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Integralismo Lusitano - Wikipédia, a enciclopédia livre

Integralismo Lusitano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Integralismo Lusitano (IL) designa um agrupamento sócio-político tradicionalista português, activo e influente entre 1914 e 1932 e, por intermédio dos seus dirigentes fundadores e discípulos, na oposição ao Estado Novo de Oliveira Salazar.

Índice

[editar] História

Com origem entre os exilados católicos e monárquicos na Bélgica, em 1913, foi inicialmente um movimento cultural em reacção ao anticlericalismo da Primeira República. Em 1914, o movimento tornou-se político incorporando republicanos desiludidos com a República, sendo formalmente constituído em Coimbra em 1914 em torno da revista Nação Portuguesa. O seu ideário monárquico tradicionalista afirmava que não pretendiam voltar à monarquia deposta e que não aceitavam a república recém-implantada. Recusavam o rotativismo dos Partidos ideológicos do final da Monarquia Constitucional, que designavam por " regime das oligarquias partidárias", pretendendo uma Monarquia assente na representação municipalista e sindicalista, segundo as antigas tradições da Monarquia portuguesa. O velho Ramalho Ortigão chegou a aderir, com entusiasmo, ao movimento.

Com a entrada de Portugal na Grande Guerra, em 1916, transformaram-se em organização política criando uma Junta Central e organizações distritais e concelhias. Nessa altura, manifestaram obediência a D. Manuel II, reconheceram a importância da Aliança Luso-britânica, e clamaram pela mobilização dos portugueses contra a Alemanha.

Contou entre os seus dirigentes mais destacados, Hipólito Raposo, António Sardinha, Luís de Almeida Braga, Alberto Monsaraz, Pequito Rebelo e Francisco Rolão Preto.

A organização política do IL esteve muito activa durante o Sidonismo, nas revoltas de Monsanto e Monarquia do Norte, em 1919. Vieram a desligar-se da obediência ao exilado D. Manuel em 1920 na sequência da tentativa frustrada de restauração do trono. Porque D. Manuel não respondeu ao apelo restauracionista que lhe foi feito e se recusou a reorganizar as forças restauracionistas, o Integralismo Lusitano reconheceu então como legítimo herdeiro ao trono português o neto de D. Miguel I, Duarte Nuno de Bragança. Tiveram também papel de destaque na preparação do movimento militar de 28 de Maio de 1926.

Em 1932, dissolveram-se enquanto organismo político na sequência da morte sem descêndencia de D. Manuel II, quando se deu a fusão de todos os organismos monárquicos em torno de Dom Duarte Nuno.

Victor Emanuel, que não indica qualquer bibliografia ou fonte onde baseia suas afirmações, numa página identificada com uma denominada "Frente Integralista Brasileira", diz que Salazar teria recebido "profunda influência" do Integralismo Lusitano, e que Oliveira Salazar teria sido mesmo "um grande admirador do movimento integralista" [1].

Ao ser instituído o Estado Novo, no entanto, os integralistas lusitanos declararam a sua oposição ao regime de Salazar [1], considerando o Estado Novo como um corporativismo de Estado de inspiração fascista e, como tal, uma falsificação grosseira das suas doutrinas corporativas de associação [2].

Dois ex-membros da sua Junta Central, Alberto Monsaraz e Rolão Preto, organizaram em 1933 o Movimento Nacional-Sindicalista para combater o Salazarismo, movimento que vem a ser proibido por Salazar em 1934. Além de terem desde a primeira hora recusado a Constituição de 1933, esses e outros destacados integralistas participaram nos movimentos políticos e conspirativos durante a Oposição a Salazar: o integralista Hipólito Raposo designará por "Salazarquia" o Estado Novo no livro Amar e Servir (1940), sendo o livro apreendido, e o seu autor preso e deportado para os Açores; um outro integralista, Pequito Rebelo, liderou uma lista de candidatos por Portalegre contra a União Nacional de Salazar; e Luís de Almeida Braga e Francisco Rolão Preto integraram a candidatura oposicionista do general Humberto Delgado à presidência da República em 1958 [3].

Desde a sua dissolução enquanto organismo político, em 1932, e até à actualidade, o Integralismo Lusitano tem sido sobretudo uma escola de pensamento ou de ideias monárquicas. Em 10 de Junho de 2002, um grupo de herdeiros reconhecidos do Integralismo Lusitano apresentou uma definição actualizada do seu ideário.

Lema: Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt (Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram" ), o chamado "grito de Almacave", pronunciado pelos povos representados nas Cortes de Lamego, simbolicamente identificado com a fundação de Portugal)

[editar] Bibliografia

  • Henrique Barrilaro Ruas, A liberdade e o Rei, Lisboa, 1971.
  • António Jacinto Ferreira, Integralismo Lusitano, Lisboa, BPP, 1975.
  • José Manuel Quintas, Filhos de Ramires - As origens do Integralismo Lusitano, Lisboa, Nova Ática, 2004.

[editar] Ver também

[editar] Notas e referências

  1. Hipólito Raposo e Luís de Almeida Braga, “Reparos à Constituição” in Integralismo Lusitano – Estudos Portugueses, Vol. I, Junho de 1932, pp. 137 ss; Hipólito Raposo em entrevista ao jornal Revolução, nº 74, de 6 de Junho de 1932
  2. José Manuel Quintas, "Os Monárquicos" in Iva Delgado, Carlos Pacheco e Telmo Faria (coord.), Humberto Delgado - as eleições de 58, Lisboa, Vega, 1998, pp. 137-173
  3. Hipólito Raposo, Amar e Servir, Porto, Livraria Civilização, 1940; José Manuel Quintas, Filhos de Ramires - As origens do Integralismo Lusitano, Lisboa, 2004, pp. 17-19, 28; idem, "O Integralismo face à institucionalização do Estado Novo: Contra a «Salazarquia»" in História, Ano XXIV (III série), n.º 44, Abril, 2002

[editar] Ligações externas


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