Rio Tibre
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Tibre | |
O curso do rio Tibre. |
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Comprimento: | 392 km |
Nascente: | Monte Fumaiolo (Apeninos). |
Altitude da nascente: | 1.268 m |
Débito médio: | 230 m3/s |
Foz: | Mar Tirreno |
Área da bacia: | 17.374,996 km2 |
País(es): | Itália |
O Tibre é um rio no território italiano, com nascente na Toscana. Atravessa a Umbria (Città di Castello), depois o Lácio (Orte e Roma) e deságua no Mar Tirreno.
É o terceiro rio mais longo da Itália, depois do Pó e do Adige. Nas margens do Tibre, em Roma, encontra-se o Castelo de Santo Ângelo.
[editar] O Tibre na história
Desde a fundação de Roma, o Tibre foi a alma da cidade, e o fato que a cidade lhe deva a própria existência é descrito já na primeira cena da lenda da fundação, com Rômulo e Remo na cesta sob o ficus ruminalis.
Todas as colônias pré-romanas que convergiram à Roma histórica estavam nas proximidades do Tibre, mas ao alto e não nas margens, pela evidente razão de defesa e porque o Tibre sempre foi um rio sujeito a cheias imprevistas.
O ponto no qual a planície de aluvião era defendida com segurança era a Ilha Tiberina, ao lado da qual (na zona que seria depois estabelecido o Fórum Romano) se localizou na origem o ponto de escambo entre a população etrusca que dominava a margem direita (chamada depois Ripa Veientana) e as vilas latinas sobre a margem esquerda (a Ripa Graeca).
A ilha era, portanto, o ponto de onde as naves antigas, de baixo calado, podiam sair diretamente ao mar.
Pouco acima da ilha foi construída (em madeira, e assim permaneceu por vários séculos) a primeira ponte de Roma, a Ponte Sublícia (em latim Pons Sublicius). Para as populações antigas eram muito importantes esta ponte e sua manutenção, que em relação a ela nasceu o mais antigo e poderoso sacerdócio romano: o Pontifex maximus ("Sumo Pontífice").
O próprio rio era considerado uma divindade, personificada no Pater Tiberinus: a sua festa anual (a Tiberinalia) era celebrada em 8 de dezembro, aniversário da fundação do templo do deus sobre a ilha Tiberina e era um rito de purificação.
[editar] Navegabilidade
O rio foi utilizado por muitos séculos como via de comunicação: na época romana a navegação mercantil podia chegar diretamente até Roma, ao empório que era situado ao pé do monte Aventino, enquanto barcos menores e adaptados à navegação fluvial trasportavam mercadorias e produtos agrícola da Úmbria, através de um sistema navegável capilar que penetrava na região também através dos afluentes, em particular Chiascio e Topino.
O desenvolvimento do transporte rodoviário e ferroviário, assim como o progressivo assoreamento do baixo curso do rio, impediu completamente esta utilização (que durou até a metade do século XIX), e agora a navegação fluvial se limita a fins esportivos e turísticos, com batelas que desde fins dos anos 90 percorrem trechos do curso romano do rio.
Devido à represa construída na altura da ilha Tiberina para regular e harmonizar o fluxo do rio, a navegação no rio foi dividida em dois trechos, uma a montante, da ilha à Ponte Risorgimento, outra a jusante, da Ponte Marconi a Óstia Antiga.
Quando se reflete sobre o uso do Tibre, deve-se ter em conta que atualmente são 36 os órgãos públicos que detém direitos de intervenção no rio: o número torna evidente, por si, as dificuldades que existem para viabilizar qualquer novo projeto de uso ou de intervenção.
[editar] Imagens
O Tibre em uma cheia. |
Embarque turístico na Ponte Garibaldi, em frente à Ilha Tiberina |
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Tevere a Castelo de Santo Ângelo |
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