Mãe Stella de Oxóssi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, Iya Odé Kayode, (Salvador, 2 de maio de 1925), a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos.
Órfã em tenra idade, foi adotada pela irmã de sua mãe D. Archanja de Azevedo Fernandes, esposa do tabelião e proprietário de cartório José Carlos Fernandes.
É irmã da bibliotecária aposentada Milta de Azevedo Santos, Adriano de Azevedo Santos, José de Azevedo Santos e dos falecidos Corintha e Belanísia de Azevedo Santos.
É a Iyalorixá do Candomblé uma das religiões afro-brasileiras. Foi iniciada por Mãe Senhora em 1939 e tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá por morte de Mãe Ondina de Oxalá. É a quinta sacerdotisa do Candomblé de São Gonçalo do Retiro, dirigindo o Opó Afonjá desde o dia 19 de junho de 1976.
Mãe Stella estudou no tradicional colégio baiano Nossa Senhora Auxiliadora, dirigido pela professora soteropolitana D. Anfrísia Santiago. É enfermeira aposentada (funcionária pública estadual) formada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Saúde Pública. Exerceu a profissão por mais de trinta anos.
Notabilizou-se por ser a primeira iyalorixá de um terreiro tradicional a combater o sincretismo religioso com a Igreja Católica.
Em 1980 fundou o Museu Ohun Lailai: o primeiro de um terreiro de candomblé, auxiliada pela psicóloga Vera Felicidade de Almeida Campos, a Oni Kowê do Opô Afonjá. É a presidente emérita do Instituto Alaiandê Xirê, de quem fora a presidente fundadora.
Sacerdotisa de vanguarda é respeitada por suas idéias no longo do território nacional e muitos outros paises. Tem proferido palestras e participado de seminários em diferentes partes do Brasil e do mundo.
Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão na condição de fomentadora de cultura.
Em 2005, ao completar oitenta anos, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia. É detentora da comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e da comenda do Ministério da Cultura.
Índice |
[editar] Publicações
Em 2006, entre abril a junho, por ocasião dos trinta anos de sumo-sacerdócio de Mãe Stella, o Jornal A Tarde de Salvador publicou nove crônicas da escritora Cléo Martins, a Agbeni Xangô do Opô Afonjá.
[editar] Livros
- "E Dai Aconteceu o Encanto", Stella Azevedo e Cléo Martins, sua filha e a primeira Agbeni Xangô do Axé Opô Afonjá]], Edição das Autoras, Salvador, 1988
- "Meu Tempo é Agora ", Maria Stella de Azevedo Santos, Editora Oduduwa, São Paulo, 1993
- "Lineamentos da Religião dos Orixás- Memória de ternura"- Cléo Martins,2004; participação especial de Mâe Stella - Alaiandê Xirê- ISBN 8590467813.
- "Òsósi - O Caçador de Alegrias", Mãe Stella de Òsósi, Secretaria da Cultura e Turismo, Salvador, 2006
- "Provérbios"- Secretaria da Cultura- Salvador- 2007.
- Mãe Stella foi homenageada com a obra "Perfil de uma liderança religiosa", de Vera Felicidade de Almeida Campos (Zahar, RJ)
- Mãe Stella tem assinado muitos prefácios de diferentes livros e também contribuido com artigos para diferentes jornais, a exemplo de A TARDE (ba) e Jornal do Brasil (RJ), alguns em co-autoria com a escritora Cléo Martins.