Lia Gama
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Lia Gama (Fundão, 28 de Maio de 1944) é uma actriz portuguesa.
Formou-se como actriz na Escola René Simon em Paris. No teatro integrou o elenco do Teatro Estúdio de Lisboa, onde, sob a direcção de Luzia Maria Martins, participou em Pobre Bitos de Anouilh, A Familia Sam de Ustinov e Exercício para Cinco Dedos de Peter Shaffer; no Teatro Experimental de Cascais, Carlos Avilez dirigiu-a em D. Quixote de Yves Jamiaque, Fedra de Racine e O Comissário de Polícia de Gervásio Lobato e anos mais tarde em Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente de Natália Correia, O Balcão de Jean Genet, Opereta de Gombrowicz, Rei Lear de Shakespeare e O Pecado de João Agonia de Bernardo Santareno; na Casa da Comédia, trabalhou com João Lourenço (Oh Papá Pobre Papá! de A. Kopit) e Morais e Castro (Doroteia de Nascimento Rodrigues) após o que passou duas temporadas no Teatro da Cornucópia onde fez Pequenos Burgueses de Gorki, Ah Q de Jean Jourdheuil e Casimiro e Carolina de Horvath nas encenações de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo com quem voltou a trabalhar em 1995/96 em António, Um Rapaz de Lisboa; com Osório Mateus interpretou A Guarda de Joppolo (Os Cómicos) e voltou à Casa da Comédia para a peça Saudades de Ricardo Pais. Foi dirigida por Jorge Listopad em Huis Clos de Sartre (Teatro da Graça) e Fernando Gusmão em Corpo Delito na Sala de Espelhos de José Cardoso Pires (Teatro Aberto); com João Mota na Comuna - Teatro de Pesquisa fez Em Frente da Porta do Lado de Fora de W. Borchert; e no Teatro São Luiz foi a protagonista de D. Leonor Rainha Maravilhosamente de Alice Sampaio, na encenação de Norberto Barroca; no Teatro da Graça, Carlos Fernando dirigiu-a em As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant de Fassbinder e No País do Dragão de Tennessee Williams. No Teatro Nacional D. Maria II participou em As Fúrias de Agustina Bessa-Luís, sob a direcção de Filipe La Féria. Protagonizou o recital de canções portuguesas Remix deLuxe, com Jeff Cohen ao piano e encenado por Cândida Vieira, e integrou o elenco de Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices (a partir de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne Sierens, Irmãos Presniakov, Jon Fosse, Miguel Castro Caldas entre outros), encenado por Silva Melo. Em 2005 e 2006 integrou o elenco da peça de Paula Vogel, com encenação de Fernanada Lapa, A Mais Velha Profissão (Globo de Ouro 2005 para Melhor Produção), também no Teatro Nacional D. Maria II. A sua mais recente interpretação foi no musical O Assobio da Cobra, dirigido por Adriano Luz no (Teatro São Luiz) em 2006.
Estreou-se no cinema em Sete Balas para Selma de António de Macedo (1967), tendo trabalhado depois com Cunha Telles em O Cerco (1970) e Meus Amigos (1974), Eduardo Geada em O Funeral do Patrão (1976), A Santa Aliança e Mariana Alcoforado (1980), Fernando Lopes em Nós por Cá Todos Bem (1978) e Crónica dos Bons Malandros (1984), Fonseca e Costa em Sem Sombra de Pecado (1983) e Kilas o Mau da Fita (1981), João Botelho em Tempos Difíceis (1988) e A Mulher que Acreditava Ser Presidente dos EUA (2003), Manoel de Oliveira em Amor de Perdição (1979) e Francisca (1982), trabalhando ainda com os realizadores Solveig Nordlund, António Pedro Vasconcelos ou Alberto Seixas Santos. Dot.com de Luís Galvão Teles (2006) e A Filha de Solveig Nordlund (2003) são as suas mais recentes interpretações.
Na televisão interpretou, entre outros, o filme O Caso Rosenberg (RTP, 1979), A Senhora do Cãozinho de Tchékhov (realização de Jorge Listopad - RTP), Os Maias (RTP, 1979), Por Mares Nunca Dantes Navegados (RTP1, 1991), Grande Noite e Cabaret de Filipe La Féria. Recentemente passou a integrar o elenco de várias novelas (2002 - O Último Beijo, 2004 - O Jogo, 2005 - Ninguém como Tu, 2006/2007 - Morangos com Açúcar, 2007 - Fascínios).
Entre outros, recebeu o Prémio da Casa da Imprensa pela sua interpretação no filme Kilas, o Mau da Fita, a Medalha 25 de Abril da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2006.