Petrópolis
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Município de Petrópolis | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"Cidade Imperial" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774.606 km², contando com uma população de 306.645 habitantes (2007)[1], segundo o IBGE.
O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos. Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II, é constantemente chamada de Cidade Imperial.
Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.
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[editar] História
Ao começo da exploração pelos portugueses do que viria a ser o atual Estado do Rio de Janeiro, algumas missões foram enviadas na direção das montanhas da Serra da Estrela. Naquele lugar, encontraram-se poucos índios dispersos, e o único recurso mineral apurado por ali foram algumas pedras de coloração esbranquiçada e consideradas sem valor.
A história da cidade começa a figurar-se mais propriamente em 1822, quando Dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Tentou comprar as terras, porém sem sucesso. Por fim, adquiriu uma fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde, com alguns acréscimos, à área do primeiro distrito de Petrópolis.
Os planos do primeiro imperador não foram concluídos, mas Dom Pedro II continuou com os planos e em 1843 assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847. A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império com a mudança de toda a corte. Pedro II governou por 49 anos, e em pelo menos 40 verões permaneceu em Petrópolis, eventualmente por até cinco meses.
Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 a 1903 foi capital do Estado do Rio, em substituição a Niterói. Também neste período, foi eleito o único governador fluminense cuja base política era Petrópolis (Hermogênio Silva). O sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado seu primeiro prefeito em 1918.
A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império. Todos os presidentes da república, de Prudente de Morais a Costa e Silva, passaram pelo menos alguns dias na cidade imperial durante seus mandatos. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, cujas estadias, durante o Estado Novo, duravam até três meses.
Como conseqüência da transferência da capital do Brasil para Brasília, Petrópolis perdeu consideravelmente sua importância no contexto político do país.
[editar] O planejamento
Petrópolis é um notável exemplo dos esforços de imigração européia para o Brasil no Segundo Reinado. Concebida pelo major Júlio Frederico Koeler, é tida como a primeira cidade projetada do Brasil, composta de um núcleo urbano - a cidade (hoje o Centro), onde se concentravam o palácio imperial, prédios públicos, comércio e serviços. O Centro seria rodeado por "quarteirões imperiais", que receberam famílias de agricultores, principalmente alemãs, que hoje compõem bairros do primeiro distrito.
Outros estrangeiros, como açorianos e, posteriormente, italianos, viriam somar-se ao contingente de imigrantes, sobretudo para trabalhar nas indústrias de tecidos e comércio.
O pitoresco do projeto de Koeler foi o fato de batizar os quarteirões com nomes de cidades e acidentes geográficos das regiões (Reihnland-Westphalen) de onde vinham os colonos alemães: Kastelaum (Castelânea), Mosel (Mosela), Bingen, Nassau, Ingelheim, Woerstadt, Darmstadt e Rheinland (Renânia). As terras foram arrendadas para Koeler e, através dele, aos imigrantes, resultando em um sistema de foro e laudêmio (enfiteuse) pago aos herdeiros de Dom Pedro II até hoje.
[editar] Arquitetura
A cidade possui um conjunto arquitetônico sem igual, dos quais o símbolo mais conhecido é o palácio imperial, hoje Museu Imperial. A Avenida Koeler, ladeada por casarões e palacetes do século XIX e tendo a fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara numa de suas extremidades, é considerada a via mais bonita da cidade.
Por outro lado, lá encontram-se também construções curiosas como a casa de verão de Santos Dumont, a "Encantada"; a velha casa da família Rocha Miranda na Avenida Ipiranga; bem como a casa da mesma família em estilo sessentista, o qual também define a célebre casa de Lúcio Costa no bairro de Samambaia.
Petrópolis foi palco de acontecimentos e episódios diversos da história do Brasil, como:
- A inauguração da primeira rodovia pavimentada do Brasil, a União e Indústria (1861), ligando a cidade a Juiz de Fora (MG);
- A assinatura do tratado que incorporou o Acre ao Brasil (1903);
- A morte de Ruy Barbosa (1923);
- O suicídio do escritor austríaco Stefan Zweig (1942).
Refúgio de artistas, figura nas páginas de Machado de Assis e de Stanislaw Ponte Preta e lá Jorge Amado concluiu seu "Gabriela Cravo e Canela". Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Villa-Lobos e Alceu Amoroso Lima tinham lá casas de veraneio. A poetisa chilena Gabriela Mistral e a cantora norte-americana Sarah Vaughan também estiveram entre os visitantes da cidade.
E o maior número de visitantes célebres concentrou-se entre 1944 e 1946, tempo de vida do Hotel-cassino Quitandinha. Errol Flynn, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby, Orson Welles e até um rei destronado (Carol I, da Romênia) foram hóspedes. Com o fechamento dos cassinos no país, determinado pelo presidente Dutra (1946-1950), o Quitandinha começou a entrar em decadência. Antes, porém, foi a sede da Conferência Interamericana de 1946, que contou com a participação de representantes de todas as nações do continente, dentre as quais a argentina Eva Perón.
[editar] Geografia
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 809 metros acima do nível do mar. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.
O clima da cidade é o tropical de altitude com verões úmidos e invernos secos. A média anual da cidade é de 18ºC (típica de uma cidade serrana fluminense).
A média de julho é 15ºC, sendo a máxima da temperatura média neste mês de 22ºC e a mínima de 10ºC. Em janeiro a temperatura média é de 21ºC, sendo a máxima da temperatura média de 27ºC e a mínima de 18ºC. A menor temperatura já registrada na cidade foi de -1ºC no dia 2 de agosto de 1955; a maior máxima já registrada foi de 36ºC.[carece de fontes ]
[editar] Distritos de Petrópolis
- Petrópolis (distrito sede)
- Cascatinha
- Itaipava
- Pedro do Rio
- Posse.
[editar] Economia
A economia de Petrópolis é baseada no turismo e no setor de serviços. Também merece destaque o comércio de roupas, sobretudo nos pólos da Rua Teresa e Itaipava, que atraem compradores (atacadistas e varejistas) de todo o país.
[editar] Turismo
- Casa da Ipiranga ("Casa dos Sete Erros")
- Casa de Joaquim Nabuco
- Casa da Princesa Isabel
- Casa de Santos Dumont
- Casa do Visconde de Mauá
- Castelo do Barão de Itaipava
- Catedral de São Pedro de Alcântara com o Mausoléu Imperial
- Estação Itaipava
- Parque Municipal de Itaipava
- Florália
- Morro Açu (Parque Nacional da Serra dos Órgãos)
- Museu Imperial de Petrópolis
- Palácio de Cristal (Petrópolis)
- Palácio Grão Pará
- Palácio Quitandinha
- Palácio Rio Negro
- Trono de Fátima
[editar] Personalidades Ilustres
- Santos Dumont, aviador;
- Fausto Fanti, humorista;
- Guilherme Fontes, ator;
- Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea;
- Roberto Jefferson, ex-deputado federal;
- Raul de Leoni, poeta;
- Camila Morgado, atriz;
- Sir Peter Brian Medawar, Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1960;
- Julio Cezar Melatti, antropólogo;
- Marco Aurélio de Oliveira, o Marcão, jogador de futebol;
- Rodrigo Santoro, ator.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
- ↑ 2,0 2,1 IBGE – Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005 19 de Dezembro de 2007
[editar] Ligações externas
- Página da prefeitura
- Laboratório Nacional de Computação Científica
- Cia. Petropolitana de Trânsito e Transportes - CPTrans