Leucemia mielóide crônica
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Leucemia mielóide crônica (ou LMC) é uma forma de leucemia crônica caracterizada pela proliferação de células da linhagem granulocítica sem a perda de capacidade de diferenciação. É um tipo de doença mieloproliferativa característica por uma aberração citogenética ocasionada por uma translocação entre o cromossomo 9 e 22; t(9;22). Essa translocação resulta em um cromossomo 22 mais encurtado, chamado de cromossomo Filadélfia (cromossomo Ph1). Ocorre a fusão de dois genes nos cromossomos 9 e 22, chamados respectivamente de abl e bcr).
É uma doença mais comum em adultos entre 40-50. Quando acomete jovens, a doença é mais agressiva que o normal.
[editar] Sintomas
Pacientes são geralmente assintomáticos até fazerem um exame laboratorial de rotina, onde o hemograma apresenta um número elevado de leucócitos. Sintomas incluem febre, infecções, cansaço, anemia. Esplenomegalia (aumento do volume do baço) é o sintoma mais comum encontrado. Hepatomegalia (aumento do volume do fígado) também pode ocorrer mas é menos comum que a esplenomegalia. LMC evolui na maioria dos pacientes para uma fase mais turbulenta e com maior dificuldade de controle chamada fase acelerada. Nesta fase, há um aumento ainda maior do baço e aumento das células imaturas, “blastos”.
Finalmente, a doença evolui para a chamada fase blástica ou aguda, na qual predominam as células blásticas na medula óssea e no sangue. Em aproximadamente 25% dos pacientes, esta etapa manifesta-se como uma leucemia linfóide aguda, enquanto em 75% a manifestação é de leucemia mielóide aguda.
[editar] Diagnóstico
- Hemograma: O número de leucócitos é elevado, no início entre 20.000 a 50.000, com a evolução da doença pode atingir até mais de 100.000. Dentre os leucócitos há um aumento de neutrófilos, bastonetes, metamielócitos, e também de eosinófilos e basófilos. A anemia é secundária à insuficiência de produção de hemácias na medula e aumenta de acordo com a evolução da doença. Principalmente no início de doença, há um aumento de número de plaquetas (trombocitose), mas pode haver pacientes com número de plaqueta normal.
- Mielograma: Mostra-se hipercelular com granulócitos em diferentes estágios de maturação (bastonetes, metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos), aumento de eosinófios e basófilos.
- Fosfatase Alcalina: Exame de sangue, a atividade fosfatase alcalina é diminuída na LMC.
- Estudos citogenéticos: Pela detecção do cromossomo Filadélfia