado), o académico de formação integralista Henrique Barrilaro Ruas (antigo membro do Conselho da Lugar-Tenência da Causa Monárquica, que abandonara em Novembro de 1968 para intervir na política), que seria o principal rosto público da CEM, ou ainda o industrial Fernando Honrado. Diferentes gerações de monárquicos conviveram numa lista em que as idades variam entre os 75 anos do ex-integralista Joaquim Toscano de Sampaio e os 25 anos do estudante Manuel Magalhães e Silva.

Embora vários dos membros da CEM tivessem desempenhado funções na Causa Monárquica, a sua iniciativa ocorre à margem desta organização monárquica que, colocando acima de tudo a defesa das colónias, apelava à unidade nacional, traduzida no apoio ao Estado Novo. A lista encabeçada por Rolão Preto contaria também com a oposição de António de Sèves, lugar-tenente do pretendente ao trono, D. Duarte Nuno de Bragança. O sector mais tradicionalista e conservador dos monárquicos portugueses encara negativamente o liberalismo manifestado pela CEM e as críticas desta lista ao Estado Novo. Por seu lado, a Liga Popular Monárquica (LPM) reclama a presença dos monárquicos na Assembleia Nacional, o órgão legislativo do Estado Novo.

Mesmo as diversas críticas ao regime autoritário então vigente, a CEM considerava desadequada à finalidade das eleições pôr em causa a existência do Estado Novo. Por esta razão, a Comissão adoptará uma posição algo ambígua relativamente à apreciação deste regime político, sendo por exemplo o colonialismo (não isento porém de críticas da CEM à política colonial da União Nacional) um elemento de aproximação entre a CEM e o Estado Novo.

No entanto, os monárquicos independentes da CEM estabeleceram boas relações com a Comissão Democrática Eleitoral (CDE) e a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD) e insistiram muito na questão das liberdades públicas, cuja restauração reclamavam, elegendo como prioridade a abolição da censura e a criação de uma lei que permitisse a livre expressão da imprensa. Rolão Preto chegou a declarar que "o Estado Novo foi a ruína da Nação".

A Comissão Eleitoral Monárquica obterá no sufrágio de 26 de Outubro apenas 1352 votos, correspondentes a 0,8% do total registado no círculo de Lisboa. Apesar de uma votação quase irrelevante, os membros da CEM destacaram-se pela sua participação, que simboliza que os monárquicos, ou pelo menos uma parte deles, se afirmaram disponíveis para fazer parte de um futuro sistema democrático e pluralista.

[editar] Ver também

[editar] Bibliografia

  • CRUZ, Manuel Braga da, “Monárquicos”, in Dicionário de História de Portugal, vol. 8, coordenação de António Barreto e Maria Filomena Mónica, Lisboa, Livraria Figueirinhas, 1999.
  • Dossier da Comissão Eleitoral Monárquica, Lisboa, Livraria Editora Pax, 1973.
  • As Eleições de Outubro de 1969. Documentação básica, coordenação de João Palma Ferreira, Lisboa, Publicações Europa-América, 1970.
  • PINTO, Jaime Nogueira, Portugal: Os Anos do Fim. A revolução que veio de dentro, Lisboa, Sociedade de Publicações Economia e Finanças, 1976.


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