ebooksgratis.com

See also ebooksgratis.com: no banners, no cookies, totally FREE.

CLASSICISTRANIERI HOME PAGE - YOUTUBE CHANNEL
Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions
Tártaros da Criméia - Wikipédia, a enciclopédia livre

Tártaros da Criméia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tártaros da Criméia

Bulgária

Notáveis tártaros da Criméia:
İsmail Gaspıralı • Noman Çelebicihan • Mustafa Abdülcemil Qırımoğlu
População total

500,000-2,000,000

Regiões com significantes populações
Criméia (Ucrânia): 248,200[1]
Uzbequistão 150,000
Turquia 50,000
Romênia 24,137 [2]
Rússia 3,789
Bulgária Bulgária 1,803 (censo de 2001)
Língua(s)
Tártaro da Criméia, Turca, Russa
Religiões
Islamismo sunita
Grupos étnicos relacionados
Kiptchaks, outros povos Turcomanos

Os tártaros da Criméia (sg. Qırımtatar, pl. Qırımtatarlar) ou Crimeanos (sg. Qırım, Qırımlı, pl. Qırımlar, Qırımlılar) são um grupo étnico túrquico que originalmente habita a Criméia. Eles possuem uma língua própria, o tártaro da Criméia.

Os tártaros da Criméia e minorias não-russas vivendo na Criméia são descendentes de uma mistura de turcomanos, búlgaros, pechenegues e kiptchaks) bem como não túrquicos como (citianos, sármatas, cimérios, alanos, gregos, italianos, godos, adigues) povos que chegaram na Europa Oriental no início do século 7 AC e venezianos e genoveses que conquistaram o sul da Criméia no século 14. As populações não túrquicas foram logo assimiladas pelo grupo túrquico.

Os tártaros da Criméia são subdivididos em três subgrupos étnicos: os tats (não confundir com o povo tat) que habitavam as montanhas da Criméia antes de 1944 (aproximadamente 55%), os yalıboylus que viviam na costa sul da península (aproximadamente 30%), e os noğays (não confundir com o povo nogai) – antigos habitantes da estepe da Criméia (aproximadamente 15%). Os tats e yalıboylus possuem traços caucasianos enquanto os noğays conservam características mongolóides típicas dos habitantes da Ásia Central.

Em tempos modernos, em adição aos que vivem na Criméia, há uma grande diáspora de tártaros da Criméia na Turquia, Romênia, Bulgária, Uzbequistão, Europa Oriental e América do Norte, bem como pequenas comunidades na Finlândia, Lituânia, Rússia, Belarus e Polônia.

Índice

[editar] Localização

Hoje, mais de 250,000 tártaros da Criméia vivem na Criméia e aproximadamente 150,000 permanecem em exílio na Ásia Central, principalmente no Uzbequistão. Há 5,000,000 de descendentes de tártaros da Criméia vivendo na Turquia, descendentes daqueles que emigraram nos séculos 19 e 20.[carece de fontes?]. Na região de Dobruja entre a Romênia e a Bulgária, há por volta de 27,000 tártaros da Criméia: 24,000 do lado romeno e 3,000 do lado búlgaro.

[editar] História

[editar] Canato da Criméia

Ver artigo principal: Canato da Criméia

Os tártaros da Criméia emergiram como nação com a criação do Canato da Criméia. O canato da Criméia foi um estado islâmico turcomano localizado numa área sob a influência de diversas potências na Europa Oriental até o início do século 18.[3] Os tártaros da Criméia adotaram o islamismo no século 13, se tornando um importante centro do mundo islâmico. De acordo com Baron Iosif Igelström, em 1783 haviam aproximadamente 1600 mesquitas e casas religiosas na Criméia. Em Bakhchisaray, o khan Meñli I Giray construiu o Zıncırlı Medrese (literalmente "Cadeia Madrassa"), um seminário islâmico onde os fiéis têm de se encurvar para entrar, o que simboliza o respeito que os crimeanos têm pelo aprendizado. Meñli I Giray também construiu uma grande mesquita inspirada na Hagia Sophia (que foi arruinada em 1850s). Posteriormente, os khans construíram um grande palácio Hansaray em Bakhchisaray, que permanece de pé até os dias atuais. Sahib I Giray padronizou muitos estudiosos e artistas nesse palácio. Durante o reinado de Devlet I Giray o arquiteto Sinan construiu uma mesquita, Cuma Cami, em Kezlev.

O palácio Bakhchisaray, sede dos khans crimeanos, em Bakhchisaray.
O palácio Bakhchisaray, sede dos khans crimeanos, em Bakhchisaray.

Até o início do século 18 os tártaros da Criméia eram conhecidos pelas freqüentes devastações que promoviam na Ucrânia e Rússia. Em 1571 sitiaram e incendiaram Moscou. Por um longo tempo, até o início do século 18 o canato da Criméia manteve um massivo comércio de escravos com o Império Otomano e o Oriente Médio.


Um dos mais conhecidos e importantes portos comerciais foi Teodósia. Alguns pesquisadores estimam que mais de 3 milhões de pessoas, especialmente russos, ucranianos , bielo-russos e poloneses, foram capturados e escravizados durante o Canato da Criméia no que foi chamado de "a colheita da estepe". As constantes ameaças dos tártaros da Criméia deram suporte ao aparecimento dos cossacos.

O Canato da Criméia se tornou um protetorado do Império otomano em 1475, quando o general otomano Gedik Ahmed Pasha conquistou a costa sul da Criméia. No entanto, os otomanos respeitaram a legitimidade dos khans Giray em governar todo o resto da Criméia e as estepes, por causa da sua linhagem Chingizid. A aliança com os otomanos se tornou um importante fator na sobrevivência do canato até o século 18, enquanto seus vizinhos, o Canato de Kazan e o Canato de Astrakhan foram destruídos pelo crescente poderio do Império russo.

[editar] Durante o Império russo

A Guerra russo-otomana de 1768-1774 resultou na derrota dos otomanos, e de acordo com o tratado de Küçük Kaynarca (1774) assinado após a guerra, a Criméia se tornou independente e os otomanos renunciaram seus direitos políticos de proteger o Canato da Criméia. Então o Império Russo violou o tratado e anexou o canato em 1783. Após a anexação, sob a pressão da colonização eslava, os tártaros da Criméia começaram a abandonar seus lares e emigrarem para o Império Otomano em ondas contínuas. Particularmente, a Guerra da Criméia de 1853-1856, as leis dos tratados de 1860-63 e a Guerra russo-otomana causaram um grande êxodo dos tártaros da Criméia. O exato número dos imigrantes é desconhecido, mas alguns pesquisadores estimam que 1 milhão de crimeanos abandonaram suas terras no século 19. Muitos tártaros da Criméia pereceram no processo de emigração, incluindo aqueles que se afogaram tentando cruzar o Mar Negro. Hoje os descendentes desses emigrantes que se dispersaram no que ficou conhecido como ‘’Diáspora dos tártaros da Criméia’’ vivem na Bulgária, Romênia e Turquia.

İsmail Gaspıralı (1851-1914) foi um renomado intelectual pertencente aos tártaros da Criméia, cujos esforços serviram de base para a modernização do Islã e a emergência da identidade nacional dos tártaros da Criméia. O jornal bilíngüe em tártaro da Criméia e russo Terciman-Perevodchik circulou no período de 1883-1914 e teve um importante papel na emergência de uma nova consciência de unidade e nacionalidade junto a população túrquica em todo o Império Russo. O sistema educacional fundado por ele chegou a contar com 350 escolas na península da Criméia dando origem a uma nova elite de tártaros da Criméia. Após a Revolução Russa de 1917 essa nova elite que incluía Noman Çelebicihan e Cafer Seydamet proclamaram a primeira república democrática do mundo islâmico chamada República Popular da Criméia em 26 de dezembro de 1917. No entanto, essa república durou pouco tempo, sendo destruída pelos bolcheviques em Janeiro de 1918.

[editar] Durante a União Soviética: 1917-1991

Durante o grande expurgo de Stalin, líderes nacionalistas e intelectuais como Veli Ibraimov e Bekir Çoban-zade (1893-1937), foram aprisionados e executados.


Durante a Segunda Guerra Mundial, a população inteira da Criméia foi vítima das políticas soviéticas. No entanto um grande número de tártaros da Criméia serviu no exército vermelho e fizeram parte do movimento partidário da Criméia durante a Guerra, a existência da legião tártara e do exército nazista em colaboração com os líderes religiosos e políticos da Criméia e Hitler durante a ocupação alemã na península serviu como pretexto para os soviéticos acusarem toda a população de tártaros da Criméia de colaboradores do regime nazista. Pesquisadores modernos também destacam o fato de que a principal razão da invasão foi a posição estratégica da Criméia onde os tártaros da Criméia eram vistos como uma ameaça. Essa crença é baseada em parte na analogia com vários outros casos de deportações de não-russos dos territórios marginais, assim como o fato de que outras populações como os gregos, armênios, e búlgaros também terem sido removidos da Criméia.

Vários tártaros da Criméia foram deportados em massa como forma de punição coletiva, em 18 de maio de 1944 como imigrantes especiais para RSS Uzbeque e outras partes distantes da União Soviética.[4] O decreto "Sobre os tártaros da Criméia" descreve o repovoamento como um procedimento muito humano. A realidade descrita pelas vítimas em suas memórias é diferente. 46.3% dos tártaros da Criméia realocados morreram de doenças e desnutrição. Esse evento é chamado Sürgün na língua tártara da Criméia.

Embora o governo soviético tenha removido as acusações contra os tártaros da Criméia em 1967, nada fizeram para facilitar a volta destes à Criméia e se retratar pelas vidas perdidas e terras confiscadas. Os tártaros da Criméia não foram permitidos de voltar às suas terras até o início da Perestroika na década de 1980.

Mustafa Abdülcemil Qırımoğlu, ministro da Mejlis do povo tártaro da Criméia (parlamento).
Mustafa Abdülcemil Qırımoğlu, ministro da Mejlis do povo tártaro da Criméia (parlamento).

[editar] Após a independência da Ucrânia

Hoje, mais de 250,000 tártaros da Criméia retornaram aos seus lares, lutando para restabelecer suas vidas e reivindicar seus direitos como nação diante muitos obstáculos econômicos e sociais. Em 1991, to líder dos tártaros da Criméia fundou o Qurultay, ou parlamento, para atuar como um órgão representativo dos tártaros da Criméia para cuidar dos assuntos desse povo junto ao governo central da Ucrânia, o parlamento estatal e órgãos internacionais. [5] o Mejlis do povo tártaro da Criméia é o corpo executivo do Qurultay.

Desde os anos 90 o líder político dos tártaros da Criméia e o primeiro-ministro do parlamento crimeano é o antigo dissidente soviético Mustafa Abdülcemil Qırımoğlu.

Os tártaros da Criméia apoiaram Viktor Yushchenko na eleição presidencial da Ucrânia em 2004.

[editar] Ver também

[editar] Referências

  1. Results / General results of the census / National composition of population (English). All-Ukrainian Census, 2001 (December 5 2001). Página visitada em 2007-08-05.
  2. Recensamant Romania 2002 (Romanian). Agentia Nationala pentru Intreprinderi Mici si Mijlocii (2002). Página visitada em 2007-08-05.
  3. Halil İnalcik, 1942
  4. Subtelny, Orest (2000). Ukraine: A History. University of Toronto Press, 483. ISBN 0-8020-8390-0.
  5. Ziad, Waleed; Laryssa Chomiak (February 20 2007). A Lesson in Stifling Violent Extremism: Crimea's Tatars have created a promising model to lessen ethnoreligious conflict (English). CS Monitor. Página visitada em 2007-08-06.

[editar] Literatura

Uehling, Greta (June 2000). "Squatting, self-immolation, and the repatriation of Crimean Tatars". Nationalities Papers 28 (2): 317-341.


[editar] Ligações externas


aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -