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Salvatore Cacciola - Wikipédia, a enciclopédia livre

Salvatore Cacciola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Salvatore Alberto Cacciola (Milão, 7 de janeiro de 1944) é um banqueiro ítalo-brasileiro proprietário do falido Banco Marka, condenado por crimes contra o sistema financeiro no Brasil e foragido na Itália, após seu banco ter recebido uma ajuda financeira do Banco Central do Brasil para cobrir prejuízos com operações de câmbio.

Índice

[editar] Biografia

[editar] Infância

Cacciola nasceu na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Seus pais estavam morando nos arredores de Milão para escapar dos perigos e dos horrores daqueles tempos.

Por causa da guerra os registros de nascimento só eram feitos em alguns municípios e a prefeitura de Milão estava fechada. Então, o pequeno Salvatore foi registrado em Tradate, província de Varese, daí constar esta cidade como local de nascimento, e não Milão, em seus documentos.

Seu pai, Luigi Cacciola, era sócio de uma pequena firma que fazia pintura especial em carrocerias de ônibus e de caminhões. Com as dificuldades da guerra e do imediato pós-guerra, a firma faliu no final de 1952 e Luigi decidiu emigrar para o Brasil. De início, veio sozinho, mas logo mandou trazer o restante da família.

[editar] Início no mercado financeiro

O jovem Salvatore iniciou-se nos segredos das operações financeiras na corretora carioca Marcelo Leite Barbosa. No fim da década de 60, trabalhava na corretora uma legião de jovens e ambiciosos operadores de pregão que mais tarde galgaria espaço no noticiário econômico e nas colunas sociais. Vieram daqueles tempos, além de Cacciola, Arthur Falk e Fábio Nahoun, que mais tarde também se envolveriam em escândalos financeiros, bem como o banqueiro e empresário de sucesso Jorge Paulo Lemann e o banqueiro e político Ronaldo Cezar Coelho.

A Marcelo Leite Barbosa perdeu sua importância, mas os jovens operadores das décadas de 60 e 70 continuaram na estrada. Formado no faroeste do mercado de ações daquela época, que só terminou com a quebra da Bolsa em 1971, Cacciola fez jus à imagem de investidor esperto e audacioso.

Cacciola já tinha uma corretora própria quando o cruzeiro foi desvalorizado em 1973, em pleno regime militar, numa situação muito parecida com a do escândalo em que se envolveria décadas depois. Daquela vez, no entanto, o corretor deu o lance certo. Possivelmente porque já dispusesse de informação privilegiada, Cacciola soube se defender com títulos cambiais e ganhou muito dinheiro

Na década de 90, já era dono do Banco Marka e de empresas no exterior: uma no Uruguai, outra nas Bahamas e uma terceira na Ilha da Madeira, Portugal. Já se suspeitava na época que Cacciola usava essas empresas para a remessa e importação ilegal de divisas e outras operações de lavagem de dinheiro, fato que mais tarde foi comprovado.

Em outubro de 1993, passou quatro dias em poder de seqüestradores, num cativeiro improvisado em São Gonçalo, interior do Estado do Rio. Cacciola conseguiu fugir dos seus algozes. Desde então, passa a circular pelo Rio apenas de helicóptero.

[editar] O escândalo do Banco Marka

No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, no dia 13 de janeiro de 1999, o governo federal anunciou o enterro definitivo da política cambial de manter o real valorizado ante o dólar, numa decisão cujos efeitos econômicos, políticos e sociais causaram impacto permanente na economia.

O banco Marka ficou insolvente com a desvalorização cambial de 1999. Assim como outra instituição financeira, o FonteCindam, do ex-diretor do Banco Central, Luiz Antônio Gonçalves, o banco apostou na estabilidade do real, enquanto as demais instituições financeiras se prepararam para a alta do dólar.

O Marka tinha vinte vezes seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro de dólar. Com a desvalorização, Cacciola ficou sem poder honrar os compromissos e pediu ajuda ao BC, tentando usar de sua influência junto a seu consultor Luiz Augusto Bragança, investidor que era amigo de infância do então presidente do Banco Central, Francisco Lopes[1]

Com base no princípio de prudência de que era necessário evitar que a quebra dos bancos elevasse o nervosismo no mercado em um momento de bastante estresse, a diretoria do BC realizou uma operação de venda de dólares futuros, ao preço de R$ 1,275 por dólar. Apesar de realizada a preço superior à cotação do dia na BM&F, que foi de R$ 1,25 por dólar, a operação gerou um custo estimado de 1,5 bilhão de reais aos cofres públicos em virtude da elevação posterior da cotação do dólar. Para a diretoria do BC, entretanto, a operação se justificava pois impedia um movimento de ataque sobre a reservas cambiais que poderia ter acarretado em custo ainda maior, além de reduzir o risco uma pressão adicional de alta sobre a cotação do dólar. Esta decisão foi bastante questionada e gerou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Nas mais de nove horas de depoimento à CPI dos Bancos, Cacciola manteve a calma diante das inquirições dos senadores e um sorriso irônico, principalmente ao responder a perguntas que revelavam despreparo de alguns parlamentares para questionar as operações do mercado financeiro. Os senadores concordavam que ele estava sabendo aproveitar seu grande momento. A constatação de governistas e oposicionistas foi que o depoimento deixou o governo numa situação muito ruim.

Mas nas ruas a reação popular não foi nada simpática. Quando caminhava no centro do Rio de Janeiro Cacciola foi reconhecido por populares que passaram a gritar: "Pega ladrão, pega ladrão".

Com a pressão popular, Cacciola, assim como Gonçalves , tiveram decisões desfavoráveis da CPI dos Bancos. Eles foram acusados de tráfico de influência, crime de gestão temerária e de dificultar o acesso a informações requisitadas pela CPI, entre outras irregularidades. A CPI recomendou, ainda, ao Tribunal de Contas da União que tomasse medidas para que os diretores do BC devolvessem os 1,5 bilhão de reais que o governo gastou na operação de socorro aos bancos.

Em junho de 2000, Cacciola, tratava de perder alguns quilos no caríssimo spa Kur, no Rio Grande do Sul, enquanto planejava novos negócios (construção civil e importação de produtos de alta tecnologia) quando foi preso pela Polícia Federal. Transferido para o Rio de Janeiro, tornou-se o primeiro banqueiro do país a dormir na cadeia. Libertado após 37 dias, beneficiado por habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio de Mello, viajou para a Itália onde passou a viver e é considerado pela Justiça brasileira um foragido.

[editar] Livro, morte da filha e condenação

Em 2001, lança o livro Eu, Alberto Cacciola, Confesso: o Escândalo do Banco Marka. Neste livro Cacciola não apresenta uma confissão, apesar do seu título. O livro apresenta a versão sobre o escândalo Marka. Dedica-se mais a fazer acuções contra Fernando Henrique Cardoso, policiais, juízes, senadores, procuradores e economistas e jornalistas. No livro diz-se injustamente perseguido. Mostraria como funciona a venda de sentenças, intermediada por advogados de renome, na justiça do estado do Rio de Janeiro.

Em maio de 2004, Cacciola vive uma tragédia pessoal. Sua filha Milene, 28 anos, foi encontrada morta na região da Pedra Bonita, em São Conrado, zona sul do Rio. O corpo não apresentava marcas de agressões e a polícia concluiu que se tratava de suicídio.

Em abril de 2005, a Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou Cacciola a treze anos de prisão por peculato e gestão fraudulenta. Por estar foragido, a Justiça nega a ele o direito de apelar em liberdade. No mesmo processo foram condenados a penas variadas o presidente e os diretores do Banco Central envolvidos na operação, e o banqueiro Luiz Antonio Gonçalves, mas todos com o direito de apelar em liberdade. Os reus agora esperam por um novo julgamento de mérito em segunda instância, no Tribunal Federal da 4a Região, quando a setença de primeira instância poderá ser confirmada ou anulada.

Em 2006, a segunda mulher de Cacciola, a miss Brasil de 1981 e miss Brasil Mundo de 1984, Adriana Alves de Oliveira volta para o Brasil após dez anos de casamento.

Em setembro de 2007, Cacciola saiu da Itália, onde tem cidadania e, por isso, não podia ser extraditado para o Brasil, e foi para Mônaco. O objetivo dele era passar um final de semana com a nova namorada, a gaúcha Mirela. Foi preso por agentes da Interpol atendendo a alerta de difusão vermelho emitido pela Polícia Federal brasileira.[1]

O Brasil, então, inicia um processo de extradição do ex-banqueiro. O parecer de primeira instância da Justiça monegasca foi favorável à extradição. Os advogados de Cacciola solicitarão adiamento de execução de sentença enquanto intercorrem recurso ao Tribunal de Apelações e ao Tribunal da União Européia. A decisão final será do príncipe de Mônaco.

[editar] Referências

[editar] Fontes

  • CACCIOLA, Salvatore Alberto - Eu, Alberto Cacciola, Confesso: o Escândalo do Banco Marka (Ed. Record, 2001) - leia trechos do livro no site do Submarino

[editar] Ligações externas


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