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Santa Bárbara de Nexe - Wikipédia, a enciclopédia livre

Santa Bárbara de Nexe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Santa Bárbara de Nexe
Brasão da freguesia de Santa Bárbara de Nexe
Brasão
Igreja católica de Santa Bárbara de Nexe
Concelho Faro
Área 42,312 km²
População 4 119 hab. (2001)
Densidade 108,6 hab./km²
Freguesias de Portugal

Santa Bárbara de Nexe é uma freguesia portuguesa do concelho de Faro, com 42,312 km² de área e 4 119 habitantes (2001). Densidade: 108,6 h/km².

Índice

[editar] Identidade

A Terra de Nexe, em pleno Barrocal, entre a Serra e o Mar, com a sua Igreja Matriz altaneira e com vistas deslumbrantes sobre o litoral, caracteriza-se, desde há vários séculos, pela habitação e pequenos núcleos populacionais dispersos. Actualmente também é reconhecida internacionalmente como destino turístico e nas áreas da música de acordeão e do trabalho artístico em pedra.

[editar] Localização

No Algarve, Portugal, entre Faro, Loulé e São Brás de Alportel, entre o mar e a serra, num ambiente mediterrânico, a 10 km do Aeroporto Internacional de Faro e de várias praias e campos de golfe, é servida pela EM 520 e pelos nós de Loulé-Sul e Faro / S. Brás da A21 Via do Infante. Nos seus limítrofes encontra-se o Estádio Algarve e o Parque das Cidades.

[editar] População

4119 habitantes (INE, 2001), distribuídos por 20 sítios: Agostos, Aldeia, Benatrite, Bordeira, Canal, Charneca, Colmeal, Falfosa, Goldra de Baixo, Goldra de Cima, Gorjões, Igreja, Ladeira, Laranjeira, Medronhal, Palhagueira, Pé do Cerro, Poço Mouro, Telheiro e Valados.

[editar] Actividades Principais

Turismo, comércio, pequenas indústrias, extracção e transformação de pedra, serviços e agricultura.

[editar] História

A presença humana na Freguesia de Santa Bárbara de Nexe remonta à transição do Paleolítico Médio para o Paleolítico Superior (há cerca de 30.000 anos) e aos povos da Pré-História, tendo posteriormente sido também residência e/ou entreposto comercial de Fenícios, Romanos e Árabes. O cidadão mais antigo conhecido da Freguesia é o romano Sexto Numísio Eros, do século II (referido numa lápide funerária local). A mais antiga referência escrita sobre esta Freguesia, ao lugar de “Neixe”, parece ser de 1291 numa delimitação dos Termos (Concelhos) de Faro e Loulé. Refira-se ainda que a construção da Igreja Matriz começou no XIV, no lugar de uma antiga ermida já existente, onde se dizia que “aconteciam milagres” e que era local de romagens regionais. Santa Bárbara de Nexe passou a Freguesia no Século XVI.

[editar] Património

[editar] Património Cultural

  • Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe - A construção da Igreja Matriz, uma das maiores e mais importantes no Algarve rural, começou no XIV, no lugar de uma antiga ermida já existente, onde eram relatados “milagres” e que era local de romagens regionais. Foi alvo de importantes intervenções nos séculos XVII e XVIII. É um edifício de três naves de cinco tramos, com arcos ogivais suportados por colunas. Um arco triunfal exuberantemente decorado com ramos e troncos, em puro estilo manuelino, separa a nave central da capela-mor, cuja cobertura é decorada por uma abóbada estrelada, de cinco chaves, ligadas por combados em forma de corda. A nave virada a norte possui três capelas, possuidoras de pinturas do século XVI, retábulos de talha barroca e "rocaille. Também se evidenciam vários revestimentos de azulejos de padronagem e um painel de azulejos figurativos que encima o arco triunfal.
  • Ermida de Santa Catarina dos Gorjões - Templo de origem tardo-medieval (século XV), com uma única nave e capela-mor. É uma ermida de cariz popular e grande singeleza de linhas, de planta longitudinal com contrafortes.
  • O acordeão em Bordeira, faz deste sítio da Freguesia uma capital de compositores e executantes deste instrumento musical, entre os quais José Ferreiro Pai (a alma do verdadeiro corridinho e o autor do célebre corridinho “Alma Algarvia") e João Barra Bexiga (o filósofo da vida vivida e eterno romântico do acordeão).
  • A arte da cantaria e os trabalhos artísticos em pedra, com as referências de grandes mestres do século XX: Anicetos de Bordeira, nomeadamente Dionísio Aniceto, João madeira e Tomás Ramos.
  • Moinhos de vento e poços de água ancestrais.

[editar] Património Natural

No Barrocal algarvio, entre o mar e a serra, a Terra de Nexe é um autêntico anfiteatro natural mediterrânico nas primeiras encostas da Serra de Monte Figo, com vistas deslumbrantes sobre a Ria Formosa e o Oceano Atlântico, muito apreciadas pelos turistas.

[editar] Tradições

As Charolas são a manifestação cultural mais tradicional e genuína da Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, sendo únicas na região no improviso e na ausência de simbologia religiosa.

Nos primeiros dias de cada ano, grupos de homens e/ou mulheres, acompanhados de instrumentos (acordeão, castanholas, pandeiretas, ferrinhos e por vezes clarinete e saxofone), actuam em Festivais em Santa Bárbara de Nexe, Bordeira e arredores, casas particulares de amigos e nos cafés da zona, entoando cantigas e lançando quadras improvisadas (“vivas”) saudando o ano novo e os amigos, num clima de amizade, alegria e alguma crítica social e política.

As Charolas da Terra de Nexe, em meados do século XX, atingiram os mais altos patamares da música centrada no acordeão com a participação dos mestres acordeonistas bordeirenses José Ferreiro Pai e João Barra Bexiga, assim como da poesia popular com a participação de grandes poetas populares como António Aleixo e Clementino Baeta.

[editar] Biografia

Só queria recordar o meu avô José Ferreiro (Pai) de seu nome verdadeiro José das Neves Vargues, nasceu em Bordeira a 20-05-1895;filho de Joaquim das Neves Vargues e de Maria Cavaco.

Seu pai era ferreiro de profissão,de quem ele foi ajudante.Em breve tempo se especializou em serralheiro e não tardou a tomar conta duma oficina da profissão,desempenhando o seu lugar com notável distinção e profissionalidade..É de notar: Os sons do malho não lhe agradavam ao ouvido.

Os seus sonhos estavam integrados em melodias de acordeão. Toda a sua tendência era ser acordionista.

Não teve de ensaiar, o ventre de sua mãe é que foi o seu professor. A sua inteligência, e força de vontade levou-o a enquadrar-se no plano musical, na sua arte de acordionista de renome nacional.

Desde logo revelou uma forte capacidade artística,criando inúmeros corridinhos e outras músicas agradáveis ao ouvido.A arte afirma-se e a fama espalhou-se,José Ferreiro, era considerado o mais famoso acordionista do Algarve, sendo conhecido em todo o País.

No melhor da sua brilhante carreira,surgiu a guerra de 1914-1918. Para cumprir a Ordem Militar,lá foi arrastado para campos de batalha,sofrer os horrores duma guerra horrenda,várias vezes frente a frente com a morte. Mas, protegido pelo destino, felizmente conseguiu regressar à nossa Bordeira amada,ao lugar que lhe serviu de berço e que tanto estimava,trazendo consigo a maior alegria aos seus familiares, e amigos.

É, evidente que vinha destreinado da sua actividade musical, mas rapidamente,José Ferreiro,continuava na linha dos mais avançados da sua profissão artística.

Na verdade,é justo dizer-se, que o seu regresso, da grande guerra,contribuiu positivamente para o início das Charolas de Bordeira em 1920, fazendo parte da Sociedade de Charolas denominada "União Bordeirense". Actuando com uma lindíssima marcha da sua autoria, que muito abrilhantou a referida Sociedade.

Continuando a sua arte musical, em 1923 resolveu emigrar para o Brasil.Mas o coração está preso em Bordeira.

Objectivando melhores condições de vida. de que não teve resultado. Planeando o seu futuro, decidiu regressar à sua terra Natal.

Desde então dedicando-se à sua arte musical,aumentou o seu vasto reportório de corridinhos e outras composições revelando elevada sensibilidade musical.

É de referir, que dos muitos corridinhos da sua autoria, destaca-se,"Flores do Sul" e "Alma Algarvia".

Criou a célebre marcha de Bordeira, com letra do mesmo autor, e música da sua autoria. Criou o Hino de Bordeira que ainda hoje vibra em todo o verdadeiro Bordeirense,com letra de António Aleixo e música de sua autoria.

Era sem dúvida, um técnico de acordeão. As suas músicas eram executadas de maneira própria comovendo a alma, e falando ao coração de todos que ouviam as suas agradáveis melodias.

Colaborou na Orquestra Típica Algarvia contituída por 7 acordionistas dos mais especificados da nossa região, sendo figura de relevo seu filho José Ferreiro Júnior. Cuja Orquestra foi reorganizada pelo Maestro João Nobre, de Faro.Que percorreu mais longo espaço,atingindo além fronteiras,com rumo a Paris,onde deu vários concertos,atraindo inúmeros emigrantes Algarvios, e franceses que os aplaudiram calorosamente.

Vem a propósito salientar a sua finesa de carácter.Mestre José Ferreiro era de cativante gentileza,homem cumpridor dos seus deveres e óptimo companheiro; atento a todos os seus amigos.Sabia cultivar a amizade dos amigos.A todos procuravam atendia sorridente e bondosamente.Era o que se pode chamar um cavalheiro.

Extremamente tolerante, respeitador e fraterno, para toda a gente,de convívio agradável.

Actuou para inúmeros benefícios,em gesto de prodigalidade e sempre pronto a ajudar o próximo.Não escondia a verdade,punha a sua moral acima de todo interesse material.

Ultimamente tentou uma aventura, ensaiando-se devidamente,para fazer uma "torné":atingir a América Latina, onde era esperado por muitos amigos, em Buenos-Aires e outras paragens.

Quando inesperadamente, é acometido duma terrível trombose, de que poucos dias teve de vida. A 21-8-1967, expirou. Bordeira chorou a perda dum artista. Bordeira acabava de perder uma personalidade que sempre se soube conduzir, a nível da mais pura seriedade.

Homem nascido para a música onde a arte nobiliza e não envaidece. Mestre José Ferreiro (Pai), era o amigo de todos.Tudo fazia pela sua e nossa Bordeira.A sua aparência simples mostrava o grande artista que as minhas pobres palavras não conseguem dizer o muito que há para falar.Que os leitores me perdoem por não saber melhor fazer.

Lembro que em 25 de Julho de 1975, foi-lhe prestada justa homenagem.Iniciativa do grande acordionista, muito querido na Bordeira, António Sousa Madeirinha, e António Guerreiro dos Prazeres, e outros amigos, a que aderiram muitos acordionistas. Onde não faltou a notável Eugénia Lima, que fez as mais nobres referências, na sua qualidade pessoal,e artística de grande admiradora do Mestre Zé.

Concluíndo: Nota curiosa que importa divulgar; o seu acordeão foi construído em Bordeira,pelo curioso artista Joaquim Vitorino Contereiras.Tendo sido o próprio José Ferreiro, afinador de toda a música do mesmo acordeão..O acordeão encontra-se actualmnente depositado numa sala do Governo Civil de Faro.

Com destino ao Museu Etnográfico de Faro,como símbolo da nossa Bordeira amada,por altruista iniciativa, do Exmo. Senhor Joaquim Manuel Cabrita Neto,digníssimo Governador Civil de Faro, a quem Bordeira,presta louvores pela sua decisão. Apontamento de José Moleiro Bordeira Dezembro de 1988 Algarve José da Palma Vargues Póvoa de Santa Iria.

[editar] Ligações Externas

[editar] Produtos Locais

Artesanato de empreita, abegoaria, cantaria de pedra e pedra artística, doces de amêndoa e figo.

[editar] Percursos

Percursos pedestres, a partir de vários pontos da Terra de Nexe, tendo os ancestrais moinhos de vento como referência, por caminhos rurais antigos, permitem deleitar-se com a flora e fauna mediterrânica, paisagens deslumbrantes e o património antigo dos moinhos de vento e poços de água.

[editar] Informação

Festas/Feiras/Mercados: Charolas (1 e 6 de Janeiro), Carnaval, Feira do Caracol e da Nêspera (3º Domingo de Abril), Comemorações do 25 d’Abril, Festa do Borrego Assado (1 de Maio), Festivais de Folclore (Julho e Agosto), Nexemostra (feira de artesanato, gastronomia e música tradicional no último fim de semana de Setembro).

Commons
O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Santa Bárbara de Nexe


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