Metro do Porto
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O Metro do Porto é um sistema de transportes públicos do Grande Porto, Portugal, que consiste numa rede ferroviária electrificada subterrânea no centro do Porto e à superfície na periferia.
É uma rede recente repartida em 5 linhas (com 6 serviços, incluindo um serviço expresso) espalhadas por seis concelhos da área metropolitana: Porto, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. Possui um total de 70 estações distribuídas por 60 km de linhas comerciais duplicadas, maioritariamente à superfície, com 8 km da rede enterrada.
Índice |
[editar] História
Túneis do Metro do Porto | ||
Túnel |
metros |
Construção |
O Metro do Porto foi considerado o maior projecto de construção da União Europeia, devido à construção simultânea de várias linhas, num projecto inicial com 60 quilómetros. É justo referenciar que se tratou de um projecto lançado no primeiro mandato do então presidente da Câmara Municipal do Porto, Fernando Gomes, e por sua iniciativa. No momento, tal foi considerado por muitos um projecto irrializável. A primeira linha do Metro do Porto que liga Senhor de Matosinhos à estação da Trindade (linha A) foi inaugurada no dia 1 de Janeiro de 2003 pelo então primeiro-ministro Durão Barroso, circulando em regime experimental no final do ano de 2002. Nesta primeira fase, a rede possuía apenas 11,8 km e 18 estações, todas de superfície, sendo o antigo túnel ferroviário da Lapa, reconvertido para a rede do metro, o único percurso subterrâneo. No dia 5 de Junho de 2004, a linha foi estendida até ao Estádio do Dragão, pronta para o Campeonato Europeu de Futebol, o Euro 2004, que decorreu nesse ano em Portugal. A rede ganhou 3,8 km de linha e 5 novas estações no centro do Porto, em túnel subterrâneo aberto propositadamente para o metro.
No dia 13 de Março de 2005, abriu o primeiro troço da segunda linha, a linha B, aumentando a rede em quase 7 quilómetros e 5 novas estações de superfície, ligando Pedras Rubras, a partir da Estação da Senhora da Hora já existente para a linha A, ao Estádio do Dragão. Esta nova linha usa o canal ferroviário da linha da Póvoa, aberto no século XIX, e que ligava a Póvoa de Varzim ao Porto. Uma outra nova linha, a Linha C, abriu meses depois no dia 30 de Julho chegando até ao centro da cidade da Maia, o que significou um novo aumento de 6 km de linha e 6 novas estações de superfície, parte da linha C, foi construída no antigo canal da linha ferroviária da Trofa.
A Linha D (amarela) abriu no dia 18 de Setembro de 2005 e liga o centro de Vila Nova de Gaia ao extremo Norte do concelho do Porto, junto ao pólo universitário. Abrindo 5,7 km de rede e dez novas estações, quase todas elas subterrâneas. Existiram sérios constrangimentos nas escavações do túnel da linha D no centro do Porto que atrasou a abertura desta linha. A linha obrigou à construção de uma nova travessia rodoviária sobre o Douro – a Ponte do Infante – uma vez que o tabuleiro superior da Ponte D. Luís teve de ser fechado ao trânsito automóvel e convertido para o metro. Em 10 de Dezembro, a linha estendeu-se mais 804 metros em Vila Nova de Gaia, abrindo também uma nova estação (João de Deus). Nesta data estava prevista também a abertura das estações IPO e Hospital de São João. No entanto, devido a problemas de segurança levantados pela Escola Superior de Enfermagem do Porto (São João), os carris do metro passam a apenas 50cm dos portões desta faculdade, o governo decidiu suspender a abertura até que todas as questões de segurança fossem ultrapassadas.[1]
Após vários e longos adiamentos, a abertura oficial do troço principal da linha Vermelha até à Póvoa de Varzim abriu a 18 de Março de 2006, aumentando a rede em mais de 17,2 km e 15 novas estações. Com a abertura é inaugurado um novo tipo de serviço, o expresso, ao mesmo tempo é lançada a Metro TV - uma TV interna da rede e os utentes organizam-se no MUT-AMP (Movimento dos Utentes de Transportes da Área Metropolitana do Porto), movimento no qual é integrada a CULP (Comissão de Utentes da Linha da Póvoa), comissão que já se encontrava activa desde o início da construção da rede de metropolitano. O cartão Andante Gold também se altera dado que passa a ser possível carregá-lo em máquinas multibanco e passa a ter duas modalidades: o normal e o social (com descontos até 50%) que apesar de terem sido feitas por pressão dos utentes da linha da Póvoa, ficaram disponíveis para os utentes de toda a rede.
Em 31 de Março, entraram em operação o segmento entre as Estações Fórum Maia e ISMAI da Linha C (4,5 km e 4 novas estações), e o segmento entre as Estações Pólo Universitário e Hospital de São João (1,2 km) da Linha D, com pequenos melhoramentos para o acesso à Escola Superior de Enfermagem.
Em 27 de Maio, em cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, José Sócrates, considerou-se concluída a primeira fase da rede, com a entrada em funcionamento da linha Violeta (linha E), que passa a ligar a baixa do Porto ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, sendo a primeira rede de metropolitano em Portugal a fazer tal tipo de ligação, e a segunda na Peninsula Ibérica.[2] Este nova linha usa o canal da linha B, acrescentando apenas 1,480 e 3 novas estações.
O Metro tem conseguido uma adesão significativa por partes dos utentes em especial no troço Trindade-Senhora da Hora, mas também na Linha Amarela; muito devido ao tempo de espera ser bastante reduzido, muitas vezes na ordem dos 4 minutos ou menos, à articulação com a rede STCP e empreendimentos construídos junto das linhas da rede por toda a área metropolitana. Em 2006, após a conclusão de todas as expansões de rede da primeira fase, o metro conseguiu um aumento de 109,1 no número de utentes, chegando perto dos 40 milhões de passageiros.[2]
[editar] Bilhetes
O Metro do Porto usa um cartão com chip chamado Andante que é intermodal, podendo ser usado noutras transportadoras da Área Metropolitana do Porto, como STCP ou CP. A adopção deste cartão fez do Metro do Porto a primeira infra-estrutura de transportes públicos no mundo a usar bilhetes de baixo-custo sem contacto, podendo o utente manter o cartão na bolsa ou na carteira tendo unicamente que a passar pelo scanner para validar a viagem.
Existem duas versões do bilhete Andante, o Andante (Azul) e o Andante Gold. O Andante azul é um bilhete para viagens ocasionais e necessita de ser carregado com um determinado número de viagens, se forem carregadas 10 viagens, uma é oferecida.
O Andante Gold é um passe que permite um número ilimitado de viagens durante um mês e podendo este ser carregado numa caixa multibanco.
O sistema do Metro do Porto funciona por zonas, sendo que o preço mais baixo a pagar é o de duas zonas, mesmo que se viaje apenas dentro de uma zona.
[editar] Rede
Mapa da Rede do Metro do Porto
Linha | Terminais | Inauguração | Nome Popular | EXPANSÕES |
---|---|---|---|---|
Senhor de Matosinhos ↔ Estádio do Dragão | 2003 | Linha de Matosinhos | Gondomar 2009 | |
Póvoa de Varzim ↔ Estádio do Dragão | 2005 | Linha da Póvoa | Centro da Póvoa | |
ISMAI ↔ Estádio do Dragão | 2005 | Linha de Maia//Trofa | Trofa 2010 | |
Hospital de São João ↔ D.João II | 2005 | Linha de Gaia | Santo Ovídio
(Sul de Gaia) |
|
Aeroporto Sá Carneiro ↔ Estádio do Dragão | 2006 | Linha do Aeroporto | Completa | |
Leça da Palmeira ↔ Casa da Música | Prevista 2010 | Linha da Boavista | Em Projecto | |
Casa da Música ↔ Santo Ovídio | Prevista 2009 | 2ª Linha de Gaia | Em Projecto |
[editar] Linha A: Senhor de Matosinhos – Estádio do Dragão
- Nome popular: Linha de Matosinhos
- Tempo de viagem: 39 minutos e 14 segundos
- Melhor frequência: 10 minutos
- Cor: Azul
- Senhor de Matosinhos
- Mercado
- Brito Capelo
- Matosinhos Sul
- Câmara Matosinhos
- Parque de Real
- Pedro Hispano
- Estádio do Mar
- Vasco da Gama
- Senhora da Hora
- Sete Bicas
- Viso
- Ramalde
- Francos
- Casa da Música
- Carolina Michaelis
- Lapa
- Trindade
- Bolhão
- Campo 24 de Agosto
- Heroísmo
- Campanhã - Estação intermodal com comboios pendulares para Lisboa
- Estádio do Dragão
[editar] Linha B: Póvoa de Varzim – Estádio do Dragão
- Nome popular: Linha da Póvoa
- Tempo de viagem: 66 minutos e 38 segundos
- Melhor frequência: 20 minutos
- Cor: Vermelha
- Póvoa de Varzim
- São Brás
- Portas Fronhas
- Alto de Pêga
- Vila do Conde
- Santa Clara
- Azurara
- Árvore
- Varziela
- Espaço Natureza
- Mindelo
- Modivas Centro
- Modivas Sul
- Vilar de Pinheiro
- Lidador
- Pedras Rubras
- Verdes
- Crestins
- Esposade
- Custóias
- Fonte do Cuco
- Senhora da Hora
- Sete Bicas
- Viso
- Ramalde
- Francos
- Casa da Música
- Carolina Michaelis
- Lapa
- Trindade
- Bolhão
- Campo 24 de Agosto
- Heroísmo
- Campanhã - Estação intermodal com comboios pendulares para Lisboa/Braga
- Estádio do Dragão
[editar] Linha B Expresso: Póvoa de Varzim – Estádio do Dragão
- Tempo de viagem: 52 minutos e 46 segundos
- Frequência: 60 minutos
- Póvoa de Varzim
- Vila do Conde
- Pedras Rubras
- Verdes
- Senhora da Hora
- Sete Bicas
- Viso
- Ramalde
- Francos
- Casa da Música
- Carolina Michaelis
- Lapa
- Trindade
- Bolhão
- Campo 24 de Agosto
- Heroísmo
- Campanhã - Estação intermodal com comboios pendulares para Lisboa/Braga
- Estádio do Dragão
[editar] Linha C: ISMAI – Estádio do Dragão
- Nome popular: Linha da Maia/ISMAI/Trofa
- Tempo de viagem: +/-43 minutos
- Melhor frequência: 15 minutos
- Cor: Verde
- ISMAI
- Castêlo da Maia
- Mandim
- Zona Industrial
- Fórum da Maia
- Parque Maia
- Custió
- Araújo
- Pias
- Cândido dos Reis
- Fonte do Cuco
- Senhora da Hora
- Sete Bicas
- Viso
- Ramalde
- Francos
- Casa da Música
- Carolina Michaelis
- Lapa
- Trindade
- Bolhão
- Campo 24 de Agosto
- Heroísmo
- Campanhã - Estação intermodal com comboios pendulares para Lisboa/Braga
- Estádio do Dragão
[editar] Linha D: D. João II – Hospital São João
- Nome popular: Linha de Gaia
- Tempo de viagem: 23 minutos
- Melhor frequência: 6 minutos
- Cor: Amarela
- D.João II
- João de Deus
- Câmara Gaia
- General Torres - Ligação a comboios suburbanos
- Jardim do Morro
- São Bento - Ligação a comboios suburbanos e Funicular Estação de São Bento
- Aliados
- Trindade
- Faria Guimarães
- Marquês
- Combatentes
- Salgueiros
- Pólo Universitário
- IPO
- Hospital de São João
[editar] Linha E: Aeroporto – Estádio do Dragão
A linha E é uma sub-linha da linha vermelha que entrou em operação comercial em 27 de Maio de 2006, e liga o Estádio do Dragão ao Aeroporto.
- Nome popular: Linha do Aeroporto
- Tempo de viagem: 33 minutos
- Melhor frequência: 25 minutos
- Cor: Violeta
- Aeroporto - Estação intermodal com aeroporto
- Botica
- Verdes
- Crestins
- Esposade
- Custóias
- Fonte do Cuco
- Senhora da Hora
- Sete Bicas
- Viso
- Ramalde
- Francos
- Casa da Música
- Carolina Michaelis
- Lapa
- Trindade
- Bolhão
- Campo 24 de Agosto
- Heroísmo
- Campanhã - Estação intermodal com comboios pendulares para Lisboa e Braga
- Estádio do Dragão
[editar] Funicular dos Guindais
A empresa do Metro do Porto opera também o Funicular dos Guindais. Construído inicialmente em 1891, foi recentemente remodelado. Liga a zona baixa da Ribeira à zona alta da Batalha.
Para viajar necessita de ter um título Andante Z2.
[editar] Em Construção
É já para o próximo mês de Julho que começam as as obras de extensão da Linha A do Metro do Porto até Gondomar. As propostas já foram apresentadas para o primeiro grande projecto a arrancar na fase de desenvolvimento da rede do Metro do Porto. A etapa seguinte passa pela análise dos dossiers do seis consórcios que se candidataram à execução da obra , com vista à sua adjudicação. Com um orçamento de 95 milhões de euros, esta será, nos tempos mais próximos, uma das maiores empreitadas em construção a nível nacional.O traçado posto a concurso vai da estação do Estádio do Dragão até à estação da Venda Nova B, em Cabanas, que está totalmente definido. Cerca de um quilómetro do trajecto faz-se em túnel, evitando conflitos com as linhas da CP e com a estrada da Circunvalação. Logo a seguir ao centro comercial Parque Nascente, o Metro volta à superfície. Todas as estações de Metro no concelho de Gondomar vão ser servidas por parques de estacionamento com uma capacidade média de cem lugares. Com sete quilómetros de extensão, entre o Estádio do Dragão e Cabanas, a Linha de Gondomar contará com dez estações. O prazo de referência para execução da obra de sete quilómetros é de 620 dias.
[editar] Desempenho
[editar] Expansão futura
Estas são as linhas em projecto, algumas das quais poderão ser incluídas na segunda fase de expansão[3]. Indicam-se entre parênteses rectos as linhas ligadas nessa estação.
Senhor de Matosinhos – Gondomar Extensão para leste, a partir do Estádio do Dragão: Contumil, Nicolau Nasoni, São João de Deus, Parque Nascente, Rio Tinto, Lourinhã, Paço, Carreira, Venda Nova, Venda Nova B, Carvalha, Manariz, Taralhão, Quintã, Monte Crasto, São Cosme, Gondomar. |
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Póvoa de Varzim – Estádio do Dragão Extensão para nordeste, dentro da cidade da Póvoa de Varzim: Praça do Almada, Mourões, Barreiros |
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Trofa – Estádio do Dragão Extensão para norte, a partir do ISMAI: Ribela, Muro, Serra, Bougado, Pateiras, Senhora das Dores, Trofa. Para tal seria duplicada a linha ferroviária existente, passando a ser assegurano por via ferroviária o trajecto que no final da primeira fase é percorrido em transportes rodoviários alternativos. |
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Parque Maia – Santo Ovídio Extensão para norte, a partir do Hospital de São João: Enxurreiras, Giesta, São Gemil, Águas Santas, Mosteiró, Milheirós, Agra, Gueifães, Nortecoop, Lavrador, Chantre, Parque Maia (ligação à linha C). |
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Belchior Robles – Casa da Música Construção da linha F (rosa), praticamente toda nova. Trajecto: Belchior Robles, Sol Poente, Quinta da Conceição, Leixões, Senhor de Matosinhos [A], Mercado [A], Brito Capelo [A], Matosinhos Sul [A], Cidade de São Salvador, Castelo do Queijo, Nevogilde, Parque da Cidade, Fonte da Moura, Gomes da Costa, Foco, Bessa, Guerra Junqueiro, Rotunda, Casa da Música [A-B-C-E-G]. Em Outubro de 2006 a empresa da Metro do Porto pensou em estender a linha até ao Marquês[D]. |
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Casa da Música – Santo Ovídio Construção da linha G (laranja), totalmente nova. Trajecto: Casa da Música [A-B-C-E-F], Rotunda [F], Bom Sucesso, Campo Alegre, Bombarral, Candal, Quinta de São João, Devesas, Mariani, Rasa, Laborim, Quinta [D]. |
Numa proposta feita ao Governo, a Junta Metropolitana do Porto, prevê uma extensão da rede do Metro do Porto aos concelhos mais a sul da Área Metropolitana do Porto, servindo localidades como Vila D'Este, Carvalhos, Lourosa, Europarque (Nova Exponor), Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Espinho, estando prevista a inclusão parcial da linha do Vale do Vouga no Metro do Porto e a sua respectiva reconversão.
[editar] Polémicas
O Metro do Porto tem sido visto como um sucesso em Portugal e desejado pelas populações da área metropolitana, mas alguns utentes têm uma visão diferente sugerindo que é demasiado lento, demasiado caro e não pensado para servir as populações na sua origem.
[editar] Contas do Metro
A Inspecção-Geral das Finanças concluiu em Junho de 2005 uma auditoria às contas da primeira fase do MP, tendo apurado um desvio financeiro de 140% (1,5 mil milhões de euros). Tal levou os ministros das Finanças e Obras Públicas a congelarem a segunda fase de obras. A situação deverá ser revista em Outubro de 2006, bem como o equilíbrio de forças entre o governo central e as autarquias metropolitanas do Porto.[5]
[editar] Hospital São João
Uma secção da linha Amarela construída perto das universidades e do Hospital de São João tem causado grande polémica. O hospital, a Faculdade de Medicina e a Escola Superior de Enfermagem do Porto são contra o metro passar a ser à superfície numa zona tão congestionada de gente e veículos. Esta linha circula no centro da cidade em túneis, surgindo à superfície precisamente nesta área.
O Metro passa exactamente à entrada da Escola Superior de Enfermagem que fica dentro do espaço do Hospital de São João, tal como a Faculdade de Medicina; o Metro circunda parte destes edifícios. Em 18 de Setembro, apenas a estação do Pólo Universitário (mais a sul) abriu, ficando para mais tarde a abertura das estações do IPO e do Hospital de São João.
No entanto, o impasse entre o Metro e o complexo de escolas de saúde e Hospital permaneceu e levou a que o governo não autorizasse a abertura daquela secção de linha. Por outro lado, os utentes da Linha Amarela, linha que se tem provado central para a rede do Metro tinham pedido a abertura dessas estações. Para resolver o problema, o metro procedeu ao recuo dos muros da Escola de Enfermagem e abriu o restante da linha no final do mês de Março. Para revolver a questão, o governo sugeriu uma nova linha subterrânea ligando a Senhora da Hora ao Hospital de São João enterrando desta forma as estações do hospital de São João e IPO.
[editar] Primeira fase incompleta
Apesar da primeira fase ter sido declarada como completa, várias secções das linhas previstas para a primeira fase ficaram por concluir, nomeadamente, ISMAI - Trofa na linha C, João de Deus - Santo Ovídio na linha D e Póvoa de Varzim - Barreiros na Linha B. Estas fases de desenvolvimento do metro foram bloqueadas pelo governo após a auditoria às contas do governo, o que teve repercussões a nível local, a Trofa anteriormente com uma linha de comboio que foi desactivada para fazer a linha de metro ficou sem este serviço ferroviário, devido à indefinição se a linha deveria ser em via dupla ou única. Gaia, o município mais populoso, ficou-se com apenas 4 estações e a Póvoa de Varzim ficou com uma estação às portas da cidade.
[editar] Linha da Póvoa
A Comissão de Utentes da Linha da Póvoa (CULP) (nome comum para a Linha B ou vermelha) discorda com os tempos de viagem entre a Póvoa de Varzim e o Porto e o aumento elevado dos passes entre 56,8% e 96% (estudantes e idosos).
A CULP fez saber às câmaras da Póvoa de Varzim e Vila do Conde que o preços irão duplicar e os tempos de viagem em vez de diminuir vão aumentar drasticamente, mesmo tendo em conta viagens feitas de comboio entre a Póvoa de Varzim e o Porto em meados do século XX.
Para contrariar os tempos existe um serviço normal (que percorrerá todas as estações até ao centro do Porto) e um serviço Expresso entre a Póvoa de Varzim/Vila do Conde e o Porto; um sistema semelhante ao que existe no Metro de Nova Iorque.
O serviço que seria disponibilizado inicialmente pelo Metro mesmo com os Expresso era mais lento que um serviço de comboio no século XX; no entanto a empresa procedeu a ajustes de oferta e a vários testes na linha e na abertura da linha ofereceu tempos relativamente melhores e melhores ligações ao Porto que o comboio.
A ligação entre a Póvoa de Varzim e a Trindade, com veículos Eurotram, é de 56 em serviço normal e de 44 minutos em expressos regulares de hora a hora, contrariando os 53 a 55 do serviço do comboio. Para diminuir ainda mais os tempos, estão a ser adjudicados novos comboios, do género tram trains que irão circular possivelmente em 2007 e que irão possibilitar uma viagens mais rápidas entre o núcleo urbano da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde e o Porto. No caso dos passes, o presidente da Comissão Executiva do Metro já fez saber que irão existir reduções entre 47% e 25% para reformados e estudantes, respectivamente. Na realidade, estes descontos significam um aumento na ordem dos 50%.
[editar] Terminologia
Há quem defenda que, tecnicamente falando, o Metro do Porto é um eléctrico rápido, já que os veículos que utiliza estão preparados para a co-circulação em meio rodoviário e pedonal. Como tal, não possuem iluminação nem sinalética ferroviárias, mas sim rodoviárias, incluindo indicadores de mudança de direcção e campainhas de sinalização, para além de piso rebaixado.
A rede de Estrasburgo, antecedente da rede do Porto, e em todo idêntica, inclusive no veículo, é identificada local e internacionalmente como tramway ou Straßenbahn, traduzível para português como eléctrico (português europeu) ou bonde (português brasileiro) .
Referências
- ↑ Hugo Silva, Governo adia chegada do metro ao hospital, in Jornal de Notícias on-line de 10 Dez 2005.
- ↑ 2,0 2,1 Relatório e Contas 2006. Metro do Porto, SA
- ↑ Mapa da Rede, in metrodoporto.pt. Acedido em 19 Set 2006.
- ↑ No mapa oficial (ver referência anterior), a estação João de Deus vem designada como Parque República.
- ↑ Luís Rosa, Fisco ataca Metro do Porto, in Sol n.º 1 de 16 Set 2006, suplemento "Confidencial", p. 13.