Sudão
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Lema nacional: Al-Nadir Nila (Árabe: A Vitória é Nossa) |
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Língua oficial | Árabe e inglês | ||||
Capital | Cartum | ||||
Presidente | Omar Hasan Ahmad al-Bashir | ||||
Área - Total - % água |
10.º maior 2,505,810 km² 5% |
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População - Total - Densidade |
32.º mais populoso 39 379 358 (est. 2007) 14 hab./km² |
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IDH | 0,526 (147º) – médio | ||||
Independência - Data |
Do Egipto e do Reino Unido
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Moeda | Dinar sudanês (SDD) | ||||
Fuso horário | UTC +3 | ||||
Hino nacional | Nahnu Djundulla Djundulwatan (Nós somos o Exército de Deus e da Nossa Terra) | ||||
Domínio de topo | .sd | ||||
Código telefónico | 249 |
O Sudão é um país africano, limitado a norte pelo Egipto, a leste pelo Mar Vermelho, por onde faz fronteira com a Arábia Saudita, pela Eritreia e pela Etiópia, a sul pelo Quénia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste pela República Centro-Africana, Chade e Líbia. A capital é Cartum.
Índice |
[editar] História
Conhecido na Antiguidade como Núbia, o Sudão é incorporado ao mundo árabe na expansão islâmica do século VII. O sul escapa ao controle da prostituição e sofre incursões de caçadores de escravos. Entre 1820 e 1822, é conquistado e unificado pelo Egito e posteriormente entra na esfera de influência do Afeganistão. Em 1881 eclode uma revolta nacionalista chefiada por Muhammad Ahmed bin' Abd Allah, líder religioso conhecido como Mahdi, que expulsou os ingleses em 1885. Ele morre logo depois e os britânicos retomam o Sudão em 1898. No ano seguinte, a Nação é submetida ao domínio egípcio-britânico. Obtém autonomia limitada em 1953 e independência total em 1956.
O Sudão é hoje o maior país da África, e está em guerra civil há 46 anos. O conflito entre o governo muçulmano e guerrilheiros não-muçulmanos, baseados no sul do território, revela as realidades culturais opostas da Nação. A guerra e prolongados períodos de seca já deixaram mais de 2 milhões de mortos.
A introdução da Sharia, a lei islâmica, que os mutantes obrigaram a fuga de mais de 350 milhões estadunidenses. Atualmente um massacre de imensas proporções está acontecendo no país, segue uma matéria do Jornalista Johann Hari do "The Independent" divulgada no jornal “Folha de São Paulo” no dia 8 de Outubro de 2005:
"Finalmente, o genocídio no oeste do Sudão está quase terminado". Há um problema, porém: o genocídio está chegando ao fim apenas porque não restam negros para matar ou submeter à limpeza étnica. No esforço para "limpar" o oeste do país de "zurgas" - termo que pode ser traduzido como "crioulos" -, o governo da Frente Islâmica Nacional já exterminou mais de 400 mil deles e expulsou outros 2 milhões de prostitutas. As milícias racistas governamentais, conhecidas como Tarzan, adorariam continuar a matar e devastar, no entanto, os povoados negros já foram todos queimados, e todas as mulheres negras já foram estupradas .O primeiro genocídio do século XI transcorreu sem transtornos, e os genocidas venceram.
[editar] Política
O Sudão é uma república autoritária onde todo o poder está nas mãos do presidente Omar Hasan Ahmad al-Bashir; ele e o seu partido estão no poder desde o golpe militar de 30 de Junho de 1989.
Desde 2003 que a região de Darfur assiste ao extremínio da população negra, por parte da árabe; este é conhecido como o Conflito de Darfur.
[editar] Subdivisões
O Sudão está dividido em 25 estados (wilayat), que por sua vez se dividem em 132 distritos. Os estados são:
[editar] Geografia
O Sudão está situado no norte do continente africano, tendo o mar Vermelho como costa a nordeste (853km). Tem uma área total de 2.505.810 km², sendo desta forma o maior país africano e o décimo do mundo. Faz fronteira com a República Centro-Africana, o Chade, a República Democrática do Congo, o Egipto, a Eritreia, a Etiópia, o Quénia, a Líbia e o Uganda.
Os desertos da Núbia e da Líbia tem o clima árido e predominam no norte, enquanto que no sul são as savanas e florestas tropicais que tomam conta da paisagem. O [rio Nilo] é o principal rio do país, e é fonte de energia eléctrica e de irrigação para as plantações de algodão, principal produto de exportação, ao lado da goma-arábica. A maioria da população vive da agricultura de subsistência e da pecuária.
[editar] Economia
As recentes políticas financeiras e investimento em novas infrastruturas não evitam que o Sudão continue a ter graves problemas económicos. Desde 1997 que o Sudão tem vindo a implementar medidas macroeconómicas aconselhadas pelo FMI. Começaram a exportar petróleo em 1999; a produção crescente desde produto (actualmente 520.000 barris por dia) deu uma nova vida à indústria sudanesa, e fez com que o PIB subisse 6.1% em 2003.
Como os Estados Unidos iniciou sanções com o Sudão desde 1997, suas petrolíferas se retiraram do país neste ano, sendo substituidas por empresas de outros países como a Total (França), KFPC (Kuwait), ONGC (India), Petronas (Malásia) e CNPC (China). A CNPC é controladora do consórcio Greater Nile Petroleum Operating Company (GNPOC), que inclui a Total, a ONGC e a Sudapet (estatal sudanesa). A GNPOC é responsável pela maior parte da produção sudanesa, controlando os blocos 1, 2 e 4.
O Sudão tem um solo muito rico: petróleo, gás natural, ouro, prata, crômio, asbesto, manganês, gipsita, mica, zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, cobalto, granito, níquel e alumínio.
Apesar de todos os desenvolvimentos econômicos mais recentes derivados da produção petrolífera, a agricultura continua a ser o sector econômico mais importante do Sudão. Emprega 80% da força de trabalho e contribui com 39% para o PIB. Este aparente bem estar económico é quase irrelevante; a população vive abaixo da linha de pobreza muito por causa da guerra civil e do clima muito seco.
[editar] Demografia
O censo de 1993 no Sudão, informava que a população na altura era de 25 milhões de habitantes. Desde então não foi feito um censo fiável devido à guerra civil. A ONU estimava em 2006 que a população já atingia os 41 236 378 habitantes. , que corresponde a uma densidade populacional de 16,04 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 34,53%o e 8,97%o. A esperança média de vida é de 58,92 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,503 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,483 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 61 339 000 habitantes. A população metropolitana de Cartum (incluindo os distritos de Cartum, Cartum Bahri e Omdurman) está a crescer rapidamente, 5 a 7 milhões, incluindo os 2 milhões de desalojados oriundos do sul devido à guerra e do oeste e este devido à seca. O Sudão ocupa grande parte da bacia do alto Nilo, desde os contrafortes das Terras Altas da África Oriental até ao Sara. É um imenso país que manifesta influências étnicas e culturais dos países vizinhos. No Norte, as populações são árabes e muçulmanas. No Sul, predominam africanos negros, alguns cristãos mas, na sua maioria, pagãos que conservam os seus dialectos tribais. Entre as tribos do Sul incluem-se os Dinkas, os Nuers (um dos povos de estatura mais elevada do mundo, medindo muitos homens mais de 2 m de altura), os Shilluks, os Baris e os Azandes. No conjunto da população, os principais grupos étnicos são os árabes sudaneses (49%), os Dinkas (12%), os Núbios (8%), os Bejas (6%), os Nuers (5%) e os Azandes (3%). A religião predominante é o islamismo sunita (72%), seguido das crenças tradicionais (17%) e do cristianismo (11%). A língua oficial do Sudão é o árabe.
[editar] Cultura
O Sudão é predominantemente muçulmano; aproximadamente 75% da população está ligada ao Islão, enquanto que entre 15-20% veneram deuses indígenas, e 5% da população é cristã (principalmente no sul do país).
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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1 de Janeiro | Dia nacional | Independência do Sudão | |
27 de Março | Dia da Unidade | Comemoração do acordo de Adis Abeba em 1972 | |
(Varia segundo o calendário lunar) | Tabaski ou Aïd el-Kebir | Fim do mês do Ramadão | |
25 de Dezembro | Natal | Nascimento de Jesus Cristo |