Vitalismo
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O vitalismo é a posição filosófica caracterizada por postular a existência de uma força ou impulso vital sem a qual a vida não poderia ser explicada. Tratar-se-ia de uma força específica, distinta da energia, estudada pela Física e outras ciências naturais, que actuando sobre a matéria organizada daria como resultado a vida. Esta postura opõe-se às explicações mecanicistas que apresentam a vida como fruto da organização dos sistemas materiais que lhe servem de base.
É um aspecto do voluntarismo que argumenta que os organismos vivos (não a matéria simples) se distinguem das entidades inertes porque possuem força vital (ou élan vital, em francês) que não é nem física, nem química. Esta força é identificada frequentemente com a alma, termo amplamente utilizado pelos sistemas religiosos.
Os vitalistas estabelecem uma fronteira clara entre o mundo vivo e o inerte. A morte, diferentemente da interpretação que lhe é dada pela ciência moderna, não seria efeito da deterioração da organização do sistema, mas resultado da perda do impulso vital o da sua separação do corpo material.
[editar] História do vitalismo
Ante o fracasso do mecanicismo cartesiano na explicação da singularidade do orgânico, o vitalismo começa a expandir-se pela Europa, em finais do século XVIII. Em biologia, este quadro teórico teve um momento fecundo, porque afastava o vivo do mecanismo e explicações causais e redutivas do pensamento cartesiano (século XVII), sem cair no sobrenatural. Em sentido estrito, o termo designa a escola de Montpellier (Barthez (1734-1806)).
[editar] Bibliografia
- Bichat, Xavier; Traité des membranes (1800)
- Bichat, Xavier; Recherches physiologiques sur la vie et la mort (1800)
- Bichat, Xavier; Anatomie générale appliquée à la physiologie et à la médecine, 4 vol., 1801
- Bichat, Xavier; Anatomie descriptive, 1801-1803, 5 vol.
[editar] Ver também
- Irracionalismo
- Nihilismo