José Sócrates
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José Sócrates | |
Primeiro-ministro Portugal | |
Mandato: | 12 de Março de 2005 |
Precedido por: | Pedro Santana Lopes |
Nascimento | 6 de Setembro de 1957 Vilar de Maçada |
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Partido político: | Partido Socialista |
Profissão: | político |
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa (Vilar de Maçada, Alijó,[1] 6 de Setembro de 1957) é um político português, primeiro-ministro de Portugal desde 12 de Março de 2005, e secretário-geral do Partido Socialista desde Setembro de 2004. Durante o segundo semestre de 2007 assumiu, por inerência, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
José Sócrates é licenciado em Engenharia Civil pela Universidade Independente (Lisboa, 1996) e frequentou o mestrado em gestão de empresas do ISCTE (Lisboa); possui ainda o curso de Engenharia Sanitária para engenheiros municipais da Escola Nacional de Saúde Pública.
É divorciado e pai de dois filhos. É também agnóstico.
Índice |
Educação
Em Março de 2007, a licenciatura de José Sócrates em Engenharia Civil, obtida na Universidade Independente, foi posta em causa,[2] bem como o uso do título engenheiro quando ainda era engenheiro técnico[3] ou sendo apenas licenciado em engenharia.
- Ver também: Caso Sócrates-Independente
Carreira profissional
Na área da engenharia
Durante a década de 80, José Sócrates especializou-se na execução de diversos projectos de âmbito privado, nomeadamente habitações-base de emigrantes, na zona da Covilhã.
Na área dos negócios
Foi sócio fundador da empresa Sovenco, Sociedade de Venda de Combustíveis Lda., com sede na Reboleira, Amadora, em que está registado na matrícula da sociedade em 1990.[4] A aventura empresarial de Sócrates foi curta (menos de um ano) e literalmente para esquecer: mais tarde, quando a revista Focus desenterrou esse episódio, jurou que estava a ouvir falar dessa empresa «pela primeira vez». Só após algum esforço de memória se lembrou que tinha sido sócio.
Carreira política
A carreira política de Sócrates iniciou-se logo após a Revolução dos Cravos, como membro da JSD da Covilhã, de onde saiu, logo no ano seguinte. Já no Partido Socialista, ao qual se filiou em 1981, tornou-se presidente da concelhia da Covilhã e presidente da federação distrital de Castelo Branco, cargo que ocupou entre 1986 e 1995. Em 1987, foi, pela primeira vez, eleito deputado, pelo distrito de Castelo Branco. A sua primeira intervenção enquanto deputado numa questão de âmbito nacional consistiu na defesa de projecto-lei legalizando a possibilidade da prática do nudismo[5]. A sua personalidade chamou a atenção dos dirigentes do partido e passou a integrar o Secretariado Nacional do Partido Socialista, em 1991.
Em 1995, tornou-se membro do primeiro governo de António Guterres, ocupando o cargo de secretário de Estado-adjunto do ministro do Ambiente. Dois anos depois, tornou-se ministro-adjunto do primeiro-ministro, com as tutelas da Toxicodependência, Juventude e Desporto. Foi, nessa qualidade que se tornou num dos impulsionadores da realização, em Portugal, do Euro 2004.
Em Outubro de 1999, já no segundo governo de António Guterres, transitou para a pasta de ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, cargo que ocupou até à tomada de posse do XV Governo Constitucional, em Abril de 2002. Enquanto ministro, foi protagonista de diversas polémicas, como a questão da co-incineração de resíduos tóxicos. Com a vitória do Partido Social Democrata, nas Eleições Legislativas, Sócrates regressou à Assembleia da República, na condição de deputado da oposição, e, simultaneamente, comentador político num dos canais da televisão estatal, a Radiotelevisão Portuguesa. Depois da demissão de Ferro Rodrigues, em 2004, Sócrates venceu, por larga maioria, as eleições para a Direcção do P.S., nelas derrotando Manuel Alegre e João Soares.
Foi José Sócrates quem conduziu o PS nas eleições legislativas de 2005, apresentando-se como cabeça de lista pelo distrito de Castelo Branco. Ganhou as eleições com maioria absoluta. Consequentemente, tornou-se primeiro-ministro de Portugal, em 12 de Março de 2005.[6]
Durante o seu exercício da Presidência Rotativa da União Europeia, na segunda metade de 2007, foi assinado, pelos 27 Membros da União, o Tratado de Lisboa, reprovado, em Referendo Popular, no dia 12 de Junho de 2008, pela República da Irlanda.[7]
Funções governamentais
- desde 12 de Março de 2005 - Primeiro-ministro do XVII Governo Constitucional
- 23 de Janeiro de 2002 a 6 de Abril de 2002 - Ministro do Equipamento Social do XIV Governo Constitucional
- 25 de Outubro de 1999 a 6 de Abril de 2002 - Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território do XIV Governo Constitucional
- 25 de Novembro de 1997 a 25 de Outubro de 1999 - Ministro-adjunto do Primeiro Ministro do XIII Governo Constitucional
- 30 de Outubro de 1995 a 25 de Novembro de 1997 - Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente
Curiosidades
A sua paixão pelo desporto é bem conhecida, nomeadamente o jogging, tendo participado em provas como a mini-maratona de Lisboa.
Notas e referências
- ↑ Biografias não-oficiais indicam o Porto como naturalidade. Ver nomeadamente no Diário de Notícias
- ↑ Há falhas no dossier de José Sócrates na Universidade Independente, in Público
- ↑ PSD comunicou a Gama que registos de Sócrates eram assunto encerrado, in Rádio e Televisão de Portugal
- ↑ Ver Um osso duro de roer.
- ↑ Ver Quando Sócrates defendeu o nudismo
- ↑ Decreto do Presidente da República n.º 19/2005
- ↑ The Irish Times - Lisbon Treaty rejected by Irish electorate
Precedido por Pedro Santana Lopes |
Primeiros-ministros de Portugal (XVII Governo Constitucional) 2005 - |
Sucedido por presente |
Precedido por Angela Merkel Alemanha |
Presidente do Conselho Europeu Julho de 2007 - Dezembro de 2007 |
Sucedido por Janez Janša Eslovénia |
Precedido por Ferro Rodrigues |
Secretário-Geral do PS 2004 |
Sucedido por presente |
Precedido por Fernando do Amaral |
Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro XIII Governo Constitucional |
Sucedido por António José Seguro |
Precedido por Elisa Ferreira |
Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território XIV Governo Constitucional |
Sucedido por Amílcar Theias |