Muralha de Adriano
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A chamada Muralha de Adriano localiza-se no norte da Grã-Bretanha, aproximadamente entre a Inglaterra e a Escócia. Não coincide, contudo, com a fronteira sul escocesa actual.
O Império Romano passava por constantes expansões naquela época (século II). Porém, o imperador Adriano percebeu que não seria possível continuar expandido o Império em todas as direções. Conhecendo o perigo na Grã-Bretanha, prefiriu utilizar a estratégia de manter o que já havia sido conquistado. Assim, a muralha foi erguida com a função de prevenir as surtidas militares das tribos que viviam na Escócia (os Pictos e os Escotos - chamados de Caledônios pelos romanos), e assinalava o limite ocidental dos domínios do Império Romano, sob o reinado daquele imperador.
Concluído em 126, constitui-se na mais extensa estrutura deste tipo construída no Império Romano. Originalmente estendia-se por cerca de 80 milhas romanas, equivalentes a 73,5 milhas (cerca de 118 quilômetros), desde o rio Tyne até ao Oeste da Cúmbria. Foi erguido com o emprego da mão-de-obra dos próprios soldados das legiões romanas. Cada "centúria" era obrigada a levantar a sua parte do muro.
O muro foi erguido sobre a terra, em aparelho maciço de pedra e turfa, com 4,5 metros de altura por 2,5 metros de largura. O seu topo era percorrido por uma estrada de 1 metro de largura, com o fim de facilitar as comunicações e os transportes. A cada distância determinada havia uma torre de observações, e a cada distância maior existiam quartéis.
Vários quilômetros de suas ruínas ainda podem ser vistas, como o troço na altura de Greenhead, ainda que largas secções tenham sido desmanteladas ao longo dos séculos para aproveitamento da pedra em várias edificações vizinhas ao seu percurso, como a da Igreja de Carlisle.
A Muralha de Adriano está incluída no sítio Fronteiras do Império Romano, Património Mundial da UNESCO.
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