Biomaterial
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou seção precisa ser wikificado. Por favor ajude a formatar este artigo de acordo com as diretrizes estabelecidas no livro de estilo. (Abril de 2008) |
ATENÇÃO: Este artigo ou secção não cita as suas fontes ou referências, em desacordo com a política de verificabilidade. Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. |
Biomaterial é uma substância ou uma mistura de substancias, natural ou artificial, que actua nos sistemas biológicos (tecidos, órgãos) parcial ou totalmente, com o objectivo de substituir, aumentar ou tratar.
Exemplos de biomateriais são os usados para o fabrico de próteses, implantes, lentes de contacto, pacemakers, etc (onde, repare-se, que a presença de biomateriais é imprescindível para o fabrico destes mesmos utensílios).
Ciências como a nanotecnologia, engenharia dos tecidos e engenharia dos materiais, têm vindo a desenvolver em conjunto importantes avanços no ramo dos biomateriais. Todo o processo de fabricação engloba várias etapas importantes: desde a selecção de material, onde existe uma vasta gama de opção, tendo em conta que podem ser utilizados metais ou ligas metálicas, materiais cerâmicos, compósitos, tecidos ou malhas de poliéster e polímeros de natureza variada; análise de quantidades (onde a medição e cotagem é fundamental); possíveis reacções no organismo (onde se requer uma cuidada análise química, fisiológica e mecânica da relação biomaterial-organismo); etapas estas onde o papel das ciências referidas anteriormente tem uma importância crucial. É então fundamental um processo, todo ele meticuloso, para que o resultado seja o esperado e consequentemente para que o consumidor fique satisfeito. No entanto tudo isto implica grandes gastos económicos, o que faz dos países mais desenvolvidos os únicos capazes de investir e consequentemente onde existe uma maior taxa de usufruto.
Segundo dados estatísticos obtidos pela ANVISA , encontra-se neste momento em circulação cerca de 300.000 produtos na área da saúde de origem biomaterial. Os sectores mais privilegiados nesta área são: a cardiologia, com cerca de 56 a 80% dos gastos, em equipamentos e utensílios como cardioversores, cardiodesfibrilhadores, pacemakers, cateteres, próteses endovasculares e válvulas cardíacas; a ortopedia, com gastos a volta dos 20 a 36% em próteses de quadril, joelho e ombro, implantes de coluna, parafusos bioabsorviveis, cimentos ortopédicos e implantes neurológicos; a terapia renal com equipamentos de hemodiálise; oftalmologia em lentes intraoculares; otorrinolaringologia com próteses auditivas; e por fim, nos últimos anos tem-se dado um crescimento considerável nas aplicações musculo-esquetal, isto é no estudo de materiais bioactivos que favorecem e facilitam o crescimento de osso e/ou cartilagens em áreas lesadas.
De uma forma conclusiva, as ciências juntamente com as engenharias têm vindo a unir forças para encontrar o material mais biocompativel, isto é o possuidor da menor taxa de reacções alérgicas ou inflamatórias quando em contacto com tecidos vivos ou fluidos orgânicos; o mais biodegradável, aquele que apresenta uma maior facilidade em se libertar do organismo quando terminada a tarefa para o qual foi projectado; e por ultimo aquele que apresenta melhores condições químicas para o crescimento dos tecidos envolventes.