Quatrocentão
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Quatrocentão é um termo surgido no início do século 20, cunhado pela tradicional elite paulistana.
A aristocracia abastada paulistana pioneira no país, portugueses que sentaram as raízes econômicas e sociais, foram assim chamados com o intuito de distinguir-se dos paulistanos emergentes, os descendentes de italianos e os demais imigrantes que chegaram e ensaiavam formar uma nova elite, baseada não na herança da terra, mas na incipiente indústria e na exportação do café.
A despeito desse esforço por singularizar-se, a miscigenação entre portugueses, italianos e outros imigrantes ocorreu. A interação social ente os quatrocentões e os imigrantes se dava nas matinês do Cine República e nos passeios pela recém-inaugurada Avenida Paulista [1].
Um dos exemplos da perpetuação histórica dos quatrocentões são os nomes de ruas batizadas com os sobrenomes das chamadas famílias quatrocentonas.
Nascida com o sobrenome Aranha de Lima, de aristocrática família de cafeicultores paulistanos, e herdeira do nome Barroso, do casamento, uma das grandes intérpretes da música brasileira, Inezita Barroso, é uma quatrocentona [2].