Partido Galeguista (1931)
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- Este artigo trata do Partido Galeguista fundado em Dezembro de 1931. Para outras organizações políticas com o mesmo nome, veja Partido Galeguista.
O Partido Galeguista foi um partido fundado em Dezembro de 1931 de caráter nacionalista galego e com relevância na política da Segunda República. Seu órgão de prensa foi A Nosa Terra e a secção juvenil, a Federación de Mocedades Galeguistas, fundou-se em janeiro de 1934 e contava com 1.000 afiliados
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[editar] Formação
Em 5 e 6 de Dezembro de 1931 o Partido Galeguista de Pontevedra convoca uma Assembleia Nacionalista cm o propósito de criar um partido nacionalista. À convocatória acodem 32 grupos e as Irmandades da Fala, entre os que destacam o Grupo Autonomista de Vigo, Traballo Galeguista e o Partido Nazonalista Republicán de Ourense.
[editar] Consolidação
Em 1932 participa junto com o Partido Republicano Galego e Acción Republicana no Comitê de Propaganda do Estatuto, ao tempo que se prepara para participar em solitário, ou em candidaturas conjuntas com os agrários, nas eleições municipais de Abril de 1933, nas que só obtém um vereador em Ourense e a maioria, aliado aos agrários, em Tui. Estes maus resultados levam ao setor progressista do PG a favorecer patos com os partidos republicanos, ao que se opunha o setor conservador liderado por Vicente Risco.
Na Assembleia Extraordinaria de Outubro de 1933 impõem-se as teses de Vicente Risco e o PG concorre às eleições gerais de 1933 em solitário, os 106.000 votos que obtém não lhe servem para conseguir deputado nenhum, e o novo governo de direitas paralisa a tramitação do Estatuto de Autonomia da Galiza.
Depois da Revolução de 1933, na que o PG não participou, o governo suspende A Nosa Terra e desterra a Castelao e Alexandre Bóveda, descabeçando o PG e provocando um descenso momentâneo da militância, mas ao tempo favorece a formação duma aliança com os republicanos de esquerda que fizera possível a aprovação do Estatuto.
Na III Assembléia do PG, celebrada em Ourense o 13 e 14 de janeiro de 1934 é aprovada, com a oposição de Risco, a aliança estratégica com os republicanos e socialistas, ratificada na IV Assembleia do PG, celebrada em Santiago de Compostela o 20 e 21 de Abril de 1935, com a oposição de Ramón Otero Pedraio, o que provoca a excisão dum setor da direita do PG, encabeçada por Vicente Risco que forma a Direita Galeguista.
[editar] Frente Popular
Em junho de 1935 o PG começa a negociar com Izquierda Republicana, e na Assembléia Extraordinária do 25 de janeiro de 1936 celebrada em Santiago de Compostela aprova-se o ingresso do PG na Frente Popular para concorrer nas eleições gerais de 1936 com cinco candidatos galeguistas, Castelao, Bóveda, Gerardo Álvarez Galego, Ramóm Soares Picalho e Antón Vilar Ponte.
Saem elegidos Castelao com 104.436 votos em Pontevedra e Suarez Picallo e Vilar Ponte com ao redor de 150.000 votos cada um, em total os candidatos galeguistas obtém 287.000 votos.
O 28 de junho de 1936 cumprem-se os comprometimentos expressados pela FP, e ganha o sim no plebiscito sobre o Estatuto.
Depois do alçamento militar de 1936 que pôs fim à atividade do PG em Galiza, começa a repressão dos militantes galeguistas, alguns dirigentes como Xoán Carballeira, Ángel Casal, Lustres Rivas, Camilo Díaz Baliño, Víctor Casas ou Alexandre Bóveda vão ser fuzilados, outros marcham ao exílio, ainda assim o PG desaprova a participação dos seus militantes na guerrilha antifranquista.
[editar] Exílio
Em 1937 o PG abre uma delegação em Barcelona, e publica o porta-voz Nova Galiza entre Abril de 1937 e Julho de 1938 dirigido por Castelao. A prioridade vai ser a unidade das forças democráticas para salvar a República e manter o facho do galeguista acesso. Depois da queda de Catalunha os galeguistas passam a França e dali dirigem-se a diversos países da América.
[editar] O Partido Galeguista em América
Em 1932 fundou-se a Organização Nacionalista Repubricana Galega, filial do PG em Buenos Aires, depois do passe da secção argentina da ORGA, contava com 150 afiliados dirigidos por Rodolfo Prada, em 1936 com o início da Guerra Civil muda o nome a Grupo Galeguista de Bós Aires, nesse momento tinha 103 afiliados. Em 1941 toma o nome de Irmandade Galega e em 1942 reaparece A Nosa Terra, coincidindo com a chegada massiva de exilados galeguistas a Buenos Aires, entre os que destaca Castelao
Em Outubro de 1944 constitui-se o Conselho da Galiza sob o impulso da Irmandade Galega e Castelao.
. A Irmandade Galeguista do Uruguai é o nome da secção do PG em Uruguai, dirigida por Manoel Meilán
Em 1949 o PG só conta com 200 afiliados distribuídos em Buenos Aires e outras cidades argentinas, Montevidéu, México e A Havana.
[editar] Militantes
Em 1932 o PG contava com 38 grupos locais e 2.300 afiliados, ao longo do ano vai implantando-se em tudo o país e em 1933 seus 60 grupos locais contavam 3.000 afiliados. Depois das eleições de 1933 o PG vai experimentar um retrocesso momentâneo, e em 1935 ficavam somente 1.763 afiliados, mas para o ano 1935 consegue reestruturar o partido chegando a 5.000 afiliados distribuídos em 90 grupos locais.
