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Petrópolis - Wikipédia, a enciclopédia livre

Petrópolis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura outros significados para "Petrópolis", consulte Petrópolis (desambiguação).
Município de Petrópolis
"Cidade Imperial"
Brasão de Petrópolis
Bandeira de Petrópolis
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário
Fundação 16 de março de 1843
Gentílico petropolitano
Lema
Prefeito(a) Rubens José França Bomtempo (PSB)
Localização
Localização de Petrópolis
22° 30' 18" S 43° 10' 44" O22° 30' 18" S 43° 10' 44" O
Estado Rio de Janeiro
Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro
Microrregião Serrana
Região metropolitana
Municípios limítrofes Areal, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis
Distância até a capital 42 quilômetros
Características geográficas
Área 774,606 km²
População 306.645 hab. est. IBGE/2007 [1]
Densidade 395,9 hab./km²
Altitude 809 metros
Clima Tropical de altitude Cwb
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,804 () elevado PNUD/2000
PIB R$ 3.126.961 mil (BR: 93º) IBGE/2005 [2]
PIB per capita R$ 10.219,00 IBGE/2005 [2]

Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774.606 km², contando com uma população de 306.645 habitantes (2007)[1], segundo o IBGE.

O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos. Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II, é constantemente chamada de Cidade Imperial.

Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Índice

[editar] História

Ao começo da exploração pelos portugueses do que viria a ser o atual Estado do Rio de Janeiro, algumas missões foram enviadas na direção das montanhas da Serra da Estrela. Naquele lugar, encontraram-se poucos índios dispersos, e o único recurso mineral apurado por ali foram algumas pedras de coloração esbranquiçada e consideradas sem valor.

A história da cidade começa a figurar-se mais propriamente em 1822, quando Dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Tentou comprar as terras, porém sem sucesso. Por fim, adquiriu uma fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde, com alguns acréscimos, à área do primeiro distrito de Petrópolis.

Os planos do primeiro imperador não foram concluídos, mas Dom Pedro II continuou com os planos e em 1843 assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847. A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império com a mudança de toda a corte. Pedro II governou por 49 anos, e em pelo menos 40 verões permaneceu em Petrópolis, eventualmente por até cinco meses.

Serra de Petrópolis.
Serra de Petrópolis.

Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 a 1903 foi capital do Estado do Rio, em substituição a Niterói. Também neste período, foi eleito o único governador fluminense cuja base política era Petrópolis (Hermogênio Silva). O sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado seu primeiro prefeito em 1918.

A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império. Todos os presidentes da república, de Prudente de Morais a Costa e Silva, passaram pelo menos alguns dias na cidade imperial durante seus mandatos. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, cujas estadias, durante o Estado Novo, duravam até três meses.

Como conseqüência da transferência da capital do Brasil para Brasília, Petrópolis perdeu consideravelmente sua importância no contexto político do país.

[editar] O planejamento

Petrópolis é um notável exemplo dos esforços de imigração européia para o Brasil no Segundo Reinado. Concebida pelo major Júlio Frederico Koeler, é tida como a primeira cidade projetada do Brasil, composta de um núcleo urbano - a cidade (hoje o Centro), onde se concentravam o palácio imperial, prédios públicos, comércio e serviços. O Centro seria rodeado por "quarteirões imperiais", que receberam famílias de agricultores, principalmente alemãs, que hoje compõem bairros do primeiro distrito.

Outros estrangeiros, como açorianos e, posteriormente, italianos, viriam somar-se ao contingente de imigrantes, sobretudo para trabalhar nas indústrias de tecidos e comércio.

O pitoresco do projeto de Koeler foi o fato de batizar os quarteirões com nomes de cidades e acidentes geográficos das regiões (Reihnland-Westphalen) de onde vinham os colonos alemães: Kastelaum (Castelânea), Mosel (Mosela), Bingen, Nassau, Ingelheim, Woerstadt, Darmstadt e Rheinland (Renânia). As terras foram arrendadas para Koeler e, através dele, aos imigrantes, resultando em um sistema de foro e laudêmio (enfiteuse) pago aos herdeiros de Dom Pedro II até hoje.

[editar] Arquitetura

Museu Imperial
Museu Imperial

A cidade possui um conjunto arquitetônico sem igual, dos quais o símbolo mais conhecido é o palácio imperial, hoje Museu Imperial. A Avenida Koeler, ladeada por casarões e palacetes do século XIX e tendo a fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara numa de suas extremidades, é considerada a via mais bonita da cidade.

Por outro lado, lá encontram-se também construções curiosas como a casa de verão de Santos Dumont, a "Encantada"; a velha casa da família Rocha Miranda na Avenida Ipiranga; bem como a casa da mesma família em estilo sessentista, o qual também define a célebre casa de Lúcio Costa no bairro de Samambaia.

Petrópolis foi palco de acontecimentos e episódios diversos da história do Brasil, como:

  • A inauguração da primeira rodovia pavimentada do Brasil, a União e Indústria (1861), ligando a cidade a Juiz de Fora (MG);
  • A assinatura do tratado que incorporou o Acre ao Brasil (1903);
  • A morte de Ruy Barbosa (1923);
  • O suicídio do escritor austríaco Stefan Zweig (1942).

Refúgio de artistas, figura nas páginas de Machado de Assis e de Stanislaw Ponte Preta e lá Jorge Amado concluiu seu "Gabriela Cravo e Canela". Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Villa-Lobos e Alceu Amoroso Lima tinham lá casas de veraneio. A poetisa chilena Gabriela Mistral e a cantora norte-americana Sarah Vaughan também estiveram entre os visitantes da cidade.

E o maior número de visitantes célebres concentrou-se entre 1944 e 1946, tempo de vida do Hotel-cassino Quitandinha. Errol Flynn, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby, Orson Welles e até um rei destronado (Carol I, da Romênia) foram hóspedes. Com o fechamento dos cassinos no país, determinado pelo presidente Dutra (1946-1950), o Quitandinha começou a entrar em decadência. Antes, porém, foi a sede da Conferência Interamericana de 1946, que contou com a participação de representantes de todas as nações do continente, dentre as quais a argentina Eva Perón.

[editar] Geografia

Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 809 metros acima do nível do mar. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.

O clima da cidade é o tropical de altitude com verões úmidos e invernos secos. A média anual da cidade é de 18ºC (típica de uma cidade serrana fluminense).

A média de julho é 15ºC, sendo a máxima da temperatura média neste mês de 22ºC e a mínima de 10ºC. Em janeiro a temperatura média é de 21ºC, sendo a máxima da temperatura média de 27ºC e a mínima de 18ºC. A menor temperatura já registrada na cidade foi de -1ºC no dia 2 de agosto de 1955; a maior máxima já registrada foi de 36ºC.[carece de fontes?]

[editar] Distritos de Petrópolis

[editar] Economia

A economia de Petrópolis é baseada no turismo e no setor de serviços. Também merece destaque o comércio de roupas, sobretudo nos pólos da Rua Teresa e Itaipava, que atraem compradores (atacadistas e varejistas) de todo o país.

[editar] Turismo

[editar] Personalidades Ilustres

Referências

  1. 1,0 1,1 Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
  2. 2,0 2,1 IBGE – Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005 19 de Dezembro de 2007

[editar] Ligações externas

Commons
O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Petrópolis

[editar] Ver também


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