Capuchinho Vermelho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Chapeuzinho Vermelho (ou ainda Capinha Vermelha) no Brasil e Capuchinho Vermelho em Portugal, é um conto de fadas.
[editar] A história
A mãe de Chapeuzinho pede à menina que atravesse a floresta para visitar a avó, e para levar-lhe um pote de manteiga com um pouco de bolo. No caminho, Chapeuzinho Vermelho encontra-se com o lobo, que era mau e feio. O lobo pergunta:
- - Para onde você vai?
- - Vou à casa da vovozinha, que está muito doente, levar-lhe um presente da mamãe.
- - Onde fica a casa de sua avó?
- - Atrás da floresta, na última casa.
O lobo aposta com a menina que chegará antes dela à casa da avó . Quando Chapeuzinho chega, e chama pela avó, o lobo disfarça a voz, pedindo a menina que erga o ferrolho da porta e entre. Ela entra e acha tudo que está acontecendo muito estranho: a avó está peluda, com orelhas grandes, olhos arregalados, boca enorme e uma voz de "lobo mau". O lobo, que já havia devorado a avó, quis devorar a menina também.
Existem muitas outras versões, inclusive com outros personagens, como o caçador. No decorrer dos tempos, o conto foi sendo adaptado para cada público, sendo no entanto, mais aceita pelo público infantil.
[editar] As releituras do conto de Chapeuzinho Vermelho
Fonte inesgotável de questionamentos literários, o conto Chapeuzinho Vermelho, vai da psicanálise, da paródia e da paráfrase, ao mundo das histórias em quadrinhos (HQs). Antes de Charles Perrault, a mitologia grega possuía seu modo particular de transmití-la, e depois sofreu alterações por Hans Christian Andersen e Irmãos Grimm.
Novas versões invadiram o século XX e XXI: a irreverência e o deboche em Dalton Trevisan, os desenhos de Maurício de Sousa atraindo o público mais infantil, Neil Gaiman impressionando seus leitores ao expôr uma Chapeuzinho inclinada para o mal, e Deu a louca na Chapeuzinho, filme de 2005 com paródia dos personagens.
Guimarães Rosa, em Fita verde no cabelo, traz uma leitura para adolescentes. Ela vai desde o fluxo das fantasias de uma jovem até o momento em que se defronta com a morte de sua avó, sendo desta forma, obrigada a enfrentar seus medos, angústias e solidão. Chico Buarque faz uma paródia, Chapeuzinho Amarelo, para pré-adolescente.
Em 2005, Ivone Gomes de Assis publicou Bonezinho Vermelho e a internet no século XXI, uma releitura parodiada, que traz as tendências da mídia virtual. Nesta obra ilustrada, a vovozinha é uma hacker, que se disfarça até nas preferências do cotidiano, afirmando não gostar de nada que é tecnologia. A figura "feia" da vovó tenta quebrar o mito que muitos carregam ao pensar que a voz e a escrita, suave e gostosa, dos participantes de chats, sempre pertencem a pessoas bonitas e cheias de boa intenção. É uma obra bilíngüe, para crianças e adultos.
Hilda Hilst, também contribui no estudo deste conto, com a divertida paródia A Chapéu, publicada na obra Bufólicas. A autora recria uma Chapeuzinho cafetina do Lobo.
[editar] Ligações externas