Tempestade tropical Debby (2006)
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Tempestade tropical (EFSS) | ||
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A tempestade tropical Debby em 24 de Agosto de 2006 | ||
Formação: | 21 de Agosto de 2006 | |
Dissipação: | 26 de Agosto de 2006 | |
Vento mais forte (1 min): | 45 nós (83 km/h, 52 mph) | |
Pressão mais baixa: | 999 hPa (mbar) ou 749 mmHg | |
Danos: | Nenhum | |
Fatalidades: | Nenhuma | |
Áreas afetadas: | Cabo Verde | |
Temporada de furacões no Atlântico de 2006 |
A tempestade tropical Debby foi o quinto ciclone tropical da temporada de furacões no Atlântico de 2006. Debby formou-se próximo da costa ocidental da África em 21 de Agosto de uma onda tropical. Depois de passar perto de Cabo Verde, Debby deslocou-se para noroeste durante uma boa parte de seu período de existência, alcançando o pico de intensidade com ventos constantes de 85 km/h. Fortes ventos de cisalhamento enfraqueceram a tempestade e Debby dissipou-se em 27 de Agosto sobre o Oceano Atlântico norte.
No começo de seu período de existência, foi previsto que Debby passasse sobre a parte sul de Cabo Verde como uma tempestade tropical, podendo causar enchentes que poderiam ameaçar a vida humana. A maioria dos modelos computacional previa consistentemente que Debby seguiria para noroeste durante seu período de existência. A intensidade de Debby foi um problema para os meteorologistas. O Centro nacional de Furacões previa continuamente que Debby se tornaria um furacão, embora ventos de cisalhamento verticais por último preveniram a tempestade de se tornar um furacão.
Índice |
[editar] História da tempestade
Uma forte onda tropical deixou a costa da África no final de 20 de Agosto já com muitas áreas de convecção e uma circulação grande.[1] Uma grande área de baixa pressão formou-se dentro da onda no dia seguinte enquanto estava localizada a 420 km a sudeste de Cabo Verde. Embora as áreas de convecção tenham diminuído em 21 de Agosto, a área de baixa pressão continuou bem definido[2] e o sistema tornou-se a depressão tropical Quatro no final daquele dia. A temperatura da superfície do mar continuou suficientemente morna para que houvesse um desenvolvimento enquanto os ventos de cisalhamento de altos níveis estavam mínimos assim que a depressão deslocou-se para oeste-noroeste devido a uma crista de alta pressão ao seu norte.[3] As previsões iniciais do Centro nacional de Furacões também previam um movimento para noroeste baseado em modelos de previsão consistentes, embora, como dito pelo meteorologista James Franklin, "Os modelos também têm sido excelentes fontes de erros".[4]
Apesar de uma diminuição nas áreas de convecção logo depois de sua formação, a grande depressão continuava bem definida, com um campo de ventos de 925 km de diâmetro.[4] Em 22 de Agosto, assim que a depressão passou a 225 km ao sul de Cabo Verde, as áreas de convecção profunda se desenvolveram perto do centro da circulação[5] e no começo da madrugada de 23 de Agosto, a depressão tornou-se a tempestade tropical Debby a cerca de 555 km a sudoeste de Cabo Verde.[1] As bandas de tempestade continuaram a se organizar assim que o sistema se fortalecia lentamente[6] e no mesmo dia, Debby alcançou o pico de intensidade com ventos constantes de 85 km/h sobre as águas abertas do Oceano Atlântico. Meteorologistas previram que Debby continuaria a se fortalecer e alcançaria a força de um furacão enquanto foi previsto que Debby seguiria para uma área com águas mornas e ventos de cisalhamento moderados.[7]
Pouco depois de alcançar seu pico de intensidade, Debby encontrou uma área de ar seco e logo após começou a se enfraquecer. A circulação ciclônica de baixos níveis começou a se separar das áreas de convecção que estavam diminuindo enquanto o sistema como um todo continuava a seguir para oeste-noroeste.[8] As áreas de convecção começaram a se desenvolver novamente sobre uma parte do centro do sistema enquanto as bandas de tempestade também continuaram a se desenvolver.[9] Em 24 de Agosto, a tendência de organização continuou e Debby alcançou novamente o pico de intensidade com ventos constantes de 85 km/h.[10] Ventos de cisalhamento meridionais retiraram as áreas de convecção para o norte do centro do sistema e Debby enfraqueceu-se para uma tempestade tropical mínima em 25 de Janeiro.[11] O centro da tempestade ficou assimétrico e alongado[12] e em 26 de Agosto, Debby enfraqueceu-se para uma depressão tropical.[13] As áreas de convecção continuaram mínimas e a tempestade rapidamente se degenerou para uma área de baixa pressão remanescente. Está área começou a seguir para o norte e para norte-nordeste em frente a um cavado em aproximação e em 28 de Agosto, a área de baixa pressão remanescente se dissipou.[1]
[editar] Preparativos e impactos
O governo de Cabo Verde emitiu um aviso de tempestade tropical coincidindo com a primeira emissão do aviso sobre a depressão tropical Quatro. Era esperado que a depressão se intensificasse assim que passasse sobre as ilhas em 24 horas. O Centro Nacional de Furacões disse que poderia haver chuvas torrenciais, podendo passar de 250 mm em áreas montanhosas e que poderiam causar enchentes severas e deslizamentos de terra que poderia ser uma ameaça para os habitantes.[14] Entretanto, devido ao desenvolvimento das áreas de convecção mais ao sul,[4] os avisos de tempestade foram cancelados assim que a tempestade passou a sudoeste das ilhas.[15] Enquanto a tempestade passava a cerca de 185 km a sudoeste de Cabo Verde, a depressão produziu uma rajada de vento de 56 km/h em Fogo[1] e algumas chuvas, embora não se tenha registrado qualquer dano.[16]
Previsões a longo caso mencionavam a possibilidade de Debby passar perto de Bermudas.[16] Entretanto, Debby manteve-se a 1.450 km de distância em sua maior aproximação.[17]
Embora fosse previsto que a tempestade continuasse longe do Golfo do México, investidores que estavam seguindo a tempestade causaram o aumento do preço do petróleo cru em 60 cents, principalmente devido ao impacto potencial para as instalações petrolíferas.[18]
[editar] Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 James L. Franklin (2006). Tropical Storm Debby Tropical Cyclone Report (inglês). National Hurricane Center.
- ↑ Blake/Franklin (2006). August 21 Tropical Weather Outlook (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Depression One Discussion (inglês). NHC.
- ↑ 4,0 4,1 4,2 Franklin (2006). Tropical Depression Four Discussion Two (inglês). NHC.
- ↑ Brown (2006). Tropical Depression Four Discussion Three (inglês). NHC.
- ↑ Brown (2006). Tropical Storm Debby Discussion Seven (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Storm Debby Discussion Eight (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Storm Debby Discussion Nine (inglês). NHC.
- ↑ Stewart (2006). Tropical Storm Debby Discussion Ten (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Storm Debby Discussion Twelve (inglês). NHC.
- ↑ Roberts/Beven (2006). Tropical Storm Debby Discussion Sixteen (inglês). NHC.
- ↑ Berg/Knabb (2006). Tropical Storm Debby Discussion Eighteen (inglês). NHC.
- ↑ Blake/Avila (2006). Tropical Depression Debby Discussion Nineteen (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Depression Public Advisory One (inglês). NHC.
- ↑ Franklin (2006). Tropical Depression Four Public Advisory Four (inglês). NHC.
- ↑ 16,0 16,1 Associated Press (2006). Tropical Depression Reaches Cape Verde Islands (inglês).
- ↑ Blake/Stewart (2006). Tropical Depression Debby Discussion 23 (inglês). NHC.
- ↑ Agence France-Presse (2006). Oil prices up on new BP cut (inglês).
[editar] Ligações externas
- Arquivo de avisos do NHC sobre a tempestade tropical Debby (em inglês)
- Informações completas do NHC sobre a tempestade tropical Debby (em inglês)