Belford Roxo
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Município de Belford Roxo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"A cidade do amor" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Belford Roxo é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a 22º45'51" de latitude sul e 43º23'58" de longitude oeste, a uma altitude de 18 metros. A população estimada para 2007 foi de 480.555 habitantes.[1]
Estende-se por uma área de 79 km².
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[editar] História
O atual território de Belford Roxo era habitado anteriormente pelos índios Jacutingas. Essas terras foram mapeadas pela primeira vez em um mapa elaborado por João Teixeira Albernaz, o moço em 1666 entre os rios "Merith, Simpuiy e Agoassu."
Alguns anos após a expulsão dos franceses, Cristóvão de Barros (Governador do Rio de Janeiro) concede ao Capitão Belchior de Azeredo uma sesmaria às margens do rio Sarapuí, na antiga aldeia dos índios Jacutingas. Neste local ele funda o Engenho de Santo Antônio (da Aldeia) de Jacutinga (atual município de Belford Roxo) e uma ermida para Santo Antônio é ereta a 750 metros do Rio Sarapuí, próximo ao local estabelecido para atividades portuárias.
No limiar do século XVIII, o Engenho de Santo Antônio de Jacutinga é desmembrado, surgindo, então, o Engenho Maxambomba (Nova Iguaçu) e o Engenho Caxoeira (Mesquita), que pertenceram ao Governador do Rio de Janeiro Salvador Correia de Sá e Benevides.
Por mais de duzentos anos as terras mentiveram-se, por sucessão hereditária, sob o controle dos herdeiros, de nome Correia Vasques. Em meados do mesmo século XVIII, as terras do Engenho Santo Antônio voltam a ser desmembradas para formação de novos Engenhos: Engenho do Poce (da Posse), Engenho do Brejo e Engenho do Sarapuí. E no mesmo período as terras do Engenho Maxambomba foram desmembradas para formação do Engenho do Madureira (Bairro de Nova Iguaçu).
Em 1767, em uma carta topográfica da capitania do Rio de Janeiro, feita por Manuel Vieira Leão, aparece claramente nesta região o Engenho do Brejo. O seu primeiro ocupante foi Cristóvão Mendes Leitão em 1739.
A Baixada Fluminense é cortada pelo rio Sarapuí e é cercada por pântanos e brejais. Possuía em sua margem um porto para escoamento da produção: açúcar, arroz, feijão, milho, e aguardente.
Após uma sucessão de proprietários, em 1815, o Padre Miguel Arcanjo Leitão, que era proprietário das terras, em apenas um ano, vendeu-as ao primeiro Visconde de Barbacena, Felisberto Caldeira Brant de Oliveira e Horta, futuro Marquês de Barbacena.
Em 1843 Pedro Caldeira Brant, o Conde de Iguaçu (filho do primeiro visconde e marquês de Barbacena) assume a Fazenda após o falecimento do pai, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro no dia 13 de julho de 1842.
Em 1851, a família Caldeira Brant vende a sua fazenda para o comendador Manuel José Coelho da Rocha.
Na segunda metade do século XIX a fazenda entrou em decadência devido a um surto de epidemias. O assentamento dos trilhos para a passagem da estrada de ferro Rio d'Ouro cortando a fazenda do Brejo em 1872, em terras doadas pelos descendentes de Coelho da Rocha, deram início a um movimento de reivindicação para transformá-la em linha de trem de passageiros, pois anteriormente esta ferrovia foi construída para a captação de água nas serras do Tinguá, Rio d'Ouro e São Pedro, com colocação de aquedutos ao longo de sua margem.
[editar] O "milagre das águas"
Em 1888, uma grande estiagem arrasa com a Baixada Fluminense. A Corte também ficou sem água. Dom Pedro II ficou preocupado. A proposta que agradou a Dom Pedro II, foi a do engenheiro Paulo de Frontin. Nessa proposta o engenheiro se comprometia à captar 15 milhões de litros de água para a Corte em apenas seis dias. Ele conseguiu e esse fato ficou conhecido como "milagre das águas".
O engenheiro Paulo de Frontin tinha um grande amigo e colaborador, um outro engenheiro maranhense que muito trabalhou a serviço dessas obras de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, que se chamava Raimundo Teixeira Belfort Roxo , e que um ano depois veio a falecer. O Brejo, uma pequena vila depois de se chamar de Ipueras, Calhamaço Brejo, passa a chamar-se Belford Roxo, em homenagem a esse ilustre engenheiro.
[editar] Emancipação
Durante boa parte do Século XX o município era distrito do município de Nova Iguaçu. No dia 3 de abril de 1990 a Lei Estadual no 1.640 foi aprovada, sendo assim, Belford Roxo foi desmembrada de Nova Iguaçu. O município de Belford Roxo foi instalado em 1 de janeiro de 1993 e seu primeiro prefeito foi Jorge Júlio da Costa dos Santos, o "Joca".
[editar] Bairros
[editar] Clima e vegetação
Seu clima é tropical com temperatura média de 22°C.A menor temperatura registrada na cidade foi 3,5ºC em 2000, e a maior de 41°C.
Sua vegetação era formada por brejos como em toda a Baixada Fluminense.
[editar] Economia
Baseada em sua maioria apenas no comércio local. Suas maiores empresas são a indústria química Bayer do Brasil e a Lubrizol.
[editar] Saúde
O município conta com um bom número de hospitais, com destaque para o popularmente conhecido como "Hospital do Joca", inaugurado a 8 de dezembro de 1998 e batizado com o nome do primeiro prefeito de Belford Roxo, Jorge Júlio da Costa dos Santos. Atualmente atende às necessidades da população local ou de bairros vizinhos. Há também o recém-inaugurado "U.P.A" (Unidade de Pronto Atendimento), que recebe aproximadamente 650 pessoas por dia do próprio município e região.
[editar] Esportes
Seu principal clube de futebol é o Heliópolis Atlético Clube que atualmente disputa a terceira divisão do Campeonato Carioca.
[editar] Cultura
- Carnaval- sempre com shows para entreter o público belforroxense e conta também com o desfile da Inocentes de Belford Roxo;
- Festa da Emancipação- Festa para comemorar a emancipação/aniversário de Belford Roxo;
- Dia de Nossa Senhora da Conceição- missa celebrada todo dia 8 de dezembro para comemorar o dia da padroeira da cidade. A missa é celebrada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no centro de Belford Roxo;
- Procissão de São Sebastião- procissão que ocorre todo dia 20 de janeiro concentrando-se sempre em frente à Igreja de São Sebastião em Areia Branca;
- Arraía do Nojento - Tradicional festa junina de Belford Roxo realizada no bairro de Andrade Araújo.
[editar] Prefeitos
- 1993-1995 - Jorge Júlio da Costa dos Santos ("Joca")
- 1995- Ricardo Gaspar
- 1996- Mair Rosa
- 1997-2000 - Maria Lúcia Netto dos Santos
- 2001-2004 - Waldir Camilo Zito dos Santos ("Waldir Zito")
- 2005-2008 - Maria Lúcia Netto dos Santos
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil Ano 2000
- ↑ 3,0 3,1 IBGE – Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005 19 de Dezembro de 2007