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Centro Sportivo Alagoano - Wikipédia, a enciclopédia livre

Centro Sportivo Alagoano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

CSA
Nome Centro Sportivo Alagoano
Alcunhas?  Azulão
Azulão do Mutange
Azulão das Alagoas

Mascote Azulão (Passerina brissonii)
Fundação 7 de Setembro de 1913
Estádio Gustavo Paiva (Mutange)
Capacidade 9.000
Presidente Rafael Tenório
Treinador Antonio Lopes Jr.
Patrocinador Cavepe
Poly Sport
Superbit's
Neto Auto
Tchuk Jhones
Prefeitura de Maceió
Material Desportivo?  Kappa
Liga Campeonato Alagoano
 Campeonato Brasileiro
Divisão Primeira
Série C
2008
2008
Campeão
Não começou
2007 9º colocado
Website www.csa-al.com.br (Em manutenção)
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Uniforme
titular
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Uniforme
alternativo
editar

O Centro Sportivo Alagoano ou CSA é um clube brasileiro de futebol, do estado de Alagoas. É o clube que possui mais títulos do Campeonato Alagoano de futebol profissional. Seu maior rival é o CRB, mas também ostenta rivalidades regionais com o Capelense, Corinthians Alagoano e ASA.

Índice

[editar] 1913 - A fundação do Centro Sportivo Alagoano [1]

Jonas de Oliveira, um dos principais articuladores da fundação do CSA.
Jonas de Oliveira, um dos principais articuladores da fundação do CSA.

O Centro Sportivo Amador foi fundado no dia 7 de setembro de 1913 na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, quando um grupo de desportistas, liderado por Jonas Oliveira, se reuniu com o objetivo de criar a agremiação.

O primeiro nome do clube foi Centro Sportivo Sete de Setembro, em homenagem a sua data de fundação, e começou a funcionar na própria sede da Sociedade Perseverança, onde ficavam guardados os seus primeiros barcos. Ali, se formou uma verdadeira academia de atletas, pois o clube tinha um ótimo corpo de lutadores de boxe, luta greco-romana, além de levantamento de peso, lançamento de dardo e de disco e esgrima. Os esportes náuticos só entraram na história do clube em 1917 e, durante muitos anos, seus associados usaram a Lagoa Mundaú para passeios e competições náuticas.

Não demorou muito tempo e a sede do clube foi transferida para uma das dependências do Palácio Velho, antigo Palácio do Governo. Em seguida, no ano de 1915, mais uma mudança ocorreu e a sede azulina passou a funcionar em um prédio na Praça da Independência, antiga Praça da Cadeia, pertencente ao Tiro de Guerra. Foi aí, inclusive, que o time realizou seus treinos e jogos. O primeiro jogo dos azulinos foi contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife e os azulinos venceram por 3 a 0.

Dois anos após a fundação, aconteceu a primeira modificação do nome do CSA que, de Centro Sportivo Sete de Setembro passou a se chamar Centro Sportivo Floriano Peixoto, em 1915, numa homenagem a José Floriano Peixoto, atleta alagoano de destaque nacional. Torcedores azulinos propuseram, em assembléia geral, a mudança do nome do clube e a proposta do grupo foi aceita.

Definitivamente, no dia 13 de abril de 1918, o time mudou mais uma vez a sua razão social e foi batizado, em assembléia geral, com o nome de Centro Sportivo Alagoano, que de imediato passou a se identificar com o povo alagoano.

[editar] 1931 - A rivalidade no aniversário do CSA [2]

A rivalidade entre CSA e CRB já vinha de alguns anos atrás. Em 1931 aconteceu um fato que foi muito comentado. Para participar da festa de seu aniversário, os azulinos convidaram o time do América de Recife para um jogo amistoso. Tininho, um habilidoso jogador do CSA, era também um verdadeiro líder dentro do clube. Muitas vezes, se transformava em treinador do time. Por todas essas qualidades, Tininho era respeitado pelos dirigentes e querido pela torcida.

Com a intenção de reforçar a equipe, Tininho convidou dois jogadores do CRB para integrar o CSA no jogo contra o América. Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Eles aceitaram e se sentiram honrados em vestir a camisa azulina. No dia 7 de setembro, no mutange, antes do jogo, compareceram aos vestiários do CSA, os jogadores Zequito e Fonseca que foram recebidos por Tininho. A diretoria azulina já se encontrava nas cadeiras que ficavam nas arquibancadas do Mutange. Ao saber da novidade, os dirigentes mandaram chamar Tininho para informar que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB. Afirmavam, inclusive, que temiam a reação da torcida. Pressionado por todos os lados, Tininho mostrou porque era líder, e decidiu – “Ou aceitam Zequito e Fonseca ou eu também não jogarei”. Esta decisão aumentou a confusão. Mas, pela personalidade do capitão azulino que assumiu toda responsabilidade, os dois atletas do CRB jogaram e ajudaram o CSA a vencer o América por 4x2. Dois dos gols foram assinalados por Fonseca. Zequito Porto nunca negou que se sentiu orgulhoso ao vestir a camisa do tradicional rival. A rivalidade na época não permitia que fatos como esse pudesse acontecer. Mas, ele conseguiu quebrar esse tabu.

[editar] 1944 - 22 x 0: a grande goleada [3]

Uma das maiores goleadas do futebol brasileiro e, certamente, a maior do futebol alagoano, teve a participação do Centro Sportivo Alagoano. Aconteceu no campeonato alagoano de 1944 - CSA 22 x Esporte 0.

O CSA tentou transferir o jogo para aceitar um convite e jogar em Garanhuns. O Esporte não aceitou. O mando de campo era o time de Zé Rodrigues que levou o jogo para o campo da Pajuçara. O CSA tentou levar a partida para o Mutange, chegando a oferecer toda a renda para o Esporte. O clube rubro também não aceitou. Comentou-se, na época, que dirigentes e jogadores do clube azulino fizeram um pacto para fazer o maior numero de gols possíveis dentro da partida. Na semana do jogo, o Tribunal de Penas da Federação suspendeu quatro jogadores do Esporte. Eles haviam se envolvidos no jogo violento da partida contra o Olavo Bilac no domingo anterior. Dirigentes do clube de Zé Rodrigues chegaram a pensar em entregar os pontos. Terminaram desistindo.

No dia 28 de janeiro de 1945, no Estádio Severiano Gomes Filho, e arbitragem de Waldomiro Breda, jogaram Esporte Clube Maceió e Centro Sportivo Alagoano. Zé Rodrigues que tinha problemas na escalação do seu time, foi obrigado a colocar em campo quatro atletas que haviam jogado na partida preliminar: Orlando, Pé de Samba, Mudico e Laurinho. Mesmo assim, os jogadores do CSA não perdoaram. Fizeram 7 gols no primeiro tempo e 15 no segundo. Os artilheiros foram Caio Mario (9), Dengoso (5), Sales (3), Montoni (3), Valdir (1) e Ariston (1).

[editar] 1952 - O jogo do Xaxado [4]

O jogo do Xaxado foi um dos que mais emocionou a torcida azulina. Não somente pelo resultado de 4 x 0, mas pelo passeio que o clube deu no seu tradicional adversário, o CRB. Xaxado é música, ritmo. Na época, 10 de setembro de 1952, era a musica do momento das paradas de sucesso. Todo o Brasil dançava o xaxado com Luiz Gonzaga. E naquela tarde, no campo da Pajuçara, os jogadores do CRB dançaram o xaxado no ritmo azulino.

Foi um baile, um olé. Jamais se pensou em desrespeitar o adversário, mas era gostoso observar a bola de pé em pé com os alvirrubros na roda. Como ninguém se lembrava do jogo da Sofia (CRB 6 x 0 CSA), o marcador ficou mesmo nos 4 x 0. Havia condições para superar os 6 x 0, entretanto, os jogadores do CSA preferiram os dribles espetaculares, as jogadas de alto efeito técnico, com a torcida azulina batendo palmas e gritando, ritmicamente, a palavra xaxado. Muitos gols foram perdidos. Dida depois de driblar toda a defesa do CRB, inclusive o goleiro Levino, quase na linha de gol, preferiu voltar e passar a bola para um companheiro. Oscarzinho também esteve para marcar e terminou sentando na bola. Neste lance, o juiz parou o jogo e advertiu o jogador azulino por desrespeitar o adversário. Mas, louve-se a disciplina dos atletas do CRB. Aceitaram o show dos azulinos sem apelar para a violência. Naquela tarde, a torcida assistiu a uma memorável exibição de futebol. Até hoje não houve nenhuma igual. Pior para o CRB que jogava para comemorar mais um aniversário de sua história.

  • Data: 16 de setembro de 1952
  • Placar: CSA 4 x 0 CRB (Edgar [2] e Dengoso [2])
  • Juiz: Waldomiro Brêda
  • Estádio: Pajuçara
  • CSA: Almir, Bem e Arestides, Oscarzinho, Zanélio e Neu, Napoleão (Ié), Biu Cabecinha, Dida, Dengoso e Edgar (Bemvindo).
  • CRB: Levino (Luiz), Helio Ramires (Ferrari) e Miguel Rosas, Netinho, Castanha e Moura, Sansão, Arroxelas (Santa Rita), Dario, Mourão (Zé Cicero) e Zeca.

[editar] 1973 - Mané Garrincha e o CSA [5]

Garrincha (agachado, o segundo da esquerda para direita) ao lado do craque Dida.
Garrincha (agachado, o segundo da esquerda para direita) ao lado do craque Dida.

O fenomenal Garrincha pertenceu ao Centro Sportivo Alagoano. Foi somente noventa minutos, mas foi. No dia 19 de setembro de 1973, num amistoso contra o ASA de Arapiraca, no Trapichão. Garrincha e Dida jogaram juntos com a camisa azulina. Dias depois ele jogou outra partida por um clube alagoano, o ASA de Arapiraca.

Seu Mané estava se despedindo da torcida brasileira. Seu futebol estava chegando ao fim. Suas pernas tortas já não corriam como antes. Seus dribles já não eram tão eficientes. Mesmo assim, Garrincha jogou e a torcida alagoana entendeu seu drama. Nunca uma torcida aplaudiu um craque como naquela noite de despedida.

Sua história é cheia de capítulos de rara beleza. Moço simples, criatura maravilhosa e companheiro sem igual, Garrincha foi um fenômeno que passou pelo futebol brasileiro. Seus últimos momentos diante da torcida alagoana foram cheios de jogadas sensacionais. Isso, se levarmos em consideração sua condição física, sua idade e os dramas que vinha sofrendo. Apesar de tudo, Garrincha fez coisas que muitos jovens não faziam. Foram momentos que ficarão para sempre na história do Centro Sportivo Alagoano.

Garrincha chorou. As lágrimas de um adeus às vezes despencam como cascata de felicidade. E Garrincha chorou feliz.

[editar] 1980 - Taça de Prata

Era a semifinal da Taça de Prata de 1980. O CSA foi um time raça, garra, fibra, valentia, macho todo para honrar o nome do futebol nordestino do qual é agora o único representante que resta neste desfecho do certame nacional.

O jogo foi no Estádio Fonte Luminosa e o resultado de 1x0, deu ao time alagoano o direito de disputar o titulo de campeão da Taça de Prata contra o Londrina e, a sua inclusão, no próximo ano, na divisão de elite do futebol brasileiro.

Para ganhar da Ferroviária o CSA enfrentou muitas adversidades, desde da pressão desleal da torcida local até a visível parcialidade do juiz que, no segundo tempo, expulsou Joca e Alberto Lequelé do clube alagoano. Mesmo com uma ajuda extra, os paulistas não chegaram a meta de Zé Luiz.

No primeiro tempo, a Ferroviária, a rigor, atacou mais que o CSA, entretanto encontrou uma verdadeira barreira na defesa azulina. O CSA, cauteloso, somente ia à frente em contra ataques rápidos e perigosos. E foi assim que aos 39 minutos, Peu lançou para Gilmar que fechava para área e o craque azulino chutou por cobertura e marcou o gol único da partida.

No segundo tempo, a Ferroviária passou a pressionar na base do desespero e teve sua grande chance do empate quando Paulo Borges perdeu uma penalidade máxima. Mesmo com dois jogadores a menos, o CSA continuou como um gigante e soube garantir a vitória.

  • Data: 7 de maio de 1980;
  • Placar: Ferroviária - 0 x 1 - CSA (Gilmar);
  • Estádio: Fonte Luminosa, em Araraquara;
  • Juiz: Wilson Carlos dos Santos;
  • Renda: CR$ 435.280,00;
  • Público: 5.864 pagantes;
  • CSA: Zé Luiz, Joca, Paulinho, Dick e Luizinho, Ronaldo Alves, Alberto Carioca e Peu (Rogério), Jorginho, Dentinho (Alberto Lequelé) e Gilmar;
  • Ferroviária: Tião, Carlos (João Carlos), Sabará, Sérgio Miranda e Zé Rubens, Nande,. Zé Roberto (Bispo) e Douglas, Paulo Borges, Toninho e Lavinho.

[editar] 1982 - CSA 4 x 3 Campo Grande: o jogo da virada [6]

A decisão da Taça de Prata de 1982 foi entre CSA e Campo Grande do Rio de Janeiro. A primeira partida foi no Estádio Rei Pelé no dia 11 de abril. Foi uma das mais sensacionais partidas já realizadas em Maceió. Foi o jogo da virada. A grande vitória de Romel.

Um jogo cheio de grandes lances e a movimentação do marcador mexeu com os nervos da torcida azulina. O CSA começou bem, atacando com velocidade e explorando o lado direito do Campo Grande. Foi assim que o clube azulino chegou ao primeiro gol. Romel lançou Américo em profundidade que foi derrubado na entrada da área. O mesmo Romel cobrou de forma sensacional e abriu a contagem. A partir dos trinta minutos, o Campo Grande passou a dominar a partida e o CSA ficou sem saber o que fazer. O zagueiro Jerônimo começou a fazer bobagens. Fez um gol contra aos trinta e oito minutos. Perdeu a bola na entrada da área e permitiu que o Campo Grande marcasse seu segundo gol, e logo depois os cariocas ampliaram para três a um. Este foi o marcador do primeiro tempo. Os azulinos estavam abatidos, dominados e sem nenhuma chance de reagir.

Uma conversa no intervalo, entre o técnico Tadeu e jogadores, permitiu que todos sentissem vergonha do papelão que estavam fazendo. As dificuldades eram grandes. Mesmo assim, o CSA voltou animado com o inicio do segundo tempo. Com técnica, raça e uma atuação excepcional de Romel, as coisas começaram a clarear. Zé Carlos entrou no lugar de Freitas e Dentinho substituiu Américo. Duas substituições que mudaram o panorama da partida.

A reação começou aos vinte três minutos. Dentinho sofreu uma falta perto da área. Romel cobrou com categoria: 3x2. Os azulinos jogavam bem, dominavam e os cariocas procuravam manter o resultado. Mais cinco minutos e novamente Dentinho foi derrubado dentro da área. E na área é penalti. O grande nome do jogo, Romel, perdeu a penalidade máxima. Chutou como não sabia chutar e o goleiro Ronaldo defendeu. O jogo seguiu com o CSA procurando o empate. E ele veio numa bola lançada por Zezinho para a área adversária. Romel dominou e com um leve toque deslocou o goleiro carioca. O Campo Grande achava que o empate ainda era bom. O CSA queria mais. O tempo passava. As oportunidades surgiam e o gol da vitória não chegava. Jorginho se contundiu e teve que sair de campo. O treinador Tadeu José da Costa Lima já tinha feita as duas substituições e o CSA ficou com menos um. Aos trinta e sete minutos uma falta em Dentinho, na entrada da área, criou um pequeno tumulto que culminou com a expulsão do zagueiro Jeronimo. O CSA passava a jogar com nove jogadores. Na cobrança, Ademir tocou para Romel que chutou na barreira. A bola subiu e quando desceu bateu no travessão e voltou para onde estava Zé Carlos, que de cabeça, mandou para as redes do Campo Grande. Estava sacramentada a vitória do CSA. A torcida começou a fazer o carnaval. Poucos acreditavam no que via. A virada de 1x3 para 4x3 estava estampada no Rei Pelé. Logo depois do gol, Dentinho fez falta violenta e foi expulso. Com oito jogadores foi um sufoco para garantir o marcador. No final a festa foi total. Um carnaval em pleno mês de abril. Pelo menos, naquela tarde, os azulinos se sentiram campeões da Taça de Prata.

  • Elenco azulino

O time do Centro Sportivo Alagoano que venceu o Campo Grande formou com Joceli, Flávio, Jeronimo, Fernando e Zezinho, Ademir, Jorginho e Romel, Americo (Dentinho), Freitas (Zé Carlos) e Mug.

[editar] 1999 - A Copa Conmebol

O ano de 1999 foi histórico e inédito para o futebol alagoano. Pela primeira vez, um clube de Alagoas participava de uma competição internacional: a Copa Conmebol.

O regulamento da competição sul-americana naquele ano previa que os representantes brasileiros seriam os campeões de cada competição regional. Como os finalistas da Copa do Nordeste, Vitória e Bahia (campeão e vice, respectivamente), desistiram de participar da Copa Conmebol, a vaga seria destinada então ao 3º colocado do regional, o Sport. Porém, este também recusou o convite, o que levou o CSA a ficar com a vaga, já que havia chegado às semi-finais da Copa do Nordeste de 1999.

Na estréia, dia 13 de outubro, o CSA enfrentou no estádio Rei Pelé o também brasileiro Vila Nova de Goiás. A equipe venceu por 2 x 0, com dez jogadores em campo (o lateral Souza havia sido expulso no primeiro tempo), gols de Missinho e Mazinho. Na partida do dia 20, o Vila Nova delvolveu o placar de 2 a 0, porém o CSA venceu na cobrança de pênaltis por 4 x 3 e avançou à fase seguinte. Pela primeira vez em sua história, o CSA faria uma viagem internacional.

O adversário seguinte foi o venezuelano Estudiantes de Mérida. Entretanto, a diretoria do clube foi surpreendida ao descobrir que a maioria dos seus jogadores não possuía passaporte. Após resolver o problema, a delegação embarcou no ônibus rumo à Mérida, escoltado por dois batedores.

No confronto na Venezuela, em 3 de novembro, um empate sem gols. Em Maceió, dia 9, o CSA derrotou o adversário por 3 x 1. Durante a partida, o árbitro paraguaio Bonifacio Núñez expulsou seis jogadores, sendo quatro do Estudiantes e dois do CSA. Mimi abriu o placar logo aos 4 minutos de jogo, cobrando pênalti. O time venezuelano empataria aos 23 minutos, através de Ruberth Morán, também convertendo a penalidade. Pouco tempo depois, Márcio Pereira fez outro gol para o CSA, em cobrança de falta. A bola ainda desviou no zagueiro Gavidia, do Estudiantes, antes de entrar. Márcio Pereira faria mais um, classificando a equipe à fase seguinte.

Na semi-final, outro clube brasileiro no caminho do CSA: o São Raimundo. Em Manaus, derrota azulina por 1x0, dia 17 de novembro. A partida de volta foi dramática. No dia 24 de novembro, jogando em casa, o CSA abriu o marcador aos 14 do primeiro tempo, com um gol de Fábio Magrão. Para desespero dos cerca de 28 mil torcedores que lotavam o Rei Pelé, o São Raimundo igualou o placar aos 20 minutos, em falha da defesa do CSA, que Marcelo Araxá soube bem aproveitar. O resultado eliminava o Azulão. O CSA ainda empatou no último minuto de jogo, após uma falha do goleiro do São Raimundo, que deixou a bola escapar. O zagueiro Givago empurrou-a para as redes e garantiu que a decisão fosse para os pênaltis. O CSA levou a melhor na cobrança de pênaltis, alcançando um feito inédito. Nenhum outro clube do Nordeste havia conseguido estar em uma decisão de competição sul-americana.

A decisão seria contra o Talleres, que fazia boa campanha no Campeonato Argentino daquele ano.

Na primeira partida da final, dia 1º de dezembro, o CSA surpreendeu e aplicou 4 x 2 no adversário, ficando muito perto da conquista. Missinho marcou 3 gols para o CSA, Fabio Magrão marcou outro, enquanto que Aguilar e Astudillo descontaram para o Talleres.

Na Argentina, o CSA sentiu a catimba do adversário logo no desembarque na cidade de Córdoba. Os dirigentes do CSA foram abordados por representantes do Talleres, que afirmavam ter interesse no lateral-esquerdo Williams e em outros jogadores do clube. Também não foi permitido ao CSA treinar no Estádio Olímpico de Córdoba. Eram demonstrações claras da guerra que o clube alagoano enfrentaria na grande decisão do dia 8 de dezembro.

Com apenas quatro minutos de jogo, o CSA já estava com dez em campo. O juiz paraguaio Ricardo Grance expulsou Fábio Magrão por reclamação. O CSA sentiu-se intimidado com a pressão feita pelos argentinos e o técnico Otávio Oliveira recuou o time todo. A modificação no esquema tático do time não obteve êxito: aos 39 minutos, Ricardo Silva abriu o placar para o Talleres. No segundo tempo, Gigena ampliou. E como que dando um tiro de misericórdia, Maidana de cabeça fez 3 x 0. No resultado agregado, o Talleres ficou com o título. Terminava assim o sonho do CSA de se tornar a primeira equipe do Nordeste brasileiro a conquistar uma competição internacional.

[editar] 2003 - A passagem do CSA pela "segundona" [7]

O CSA entrou em campo num domingo, no Rei Pelé, precisando derrotar o rival CRB, e dependia também do Murici não ganhar do CSE. Nenhum resultado foi favorável, e a fragilidade da equipe fez com que o CRB ganhasse a partida.

Logo no começo do jogo, o CRB marcou o primeiro gol, através de Binho, ao receber passe de Marcelinho. O CSA reagiu para empatar aos 24 minutos, num cruzamento de Ramon. Alessandro se antecipou ao zagueiro Carlão e cabeceou no ângulo esquerdo de Wanderley. Aos 39 minutos, Gaspar foi à linha de fundo e cruzou da esquerda para Marcelinho marcar de cabeça.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Reinaldo, que entrou no intervalo no lugar de Ailton, desviou um cruzamento de Marcelinho para marcar o terceiro. O quarto gol foi quatro minutos depois, num pênalti cometido pelo goleiro Santos sobre Reinaldo. Marcelinho cobrou com perfeição. Aos 43 minutos, o zagueiro Carlão colocou a mão na bola dentro da área, sendo expulso. O pênalti foi cobrado e convertido por Nélson.

O CRB precisava vencer e venceu, 4x2, sobre o CSA, assegurando sua classificação para o quadrangular decisivo do Estadual - 2003, sendo beneficiado também pela derrota do CSE para o Murici. Os dois resultados foram ruins para o CSA, que foi rebaixado para a segunda divisão do ano seguinte.

  • CRB – Wanderley; Saulo, Bruno, Róbson e Edílson; Carlão, Gaspar, Marcelinho (Fernando Pilar) e Eduardo Potiguar (Paulo Roberto); Binho e Ailton (Reinaldo).
  • CSA – Santos; Edmílson, Sinval (Bel), Alex Martins e Ramon; Nélson, La Bamba, Cassio (Jairon) e Da Silva (Sandrinho); Tiago e Alessandro.
  • Árbitro – Jorge Luiz da Silva.

[editar] Elenco Atual [8]

Para o ano de 2008, o elenco é o que segue:

Jogador Posição Times Anteriores
Goleiros
- Brasileiro ÁDSON Alexandre dos Santos G América (SP)
1 Brasileiro GILBERTO Félix de Melo G Centro Limoeirense (PE)
- Brasileiro TIAGO Bernardino da Silva G CSA (AL)
Zagueiros
- Brasileiro FÁBIO LIMA Z América (SP)
4 Brasileiro FLAMARION Z Santa Cruz (PE)
3 Brasileiro Rosinaldo Salustiano da Silva JÚNIOR Z CSA (AL)
- Brasileiro Pedro Cirilo Sotero (PEDRINHO) Z CSA (AL)
- Brasileiro Antônio Fernando de Farias Meira (TONINHO) Z Corinthians (AL)
Laterais
6 Brasileiro Cláudio Luiz Jandré Sobrinho (CLAUDINHO) LE Monte Azul (SP)
- Brasileiro MARCIANO da Silva LE ABC (RN)
2 Brasileiro Luiz Carlos Santos (DELEU) LD Náutico (PE)
Volantes
- Brasileiro CHRISTIANO Roberto FERNANDES de Lima V CSA (AL)
8 Brasileiro Jociano Cosmo Pascoal (DU COSMO) V Desportiva Capixaba (ES)
7 Brasileiro MAGNO Batista da Silva V CSA (AL)
5 Brasileiro MATTEUS Souza de Freitas V CSA (AL)
- Brasileiro RICARDO MIRANDA Garcez V Fortaleza (CE)
- Brasileiro José ROBÉLIO Mesquita Santos Lima V Universal (AL)
Meio-campistas
- Brasileiro Clayson Rubens Dantas Queiroz (CLAYSON RATO) M Gama (DF)
- Brasileiro José Domingos DA SILVA Júnior M Uniclinic (CE)
- Brasileiro DIEGO TORRES da Silva M CSA (AL)
- Brasileiro GIL BAIANO M Náutico (PE)
10 Brasileiro JEAN CARLO de Souza M Bonsucesso (RJ)
- Brasileiro LUCIANO da Silva M CSA (AL)
Atacantes
- Brasileiro CÁSSIO dos Santos A CSA (AL)
- Brasileiro ISAÍAS Maia Cordeiro A Fortaleza (CE)
- Brasileiro JOSIMAR A CRB (AL)
- Brasileiro José Barros de Souza NETO A CSA (AL)
11 Brasileiro Paulo Roberto Silva de Oliveira (PAULINHO MACAÍBA) A Treze (PB)
9 Brasileiro Elisergio da Silva (SERGINHO) A Náutico (PE)
- Brasileiro THIAGO Teixeira da SILVA A Olhodagüense (AL)
Técnico
Brasileiro LOPES JR. Treze (PB)

[editar] Últimas alterações

Contratados Dispensados
Lopes Jr (T) Zé do Carmo (T)

(Contratações/dispensas feitas até 01/06/2008; sujeito à alterações)

[editar] Títulos

[editar] Estaduais

[editar] Outras Conquistas

  • Torneio Pró-Caixa Olímpica: campeão 1 vez (1929)
  • Torneio Associação Cultural e Cívica Feminina: campeão 1 vez (1935)
  • Copa FAD: campeão 1 vez (1936)
  • Grande Festival do Futebol: campeão 1 vez (1936)
  • Torneio Mário Lima: campeão 1 vez (1956)

[editar] Categorias de Base

[editar] Sub-20

[editar] Sub-15

[editar] Desempenho em competições

[editar] Campeonato Brasileiro

Ano Posição Ano Posição
1974 40º 1981 13º
1975 35º 1982 36º
1976 40º 1983 36º
1977 47º 1985 16º
1978 53º 1986 25º
1979 25º 1987 Módulo Amarelo

[editar] Campeonato Brasileiro - Taça de Prata

Ano Posição Ano Posição
1972 1987 15º
1980 1991 15º
1982 1992 20º
1983 2000 24º

[editar] Campeonato Brasileiro - Série C

Ano Posição Ano Posição
1994 ? 1999 23º
1995 ? 2001 42º
1996 ? 2002 14º
1997 ? 2003 54º
1998 42º 2008 ?

[editar] Copa do Brasil

Ano Posição Ano Posição
1989 26º 1999 61º
1991 17º 2000 65º
1992 2001 33°
1995 31º 2002
1997 41º 2007 47º
1998 42º 2009 ?

[editar] Campeonato Alagoano

Ano Pos. Ano Pos. Ano Pos. Ano Pos.
1927 1948 ? 1969 ? 1990
1928 1949 1970 ? 1991
1929 1950 ? 1971 1992 ?
1930 ? 1951 ? 1972 ? 1993
1931 -* 1952 1973 1994
1932 -* 1953 1974 1995
1933 1954 ? 1975 1996
1934 -* 1955 1976 1997
1935 1956 1977 ? 1998
1936 1957 1978 ? 1999
1937 ? 1958 1979 ? 2000
1938 1959 ? 1980 2001 ?
1939 ? 1960 ? 1981 2002
1940 1961 ? 1982 2003
1941 1962 ? 1983 2004 -**
1942 1963 1984 2005 -**
1943 -* 1964 1985 2006
1944 1965 1986 2007
1945 ? 1966 1987 ? 2008
1946 ? 1967 1988 2009 ?
1947 ? 1968 1989 ? 2010 ?

* Não houve campeonato nesse ano
** CSA disputou a segunda divisão

[editar] Campeonato Alagoano - 2ª Divisão

Ano Posição
2005

[editar] Outros campeonatos

[editar] Artilharias

[editar] Campeonato Alagoano

  • 1930 - Bráulio e Anízio - 8 gols
  • 1935 - Anízio - 6 gols
  • 1936 - Murilo - 10 gols
  • 1937 - Anízio - 9 gols
  • 1941 - Pedrinho - 11 gols
  • 1944 - Caio Mário - 12 gols
  • 1945, 1946, 1947 - Zé Maria - 17 gols (1945), 12 gols (1946), 14 gols (1947)
  • 1950 - Zé Maria - 12 gols
  • 1952 - Dida - 9 gols
  • 1953 - King - 12 gols
  • 1954 - Pilho (CSA), Catenga (E.C. Alagoas) - 7 gols
  • 1955 - Itálo - 17 gols
  • 1956 - Barra - 9 gols
  • 1958 - Santos - 7 gols
  • 1960 - Corino (Capelense), Geofonso (Capelense), Clóvis (CSA) - 5 gols
  • 1965 - Arcanjo - 15 gols
  • 1969 - Giraldo (CSA), Erb (CRB) - 7 gols
  • 1973 - Giraldo - 12 gols
  • 1974 - Misso - 20 gols
  • 1975 - Hélio - 17 gols
  • 1979 - Gilmar - 26 gols
  • 1990 - Dentinho (Comercial), Chico (CSA) - 8 gols
  • 1991 - Rinaldo - 19 gols
  • 1994 - Catanha - 31 gols (um dos maiores artilheiros da história do time)
  • 1996 - Gilson - 20 gols
  • 1998 - Mimi - 23 gols
  • 2008 - Paulinho Macaíba - 12 gols

[editar] Grandes ídolos azulinos

[editar] Estádio do Mutange

Ver artigo principal: Estádio do Mutange

O Estádio Gustavo Paiva, mais conhecido como Mutange, foi fundado em 15 de novembro de 1922, e atualmente tem capacidade para 9 mil pessoas. Sua primeira partida foi Centro Sportivo Alagoano 3 x 0 Centro Sportivo do Perez de Recife, e o primeiro gol marcado foi de Odulfo, antigo craque azulino. O Mutange também sediou o primeiro jogo internacional em Alagoas, CSA 1 x 1 Velez Sársfield (ARG), em 1951.

[editar] Rankings

Internacionais


Nacionais

Ranking criado pela Confederação Brasileira de Futebol que pontua todos os times do Brasil. Atualizado pela última vez em 03/12/2007.

Ranking criado pela Revista Placar sobre as competições conquistadas pelos clubes de futebol do Brasil. Atualizado ao final de 2007.

[editar] Organizações Azulinas

[editar] Torcidas Organizadas

  • Azulcrinante
  • CSA-Net
  • Força Jovem
  • Mancha Azul (a maior e mais antiga torcida organizada do estado)

[editar] Portal de Notícias

  • AzulãoNet - O primeiro portal de notícias exclusivo do Centro Sportivo Alagoano

[editar] Consulado Azul [12]

A Consulado Azul é uma ONG nordestina, formada por torcedores do CSA, que desenvolve projetos que enfocam as divisões de base do clube, promovendo ações sociais e culturais, sempre elevando o nome do time alagoano. Fundada em julho de 2003, a Consulado Azul atua na área de esporte e tem como objetivo contribuir para a melhoria da prática do futebol dentro do Centro Sportivo Alagoano.

[editar] Outras Organizações

  • Confraria do Azulão
  • Torcida organizada CSAlcool
  • MANCHA AZUL
  • .:: AzulãoNet - Portal de notícias do CSA ::. - www.azulaonet.com.br -

Referências

  • Enciclopédia do Futebol Brasileiro, Volume 1 - Lance, Rio de Janeiro: Aretê Editorial S/A, 2001.

[editar] Ligações externas

Garrincha vestiu a camisa do CSA http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=27933

Centro Sportivo Alagoano
Principal: Estádio do Mutange | Centro Sportivo Alagoano
Personalidades: Dida | Luis Felipe Scolari | Deco | Adriano Gabiru | Fernando Collor de Mello
Clássicos: Clássico das Multidões
Relacionados: Copa Conmebol




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