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Recife - Wikipédia, a enciclopédia livre

Recife

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura a formação rochosa, consulte arrecife.
Município do Recife
Vista do Recife Antigo e sua Arquitetura Holandesa
"Veneza Brasileira"
Brasão do Recife
Bandeira do Recife
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 12 de março
Fundação 1537
Gentílico recifense
Lema
Prefeito(a) João Paulo Lima e Silva (PT)
Localização
Localização de Recife
08° 03' 14" S 34° 52' 51" O08° 03' 14" S 34° 52' 51" O
Estado Pernambuco
Mesorregião Metropolitana do Recife
Microrregião Recife
Região metropolitana Recife
Municípios limítrofes Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paulista e Olinda.
Distância até a capital Não disponível
Características geográficas
Área 217,494 km²
População 1.533.580 hab. est. IBGE/2007 [1]
Densidade 7.051,14 hab./km²
Altitude 4 metros
Clima tropical Aw
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,797 médio PNUD/2000
PIB R$ 16.664.468 mil (BR: 17º) IBGE/2005 [2]
PIB per capita R$ R$ 11.102,00 IBGE/2005 [2]

O Recife é a capital do estado brasileiro de Pernambuco.

Apesar de a vizinha Olinda ter sido a primeira capital da capitania de Pernambuco, o Recife, fundado em 1537, é a mais antiga das capitais brasileiras. Localizada às margens do Oceano Atlântico, tem uma área de 217,494 km² e uma população de 1,53 milhões de pessoas (ou 3,73 milhões, contando a área metropolitana).[1][3]

Sua região metropolitana compreende, além da capital pernambucana, catorze cidades do Grande Recife.

Tradicionalmente, o nome da cidade dentro de frases é acompanhado de artigo masculino, como acontece com os municípios do Rio de Janeiro, do Crato e do Cabo de Santo Agostinho. A esse respeito, muitos intelectuais recifenses e pernambucanos já se pronunciaram, entre eles Gilberto Freyre, em seu livro O Recife sim, Recife não, em 1960 [4].

Índice

[editar] História

Ver artigo principal: História do Recife
Matriz de Santo Antônio
Matriz de Santo Antônio

A cidade foi fundada pelos portugueses em 1537 e permaneceu portuguesa até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa no Século XVII, entre 1630 e 1654, a maior parte do tempo sob o governo de Maurício de Nassau ('Mauritsstad'). A aldeia foi elevada a vila e conselho com o nome de Santo Antônio das Cacimbas do Recife do Porto em 1709, e tornou-se cidade em 1823. Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização previamente fortificada, segundo a concepção portuguesa. Por isso mesmo, ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Conclui-se, dessa forma, que os nativos não representavam ameaça maior aos colonos. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster, que, com três navios, derrota a pequena guarnição responsável pela defesa do porto, a qual contava com apenas sete peças de artilharia forjadas em bronze. Entre os anos de 1520 e 1526 o então governador Matias de Albuquerque procura estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da idéia empreendida na Bahia em 1524.

[editar] Governo Holandês

Mauritsstad, Mauritiópolis ou 'Mauricéia foi a capital do Brasil holandês e fica onde hoje é a cidade do Recife, e foi governada na maior parte do tempo pelo conde alemão (a serviço da Coroa dos Países Baixos) Maurício de Nassau (em alemão Johann Moritz von Nassau-Siegen; em neerlandês Johan Maurits van Nassau-Siegen). Foi a maior metrópole da América do Sul no século XVII, e durante o governo nassoviano contou com a segunda melhor malha viária das Américas, perdendo apenas para a Filadélfia.

[editar] Mauritsstad
Vista da Cidade Maurícia (Recife) Gravura em água forte, 38 x 50 cm, de Pieter Schenck, baseada em desenho de Frans Post, 1645, para o livro Rerum in Brasilia et alibi gestarum de Caspar Barlaeus. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.
Vista da Cidade Maurícia (Recife) Gravura em água forte, 38 x 50 cm, de Pieter Schenck, baseada em desenho de Frans Post, 1645, para o livro Rerum in Brasilia et alibi gestarum de Caspar Barlaeus. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.

Desembarcando na Nieuw Holland, a Nova Holanda (o Nordeste do Brasil) acompanhado com uma equipe de arquitetos e engenheiros, o conde se empenhou na construção da Maurisstad, a cidade Maurícia. Célebres por aplacar as tiranias do Mar do Norte, os técnicos de Nassau, "arquitetos da cultura", devem ter achado bem mais fácil domar os desatinos do rio Capibaribe e secar os mangues e os pântanos circunvizinhos à minúscula Recife de então. Foi deles o projeto de dotar a cidade de pontes, diques e canais que permitiram-na defender-se das águas desordeiras que a cercavam.

A intenção dele era fazê-la estupenda, a capital do império holandês das Américas (composto então por uma cadeia de fortalezas que iam do Forte Schoonenburg, no Ceará, até o Forte Maurits, na embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas, uns 1500 km mais ao sul). E isso sem mencionar os seus domínios africanos que englobavam uma série de feitorias na Guiné e Angola situadas no outro lado do Atlântico. Controlando diretamente o açúcar simultaneamente às bocas do tráfico negreiro, o "ouro doce" ficava inteiramente nas mãos da WIC (West Indische Compagnie), a grande empresa holandesa daqueles tempos, a quem ele representava como General-governeur (de 1637 a 1644).

[editar] Tolerância e curiosidade

Enquanto na Europa monarcas católicos e protestantes se enfezavam na terrível Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), João Maurício, principe partidário da tolerância, criou em Pernambuco o único espaço em que, deveras, se permitiu a liberdade religiosa, autorizando o funcionamento das igrejas católicas e da sinagoga judaica (aberta em 1642, a primeira da América do Sul), num raro convívio harmônico com os templos calvinistas.

De fato, ele não era apenas um narcisista. Era um humanista renascentista, um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, em outubro de 1636, na frota não vieram apenas soldados, mas por igual, seguindo as pegadas de Alexandre o Grande na Ásia, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores. Com eles fazia suas caminhadas pelo litoral e pelo sertão de Pernambuco para satisfazer sua imensa curiosidade pelo país recém conquistado.

Enquanto Frans Post e Albert Eckhout imprimiam em telas memoráveis as paisagens e os "exóticos" habitantes da província açucareira, usando na composição delas o que havia de melhor e mais avançado entre os equipamentos de observação da época ( são os únicos testemunhos pictóricos do Brasil do século XVII), dois outros homens de ciência, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georg Marggraf, lançaram-se no estudo da farmacopéia local, das doenças tropicais, da fauna e da flora de um modo geral. Enquanto isso, o arquiteto Pieter Post, irmão de Frans, erguia à sombra da floresta, o estupendo palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda e também o prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo.

[editar] Na galeria de arte

Anos depois, já de volta à Holanda, o dr. Piso publicaria a monumental Historia Naturalis Brasiliae, em 1648. Obra que, mais tarde, inspirou as atividades dos naturalistas Alexander von Humboldt e Auguste de Saint-Hilaire. A expedição cientifica de Nassau, que encerrou-se com a volta dele para a Holanda em 1644, depois dele ter-se desentendido com a Companhia, foi a única que o Brasil até então conhecera. Organizou então um livro que registrasse os seus profícuos anos que passou no Brasil, contando para tanto com a colaboração de Caspar Barlaeus, autor da "Rerum per octenium in Brasilia..." editado em 1647. Outra expedição científica de igual importância somente deu-se com a chegada da Missão Francesa, em 1819, nos tempos de D. João VI, 175 anos depois!

Residindo por fim em Haia, João Maurício, que no seu diário deixou páginas de embevecimento com os anos estimulantes e produtivos que passou no Brasil, tornou a sede do Stadhouder, o palácio do governo holandês, no Mauritshuis, uma galeria de arte. Conviveu lá com as obras-primas de Vermeer, de Rembrandt, de Frans Hals, e de tantos outros gênios seus contemporâneos. Há pouco, no 17 de junho passado, três cidades celebraram os 400 anos do nascimento dele, ocorrido em 1604: Dillenburg, na Alemanha, sua cidade natal; Recife, no Brasil, que ele transformou; e Haia, na Holanda, onde ele administrou. Para muitos, que denominaram a administração Nassau como "parênteses luminoso", foi um dos poucos governos sérios que o Brasil teve nos seus três séculos de colônia dos europeus [5]

[editar] Geografia

Praça Rio Branco (Marco Zero), Recife
Praça Rio Branco (Marco Zero), Recife

O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" - graças à semelhança fluvial com a cidade européia. Cercado por rios e cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues que magnificam sua geografia. Ali acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. A cidade conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga do Brasil, a ponte Maurício de Nassau.

A altitude média em relação ao nível do mar é de 4m, porém há algumas áreas da cidade que se localizam abaixo do nível do mar. A cidade se localicaliza na latitude de 8º 04' 03S e longitude de 34º 55' 00O.

Rua da Aurora
Rua da Aurora

[editar] Vegetação

Mata Atlântica: uma pequena área dessa mata se localiza no bairro de Dois Irmãos.
Manguezal: localizado em várias áreas próximas às margens do Rio Capibaribe.

[editar] Clima

O Recife tem um clima tropical, com alta umidade relativa do ar. Apresenta temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade da cidade em relação ao mar. Janeiro possui as temperaturas mais altas, sendo a máxima de 30°C e a mínima de 25°C, com muito sol. Julho possui as temperaturas mais baixas, sendo a máxima de 27°C e a mínima de 20°C, tendo muita chuva. A temperatura média anual é de 25,2°C.

Gráfico climático para o Recife
J F M A M J J A S O N D
 
 
53
 
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25
 
 
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30
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24
 
 
221
 
29
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267
 
28
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277
 
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27
22
 
 
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64
 
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29
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25
 
29
24
 
 
28
 
29
25
Temperaturas em °CPrecipitações em mm


Gráfico climático para Recordes
J F M A M J J A S O N D
 
 
53
 
34
22
 
 
84
 
34
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160
 
34
21
 
 
221
 
34
21
 
 
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32
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277
 
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19
 
 
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31
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64
 
32
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33
20
 
 
25
 
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21
 
 
28
 
33
21
Temperaturas em °CPrecipitações em mm





[editar] Transportes

[editar] Porto

O Porto do Recife localiza-se no Recife Antigo, ao lado da Praça Rio Branco (Marco Zero). No período holandês, o porto era um dos mais desenvolvidos do Brasil.

[editar] Aeroporto

Aeroporto Internacional dos Guararapes- Gilberto Freyre.

[editar] Transporte urbano

O Recife foi palco da inauguração do primeiro sistema urbano de transporte sobre trilhos, a chamada Maxambomba.. Antes, o sistema de transporte era atendido por bondes puxados por burro. A maxambomba foi substituída por bondes elétricos no século XX. Em 1960, os bondes foram substituídos por ônibus elétricos. Paralelamente, houve a implantação de transporte por Ônibus.

As linhas de trem da Great Western, antecessora da Rede Ferroviária Federal, também faziam o transporte público urbano. Foram substituídas pelo Metrô do Recife. [6]

[editar] Divisão política

Ver artigo principal: Lista de bairros do Recife
Ver artigo principal: Região Metropolitana do Recife

[editar] Demografia

Vista da praia de Boa Viagem.
Vista da praia de Boa Viagem.

Segundo estimativas de 2007 do IBGE, o Recife possuía 1.533.580 habitantes em uma área de 217,494 km², o que resulta em uma densidade demográfica de 7.051,17 hab./km². Em 2005, registrou-se um PIB nominal de R$ 16.664.468 mil (e per capita de R$ 11.102,00). [2]

Bairros mais populosos: Boa Viagem (100.388 hab), Casa Amarela (69.134 hab), Várzea (64.512 hab)

Taxa de alfabetização da população de 5 anos ou mais: 86,61%

Proporção de crianças alfabetizadas na faixa de 5 a 9 anos: 55,70%

Proporção de crianças alfabetizadas na faixa de 10 a 14 anos: 92,47%

Composição etária da população (2000):

  • 0 a 14 anos: 26,16%
  • 15 a 64 anos: 67,33%
  • 64 anos e mais: 6,51%
Crescimento Populacional do Recife
Ano Habitantes
1630[7] 7.000
1654[7] 8.000
1709[7] 12.000
1790[7] 15.000
1810[7] 25.000
1838[7] 60.000
1872 126.671
1890 111.000
1900 113.106
Ano Habitantes
1920 238.843
1940 348.424
1950 524.682
1960 788.336
1970 1.060.701
1980 1.203.899
1990 1.288.607
2000 1.422.905
2006 [8] 1.515.052

Com um PIB de mais de dezesseis bilhões de reais, a economia é majoritariamente de comércio, prestação de serviços e do Turismo.

A Região Metropolitana do Recife é a mais populosa do Nordeste e a quinta maior metrópole do Brasil, segundo dados oficiais do IBGE 2007.

Crescimento Anual e Densidade

Taxa de crescimento geométrico anual: 1,09 (2000/2007)

Bairros com maiores taxa de crescimento geométrico anual (1991/2000): Sítio dos Pintos (9,92), Caçote (6,56) e Passarinho (6,47).

Bairros mais densos: Alto José do Pinho (299,57); Brasília Teimosa (292,78); Mangueira (290,05)

[editar] Grupos étnicos

A maioria dos brancos da cidade é de ascendência portuguesa e holandesa[9]. As pessoas pardas são uma mistura de europeu com o negro e índio, variando de claro a escuro, podendo ter uma pele amarelada ou marrom. As pessoas negras são de ascendência africana. Aqueles de origem asiática ou indígena são o menor grupo étnico da cidade.

[editar] Turismo

Galo da Madrugada
Galo da Madrugada
Ver artigo principal: Turismo no Recife
Ver artigo principal: Carnaval do Recife

Cidade que guarda grandes riquezas histórico-culturais e belas praias urbanas, o Recife atrai turistas de todo o mundo. Destacam-se entre os motivos desta atração as manifestações culturais como o Carnaval e o São João.

O Recife é uma cidade multicultural, com músicas e danças de origem africana, indígena e brasileira em seu carnaval.

Como resultado da abundância cultural, vêm títulos curiosos, como o de abrigar a maior agremiação carnavalesca do mundo - o Galo da Madrugada, do qual se estima que participem dois milhões de pessoas (mais que a população da cidade) vindas de todo o Brasil.

Num passeio de barco, o turista vai conhecer o Parque das Esculturas de Francisco Brennand. Existe, também, o museu do Instituto Ricardo Brennand. Ao longo do ano, ocorrem diversas exposições no Centro de Convenções, que é o segundo maior do Brasil, entre elas a Bienal do Livro.

Existem, também, as praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa.

[editar] Economia

Composição econômica da Cidade do Recife[10]
Comércio
66,1%
Indústria
14,9%
Impostos
18,8%

O Recife teve um PIB de aproximadamente 16,7 bilhões de reais em 2005. [11] O PIB per capita da cidade atingiu 11.102 reais. Dois terços do PIB do Recife são do comércio e serviços, evidenciando a vocação da cidade para o setor. O PIB da cidade corresponde a um terço do PIB total do estado. O grande desenvolvimento de alguns ramos fez nascer na cidade pólos de excelência.

[editar] Pólo médico

[editar] Pólo de TI

Principalmente por conta do Porto Digital, que abriga diversas empresas, o Recife é considerado um dos mais importantes pólos de tecnologias da informação do Brasil. O Porto Digital, que abriga cerca de cem empresas, entre elas multinacionais como Motorola, Borland, Informe Air, Oracle, Sun e Nokia, é reconhecido pela A. T. Kearny como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, [12] gerando três mil empregos e participando com 3,5% do PIB do Estado de Pernambuco, com um superávit anual de 9,6 milhões de reais.

[editar] Pólo da construção civil

Um terceiro destaque está na forte indústria de construção civil, uma das maiores do País. Segundo o site Emporis, o Recife tem cerca de 1.316 arranha-céus[13] (considerados pelo website prédios acima de doze andares). A cidade é superada neste indicador apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, que têm áreas municipais mais de cinco vezes superiores a ela.

[editar] Centro de compra

O Shopping Center Recife, o maior centro de compras do Norte/Nordeste[14], conta com 465 lojas, dez salas de cinema, oito restaurantes, quatro praças de alimentação, e mais de cinco mil vagas de estacionamento. Um de seus grandes diferenciais e atrativos é o Pátio das Esculturas, uma das maiores áreas de exposições múltiplas do Nordeste. Há também os centros de compra Shopping Center Tacaruna, Plaza Shopping Casa Forte, Shopping Paço Alfândega e Shopping Boa Vista.

[editar] Órgãos e empresas

[editar] Educação

[editar] Analfabetismo

Analfabetismo (IBGE/2000)
Faixa etária Analfabetos(%)
< 15 anos
> 15 anos 10,55%

[editar] Ensino Fundamental e Médio

Ensino Fundamental e Médio (IBGE/2003)
Alunos matriculados Professores
Fundamental 282.305 12.097
Médio 97.687 5.262

[editar] Ensino superior

O Recife abriga a:

[editar] Saúde

O Recife dispõe do mais importante pólo médico do Norte/Nordeste e o segundo maior do Brasil[15]. Formado por 417 hospitais e clínicas, esse pólo médico oferece um total de 8,2 mil leitos e, segundo o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, registrou em 2000 um faturamento de 220 milhões de reais. É graças ao pólo que Pernambuco dispõe, proporcionalmente, de mais aparelhos de tomografia computadorizada do que países como o Canadá ou a França[16]. Boa parte dos modernos hospitais que integram o pólo está localizada entre os bairros do Derby e da Ilha do Leite.

Dados da saúde de acordo com o IBGE:

[editar] Requalificação urbana

Para atender às novas necessidades da metrópole, os governos federal, estadual e municipal, mais diversos órgãos e empresas nacionais e internacionais, estão trabalhando em conjunto para a transformação de vários setores do Recife. Habitação, transporte, turismo, lazer, segurança, meio-ambiente e cultura são os principais aspectos explorados pelas novas obras e projetos.

  • Complexo Turístico Cultural Recife/Olinda - visa à transformação dos bairros costeiros Pina, Brasília Formosa, Cais José Estelita, Santo Antônio, São José, Recife Antigo e Porto do Recife, Tacaruna e Sítio Histórico de Olinda. Esses bairros serão adequados aos novos empreendimentos imobiliários, com a construção de hotéis, edifícios residenciais, centros comerciais e empresariais, parques públicos, sempre respeitando os aspectos culturais, ambientais e históricos.

Os estudos foram realizados pela empresa portuguesa Parque Expo, que desenvolveu o projeto da Expo '98 em Lisboa, Portugal.

A cidade e o Rio.
A cidade e o Rio.
  • Prometrópole - visa a melhorar a qualidade de vida de mais de 1,2 milhão de moradores de favelas e de áreas irregulares da Região Metropolitana do Recife, aumentando o acesso a serviços de água, saneamento, habitação, transporte e escoamento. O projeto Prometrópole inclui um alto grau de participação comunitária e busca realizar melhorias nas edificações e na infra-estrutura das comunidades de baixa-renda na bacia do Rio Beberibe dentro da Região Metropolitana. Serão financiadas obras no sistema hídrico, em saneamento básico, em reassentamento e em projetos-piloto para testar alternativas de parcelamento de terra.

Também serão feitos investimentos complementares no tratamento de águas, administração de aterros sanitários, reabilitação de terrenos e criação de áreas de recreação. O projeto também buscará fortalecer a capacidade institucional do estado e dos governos locais para planejar, implementar e gerenciar serviços descentralizados de infra-estrutura. O Prometrópole focaliza não apenas os investimentos físicos, mas também busca maneiras para se evitar a formação de assentamentos irregulares, racionalizando os mercados de terra e regularizando a posse em áreas de baixa-renda. O custo total do projeto será de 84 milhões de dólares, dos quais o Banco Mundial financiará 46 milhões de dólares. O governo do estado de Pernambuco e os municípios do Recife e de Olinda participarão com uma contrapartida de 38 milhões de dólares. Este empréstimo de Investimento Específico do BIRD, financiado em moeda única com base na LIBOR, têm um período de carência de cinco anos e um prazo de quinze anos.

Imagem do Recife e Região Metropolitana feita pelo satélite Landsat 7/ETM+ da Nasa.
Imagem do Recife e Região Metropolitana feita pelo satélite Landsat 7/ETM+ da Nasa.
  • Via Mangue - a prefeitura apresenta a Via Mangue, projeto que diminuirá os problemas de trânsito da Zona Sul recifense. Trata-se de uma avenida que vai ligar o Pina diretamente às ruas que margeiam os canais Setúbal e Jordão, desafogando o fluxo de veículos em toda a região.

A principal característica da Via Mangue é a compatibilidade entre a preservação do meio ambiente e a melhoria do trânsito. Outro objetivo importante é a inclusão social, pois o projeto prevê a retirada, relocação e construção de moradias para cerca de 1.100 famílias residentes em áreas críticas.

  • Corredor Leste/Oeste - o Corredor Leste-Oeste, área exclusiva para circulação de ônibus que ligará a Avenida Caxangá, na Zona Oeste, ao Centro do Recife, custará doze milhões ao município, permitirá uma redução do tempo de viagem dos ônibus em até 30 minutos (ida e volta) e beneficiará mais de 300 mil pessoas, criando uma ligação direta entre o Centro da capital e municípios como Camaragibe e São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. O novo corredor será uma continuidade da avenida Caxangá. Seguirá pela Rua Benfica, passará pelo Derby, chegando à Avenida Conde da Boa Vista, até o cruzamento com a Rua da Aurora (na Ponte Duarte Coelho). O projeto beneficiará diretamente as linhas do Sistema Estrutural Integrado (SEI) que circulam pelas Avenidas Caxangá e Conde da Boa Vista. Essa última responde por quase 30% da demanda de usuários de todo o Sistema de Transporte Público de Passageiros do Grande Recife (STPP), atualmente transportando 1,8 milhão de pessoas por dia. No Derby, o corredor ganhará um terminal de passageiros, semi-aberto e com 66 metros quadrados. As paradas ficarão nas laterais e, por isso, a circulação será exclusiva para os ônibus, que poderão fazer ultrapassagens. Os carros terão que utilizar vias no entorno da Praça do Derby para chegar à área da Rua Benfica. Na Avenida Conde da Boa Vista, o corredor volta a ser central. Os ônibus circularão nas faixas do meio, enquanto os veículos particulares terão uma pista de cada lado da avenida. Cinco estações de passageiros estão previstas no cruzamento com as Ruas Dom Bosco, Oswaldo Cruz, Soledade, Gervásio Pires e do Hospício.
  • Dois novos bairros surgirão, construídos pelo Grupo JCPM. No local da antiga fábrica da Bacardi, no Pina, surgirá um novo bairro residencial. Com torres de mais de 25 andares, shopping centers, piers, centros educacionais e empresariais. Nas cercanias do Shopping Center Recife, serão construídos edifícios residenciais, com projetos modernos e arrojados, o primeiro Centro de Convenções Privado do Nordeste e um parque de manguezal.

[editar] Estatísticas e indicadores socioeconômicos

IDH (PNUD/2000)
1991 2000
Renda 0,726 0,770
Longevidade 0,676 0,727
Educação 0,818 0,894
Total 0,740 0,797
Serviço (IBGE/2005)
Domicílios (%)
Água 88,0%
Esgoto sanitário 78,1%
Coleta de lixo 96,2%

[editar] Cidades irmãs

[editar] Recifenses Ilustres

[editar] Ver também

[editar] Notas

  1. 1,0 1,1 Estimativas / Contagem da População 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de novembro de 2007). Página visitada em 20 de junho de 2008.
  2. 2,0 2,1 2,2 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 20 de junho de 2008.
  3. Tabela 793 - População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) (14 de novembro de 2007). Página visitada em 29 de maio de 2008.
  4. Sobre a posição correta do artigo masculino antes do topônimo "Recife", veja artigo da Fundação Joaquim Nabuco.
  5. ..."o tempo dos flamengos" - registrou Gilberto Freyre - "de que ainda hoje o povo fala para explicar o excepcional, o extraordinário, o maravilhoso, o quase diabólico de algum resto de obra de engenharia ou de arte que lhe pareça superior â capacidade técnica do português ou do caboclo da terra" (Sobrados e Mocambos, tomo I, 7ª ed. 1985, pag. 6)
  6. *Inauguração da Maxambomba do Recife
  7. 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 7,5 Artigo na Revista do Instituto do Ceará - Página consultada em 27 de agosto de 2007.
  8. estimativa - Fonte: IBGE
  9. Pena, Sérgio D. J. et ali (2000). Retrato Molecular do Brasil. Revista Ciência Hoje, nº 156, abril de 2000[1]. Salvo em 21 de dezembro de 2006.
  10. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php
  11. IBGE. Cidadesat.
  12. Porto Digital. Destaques.
  13. Emporis
  14. Shopping Recife
  15. Polo médico
  16. Polo Médico doRecife

[editar] Ligações externas

Commons
O Wikimedia Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Recife
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