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Legião Estrangeira Francesa - Wikipédia, a enciclopédia livre

Legião Estrangeira Francesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Legionários uniformizados: ombreiras vermelhas sobre paramentos verdes, faixa azul na cintura e quepe branco característicos. Eles portam o fuzil de assalto FAMAS.
Legionários uniformizados: ombreiras vermelhas sobre paramentos verdes, faixa azul na cintura e quepe branco característicos. Eles portam o fuzil de assalto FAMAS.

A Legião Estrangeira Francesa é uma unidade militar da França, criada no século XIX, atualmente uma tropa de elite. É a mais famosa legião estrangeira ainda em operação no mundo.

A sua função sempre foi a de defender os interesses da França junto às suas colônias na África, no oceano Pacífico, na América do Sul e no Caribe.

Índice

[editar] História

[editar] A primeira Legião (1831)

Após o Congresso de Viena (1815), a Europa como um todo conheceu um período de turbulências e agitações. Na França, após a Revolução Liberal de 1830, o rei Carlos X de França foi deposto e as tropas estrangeiras que estavam sob o seu controle passaram a servir a Luís Filipe I de França que as transformou na Legião Estrangeira Francesa, a conselho do marechal Soult, ministro da Guerra, por Decreto de 10 de março de 1831:

"Louis Philippe, Roi des Français. Ordennance du 10 Mars 1831. A tours, présents et à venir, salut. Sur le rapport de nobre Ministre, Secrétaire d’Etat au Département de la Guerre, Nous avons ordonné et ordonnons ce qui suit: Il sera formé une légion compossé d’etrangers. Cette Légion prenda la dénomination de Légion Etrangère."

Reuniam-se, deste modo, os diferentes corpos estrangeiros do Exército francês, incluindo as Guardas Suíças (oriundas da Paz Perpétua, assinada em 1516, após a Batalha de Marignano), e o Regimento Hohenlohe. As antigas Guardas Suíças e o Regimento Hohenlohe constituíram o 1º Batalhão; os 2º e 3º batalhões foram destinados a receber suíços e alemães; o 4º, a espanhóis e portugueses; o 5º, a sardos e italianos; o 6º, a belgas e holandeses; e o 7º, a polacos.

Com esta medida, o governo esperava que uma força composta principalmente por estrangeiros pudesse absorver a massa de refugiados que nos últimos anos vinha inundado o país. Pesou na decisão a possibilidade de a nova força poder ser enviada para defender os interesses neocoloniais Franceses na Argélia, liberando as tropas regulares para proteger a figura do rei no trono da França.

O local escolhido para sediar a nova força foi a povoação de Sidi Bel Abbes, na Argélia. Na França, os primeiros quartéis da Legião foram implantados em Langres, Bar-le-Duc, Agen e Auxerre.

De início, a Legião constitui-se em um meio eficaz para retirar aos elementos mais indesejáveis da sociedade francesa do século XIX. As suas fileiras foram preenchidas com criminosos, fugitivos, mendigos e imigrantes indesejados. A formação de um legionário era muito precária. O seu equipamento, vestuário, alimentação e soldo eram sumários, razões que não despertavam lealdade ou motivação. Os homens que se juntavam à Legião, faziam-no mais por desespero ou instinto de sobrevivência do que por patriotismo. Por essa razão, as primeiras campanhas provocaram severas perdas entre as suas fileiras. Para contornar esses problemas imediatos a Legião desenvolveu uma disciplina muito severa, excedendo em muito aquela imposta às tropas francesas regulares.

[editar] Argélia: o batismo de fogo (1832)

O batismo de fogo da Legião deu-se em 27 de abril de 1832, durante operações do 3º Batalhão na Argélia, integrado por suíços e alemães. Em novembro do mesmo ano a Legião enfrentaria um novo oponente, Adl El-Kader, que combatia pela liberdade da Argélia, na batalha de Sidi-Chabal.

[editar] Espanha: a Guerra Carlista (1835-1839)

Durante a Guerra Carlista, o ministro do Interior francês, Adolphe Thiers, convenceu o seu governo a enviar a Legião Estrangeira para a Espanha, com o fim de auxiliar a rainha Isabel II de Espanha. A 8 de junho de 1835, o rei Luís Filipe deu a sua autorização, sendo a Legião desligada do Exército francês a 28 do mesmo mês. No dia seguinte, a Divisão Francesa Auxiliar assim composta, rumou para o novo destino. Nas batalhas que enfrentou, sem novo recrutamento, mal equipada e mal remunerada, a Divisão combateu sem reforços até que, em 1839, a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes.

[editar] A nova legião (1835)

Ainda em 1835, a 16 de dezembro, o soberano francês criou uma nova Legião Estrangeira, passando a antiga a ser conhecida como "a antiga Legião". Formaram-se, desse modo, três batalhões, para sustentar as posições francesas na Argélia. O primeiro foi formado em Pau, assumindo Marie-Alphonse Bedeau o comando, a 3 de fevereiro de 1836. Com um mês de atraso, o Estado-maior do batalhão e as duas primeiras companhias foram formadas. Seis outras companhias foram formadas no mês de junho desse mesmo ano. No mês de agosto, entretanto, o batalhão foi dissolvido, tendo o governo proposto aos oficiais, suboficiais e legionários irem servir na Espanha, nas fileiras da Divisão Francesa Auxiliar, que ali combatia há um ano. Os voluntários para a Espanha constituíram um novo batalhão, que se dirigiu a Pamplona, sob o comando do Tenente-coronel Conrad.

Ainda assim, estrangeiros continuam a ser recrutados pelo Exército francês, sendo formadas novas companhias de depósito em Pau. Em outubro de 1836, um total de seis companhias estava formado, logo seguidas por mais duas em novembro. O novo batalhão foi colocado sob o comando de Bedeau. A 5 de dezembro o batalhão partiu de Pau para Toulon, onde embarcou para a Argélia.

O segundo batalhão foi formado em Julho de 1837. Após a tomada de Constantine, em Outubro de 1837, durante a qual o primeiro batalhão se destacou, Bedeau foi promovido a Tenente-coronel, sendo autorizada a formação de companhias de elite. Posteriormente, em 1840, diante do retorno dos sobreviventes da guerra na Espanha, foram criados um quarto batalhão (em Pau) e um quinto batalhão (em Perpignan), para reforço das tropas no Norte de África. Em recompensa pelos seus feitos de armas, a Legião recebeu, a 17 de Junho de 1840, a bandeira que tinha sido entregue, em 1832, à primeira Legião.

A nova Legião lutou no norte da África, na Guerra da Criméia (1853-1856), na Itália (1859), no México (1863), na Guerra Franco-Prussiana (1870) e em muitas campanhas coloniais. Do mesmo modo, teve papel importante nas duas guerras mundiais, consolidando a sua reputação. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) perdeu 115 oficiais e 5.172 legionários, sendo o seu Regimento de Marcha o mais condecorado do Exército francês. Na Guerra da Indochina, na Batalha de Dien Bien Phu (1954), sete batalhões da Legião foram subjugados pelo Vietminh, sem jamais se renderem. Posteriormente atuou novamente na Argélia e na crise do Canal de Suez (Egito, 1956).

[editar] A Guerra da Criméia (1853-1856)

A Legião seguiu para a Guerra da Criméia a 27 de Junho de 1854, quando dois regimentos embarcaram a bordo do ‘’Jean Bart’’. Posteriormente o 3º regimento e o depósito do regimento partiram para instalar-se em Bástia, na Córsega, a fim de constituir o depósito de guerra destinado a reforçar os dois regimentos na Criméia.

Os dois regimentos integraram a "Brigada Estrangeira", engajando-se na batalha de Alma (20 de setembro de 1854) e no cerco a Sebastopol durante o Inverno de 1854-1855. Nesta fase da campanha, a falta de equipamento foi particularmente sentida e o cólera dizimou o corpo expedicionário. Entretanto, os “barrigas de couro” (apelido dado pelos russos aos Legionários uma vez que usavam a sua cartucheira sobre o ventre) comportaram-se bravamente. A 21 de junho de 1855, as companhias do 3º Regimento e todos os efetivos disponíveis na Córsega chegaram ao teatro de operações na Criméia. A 8 de setembro, lançou-se o assalto final e o 1º e o 2º Regimentos Estrangeiros, com suas bandeiras, desfilaram pelas ruas de Sebastopol conquistada.

[editar] A campanha da Itália (1859)

A Legião defendeu os interesses da França, participando na campanha da Itália, tendo se destacando particularmente na batalha de Magenta, a 4 de junho de 1859. Ainda nesse mês, a 24, defrontou-se com as tropas austríacas durante a batalha de Solferino.

[editar] A campanha do México (1863-1866)

Afirma-se que a participação da Legião na Campanha do México decorreu como punição a uma petição formulada pelos seus oficiais, dirigida ao ministro da Guerra.

De qualquer modo, o regimento enviado desembarcou a 25 de Março de 1863, recebendo a missão de escoltar comboios de suprimentos entre Veracruz e Puebla. Foi neste contexto que a 3ª Companhia se cobriu de glória no chamado combate de Camerone, a 30 de abril.

Posteriormente, o regimento deslocou-se para o interior, sendo reorganizado em quatro batalhões (1864). Em paralelo, o quartel-general da Legião foi transferido de Sidi Bel Abes para Aix-en-Provence, a fim de facilitar o recrutamento e o envio de reforços para o México.

De dezembro de 1864 a fevereiro de 1865, as unidades do regimento participaram do cerco a Oaxacca.

A 3 de julho de 1866, as 3ª e 5ª Companhias do 4º Batalhão engajaram-se em um combate comparável ao de Camerone. Sob as ordens do capitão Frenet, cento e vinte e cinco legionários cercados na Hacienda de Incarnacion bateram-se durante quarenta e oito horas vitoriosamente contra uma força de mais de seiscentos mexicanos.

O acordo originalmente celebrado com o imperador Maximiliano do México estipulava que a Legião Estrangeira deveria ficar a serviço do México. Entretanto, como a campanha francesa naquele país se converteu num desastre, os sobreviventes retornaram à França. O total de perdas na campanha ascendeu a vinte e dois oficiais, trinta e dois suboficiais e quatrocentos e quatorze legionários.

[editar] A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)

Ver artigo principal: Guerra franco-prussiana

Com a eclosão da Guerra franco-prussiana (19 de julho de 1870), que se desenvolveu em solo francês, confrontando a França e a Prússia, a Legião, por princípio, não deveria intervir. Adicionalmente, não seria correto solicitar aos mercenários de língua alemã, que se batessem contra seus irmão de língua. Entretanto, a situação tornou-se tão crítica que o governo francês fez uma chamada aos legionários na Argélia.

Dois batalhões foram formados para partir para a Metrópole. Os legionários alemães, a bandeira do regimento e a banda de música permaneceram guarnecendo Sidi-Bel-Abbès. Neste período, um 5º batalhão foi formado em solo francês para incorporar os estrangeiros que quisessem servir a sua pátria de adoção. Este se distinguiu particularmente por sua bravura quando da batalha de Orléans, a 10 de outubro.

Os batalhões chegados da Argélia mesclaram-se com os sobreviventes dos combates de Orléans, mas conheceram a derrota diante do invasor. Os remanescentes da unidade participaram na repressão à Comuna de Paris, entre abril e maio de 1871. A 11 de junho, o regimento estrangeiro constituído para o conflito deixou de existir e os demais remanescentes retornam para o quartel-general da Legião, na Argélia.

[editar] O Protetorado de Tonkin (1883-1885)

A 18 de novembro de 1883, uma primeira força de seiscentos legionários desembarcou no golfo de Tonkin, juntando-se às forças do almirante Courbet que lutavam contra os Pavilhões Pretos (do chinês “Hei qi jun”), tropas vietnamitas irregulares empregadas pelos Chineses na Indochina contra os Franceses.

A partir de fevereiro de 1884, com o reforço do 2º. Batalhão, os Legionários conquistam a fortaleza de Barca Ninh, e a 16 de dezembro,e a cidadela de Son-Tay. A 1 Janeiro de 1885, os 3º. e 4º. Batalhões do 1º. Regimento Estrangeiro chegam a Tonkin e são integrados ao 2º. Batalhão. Assim reforçados, de 26 de janeiro a 3 de Março, sustentam um severo cerco na cidadela de Tuyen Quang. O 3º. Batalhão destacou-se quando da tomada Lang Seu a 4 de Fevereiro. O 4º. Batalhão, desembarcado em Formose em Janeiro de 1885 combateu os Chineses até ao armistício franco-chinês de 21 de Junho de 1885, juntando-se em seguinda ao seu corpo em Tonkin.

[editar] Benim (1892-1894)

Em 1892, o rei Behanzin ameaçou Porto Novo e a França decidiu intervir. Um batalhão estrangeiro foi constituído a partir de duas companhias, sob o comando do 2º. Regimento Estrangeiro, sob as ordens do comandante Faurax. De Cotonou, os legionários tinham como missão conquistar a capital, Abomey, no que consumiram dois meses e meio. Ao final, a cidade capitulou sendo o rei capturado pelos legionários (Janeiro de 1894).

[editar] Sudão (atual Mali) (1892-1893)

Uma companhia estrangeira foi formada a partir do 2º. Batalhão Estrangeiro e transportada a Kayes a fim de se apresentar aos sultões Ahmadou e Samory Touré. Uma vez cumprida a sua missão com sucesso, a companhia foi dissolvida (24 de Junho de 1893).

[editar] Guiné (1894)

Um batalhão foi constituído de duas companhias dos dois regimentos estrangeiros no início de 1894 para pacificar o Níger. A vitória dos legionários na fortaleza de Quíloa e as patrulhas de polícia na região aceleram a pacificação das tribos locais.

[editar] Madagáscar (1895-1905)

Em 1895, um batalhão foi formado a partir do 1º. e do 2º. Regimentos Estrangeiros, sendo enviado a Madagascar a fim de integrar o Corpo Expedicionário que ali iria pacificar uma revolta.

O batalhão estrangeiro constituiu-se na ponta de lança da coluna então empregue, retornando à Argélia em Dezembro de 1895. Mas, a partir de 1896, o general Galliéni, chamado a submeter uma segunda revolta malgaxe, pediu um reforço de 600 Legionários a fim de poder "morrer convenientemente" se fosse o caso. Um novo batalhão, foi então formado demorando-se a operação de pacificação até 1905.

[editar] A batalha de Dien Bien Phu (1954)

Ver artigo principal: Batalha de Dien Bien Phu

Em 1954, as tropas da Legião foram enviadas para colaborar na defesa de Dien Bien Phu, no nordeste do Vietnã, contra os comunistas que lutavam pela independência. Dos cerca de 17.000 homens da guarnição, 10.000 eram Legionários. Cercados pelos vietnamitas, suportaram oito semanas de bombardeio de artilharia antes do ataque final. Nas últimas horas de batalha, quatrocentos legionários foram forçados a lutar à baioneta, tendo apenas setenta sobrevivido.

[editar] A resistência na Argélia (1961)

Em 1961, após uma prolongada luta contra os nacionalistas argelinos, o 1º Regimento de Pára-quedistas Estrangeiro rebelou-se contra a decisão do governo francês de se retirar do Norte de África, onde a Legião tivera o seu Quartel-General durante mais de um século.

[editar] Condições para o engajamento

O processo seletivo é feito unicamente no quartel do 1º Regimento Estrangeiro em Aubagne, cidade a cerca de vinte quilômetros de Marselha, no sul da França.

Alternativamente, informações podem ser obtidas em um Posto de Informações da Legião Estrangeira (PILE), disponíveis nas cidades francesas de Aubagne, Bordeaux, Lille, Lyon, Marseille, Metz, Nantes, Nice, Paris, Perpignan, Reims, Rouen, Strasbourg e Toulouse.

No continente sul-americano não adianta apresentar-se ao quartel do 3º Regimento Estrangeiro, na Guiana francesa, ao norte do Brasil, especializado em combate na floresta tropical, pois os custos de trajeto (ida e volta) são por conta do próprio candidato.

Para participar do mesmo é necessário:

  • ser do sexo masculino;
  • ter entre dezoito e quarenta anos;
  • portar um documento de identidade válido internacionalmente, ou seja, um passaporte com visto de turista com prazo de permanência mínimo de três meses;
  • ser solteiro;
  • ser alfabetizado no seu país (idioma) de origem.

Em qualquer PILE em que um candidato se apresente fará um exame pré-seletivo, em um hospital local, militar ou civil. Caso aprovado, o candidato aguardará no próprio PILE que se forme um grupo com "n" candidatos, a serem encaminhados ao quartel do 1º RE em Aubagne. Nesse ínterim, os candidatos farão serviços de limpeza e manutenção geral, coordenados pelo pessoal local. O grupo formado, enviado a Aubagne, ficará alojado em regime fechado no Centro de Seleção e Incorporação (CSI), e ali receberá escova e pasta de dentes, sabonete, toalha, cueca, agasalho esporte e cama, enquanto faz os testes definitivos de aptidão para engajar-se.

[editar] Lista de Unidades

A Legião divide-se em regimentos de dez companhias, algumas especializadas (reconhecimento, morteiros, blindados leves, e outras).

  • 1e. Régiment Étranger (1º Regimento Estrangeiro), em Aubagne, França.
  • 4e. Régiment Étranger (4º Regimento Estrangeiro), em Castelnaudary, França.
  • 5e. Régiment Étranger (5º Regimento Estrangeiro), na Polinésia francesa, no sul do oceano Pacífico (esta unidade foi dissolvida em 30 de junho de 2000).
  • 1e. Régiment de Étranger Cavalerie (1º Regimento de Cavalaria Estrangeiro), em Orange, França.
  • 2e. Régiment d'Infanterie de Étranger (2º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em Nimes, França.
  • 3e. Régiment d'Infanterie de Étranger (3º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em Kourou, Guiana francesa.
  • 2e. Régiment de Étranger Parachutistes (2º Regimento de Pára-quedistas Estrangeiro), em Calvi, ilha da Córsega.
  • 1e. Régiment de Étranger Génie (1º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em Laudun, França.
  • 2e. Régiment de Étranger Génie (2º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em Marseille, França.
  • 13e. Démi-brigade de la Légion Étrangère (13ª Meio-brigada da Legião Estrangeira), em Djibouti, África.
  • Détachement de la Légion de Étrangère de Mayotte (Destacamento da Legião Estrangeira de Mayotte), em Dzaoudzi, ilha de Mayotte.

O regimento mais conhecido é o 2º Regimento Estrangeiro de Pára-quedistas, com quatro companhias de combate, que se orgulha de poder montar uma operação para qualquer parte do mundo em apenas 24 horas.

[editar] Armamento

O fuzil de assalto francês FAMAS.
O fuzil de assalto francês FAMAS.

Atualmente, a Legião encontra-se equipada com o armamento padronizado do Exército francês, destacando-se o moderno fuzil de assalto FAMAS.

[editar] Bandeira

As cores da bandeira da Legião são o verde e o vermelho.

[editar] Uniforme

O uniforme dos legionários segue o padrão das demais unidades francesas, acrescido do característico quepe de cor azul, envolto em um pano branco para proteção contra o sol e a areia do deserto, com a parte de cima de cor vermelha e emblema dourado. Em combate, usa-se o uniforme camuflado padrão, normalmente com boinas de cor verde.

[editar] Banda Marcial

A banda marcial da Legião Estrangeira Francesa é a Musique Principale de la Légion Etranger, no 1º RE em Aubagne. A sua missão é a de tocar em eventos e, principalmente, no desfile de comemoração do 14 de Julho, data nacional francesa, em Paris.

[editar] Lema

O lema da Legião é: "Legio Patria Nostra" (A Legião é nossa pátria).

[editar] O Código de Honra do Legionário

O treinamento de um legionário tem como base um código de honra próprio:

  1. Legionário, tu és um voluntário, servindo a França com honra e lealdade.
  2. Cada legionário é teu irmão de arma seja qual for a sua nacionalidade, a sua raça, a sua religião. Tu manifestas sempre a estreita solidariedade que deve unir os membros de uma mesma família.
  3. Respeitador das tradições, fiel aos teus chefes, a disciplina e camaradagem são a tua força, o valor e a lealdade tuas virtudes.
  4. Fiel ao teu estado de legionário, tu o mostras na tua farda sempre elegante, teu comportamento sempre digno mas modesto, teu aquartelamento sempre limpo.
  5. Soldado de elite, tu treinas com rigor, cuida da tua arma como o teu bem mais precioso, cuida permanentemente da tua forma física.
  6. A missão é sagrada. Tu a executas até ao fim, a qualquer preço.
  7. No combate, tu ages sem paixão e sem ódio, tu respeitas os inimigos vencidos, nunca abandonas nem os teus mortos, nem os teus feridos, nem as tuas armas.

O item 6 do código de honra do legionário foi recentemente mudado: onde a versão primitiva afirmava "a tout prix" ("a qualquer preço"), a nova versão afirma "no respeito das leis, dos costumes da guerra, das convenções internacionais e se for necessário, ao perigo da tua vida". Esta versão foi introduzida para evitar interpretações errôneas do artigo, já que a Legião participa atualmente de inúmeras missões humanitárias, juntamente com a ONU.

Ao longo da história da Legião, muitos homens têm-se alistado por diversas razões, na maior parte das vezes porque não têm para onde ir. Como nobres falidos, criminosos ou soldados profissionais que preferiam combater, eram aceitos. Sob determinadas circunstâncias até lhes eram oferecidas novas identidades. Na sua maioria mantiveram os nomes, mas é uma questão de honra nunca comentar o passado de um Legionário.

Uma vez na Legião, os recrutas aprendem além da disciplina e das técnicas de combate que só podem contar consigo próprios durante os cinco anos do contrato inicial. Sempre lhe foram atribuídas as missões mais duras do Exército francês; sabem que não existem enquanto indivíduos e que são dispensáveis; não têm para onde ir e nem nada a perder; por essas razões lutam até ao último homem.

Hoje em dia os recrutas são objeto de investigação para garantir que não se alistem para fugir da justiça por crimes graves. Os infratores menores podem por vezes ser aceitos. Pela lei francesa, a Legião Estrangeira pode negar a existência de qualquer indivíduo a seu serviço e, quem denunciar a verdadeira identidade de um legionário, é incriminado segundo o Código Penal francês.

[editar] Curiosidades sobre a Legião

Atualmente registra-se um renascimento do orgulho de ser Legionário, e mais de uma centena de nacionalidades encontram-se representadas nas suas fileiras. Diferentemente do passado, a atual Legião representa uma instituição mais sóbria, profissional e menos perigosa, que guarda muitas curiosidades.

[editar] A primitiva Legião

Quando o primeiro batalhão da Legião desembarcou na Argélia a idade de seus integrantes variava entre os dezesseis e os sessenta anos. Envergavam uniformes diferentes e antiquados. Meses depois, quando o segundo batalhão chegou, cerca de trinta e cinco homens desertaram imediatamente. Ainda nesse período, uma companhia embriagada provocou um motim, sendo os líderes sumariamente executados.

Na sua primeira batalha, vinte e oito Legionários sustentaram uma posição próxima a Argel, tendo sobrevivido apenas um. Iniciava-se a mística que passaria a envolver a Legião, uma vez que as autoridades louvaram como heróis os Legionários mortos em combate. Ao mesmo tempo enviavam oficiais e sargentos do Exército Francês para impor a disciplina de combate na Legião.

[editar] A Guerra Carlista

À época do Carlismo, a Legião foi cedida pela França à Espanha, com o fim de auxiliar a rainha Isabel II de Espanha. Desligada do Exército francês a 28 de junho de 1835, rumou com todo o seu efetivo para a Espanha. Ali, os legionários combateram sem reforços até que, em 1839, a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes. Do efetivo de 4.500 homens enviados, restavam apenas quinhentos. A maior parte deles, entretanto, cruzou a fronteira francesa para engajar-se outra vez na Legião. Foi durante essa campanha que a Legião recebeu a divisa "Honneur et Fidélité".

[editar] Participação na Guerra da Criméia

Em 1853 o czar Nicolau I da Rússia iniciou uma campanha militar com o intuito de conquistar Constantinopla, classificando essa ação como um "ataque ao homem doente", numa referência ao decadente Império Otomano. Os turcos pediram auxílio à França e à Grã-Bretanha, que desembarcaram suas tropas nos Bálcãs, passando a enfrentar o cólera. Derrotadas as forças russas sob o comando do príncipe Menchnikov, na batalha de Alma, não foi possível a perseguição pela falta de cavalaria. Em 1855 os aliados já tinham a iniciativa do combate e passaram a lutar por Sebastopol, numa batalha que durou um ano. Durante os combates corpo-a-corpo houve vários momentos de heroísmo por parte dos legionários. Em reconhecimento pela bravura, em abril de 1856 todos os legionários que lutaram na Criméia foram naturalizados franceses.

[editar] O capitão Jean Danjou

Jean Danjou, quando criança durante um almoço, ficou impressionado com um dos oficiais da Legião, que não parava de contar histórias sobre os seus feitos na África. Tão admirado ficou, que se empenhou no intuito de se tornar militar. Aos vinte anos de idade havia se diplomado na Escola de Cavalaria de Saint-Cyr; aos vinte e cinco anos, anos, depois de ingressar no 2º RE, destacou-se na campanha da Criméia, tendo perdido a mão esquerda na batalha de Sebastopol, o que não impediu que montasse cavalos e seguisse a carreira militar.

[editar] Campanha do México

[editar] O combate de Camerone

Esta batalha feriu-se no início da Campanha do México, a 30 de Abril de 1863. A 3ª Companhia, composta por sessenta e dois soldados e três oficiais sob o comando do capitão Danjou, foi atacada por três batalhões mexicanos, compostos por infantaria e cavalaria, sob o comando de um coronel de nome Milan, forçando os legionários a se defenderem na Hacienda Camerone. Apesar de estarem em desvantagem, os legionários lutaram até ao fim, tendo resistido por dez horas e trinta minutos, tempo suficiente para que uma coluna de sessenta carroças e cento e cinqüenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegasse até Puebla.

Percebendo que o comboio ia se distanciando Milan exclamou: "Non sun hombres, sun demônios!" (Não são homens, são demônios!).

Decididos a combater até ao fim, Danjou foi mortalmente ferido na cabeça (outras fontes sustentam que foi no peito), Vilain, que assumiu o comando, teve o mesmo fim, e quatro legionários executaram um último ataque a baioneta, sendo mortos. Restando apenas doze legionários, os mexicanos ofereceram-lhes nova oportunidade de rendição, que só foi aceita com a condição de poderem retornar à base com a sua bandeira e o corpo de Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses.

Do lado mexicano pereceram trezentos homens. No dia seguinte quando os franceses foram enterrar os seus mortos, encontraram um legionário semi-vivo, um tambor de nome Lai, que tinha em seu corpo sete ferimentos a lança e dois a bala. Posteriormente Lai foi condecorado com a cruz da Legião de Honra, devendo-se a ele relatos sobre a batalha.

Em decorrência dessa batalha Napoleão III de França determinou inscrever na bandeira de todos os regimentos estrangeiros a inscrição "Camerone 1863". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles foram, aqui, menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".

A prótese de madeira da mão esquerda que o capitão Danjou usava, encontra-se atualmente no museu da Legião Estrangeira. Na festa em homenagem à batalha de Camerone ela é levada pelo oficial superior e passa diante de todos os soldados em formatura.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas


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