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Stefan Bellof - Wikipédia, a enciclopédia livre

Stefan Bellof

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Stefan Bellof

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Registros na F1

Nacionalidade {{{Nacionalidade}}}
Nacionalidade Alemão
Anos {{{Anos}}}
Anos 1984 - 1985
Time(s) {{{Times}}}
Time(s) 1 (Tyrrell)
GPs disputados {{{Corridas}}}
GPs disputados 20
Campeonatos {{{Campeonatos}}}
Campeonatos 16º em 1985
Vitórias {{{Vitorias}}}
Vitórias {{{Wins}}}
Pódios {{{Podios}}}
Pódios {{{Podiums}}}
Pontos {{{Pontos}}}
Pontos 4
Pole positions {{{Poles}}}
Voltas mais rápidas {{{Voltas mais rapidas}}}
Voltas mais rápidas {{{Fastest laps}}}
Primeiro GP {{{Primeira corrida}}}
Primeiro GP GP do Brasil, Jacarepaguá, 1984
Primeira vitória {{{Primeira vitoria}}}
Primeira vitória {{{First win}}}
Última vitória {{{Ultima vitoria}}}
Última vitória {{{Last win}}}
Último GP {{{Ultima corrida}}}
Último GP GP da Holanda, Zandvoort, 1985

Stefan Bellof foi um piloto alemão de automobilismo (Giessen, Alemanha, 20 de Novembro de 1957 - Spa-Francorchamps, Bélgica, 1 de Setembro de 1985).

Índice

[editar] O início

Stefan Bellof iniciou a sua carreira nos karts, onde estreou no Campeonato Junior em 1973 e correu até 1980, obtendo os títulos da Copa Internacional de Kart em Luxemburgo, em 1976, e o Campeonato Alemão Senior em 1980.

Em 1979, começou nos monopostos, obtendo um segundo lugar em Hockenheim numa prova de Fórmula Ford 1600. Em 1980, obteve sete vitórias na Fórmula Ford alemã, o que lhe valeu um convite para disputar a Fórmula Ford 2000 no ano seguinte, além da Fórmula Ford Internacional, onde obtém seis vitórias e o título do campeonato.

[editar] Categorias de Base

Já em 1981 passa à Fórmula 3 alemã, obtendo três vitórias e o terceiro lugar na classificação final do campeonato, feito que chama a atenção do manager Willy Maurer, que passa a empresariá-lo. Logo no ano seguinte vai à Fórmula 2 européia pela equipe Maurer-BMW, onde conseguiu a proeza de obter duas vitórias logo em suas duas primeiras corridas na categoria, em Silverstone e Hockenhein. Ainda assim, os motores BMW não rendem tanto quanto os motores Mugen, e Bellof consegue apenas mais um segundo lugar em Enna Pergusa e um terceiro lugar em Hockenhein, terminando o campeonato na quarta posição.

No mesmo ano, estréia nos Esporte-Protópipos disputando os 1000 km de Spa-Francorchamps, com um Porsche. Apesar de não terminar a corrida, impressiona positivamente os chefes de equipes.

[editar] Protótipos

Após a boa estréia em Spa, para a temporada de 1983 Bellof assina contrato com a equipe Porsche para a disputa do Mundial de Esporte-Protótipo, correndo ao mesmo tempo na Fórmula 2 européia pela equipe de Willy Maurer, onde a sua melhor classificação é um segundo lugar em Jarama. Nos protótipos, porém, vence os 1000 km de Silverstone, Fuji e Kyalami. Para coroar a temporada, estabelece o recorde de volta definitivo no antigo circuito de Nurburgring. Termina o campeonato na quarta posição.

Em 1984 entra como um dos favoritos ao título pela equipe Brun-Porsche, e acaba confirmando sua posição durante a temporada, vencendo as corridas de Monza, Nurburgring, Spa-Francorchamps, Ímola, Fuji e Sandown Park. Com mais um quarto lugar em Mosport Park e um quinto lugar em Brands Hatch, sagra-se ao fim do ano campeão mundial, causando espécie pela rapidez com que atingiu o ápice, correndo contra pilotos consagrados como Jacky Ickx, Derek Bell, Hans Stuck e Jochen Mass.

[editar] A estréia na Fórmula 1

Stefan Bellof 1985 Nürburgring
Stefan Bellof 1985 Nürburgring

O desempenho de Bellof na disputa do Campeonato Europeu de Fórmula 2, aliado às vitórias obtidas pela Porsche no Mundial de Protótipos, rendeu-lhe um convite de Ron Dennis para testar um McLaren de Fórmula 1 na pista de Brands Hatch, junto com os estreantes Ayrton Senna e Martin Brundle. Nesse teste impressiona o dirigente da equipe inglesa, ao obter tempos de volta um pouco inferiores aos obtidos pela sensação do ano, Senna, mesmo correndo com uma versão antiga do motor Cosworth, em desvantagem frente ao piloto brasileiro. Para 1984, assina contrato com Ken Tyrrell para disputar o Mundial de Fórmula 1 por sua equipe. Ali, o seu desempenho à bordo do único carro equipado com motores aspirados, em confronto com os motores turbo então dominantes na categoria, atrai a atenção da crítica especializada.

Obtém seu primeiro ponto ao terminar o GP da Bélgica, em Zolder, no sexto lugar, conseguindo ainda um quinto na corrida seguinte, o GP de San Marino, em Ìmola.

Todavia, seu grande desempenho ocorreu no GP de Mônaco. Mesmo largando na última posição e sob forte chuva, o alemão realizou uma corrida repleta de ultrapassagens, incluindo uma ultrapassagem antológica sobre a Ferrari de René Arnoux no mergulho da curva Mirabeau, e se encontrava no terceiro lugar, aproximando-se dos primeiros colocados, Ayrton Senna e Alain Prost, quando a prova foi interrompida na 32ª volta em virtude das péssimas condições climáticas. Ainda assim, o pódio com Senna mostrava as novas estrelas da categoria.

Bellof ainda realiza uma corrida de destaque em Dallas, quando corria em segundo lugar até sofrer um acidente. Porém, após essa corrida, a análise do carro de seu companheiro de equipe Martin Brundle, que terminou a prova na segunda colocação, constatou várias irregularidades, tais como a utilização de lastros e a mistura de componentes proibidos à gasolina utilizada.

Em uma medida sem precedentes, a Federação Internacional do Automobilismo baniu a equipe Tyrrell da temporada, desclassificando seus pilotos de todas as corridas anteriormente realizadas.

Bellof, então, passa a se dedicar exclusivamente aos Protótipos.

[editar] A última temporada

Mesmo com as irregularidades verificadas em sua equipe, ao fim do ano o nome de Bellof estava no meio das discussões das principais equipes, assim como o outro estreante daquele ano, Ayrton Senna. Para 1985, manteve suas equipes tanto na Fórmula 1 como nos Esporte-Protótipos. Houve especulações ligando o seu nome à Ferrari, mas o alemão continuou na mesma equipe pela qual disputou a temporada de 1984. A Tyrrell continuava dispondo dos motores Cosworth, sendo a única equipe a disputar a Fórmula 1 sem motores turbo. Ken Tyrrel negociava o fornecimento de motores turbo com a Renault, mas sua equipe iniciaria o campeonato como sendo a mais fraca. Já nos Esporte-Protótipo, a Porsche continuava como favorita.

Nessa temporada, entretanto, Bellof decide priorizar a Fórmula 1 em detrimento do Mundial de Esporte-Protótipo. Nesta categoria, consegue apenas um terceiro lugar em Mugello e um quinto lugar em Monza, tendo centrado suas forças na F1. Foi no GP de Portugal que obteve o seu primeiro ponto válido, após a desclassificação de 1984, ao chegar em sexto lugar debaixo de forte chuva, com o bico de seu Tyrrell danificado, após ter largado na 22ª posição. Além disso, conseguiu ainda um quarto lugar no GP dos EUA. Nessa última corrida, consegue marcar os últimos pontos para o lendário motor Ford-Cosworth aspirado.

Tal desempenho rendeu-lhe um contrato de dois anos com a equipe Ferrari para 1986, o que evidencia ainda mais o seu potencial e o põe entre os postulantes à disputa do título mundial. No GP da Holanda, passa a dispor de um motor Renault turbo em seu Tyrrell, mas durante a corrida deve abandonar por problemas mecânicos.

No dia 1 de Setembro de 1985, retorna aos Esporte-Protótipos para disputar os 1000 km de Spa-Francorchamps. Mesmo tendo largado na 22ª posição, logo assume o 2º lugar, disputando a liderança com o Porsche do belga Jacky Ickx. Após uma disputa ferrenha, tenta a ultrapassagem por fora na entrada da curva Eau Rouge. Ickx não vê a aproximação do Porsche de Bellof e acaba por tocá-lo, de forma imprudente. O carro de Ickx roda e bate de traseira no guard-rail, ao passo que o Porsche de Bellof vai chocar-se frontalmente com o muro de proteção e incendiar-se. Bellof é recuperado e levado ao centro cirúrgico do circuito, mas não resiste aos ferimentos e falece no local, uma hora após o acidente.

Anos depois, a comentar o significado da perda de Stefan Bellof, o renomado jornalista inglês Nigel Roebuck, um dos maiores especialistas mundiais em automobilismo, afirmou o seguinte: “Se Bellof iria vencer Grandes Prêmios? Não tenho dúvida nenhuma. Aliás, acredito que ele seria o primeiro campeão do mundo alemão. Não há como questionar que ele tinha habilidade para isso e, embora a Ferrari nunca tenha confirmado, não restam muitas dúvidas que ele seria o parceiro de Michele Alboreto na equipe em 1986. Sua morte foi uma perda horrível para o esporte e ainda maior para aqueles que o conheciam”.

[editar] Ligações externas


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