Ponte de Alcântara
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ponte Romana de Alcántara | |
---|---|
Ponte Romana de Alcántara |
|
Cruza | Rio Tejo |
Localização | Alcántara, Espanha |
Mantida por | Governo da Espanha |
Comprimento total | 194 m |
Largura | 8 m |
Altura máxima | 71 m |
Coordenadas | 39° 43' 20" N 6° 53' 23" O |
A Ponte Romana de Alcántara, em Alcántara (Cáceres), é uma ponte construída a mando do Imperador Trajano, executada pelo arquiteto Caio Julio Lacer. Sustenta-se sobre 6 arcos, tendo 194 metros de comprimento, 61 metros de altura e 8 metros de largura. Fica sobre o rio Tejo. Foi construída em cerca do ano 106.
Índice |
[editar] Construção
Consta de 6 arcos assimétricos, que assentam sobre cinco pilares com alturas distintas sobre o terreno. Existe um templete comemorativo com um arco de triunfo superior no centro da ponte com altura de 10 metros, denominado de Trajano. Aos pés da ponte existe um pequeno templo romano dedicado ao construtor, chamado de Lácer e cristianizado na Idade Média com o nome de São Julião. Então foi colocada uma espada e uma cruz apoiada sobre quatro caveiras de granito. Nele está enterrado o arquiteto dessa obra, Caio Júlio Lacer.
[editar] História
Uma inscrição no centro da ponte indica que foi construído em honra ao imperador romano Trajano, nascido na Hispania. A inscrição diz o seguinte:
Na sua entrada meridional existe outra inscrição, que consta que seu engenheiro foi Caio Júlio Lácer. A ponte de Alcântara foi construída graças aos impostos de sete vilas lusitanas e pretendia unir a calçada de Norba (Cáceres) a Conímbriga (Condeixa-a-Velha) como estação da Via da Prata. O nome provém da época da invasão muçulmana na Idade Média, já que "al-Qantarat" ( القنطرة) significa "A ponte" em árabe.
Por conta de estar situado em região fronteiriça, por diversas vezes foi atacado e logo reconstruído. A primeira vez foi em 1213, parcialmente destruído pelos muçulmanos. Em 1475, nas lutas de Castela e Portugal, quando pensavam destruí-lo para evitar que Afonso V a cruzasse, foi salva pela galhardia do rei português que mandou dizer a seu inimigo, o duque de Villahermosa, que ele daria a volta, pois "não queria o reino de Castela com aquele edifício a menos".
Mais tarde foi reformado por Carlos I em 1543 desfigurando o perfil do arco central e coroando-o de ameias e refazendo o primeiro arco do poente que foi destruído em 1213 quando sitiou a vila Afonso IX para tomá-la aos árabes. Como memória desta fase, foi registrado na ponte:
Em 1707, durante a Guerra da Sucessão Espanhola foi destruído o arco de entrada do poente e a restauração foi mandada por Carlos III em 1778. O segundo arco do poente foi destruído em 1809 durante a Guerra da Independência Espanhola contra as tropas napoleônicas e até 1818 ficou assim, quando se reedifica esse arco com madeira para a passagem de carruagens. Mas foi incendiado em 1836 pelas tropas do estado para impedir a chegada das tropas carlistas, que mandadas por Miguel Gómez Damas, invadiram a província.
Foi novamente reconstruído, em 1860, por Isabel II. Nesta última restauração do século XIX foram tapadas as juntas das pedras e se fez uma inscrição que diz:
Em setembro de 1969, para construir a represa de Alcântara que se situa a 600 metros água acima da ponte e com capacidade de 3.300 milhões de m³ de água, foram fechados os túneis que desviavam a água do Tejo durante a construção e o leito do rio vários quilômetros. O leito embaixo do rio ficou seco e a ponte romana ficou pela primeira vez na sua história sem rio.
[editar] Ligações externas
- (en) Ficha técnica da ponte de Alcântara
- (es) Breve historia da ponte de Alcântara
- (es) Passeio virtual pela ponte de Alcântara