Palotina
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Município de Palotina | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Palotina é um município brasileiro do estado do Paraná. A população contabilizada em 2007 foi de 35.614 habitantes. Ocupa uma área de 651 km².
Sua economia é baseada na agricultura, agroindústria e prestação de serviços. A cidade conta com C. vale , indústria agrícola. Existe também em Palotina, o Colégio Agrícola do Oeste do Paraná. Ainda na cidade há um campus da UFPR(Universidade Federal do Paraná).
A cidade conta com locais de lazer como: Lago Municipal, capela de N.Senhora da Sallete, Praças e destaque para a praça Amadeo Piovezan, antiga Praça das nações, que foi reformada e inaugurada dia 2 de Junho de 2006.
Índice |
[editar] História
Era o final do inverno de 1953. O dia exato, 3 de setembro. Neste dia, as colonizadoras Pinho e Terra Ltda e a Madeireira Rio Paraná trazem para a região da futura cidade de Palotina, seus primeiros moradores. Dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul vieram Domingos Francisco Zardo, João Bortolozzo, Luis de Carli, Benardino Barbieri, João Egidio Clivatti, Eugenio Leczinski, Eurico Nenevê, Amado Vilaverde e Francisco Studzinski. Nove homens e um destino: derrubar a mata, plantar café, abrir ruas, construir casas, fazer uma cidade. Como esperança e fé andam sempre juntas, no dia 6 de janeiro de 1954 foi rezada a primeira missa em um altar montado no que hoje é a Granja Possan, por padres Palotinos. Daí o nome da cidade .
Em 1940, através da Marcha para o Oeste, chegam os primeiros migrantes em Palotina, então Município de Guaíra, somando uma população de 10 habitantes.
Em 1950, acontecem novos deslocamentos da população do sul do país, resultando, desta forma, em 24 de junho de 1957, a criação do Distrito de Palotina, com uma população de 100 habitantes (Censo 1950).
Em 1960, exatamente no dia 25 de julho, ocorreu a emancipação política administrativa de Palotina. Com a emancipação, criaram-se os Distritos Administrativos e Judiciários de Maripá, Pérola Independente, Alto Santa Fé e São Camilo, com população de 3.469 habitantes (Censo IBGE).
Em 1970, o município perde a área de Alto Santa Fé para o município de Nova Santa Rosa e é criado o Distrito Administrativo da Vila Candeia, atingindo uma população de 43.005 habitantes (Censo IBGE).
Em 1980, ocorre a elevação da Vila Santo Antônio como Distrito Administrativo, com população de 28.248 habitantes (Censo IBGE).
Na década de 1990, com a elevação do Distrito de Maripá a município, englobando os Distritos de Pérola Independente e Candeia, acarreta uma perda de 30% do território do município de Palotina, totalizando nesta época 30.569 habitantes (Censo IBGE). Em 2000, este número baixa para 25.765 (Censo IBGE).
A origem do nome Palotina é uma homenagem aos padres palotinos, que marcaram presença no município, desde a derrubada das primeiras árvores. Foram testemunhas do desbravamento, dos conflitos e do desenvolvimento do município e agentes vivos na implementação da religiosidade que caracteriza o seu povo. Por esse motivo, foi escolhido como padroeiro do município, São Vicente Pallotti.
[editar] Relato de pioneiros
Alguns dos primeiros habitantes de Palotina vieram de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Não foram fáceis os primeiros tempos, como relata o pioneiro Santo Galante e sua esposa Égide Galante, que vieram de Concórdia, Santa Catarina, em 1955, ao padre Pedro Reginato, na coleta de dados para a elaboração do livro “História de Palotina”, de 1979.
As dificuldades já começavam para chegar na região, uma viagem de três dias de caminhão da firma colonizadora. Chegando encontravam vários problemas, como a terra vermelha que entrava e sujava tudo, a falta de luz elétrica, os mosquitos, as doenças, como a malária e a falta de médicos, que os obrigava a buscar socorro em Guaíra, além do mato que cercava tudo, escondendo no seu interior ameaças de animais como onças, cobras, entre outros.
Mesmo assim, logo se adaptaram e o pioneiro começa a desenvolver suas atividades na cidade, abrindo a primeira alfaiataria e cultivando seus dois lotes de terra, onde construiu sua casa e cultivava uma horta, que “produzia de tudo”. Posteriormente plantou uma lavoura de trigo em terras cedidas por amigos e também ampliou seus negócios, passando a comercializar tecidos e tintas.
Nesses primeiros tempos, a alimentação variava, sendo consumidos produtos trazidos com a mudança, como arroz, feijão e farinha de trigo, complementados por carne de caça, como tucanos, inhambu, jacu, pacas e veados, antes de cultivar as primeiras lavouras.
Logo, porém, a beleza do lugar superou essas dificuldades iniciais e a família se acostumou com o novo lar, permanecendo aqui até os dias atuais (2004).
Outro personagem importante da colonização de Palotina é Eugênio Leszcynski, que chegou na região em 1953, a serviço da colonizadora “Pinho e Terras”, como agrimensor. Ele relata, principalmente, as dificuldades de locomoção, sendo obrigado a andar de bicicleta e a pé de Candeia (distrito do atual município de Maripá) até a vila de Palotina.
Chegando no seu destino, ficou morando numa casa de tábua bem rústica e iniciou seu trabalho de medição das terras, a partir dos rios Pioneiro e Santa Fé. Esse trabalho não era fácil, por causa das picadas que tinham que ser abertas na mata e também pelos animais e insetos a serem enfrentados, como onças, catetos, mosquitos e mutucas.
A alimentação era restrita a feijão cozido com banha e farinha de mandioca, ou com uma massa de farinha de trigo cozida com banha, e às vezes complementada com carne de anta e queixada.
Muitas vezes esse trabalho de medição exigia a permanência no interior da mata por uma semana inteira, levando a montagem de acampamentos provisórios com taquaras e folhas de coqueiro.
Os equipamentos obrigatórios para esse serviço eram o machado, a foice, o facão, a trena, a baliza, o teodolito, marcos feitos de madeira de lei, como angico, cabriúva, canjerana, ipê, guajuvira, e armas de fogo, como revólveres e espingardas, que tanto serviam para a defesa quanto para a obtenção de comida.
Eugênio gostou tanto do lugar, que findo seu trabalho de agrimensor, arrumou emprego numa casa comercial e permaneceu na cidade, onde se casou e permanece até hoje (2004).
[editar] Símbolos municipais
- Bandeira municipal
Idealizada pelo professor Arthur Luponi, apresenta a cor branca, símbolo da paz, amizade, lealdade, verdade, pureza, felicidade, beleza, integridade, eqüidade e franqueza. A cruz latina é o símbolo da fé cristã, representada nas cores vermelha, branca e azul, alteradas em faixa. Em vermelho - símbolo de valor, domínio, magnanimidade, vitória, honra, caridade. Em branco - símbolo de paz, amizade, lealdade, verdade. Em azul - símbolo de justiça, perseverança, zelo, perfeição, dignidade. A estrela azul, de cinco pontas representa simbolicamente o município de Palotina.
- Brasão de armas municipais
Idealizado pelo professor Arthur Luponi. O escudo de formato ibérico é em homenagem ao povo desbravador e formador da raça do município. A cor azul lembra a cor característica do céu. O metal prata para a faixa, a cruz latina e o cometa estilizado, por ser o símbolo da paz, amizade, lealdade, pureza, beleza, formosura, felicidade, franqueza, verdade e eqüidade.
A frase "Caritas Christi Urget Nos", - "A caridade de Cristo nos impele", é o lema em homenagem ao padroeiro do município, São Vicente Pallotti. O cometa estilizado indica esperança do sucesso. As quatro faixas onduladas em prata representam os quatro principais rios que banham o município: Piquiri, Pioneiro, Azul e São Camilo. O verde lembra os extensos campos cultivados, símbolo de esperança, abundância, posse e campo. A coroa de cinco torres é privativa de cidades. Os dois ramos de soja e os três de trigo representam as duas principais culturas agrícolas.
A inscrição “25 de Julho de 1960” indica a data de criação do município e a inscrição “3 de Dezembro de 1961”, indica a data oficial de sua instalação.
[editar] Território
- Altitude: 289 metros
- Desmembrado: Guaíra - PR
- Instalação: 3 de dezembro de 1961
- Área terrestre: 647,284 km²
- Distância da capital: 591,12 km
[editar] Aspectos geográficos
- Coordenadas geográficas
- 24º 12' latitude sul
- 53º 50' 30 “longitude oeste (Greenwich)
- Região fisiográfica
Palotina faz parte do terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava, estando localizada na Microrregião Extremo Oeste Paranaense.
- Áreas
- Área total – 647.430 km 2
- Área urbana – 12.820 km 2
- Área rural – 634.610 km 2
- Limites
- Norte – Francisco Alves e Iporã
- Sul – Maripá e Nova Santa Rosa
- Leste – Assis Chateaubriand
- Oeste – Terra Roxa
- Vias de acesso
- PR 182 – é saída para Maripá e Toledo ou para Francisco Alves.
- PR 364 – é saída para Assis Chateaubriand ou Terra Roxa.
- Distância da capital 612 km.
- Relevo
- É plano, não existindo altas montanhas ou precipícios.
- Solo
- É Latossolo Vermelho eutrófico de textura muito argilosa.
- Rios
- Os principais são Rio São Pedro, Rio Azul, Rio Piquiri, Rio Pioneiro, Rio Santa Fé e Rio São Camilo.
[editar] Quadro de população
Ano Urbana Rural Total 1950 – – 100 1960 – – 3.469 1970 37.753 5.252 43.005 1980 12.364 15.875 28.239 1990 19.635 11.963 31.598 2000 20.951 5.000 25.951
Fonte: IBGE 2000 – Censos
O primeiro censo de Palotina foi realizado em 1970, mostrando que, naquela época, estavam residindo 43.005 pessoas no Município, das quais, 5.252 estavam na zona urbana e 37.753 na zona rural. O censo da década seguinte já demonstrava a existência do êxodo rural e a migração de palotinenses para outras regiões, principalmente Mato Grosso, Rondônia e Paraguai. Em 1980, o IBGE registrou a existência de 12.364 moradores na cidade de Palotina e 15.875 na zona rural, totalizando 28.239 moradores. O último censo demográfico realizado foi em 1991, registrando uma população total de 30.598 moradores, sendo 19.635 na zona urbana e 11.963 na zona rural.
[editar] Área político-admnistrativa
- Número de eleitores: 20.437 pessoas
- Prefeito(a): elir de oliveira
[editar] Área social
- População censitária - Total: 25.771 habitantes
- População estimada - Total:26.704 habitantes
- População economicamente ativa: 13.535 pessoas
- População ocupada: 12.277 pessoas
- Número de domicílios total: 7.910
- Matrículas na pré-escola: 944 alunos
- Matrículas no ensino fundamental: 4.413 alunos
- Matrículas no ensino médio: 1.450 alunos
- Matrículas no ensino superior: 348 alunos
[editar] Aspectos educacionais
O sistema educacional mantido pelo poder público em Palotina, teve início em 1956, com a criação da Escola Municipal Rural Wenceslau de Moraes, em São Camilo (atual Escola Municipal Jean Piaget).
Na mesma época já funcionava na zona urbana de Palotina a escola particular Mater Ter Admirábilis, criada pela Colonizadora Pinho e Terra, que posteriormente foi estadualizada com o nome de Escola Estadual Joaquim Monteiro Martins Franco, hoje, está municipalizada com o mesmo nome.
Em 1960 surge a primeira escola estadual em Palotina, o atual Colégio Estadual Santo Agostinho, e em 1962 a primeira escola municipal urbana, o atual Colégio Estadual Barão do Rio Branco.
No levantamento de dados sobre os primeiros estabelecimentos educacionais de Palotina, percebeu-se que os nomes predominantes eram de santos, políticos e escritores de renome.
Atualmente, têm-se privilegiado nomes de pioneiros ou personalidades que se destacaram no município, como Padre Vitorino Roggia, Celino Rocha de Araújo, Professora Terezinha Giron Agustini, Professora Shirley Saurin e Domingos Francisco Zardo.
[editar] Escolas rurais fechadas em Palotina
- Ano - Quantidade
- 1960/1970 - 11
- 1970/1980 - 42
- 1980/1990 - 16
- 1990/2000 - 36
- 2000/2003 - 3
- Total - 108
Fonte: Secretaria Municipal de Educação.
[editar] Motivos
Êxodo rural e emancipação dos municípios de Nova Santa Rosa e Maripá. Intensificação da mecanização do solo, juntamente com a decadência da cultura de hortelã, o que gerou uma emigração intensa e um grande êxodo rural. Fechamento de escolas multisseriadas.
[editar] Economia
- Número de estabelecimentos: 872
- Número de empregos: 6.769
- Produção de soja: 97.510 toneladas
- Produção de milho: 118.500 toneladas
- Produção de trigo: 27.500 toneladas
- Bovinos IBGE: 16.865 cabeças
- Eqüinos IBGE: 216 cabeças
- Galinhas: 3.202.000 cabeças
- Ovinos: 1.106 cabeças
- Suínos: 39.640 cabeças
- Valor adicionado - Produção primária: 215.975.051
- Valor adicionado - Indústria: 346.948
- Valor adicionado - Comércio/serviços: 100.830.176
- Valor adicionado - Recursos/autos: 1.739.650
- Valor adicionado - Total: 390.891.825
- Receitas municipais: 20.737.209,10
- Despesas municipais: 20.651.039,89
[editar] Aspectos sócio-econômicos
- Agropecuária: produção de soja, milho e trigo, criação de aves, suínos, leite, gado de corte, peixe.
- Indústria: frigorífico de aves, laticínios, moinhos, equipamentos agroindustriais, cabines, carrocerias, tanques, pré-moldados, móveis, calçados, portas e janelas, construção civil.
- Comércio: móveis, eletrodomésticos, eletro-eletrônicos, roupas, alimentos, combustíveis, remédios.
- Serviços: médicos, dentistas, advogados, engenheiros, arquitetos, escolas.
- Arrecadação: municipal, estadual, federal.
[editar] Infra-estrutura
- Abastecimento de água: 8.649 unid. atend.
- Atendimento de esgoto: 2.226 unid. atend.
- Consumo de energia elétrica - Total: 84.958 mwh
- Consumidores de energia elétrica - Total: 9.487
[editar] Indicadores
- Densidade demográfica: 37,95 hab/km²
- Índice de Desenvolvimento Humano - IDH: 0,832
- PIB per capita IBGE/IPARDES: 18.941
- Índice de Gini PNUD: 0,600
- Grau de urbanização: 80,48%
- Taxa de crescimento geométrico: 0,66%
Referências
- ↑ Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
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